El próximo 17 de diciembre de 2025, en el marco del aniversario de la adopción de la Declaración de Derechos Campesinos y otras personas que trabajan en zona rural (UNDROP), por la Asamblea General de Naciones Unidas, se pone en movimiento el Observatorio de Derechos Campesinos y políticas agroalimentarias.
El mismo es una iniciativa de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo y la Alianza Biodiversidad. Se propone contribuir a la visibilización de los avances y retrocesos en torno a la aplicación y desarrollo del instrumento de Naciones Unidas, así como el monitoreo de la situación de Derechos Campesinos en toda América.
El observatorio cuenta con un sitio web de acceso público en el cual podrán encontrar todos los documentos formales en tanto la dinámica de los Derechos Campesinos en Naciones Unidas. La historia UNDROP tal como se conoce por su sigla en inglés, así como su dinámica en las instancias de gobernanza internacional, su contenido, los informes del grupo de expertos y otros.
Por otro lado, de la mano del trabajo de las propias organizaciones se documentarán avances en los países, sistematizando experiencias de aplicación política y jurídica de la UNDROP.
Además, también contara con una categoría de denuncia, donde se visibilizarán situaciones y hechos que signifiquen violaciones a los Derechos Campesinos en América Latina y el Caribe, así como campañas de solidaridad y misiones internacionalistas.
El observatorio es una iniciativa que espera poder maximizar el intercambio de experiencias positivas de aplicación efectiva de los Derechos Campesinos, sean de carácter institucional o de carácter autogestionado por las organizaciones.
También, esperamos que el observatorio sea una herramienta para la difusión de la Declaración y de formación de promotores de Derechos Campesinos, que permita dinamizar e intensificar la movilización por su plena efectividad.
Nós, militantes e pessoas aliadas da Articulação de Diversidades da Coordenadora Latino-Americana de Organizações do Campo – Via Campesina (CLOC-LVC), reunidos em nossa Primeira Assembleia Continental no dia 2 de dezembro de 2025 na Cidade do México, erguemos nossa voz para proclamar um momento histórico na luta camponesa, indígena e popular da Nossa América. Hoje, em 2025, declaramos com firmeza que as diversidades sexuais e de gênero sempre fomos um sujeito político constitutivo do campesinato e da classe popular que luta contra o capitalismo, o patriarcado, o imperialismo e o colonialismo. Um sujeito político plenamente integrado ao projeto de transformação social que encarna a CLOC-LVC. Esta Assembleia é a síntese de um caminho de mais de uma década de organização e luta coletiva, que se iniciou com as primeiras formações políticas em 2015, consolidou-se com a criação do coletivo LGBTQ+ em 2020, ganhou força nos seminários regionais e alcançou um marco global na 8ª Conferência Internacional da Via Campesina em 2023, com o 1º Encontro de Diversidades da Via Campesina.
Reconhecemos que nossa luta está indissoluvelmente ligada ao Feminismo Camponês e Popular e às lutas antipatriarcais da classe popular nossa-americana. Compreendemos o corpo como o primeiro território, que é igualmente atravessado pelas relações de poder do sistema capitalista-patriarcal-colonialista. São as mesmas estruturas hegemônicas que desalojam os povos de suas terras as que oprimem, violentam e discriminam as mulheres camponesas, os povos originários, as comunidades afrodescendentes e as dissidências sexuais e de gênero no campo. A violência do agronegócio, do extrativismo e dos discursos de ódio formam um único sistema de morte que atenta contra os bens comuns naturais da terra e a diversidade humana que a habita. Afirmamos que é este sistema o responsável por desumanizar, instrumentalizar e formar homens para que cumpram papéis violentos; é este sistema o responsável por hierarquizar, subjugar e ir contra a vida das mulheres e das dissidências sexuais para manter uma ordem da sexualidade que é útil para sua acumulação de lucro. Por tudo isso, afirmamos que a luta antipatriarcal não é complementar, mas constitutiva da luta anticapitalista. Não se pode destruir o capitalismo sem destruir o sistema sexo-gênero que sustenta o patriarcado e que lhe fornece corpos dóceis, trabalho gratuito e força de trabalho renovável. Nosso projeto revolucionário deve, portanto, integrar organicamente a compreensão de que a libertação da classe trabalhadora exige a abolição de todas as formas de opressão baseadas em gênero, sexualidade e raça, entendendo como estas se entrelaçam para sustentar o modo de produção capitalista.
Denunciamos o avanço coordenado de projetos fascistas e de direita em nossa região, que impulsionam retrocessos em direitos humanos, criminalização da protesto social e políticas de controle, regulação e manutenção de um sistema rígido de gênero binário e heterossexual como único modelo de vida. Observamos com alarme como em países como El Salvador, Paraguai, Argentina e Estados Unidos se censura a palavra «gênero», se persegue organizações defensoras dos direitos humanos e se naturaliza a violência, especialmente contra as pessoas trans e as mulheres. Diante desta ofensiva, também celebramos e reconhecemos nossas vitórias: os avanços legais e constitucionais no México; a defesa da soberania e da agroecologia em Cuba; a resistência das comunidades no meio da investida armada que impõe o capitalismo na Colômbia; a força organizativa no Brasil diante da violência política da direita; e a luta inquebrantável dos povos indígenas e camponeses em todo o continente.
São nossas as bandeiras históricas da CLOC-LVC. Afirmamos que não pode haver Soberania Alimentar nem Agroecologia sem se pensar na abolição do patriarcado e sem o reconhecimento pleno das diversidades no campo. Quando falamos de agroecologia falamos de transformar radicalmente as formas de relacionamento entre os sistemas sociais e os sistemas ecológicos, gerando novas relações emancipadas no campo. Somos parte inerente das novas relações sociais que defendemos e dos sistemas alimentares locais que construímos. Lutamos por uma Reforma Agrária Integral e Popular que recupere e redistribua a terra espoliada entre toda a classe popular, reconhecendo que as dissidências sexuais e de gênero, as mulheres chefes de família, as camponesas sem terra e as famílias diversas do campo fazem parte de nossa mesma classe.
