Argentina: VI Congreso CLOC LVC – “Quem alimenta o mundo são os camponeses e indígenas”, Valter da Silva MPA

15 de abril de 2015

Coletivo de Comunicação da CLOC-Via Campesina

valtercomp.jpgJá na apresentação dos palestrantes o coordenador da mesa, Daniel Pascal, deu o tom da temática “enceramos com chave de ouro”, ao passar a palavra para os painelistas, Valter Israel da Silva do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Rilma Maria Ramon Nogueiras da Associação nacional de Agricultores Pequenos (ANAP). Com o tema Agricultura Camponesa e Indígena, Valter e Rilma destacaram o processo de invizibilização que a Agricultura Camponesa tem passado, o Campesinato enquanto Classe, fazendo referência aos estudos de Marx.

Valter do MPA, destaca as seis grandes afirmações sobre a Agricultura Camponesa e Indígena, o Primeiro Elemento tem a ver com a relevância, a importância que a Agricultura Camponesa e Indígena tem para o mundo.

Como explica Valter, “92,3% das unidades agrícolas do mundo são camponesas ou indígenas é quase todo a agricultura em número de unidades” não é pouco gente afirma o representante do MPA. “os camponeses tem acesso a 24,7% do total de terras do mundo todo e produzem em torno de 70% dos alimentos que vão à mesa do povo e por isso não é um setor marginal, estes dados são da cabeça de alguém, são dados oficiais”, afirma Valter.

O segundo elemento, tem a ver com a armadilha do Conceito de Agricultura Familiar, já que como apresenta o painelista, toda Agricultura Camponesa é Familiar, mas, nem toda Agricultura Familiar é Camponesa. Explica ele que, “a Agricultura familiar pode ser Industrial de pequeno porte, ou, Camponesa”. Já no Terceiro Elemento, Valter apresenta as 3 teses e os e projetos para a agricultura, ” o Fim do Campesinato (Agronegócio); Metamorfose Camponesa (Agricultura Familiar); e, o Fim do fim do Campesinato (Agricultura Camponesa) “, esclarece Valter.

O Quarto Elemento: “A Agricultura Camponesa e Indígena é a única capaz de dar resposta aos grandes dilemas da humanidade”. O Quinto Elemento traz o papel revolucionário do campesinato”. E o Sexto Elemento: O campesinato vem se afirmando como Classe Social, explica Valter, “é preciso pensar como classe, para Marx 4 elementos o definem como classe: tem uma posição diferente diante dos meios de produção; tem uma cultura própria; tem um projeto (Soberania Alimentar); e tem uma relação hostil com a classe oposta” finaliza Valter.

A agricultura Camponesa é um modo de ser, de viver e de produzir no campo.

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