Para materializar este projeto, na Primeira assembleia continental de diversidades faz-se o chamado à construção coletiva a todas as pessoas que conformamos a CLOC em torno do fortalecimento da articulação de diversidades. Nós nos comprometemos a seguir fortalecendo a organização e o trabalho de base, criando e consolidando a participação política das diversidades em todas as regiões. Impulsionaremos uma Escola Continental de Diversidades, junto com processos formativos nacionais e regionais, trabalhando conjuntamente com a Articulação de Mulheres, Articulação de Jovens e o Coletivo de Formação para formar massivamente as bases, as direções e as juventudes com perspectiva antipatriarcal e de diversidade. Elaboraremos e implementaremos contribuições desde a perspectiva das Diversidades aos protocolos de cuidado, atendimento e denúncia frente a violências e discriminação no interior de nossas organizações, transformando nossas práticas e erradicando a linguagem que replica as lógicas opressivas. Desenvolveremos estratégias de comunicação popular para visibilizar nossas lutas nos territórios, contrapor os discursos de ódio e chegar a quem ainda se organiza na clandestinidade. Aprofundaremos a articulação interregional e construiremos alianças com outros movimentos sociais para incidir em espaços nacionais e internacionais. Da mesma forma, reafirmamos nosso compromisso internacionalista, sabendo que são as populações historicamente excluídas as que sofrem com mais complexidade as consequências da crise ecológica; assim também reafirmamos nossa solidariedade militante com todos os processos populares emancipadores, especialmente os que se encontram sob cerco do imperialismo como a Revolução Cubana, o povo venezuelano e o povo palestino, que saibam que não será em nosso nome que o Estado sionista levantará suas bandeiras. Não é um paraíso da diversidade, é um projeto genocida.
Convocamos toda a militância da CLOC-Via Campesina a fazer própria esta luta. A construção de um movimento livre de todas as opressões é uma responsabilidade coletiva que nos envolve a todas, todos e todes para avançar na construção de novas relações em nossos territórios. Com a certeza de que nossa existência e resistência são revolucionárias e de que construímos historicamente a CLOC-Via Campesina reiteramos que não há territórios livres sem corpos livres e com força proclamamos:
As diversidades constroem agroecologia e soberania alimentar. Contra o fascismo e o imperialismo, fortalecendo a luta popular!
Com Diversidades há Revolução!
A Diversidade está no coração da Soberania Alimentar, em todos os territórios!
As diversidades existem e resistem!
Articulação de Diversidades da CLOC-Via Campesina Cidade do México, 2 de dezembro de 2025.
Nosotras, nosotros y nosotres, militantes y personas aliadas de la Articulación de Diversidades de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo – La Vía Campesina (CLOC-LVC), reunides en nuestra Primera Asamblea Continental el día 2 de diciembre de 2025 en la Ciudad de México, levantamos nuestra voz para proclamar un momento histórico en la lucha campesina, indígena y popular de Nuestramérica. Hoy, en 2025, declaramos con firmeza que las diversidades sexuales y de género hemos sido siempre un sujeto político constitutivo del campesinado y la clase popular que lucha contra el capitalismo, el patriarcado, el imperialismo y el colonialismo. Un sujeto político plenamente integrado en el proyecto de transformación social que encarna la CLOC-LVC. Esta Asamblea es la síntesis de un camino de más de una década de organización y lucha colectiva, que se inició con las primeras formaciones políticas en 2015, se consolidó con la creación del colectivo LGBTQ+ en 2020, tomó fuerza en los seminarios regionales y alcanzó un hito global en la 8ª Conferencia Internacional de La Vía Campesina en 2023, con el 1er Encuentro de Diversidades de La Vía Campesina.
Reconocemos que nuestra lucha está indisolublemente ligada al Feminismo Campesino y Popular y a las luchas antipatriarcales de la clase popular nuestraamericana. Comprendemos el cuerpo como el primer territorio, que es igualmente atravesado por las relaciones de poder del sistema capitalista-patriarcal-colonialista. Son las mismas estructuras hegemónicas que desalojan a los pueblos de sus tierras las que oprimen, violentan y discriminan a las mujeres campesinas, a los pueblos originarios, a las comunidades afrodescendientes y a las disidencias sexuales y de género en el campo. La violencia del agronegocio, el extractivismo y los discursos de odio forman un solo sistema de muerte que atenta contra los bienes comunes naturales de la tierra y la diversidad humana que la habita. Afirmamos que es este sistema el responsable de deshumanizar, instrumentalizar y formar hombres para que cumplan roles violentos; es este sistema el responsable de jerarquizar, subyugar e ir contravía de la vida de las mujeres y las disidencias sexuales para mantener un orden de la sexualidad que es útil para su acumulación de ganancia. Por todo ello, afirmamos que la lucha antipatriarcal no es complementaria, sino constitutiva de la lucha anticapitalista. No se puede destruir el capitalismo sin destruir el sistema sexo-género que sostiene al patriarcado y que le provee de cuerpos dóciles, trabajo gratuito y fuerza de trabajo renovable. Nuestro proyecto revolucionario debe, por tanto, integrar orgánicamente la comprensión de que la liberación de la clase trabajadora exige la abolición de todas las formas de opresión basadas en el género, la sexualidad y la raza, entendiendo cómo estas se entrelazan para sostener el modo de producción capitalista.
Denunciamos el avance coordinado de proyectos fascistas y de derecha en nuestra región, que impulsan retrocesos en derechos humanos, criminalización de la protesta social y políticas de control, regulación y manutención de un sistema rígido de género binario y heterosexual como único modelo de vida. Observamos con alarma cómo en países como El Salvador, Paraguay, Argentina y Estados Unidos se censura la palabra «género», se persigue a organizaciones defensoras de los derechos humanos y se naturaliza la violencia, especialmente contra las personas trans y las mujeres. Frente a esta ofensiva, también celebramos y reconocemos nuestras victorias: los avances legales y constitucionales en México; la defensa de la soberanía y la agroecología en Cuba; la resistencia de las comunidades en medio de la arremetida armada que impone el capitalismo en Colombia; la fortaleza organizativa en Brasil ante la violencia política de la derecha; y la lucha inquebrantable de los pueblos indígenas y campesinos en todo el continente.
Son nuestras las banderas históricas de la CLOC-LVC. Afirmamos que no puede haber Soberanía Alimentaria ni Agroecología sin pensarse la abolición del patriarcado y sin el reconocimiento pleno de las diversidades en el campo. Cuando hablamos de agroecología hablamos de trasformar radicalmente las formas de relacionamiento entre los sistemas sociales y los sistemas ecológicos, generando nuevas relaciones emancipadas en el campo. Somos parte inherente de las relaciones sociales nuevas que defendemos y de los sistemas alimentarios locales que construimos. Luchamos por una Reforma Agraria Integral y Popular que recupere y redistribuya la tierra expoliada entre toda la clase popular, reconociendo que las disidencias sexuales y de género, las mujeres jefas de hogar, las campesinas sin tierra y las familias diversas del campo hacen parte de nuestra misma clase.
Para materializar este proyecto, en la Primera asamblea continental de diversidades se hace el llamado a la construcción colectiva a todas las personas que conformamos la CLOC en torno al fortalecimiento de la articulación de diversidades. Nosotras, nosotres y nosotros nos comprometemos a seguir fortaleciendo la organización y el trabajo de base, creando y consolidando la participación política de las diversidades en todas las regiones. Impulsaremos una Escuela Continental de Diversidades, junto a procesos formativos nacionales y regionales, trabajando conjuntamente con la Articulación de Mujeres, Articulación de Jóvenes y el Colectivo de Formación para formar masivamente a las bases, a las dirigencias y a las juventudes con perspectiva antipatriarcal y de diversidad. Elaboraremos e implementaremos aportes desde la perspectiva de las Diversidades a los protocolos de cuidado, atención y denuncia frente a violencias y discriminación al interior de nuestras organizaciones, transformando nuestras prácticas y erradicando el lenguaje que replica las lógicas opresivas. Desarrollaremos estrategias de comunicación popular para visibilizar nuestras luchas en los territorios, contrarrestar los discursos de odio y llegar a quienes aún se organizan en la clandestinidad. Profundizaremos la articulación interregional y construiremos alianzas con otros movimientos sociales para incidir en espacios nacionales e internacionales. Asimismo, reafirmamos nuestro compromiso internacionalista, conociendo que son las poblaciones históricamente excluidas las que sufren con más complejidad las consecuencias de la crisis ecológica; así también reafirmamos nuestra solidaridad militante con todos los procesos populares emancipadores, especialmente los que se encuentran en asedio por el imperialismo como la Revolución Cubana, el pueblo venezolano y el pueblo palestino, que sepan que no será en nuestro nombre que el Estado sionista alzará sus banderas. No es un paraíso de la diversidad es un proyecto genocida.
Convocamos a toda la militancia de la CLOC-La Vía Campesina a hacer propia esta lucha. La construcción de un movimiento libre de todas las opresiones es una responsabilidad colectiva que nos involucra a todas, todos y todes para avanzar en la construcción de nuevas relaciones en nuestros territorios. Con la certeza de que nuestra existencia y resistencia son revolucionarias y de que hemos construido históricamente la CLOC-Vía Campesina reiteramos que no hay territorios libres sin cuerpos libres y con fuerza proclamamos:
¡Las diversidades construyen agroecología y soberanía alimentaria. Contra el fascismo y el imperialismo, fortaleciendo la lucha popular!
¡Con Diversidades hay Revolución!
¡La Diversidad está en el corazón de la Soberanía Alimentaria, en todos los territorios!
¡Las diversidades existen y resisten!
Articulación de Diversidades de la CLOC-La Vía Campesina Ciudad de México, 2 de diciembre de 2025.
El VIII Congreso de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo – Vía Campesina (CLOC–VC) concluyó este martes 9 de diciembre con éxito en Oaxtepec, estado de Morelos, México tras varios días de debates, análisis y encuentros entre delegaciones campesinas de toda América Latina y el Caribe.
El Congreso ratificó que ante los avances del fascismo y el imperialismo, las organizaciones campesinas y América siguen en pie de lucha, construyendo Soberanía Alimentaria y demostrando que hay una alternativa a las crisis globales. “Globalicemos la lucha, globalicemos la esperanza” y “Zapata vive, la lucha sigue”, fueron consignas que tronaron en el auditorio.
La jornada inició con una mística que, desde las raíces ancestrales, evocó la fuerza de los territorios y recordó los desafíos que enfrentan ante la militarización y la injerencia externa, que Estados Unidos invoca con fuerza con su presencia y discurso amenazante.
Saludo de autoridades locales
El VIII Congreso contó con la presencia de la gobernadora del estado de Morelos, Margarita González Saravia, quien saludó a los pueblos latinoamericanos y caribeños participantes y destacó que la realización de este encuentro posiciona al estado “en el internacionalismo”, al tiempo que refuerza el valor del campesinado local. La mandataria reconoció el desafío que asume su gobierno para continuar fortaleciendo el apoyo a las y los productores de la región.
La Asamblea de Mujeres presentó su declaración final de la VII Asamblea Continental, reafirmando que el feminismo campesino y popular es una línea estratégica para la continuidad política de la articulación. “Ahora que estamos todas, ahora que si nos ven: abajo el patriarcado que va a caer, que va a caer, y arriba el feminismo que va a vencer, que va a vencer” fue una de las consignas que lanzaron.
Por su parte, la Articulación de Jóvenes expuso las conclusiones de su VI Asamblea Continental, resaltando la responsabilidad histórica que tienen las nuevas generaciones como continuadoras de las luchas territoriales. “Los jóvenes nos comprometemos a ser multiplicadores en el continente y el mundo de las enseñanzas de nuestros abuelos y del rol político de quienes hoy nos acompañan”, afirmaron las delegaciones juveniles de todas las regiones.
La Articulación de Diversidades cerró el espacio de presentaciones de cada Asamblea con la presentación de símbolos y expresiones artísticas. En su declaración final de la I Asamblea de Diversidades, se sumaron a las posiciones de mujeres y juventudes, reafirmando que la apuesta política de la CLOC–VC es “la unidad desde la diversidad”, rompiendo estereotipos y todas las formas de violencia mediante la formación, la denuncia, la lucha y las alianzas territoriales.
También se presentó el trabajo del II Congresito de la Niñez de la CLOC–VC, en el que las infancias mostraron producciones que reflejan su vínculo con la naturaleza, la agricultura campesina, la protección de los recursos y la importancia de su participación como base para la continuidad del movimiento. Agradecieron el acompañamiento de los mayores y destacaron su papel protagónico durante el proceso.
Emotiva clausura
El cierre general del VIII Congreso estuvo cargado de emociones y reconocimientos a compañeros y compañeras que han sido pilares de la articulación entre campo y ciudad a nivel local, regional y global. La Comisión Política se sumó a las propuestas y demandas surgidas en las conclusiones del encuentro, realizando un llamado a la solidaridad y la unidad de los pueblos de América.
Las delegaciones reafirmaron mensajes de respaldo al Caribe y Palestina, levantando una consigna común: “No a la guerra, sí a la paz”.
El Congreso concluyó con la lectura de la declaración final del Congreso que fue producto de los temas de debate de los días anteriores y que guiará el plan de trabajo del movimiento para los próximos años.
Desde las tierras de Emiliano Zapata, México, en el marco del Congreso Continental de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo los delegados, las delegadas y delegadas de 21 países:
Expresamos nuestra solidaridad con la lucha por tierras del campesinado en Paraguay y en particular de las campesinas y campesinos de la Coordinadora Interdistrital de San Pedro Norte, que este momento atraviesa una criminalización por querer acceder a unas tierras que el Estado paraguayo ha incautado al narco ‘Cabeza Branca’, actualmente preso en Brasil. Esas tierras, 11mil hás. Están bajo la administración de la Senabico (Secretaría Nacional de Administración de Bienes Incautados y Comisados).
El hecho. Durante varios años está coordinadora ha hecho todos los pasos burocráticos logrando incluso dictámenes favorables a la propuesta de modificación de la ley de Senabico para disponer el destino de los bienes para la Reforma Agraria. Ante la falta de respuestas, los trabajadores del campo, hombres y mujeres decidieron tomar la estancia y distribuirla a 1000 familias.Antes de llegar al lugar la policía reprimió brutalmente, con varias personas detenidas, heridas, torturadas.
Condenamos al gobierno paraguayo por responderle con violencia un reclamo justo y un derecho legítimo.
Exigimos la libertad de las personas presas y la distribución de las tierras para las familias campesinas.
Llamamos a la solidaridad internacionalista con los compañeros y compañeras en campamento en el distrito de Santa Rosa.
9 de diciembre de 2025
Oaxtepec, Morelos, México
¡Ni un hectárea a la mafia! ¡Tierras para quienes la trabajan y la cuidan! Derechos Campesinos en Paraguay, ¡ya!
En el marco del VIII Congreso de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC – Vía Campesina) se realiza en México la primera Feria Agroecológica en honor a Cleofas Salazar, madre del líder campesino y revolucionario Emiliano Zapata. Esta feria visibiliza la producción de las comunidades campesinas, indígenas y afrodescendientes de Latinoamérica, frente al modelo agroindustrial dominante. Además de organizaciones y productores locales, la feria está coordinada con los Institutos Latinoamericanos de Agroecología (IALA), espacios de formación de la CLOC-VC dedicados a la capacitación técnica, política y organizativa de jóvenes campesinos, indígenas y afrodescendientes de las regiones.
Este espacio puso de manifiesto la importancia de los territorios campesinos, que, a pesar del avance de la concentración de la tierra en muchas partes del mundo, son los principales productores de alimentos para las ciudades. Más del 72% de los alimentos que consumimos provienen de manos campesinas y no del agronegocio, que solo genera productos ultra procesados, ultra empacados que acentúa la extracción mineral o energética, que contribuye al actual calentamiento global y la crisis climática.
En ese rol vital que cumplen las comunidades campesinas, indígenas y afrodescendientes, resulta vital el papel de las mujeres que producen y garantizan la economía de las familias, el respeto a la cultura, el cuidado del territorio, la protección de la vida, la honra a la semilla. Ellas construyen y sostienen esos sistemas que son vitales para el avance en la producción campesina local. Por esta razón, se resalta y homenajea a Cleofas Salazar, madre del líder revolucionario agrario Emiliano Zapata, figura clave en las luchas por la justicia social en México, con frases célebres como “Tierra y Libertad” y “La tierra para quien la trabaja”. Cleofas Salazar le inculcó a su hijo los valores de la tierra y la cultura agraria.
Las comunidades campesinas siguen produciendo alimentos frescos y naturales, preservando tanto la historia como el medio ambiente desde la propuesta agroecológica y con Soberanía Alimentaria.
En esta feria pueden adquirir productos y subproductos de diferentes IALAs y las organizaciones de Centroamérica, Chile, Colombia, Brasil, Argentina, Ecuador, Paraguay y Bolivia, y República Dominicana, además todos los productos de país anfitrión México. Los asistentes disfrutan de una gran variedad de productos campesinos, como chapulines, mezcal, mieles, café, yerba mate, dulces, sabores y aromas, artesanías de diferentes territorios.
Entre los distintos puestos de la Feria Agroecológica se pueden leer algunos carteles que subrayan la posiciones políticas, como la necesidad urgente de una “Reforma Agraria Integral y Popular” en todo el continente.
En respuesta al fetiche del capital, que se manifiesta mediante la moneda, y que ha sido impuesta por los Estados Unidos, esta feria destaca por su decisión revolucionaria de implementar una moneda comunitaria para el intercambio de productos que respete así el trabajo colectivo. Esta se llama “tequio” y rinde homenaje a las prácticas comunitarias. “Tequio es una tradición familiar, es trabajo comunitario, solidario por la soberanía de nuestros pueblos”, detallan las y los organizadores de la feria. “Un tequio es un día de trabajo colectivo”, explican.
El tequio demuestra que se pueden crear sistemas económicos alternativos, construyendo independencia económica y generando un intercambio justo entre comunidades tomando como marco también experiencias en otros paises: en Colombia se llama “minga”, en Venezuela se conoce como “cayapa” o “mano vuelta”, en República Dominicana “trueque”, este otros.
La primera Feria Agroecológica “Cleofas Salazar” también es la evidencia del valor del trabajo mancomunado de los pueblos campesinos, indígenas y afrodescendientes, una alternativa al modelo económico globalizado que está arrasando con la tierra y la humanidad, oponiendo un modelo de armonía con la tierra, ofreciendo Soberanía Alimentaria y desde la propuesta campesina de una Reforma Agraria y Popular como fin último.
Esta nota fue preparada como parte de la cobertura colaborativa realizada en marco del VIII Congreso Continental de la CLOC-Vía Campesina. Escucha más sobre la primera feria agroecológica en la quinta instalación de entrevistasen nuestro Spotify.
En un contexto político y social complejo por el avance del fascismo, organizaciones campesinas, indígenas y de la diversidad del continente se están uniendo con una fuerza renovada para enfrentar los desafíos actuales en defensa de sus territorios.
En el marco del VIII Congreso de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC) – Vía Campesina, que reúne a representantes de 21 países con el objetivo de consolidar una lucha común en defensa de los derechos de los pueblos campesinos e indígenas, y garantizar el acceso a la tierra y la producción agroecológica, compartimos las voces de tres referentes de Argentina, Paraguay y México. Son representantes de las 10 organizaciones que se están integrando (o re-integrando en algunos casos) como miembros formales a la CLOC-Vía Campesina en este Congreso, sumando la cantidad total de organizaciones miembras a 96.
La defensa de la tierra y la soberanía alimentaria en Argentina
Dhanna Pilar Moyano, referente del Movimiento Nacional Campesino Indígena Somos Tierra de Argentina, compartió con emoción la relevancia de este Congreso, destacando la urgente necesidad de unificar las luchas en América Latina frente a la creciente amenaza del extractivismo.
“Estar aquí es volver a una lucha que nos había quedado en el camino», expresó Moyano, quien denunció como el sistema actual está afectando gravemente la salud de las comunidades campesinas e indígenas. “La lucha tiene que ser colectiva, entre las familias campesinas, entre las mujeres, entre el colectivo de las diversidades, en las comunidades indígenas”, enfatizó.
En este contexto, la reforma agraria integral y la soberanía alimentaria son piedras angulares de su lucha. Moyano subrayó el esfuerzo por recuperar las tierras que fueron despojadas, señalando que “en estos tiempos tan hostiles en el continente, la lucha tiene que ser colectiva: entre las familias campesinas, entre las mujeres, entre el colectivo de las diversidades, entre las comunidades indígenas sosteniendo una reforma agraria integral, una lucha por la semilla, por el resguardo de los montes, por la soberanía alimentaria”.
Destacó como un logro que “nuestra compañera Deo [Carrizo, del MNCI-Argentina] y yo, Dhanna, de Somos Tierra, seamos parte de la coordinación de la CLOC en representación de Argentina. Para nosotras, nosotros y nosotres constituye una gran victoria porque el colectivo de la diversidad, particularmente en la Argentina, que venimos de campo adentro y un 75% somos campesinos despojados, despojadas y despojades, por lo que retomar esa historia, esa lucha, esa conquista, ha hecho que yo: una chica trans, una chica travesti, que no solo lleva la mochila para defender el colectivo de la diversidad, sino también la mochila puesta de las comunidades indígenas, del campesino, de las mujeres, una mochila muy amplia y esa historia, haya llegado a este lugar”.
Dhanna Moyano afirmó con orgullo: “Producimos, estudiamos, trabajamos, nos defendemos cuando las topadoras nos quieren desalojar, el colectivo de la diversidad está en el campo y está en la ciudad, pero hoy está retomando ese campo del que fuimos despojades”. Y concluyó: “Abrazo al colectivo de la diversidad porque hemos tenido nuestro primer encuentro en la CLOC, un gran paso para las personas diversas dentro de las comunidades y territorios; esta lucha no termina acá, esto es un comienzo, o la mitad de un comienzo porque los que hoy estamos, mañana no estaremos y debemos dejar un camino allanado para que sepan cuidar conquistas que hay que sostener”.
La unidad indígena en Paraguay
Amado Portillo, de la Organización Nacional de Aborígenes Independientes del Paraguay (ONAI), subrayó la importancia de la unidad de los pueblos indígenas y campesinos en la lucha por la defensa del territorio. “Esta reincorporación nos va a permitir compartir nuestra experiencia, nuestro conocimiento con otras organizaciones, con otros líderes promoviendo la colaboración y el intercambio de ideas”, indicó Portillo.
En Paraguay, los pueblos indígenas enfrentan la indiferencia de un gobierno de derecha que no responde a sus necesidades, particularmente en lo que respecta al derecho a la tierra. “Los principales desafíos son defender nuestro territorio porque quienes están en el poder en el Paraguay no ven la lucha indígena, campesina ni las necesidades del pueblo paraguayo; por eso, nuestra prioridad es la defensa de nuestro territorio y que todos los derechos sean respetados como lo establece la Constitución y las leyes que nos avalan como pueblo indígena”.
Para Portillo, el apoyo mutuo con otras organizaciones y la CLOC es fundamental para responder a los intereses de los terratenientes y fortalecer la lucha por los derechos territoriales. “Tenemos un dicho ‘cuando estamos unidos vamos a lograr más cosas´ y vamos por ese camino porque nos volvimos a unir a la CLOC-Vía Campesina para responder a los grandes terratenientes a través de la unidad y agradecemos a todos porque sentimos el apoyo de los paises a nuestra lucha”.
México y la resistencia contra el neoliberalismo
José Dolores López Barrios, de la Central Independiente de Obreros Agrícolas y Campesinos José Dolores López Domínguez (CIOAC-JDLD) de México, abordó los desafíos que enfrenta su país en materia de soberanía alimentaria, justicia agraria y la defensa de los recursos naturales. El dirigente celebró el reingreso de su organización a la CLOC-Vía Campesina “después de años de dificultades”, destacando “la importancia de consolidar las luchas nacionales, con las continentales y internacionales”.
El dirigente señaló que México enfrenta retos cruciales como “la contrarreforma del artículo 27 constitucional” que permitió la venta de tierras campesinas e indígenas, y “hoy más de la tercera parte están concentradas en hacendados y terratenientes, en empresas inmobiliarias y turísticas, que constituye verdaderamente un crimen al campo”
El dirigente exigió “mejorar las condiciones para la producción de alimentos y proyectos, ya que más del 50% de los alimentos consumidos en el país importados”.
Otro tema clave para México es la relación con el Tratado de Libre Comercio de América del Norte (TLCAN ahora el T-MEC). López Barrios, denunció que “pareciera que el que más ganas tiene de que nos quedemos es México, al que le ha ido de la `patada´ con Estados Unidos y Canadá, que tratan con la punta del pie a los productores, empresarios y a la misma presidencia de México; y nosotros decimos que debemos salir del TLC o, al menos, sacar los granos básicos como el maíz, el frijol, el trigo, es decir los productos básicos, que son parte de la canasta básica”.
Por último, llamó a proteger el agua: “Tenemos que impulsar reformas para que no haya concentración”.
Fortaleciendo la articulación continental por luchas comunes
Unidad en la diversidad: en esta idea han coincidido los tres dirigentes, con un claro llamado a construir alianzas del campesinado latinoamericano y caribeño. Además, la diversidad se erige como una fortaleza que impulsa estas luchas. A pesar de los diferentes contextos nacionales, los pueblos campesinos e indígenas de Argentina, Paraguay y México coinciden en la urgencia de defender la tierra, la soberanía alimentaria y la producción agroecológica.
El VIII Congreso Continental de la CLOC-Vía Campesina marca el rumbo: Construir unidad por los derechos del pueblo del campo.
Como parte de nuestra cobertura colaborativa en marco del VIII Congreso Continental de la CLOC-Vía Campesina, el equipo de comunicación está realizando entrevistas con representantes del movimiento. En nuestra tercera entrevista, Celina Maciel de la Red Nacional de Semillas Nativas y Criollas de Uruguay entrevista a Magha García de la Organización Boricua de Agricultura Ecológica y la Articulación de Mujeres de la región Caribe sobre la realización de la VII Asamblea Continental de Mujeres de la CLOC-Vía Campesina.
Celina:Seguimos en los días previos al comienzo del VIII Congreso de la CLOC Vía Campesina. Estamos en la Ciudad de México, en la Utopia Estrella en Iztapalapa, y estamos con Magha García de la organización Boricua de Puerto Rico, que representa de la región Caribe dentro de la Articulación de Mujeres de la CLOC-Vía Campesina. Magha, queremos preguntarte varias cosas pero dentro de ellas, que nos cuentas cómo ha evolucionado la participación de las mujeres dentro de la CLOC desde de su creación?.
Magha: El desarrollo y desempeño de la de la Articulación de Mujeres abrió un camino que es el que nosotras ahora estamos recorriendo. Hoy tuvimos la oportunidad de ver a una de nuestras mujeres históricas, a Francisca (La Pancha), una mujer de fuerza brillante que está viendo al futuro. Desde el trabajo que hacen las mujeres dentro de su articulación han podido identificar, con antelación, como si fueran profecía, lo que iba a pasar.
Tenemos que organizarnos, tenemos que accionar, porque tarde o temprano eso se va a manifestar. En los años que yo llevo en la CLOC he podido ver ese trabajo histórico, una agenda de trabajo permanente, que se modifica, que se adapta, que es flexible. Esto es parte del trabajo histórico. Es el legado que nos dejaron quienes nos antecedieron. Y creo que en estos momentos quienes estamos caminando tras esas mujeres tenemos una gran responsabilidad porque imaginémonos si las mujeres no hubieran abierto esos caminos, ¿dónde estaría América Latina y el Caribe en este momento, en esta coyuntura?
Celina: Dentro de esa mirada al horizonte, que hicieron estas mujeres que antecedieron la creación de la Articulación y que hoy anteceda todas las mujeres que la integran, sabemos que se viene construyendo lo que es el feminismo campesino y popular, que también apoya esas proyecciones y es parte de la responsabilidad que nos han legado como mujeres campesinas. ¿De qué manera se diferencia o cuáles son las características del feminismo campesino y popular qué impulsa la Articulación de mujeres de la CLOC?
Magha: Es una pregunta bien delicada, una no quiere excluir el trabajo que empezaron las mujeres, porque las que primero comenzaron a dar forma al feminismo eran blancas, educadas, tenían la ventaja de poder ser iguales al hombre, en el sentido de que tenían la preparación académica, no eran ajenas a ser educadas, pero sí a seguir la estructura social de una mujer.
Y desde el trabajo feminista, todos los trabajos, desde el principio hasta el presente, son importantes. En el caso del feminismo campesino popular, era una necesidad. Porque las mujeres del campo no encajamos en la estructura social de producción, o sea, cuando el mundo está trabajando de ocho a cinco, nosotras estamos trabajando desde las cinco de la mañana hasta al otro día casi. ¿Quién vela por ese desempeño? En las ruralia, están estas mujeres.
Entonces, no había una estructura dentro del feminismo, o sea una mirada dentro del feminismo que mirara las necesidades y las condiciones en donde las mujeres del campo trabajamos. Porque no es igual una mujer del campo trabajando en una finca a una mujer en el espacio urbano con acceso a transporte, con acceso comunicaciones.
Entonces, las mujeres en los campos tenemos unas necesidades y unas urgencias que son distintas. Leemos la historia y cuál es la historia de las mujeres del campo, indígenas, afrodescendientes. Es como si no existiéramos. El feminismo campesino popular nos ha dado identidad propia.
Al igual que el feminismo anticolonial, anti racista. Lo campesino y popular sirvió como herramienta política, sirvió para pensarnos, para analizar nuestra situación dentro del campo.
Y cuando empezamos a analizarnos, dijimos, «No, definitivamente no”. A nosotros nos explotan de todas las maneras, nos explota el sistema y nos explota toda la estructura rural que no está diseñada para la mujer que vive en el campo.
Así que creo que es una herramienta de política en construcción porque tenemos que mantener esa visión elástica, que se adapte en un mundo que sabemos que cambió y que va a una velocidad que no va a paso de los cambios sociales. Los cambios sociales ocurren, toman décadas.
Entonces, entiendo que esas primeras mujeres que establecieron las pautas de este movimiento fueron vanguardistas. Fueron vanguardistas y entendieron muy bien la realidad del campo y lo que había que hacer.
Celina: Me gustaría analizar cuáles consideras que son los principales logros y desafíos que enfrentamos las mujeres del campo.
Magha: Desde donde yo lo analizo, digo yo y suena individualista, pero lo digo pensando en la realidad de mí territorio, en el que me tocó a nacer, vivir y crecer. Puerto Rico, una colonia perenne, que no ha conocido ningún otro sistema de gobernanza que no sea el colonial. Entonces, la realidad de nosotros choca no solamente con el Caribe, choca con todo el continente.
Que no es que sea diferente, sigo siendo mujer, sigo siendo mujer de campo, soy campesina, pero en ese proceso mío de formación y de educación, pues no respondió a esa mirada latinoamericana, a esa mirada caribeña.
Por lo tanto, los logros y los desafíos los veo mismo como podemos analizar que el feminismo campesino y popular, que creó las bases, abrió el camino, estableció propuesta, agendas de trabajo, pero luego del paso de la pandemia, en donde se consolidó el mundo digital, el mundo dejó de ser análogo, pero nosotros tenemos todavía un montón de población que es análoga. Por lo tanto, la digitalización se ha tornado en otra herramienta de opresión y de segregación porque creemos que todo el mundo tiene acceso y no es así. Y si tenemos acceso, todo depende de la infraestructura que hay en tu territorio.
Si tienes un teléfono 3G, pero hay instalación 5G, eso no va a funcionar nunca. Luego de la pandemia, el mundo cambió, el ordenamiento cambió. Todo lo tenemos que hacer de manera diferente.
Por ejemplo, en esta Séptima Asamblea lo importante es consolidar no solamente la mirada de las mujeres dentro de la CLOC-Vía Campesina, la mirada de todas las mujeres dentro de los movimientos sociales, que es similar porque el mercado es el mismo, porque el capitalismo es el mismo, toma formas diferentes, pero el objetivo es el mismo, explotar, extraer, violar.
Por lo tanto, entiendo yo que estamos en un punto donde tenemos que hacer una nueva agenda, una nueva hoja de ruta para atender esos desafíos. Este año han pasado varios procesos importantes, Nyeleni, la Cumbre de los Pueblos, la COP, el encuentro de agroecología en Cuba. En todos esos espacios e instancia, las mujeres se reunieron.
Y creo que esta Séptima Asamblea sería interesante y si tuviéramos el tiempo, porque hay tanto que hablar y hay tanto que discutir y hay tanto que hacer, pero creo que un buen ejercicio sería analizar todos los insumos que estas actividades, estos encuentros han dejado desde la mirada de las mujeres porque yo estoy segura que es igual. O sea, toma forma diferentes, pero tengo el convencimiento de que todas las mujeres trabajadoras, campesinas, negras, indígenas del planeta coincidimos en los mismos atropellos y con las mismas violencias. Precisamente, porque la estructura de gobernanza global está dominada, no por países, sino por empresa es como si las fronteras del mundo cambiaron y tenemos que ahora detenernos y ver cómo nos insertamos ante estos retos.
Celina: Siguiendo en este mismo sentido de la formación y de la defensa del territorio porque sabemos que eso va a seguir avanzando y si seguimos los pasos de quienes vinieron antes de nosotres y podemos tener esa visión a largo plazo, ¿Cuáles han sido las estrategias que se han dado las mujeres campesinas en términos de formación para seguir defendiendo la tierra y la semilla y entender estas nuevas estrategias también del capital y del extractivismo para meterse en nuestros territorios, para seguir inculcándonos métodos y sistemas que no solo extraen nuestras tierras, sino que también extraen nuestros conocimientos, los capitalizan, los coptan y así de nuevo nos los devuelven como un nuevo conocimiento o como algo que recién se descubre, pero en realidad es un conocimiento ancestral que venimos defendiendo?
Magha: Hay que crear las condiciones para que la mujer no tenga que abandonar el campo, porque si la mujer, como decía nuestra compañera María Josefa en la intervención de esta tarde, las mujeres somos las que luchamos, las muchas son las que cuidamos, históricamente. por lo tanto, hoy, el hecho de que lo virtual y lo digital ocurre en unas plataformas que no vemos, o sea, es como si no ocurriera, pero ocurre, pero quien está en el territorio, vela el territorio, cuida el territorio. ¿Cuántas personas han tratado de contaminar el río que pasa por mi bosque?
Creo que como estrategia, la CLOC Vía Campesina tenemos que buscar la manera de que todas nuestras mujeres puedan quedarse en el campo y crear condiciones y cuidarse unas con otras, porque si abandonamos los campos, los extractivistas y los que necesitan las tierras para plantar sus compañías, todas las bases donde guardan los datos, donde necesitan cantidades de agua pura, porque no son aguas grises que podían ser un uso, estas tecnologías necesitan agua limpia y quienes van a son las afectadas: las mujeres, los niños, que ya tenemos varias comunidades en la CLOC-Vía Campesina en la lucha por el agua extraída por esos intereses. Así que hay muchos retos y los ritmos han cambiado.
Celina: Muchas gracias, Magha, por tu tiempo y por tus palabras. Queria preguntarte una frase o qué palabras le dejarías a las mujeres en general, a las mujeres campesinas, a las mujeres que tengas en la mente cuando pensás en la defensa del territorio y en el mundo que tenemos que seguir construyendo.
Magha: Yo creo que todas las mujeres coincidimos en que nuestras ancestras, nuestras abuelas jugaron un rol. A mí me crió mi abuela. Si hoy yo pude regresar al campo, luego de haber trabajado muchísimo tiempo fuera de los campos, en profesiones que no tenían nada que ver, porque todo el mundo decía que el progreso era dejar las tierras y vender. Y yo le dije, «¿Tú sabes abuela? Lo que tú has hecho en tu vida es lo más importante para salvar a la humanidad, porque la gente tiene que alimentarse todos los días. Es más importante yo saber que esos alimentos que yo voy a consumir, que yo voy a compartir en mi comunidad son alimentos sanos, son alimentos que no van a contaminar ni el cuerpo ni el ambiente ni el agua.
Y ha sido un proceso bien interesante y de toda mi familia en la actualidad, de toda mi familia que fue agrícola que crecimos en el centro de la isla, solamente quedamos dos personas cercanas a la tierra.
Yo estoy casi segura que mi desconexión no ocurrió porque yo tuve a mi abuela, una analfabeta que sembraba, que era dula de muerte en su comunidad, ella era quien ayuda a ese enfermo a morir, ella ha sido mi inspiración, mis ancestros, mi bisabuela que aunque yo era joven la vi trabajando, labrando la tierra y luego toda la familia hizo su casita alrededor del rancho grande, pero luego todo cambió.
Para la Segunda Guerra Mundial el mundo cambió, los como los eventos globales mundiales cambian el curso de las luchas. Y vivimos ese gran reto a la velocidad que estamos viviendo versus la realidad del tiempo que hay que dedicar a análisis de coyuntura, las 24 horas.
Esa es la frase con la que yo inicié mi intervención de hoy, el Caribe tan cerca y tan lejos. Porque relativamente todas las islas estamos cerca. Pero los requisitos de migración, las relaciones políticas, todo lo que configura en estos momentos Estados Unidos en esa nueva agenda, en esta nueva guerra, que es nueva guerra comercial, pero que puede desencadenar en una guerra como que está ocurriendo en Sudan, en Gaza. De Gaza no se ha acabado, Hay demasiados retos. La clave va a ser en rescatar, seguir honrando lo que nos dejaron, no olvidarlo, pero a la vez debemos tener nuevas estrategias. Tenemos que aprender y comprender que todo lo que está ocurriendo en este momento requiere nuevas formaciones, requiere estudios. Así que tenemos mucho trabajo, pero, las mujeres siempre luchamos, nacemos luchando y creo que todas morimos luchando.
“FRENTE A LAS CRISIS GLOBALES, CONSTRUIMOS SOBERANIA ALIMENTARIA; CONTRA EL FASCISMO Y EL IMPERIALISMO, AMÉRICA SIGUE EN LUCHA”
Veinticuatro años después de su III Congreso Continental realizado en 2001 en México, organizaciones del campo de América Latina y el Caribe volvieron a este gran país para reunirse en el marco del VIII Congreso Continental de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC) – Vía Campesina. En esta ocasión del Congreso se realiza en Oaxtepec en el Estado de Morelos, conocido como la Ciela Grande de los Hijos del Maíz.
Los Congresos son los espacios de encuentro, análisis de coyuntura, debate y coordinación de los planes de trabajo para los próximos años de esta articulación continental, además para un rico intercambio cultural de los pueblos de la región. Participan en este Congreso 400 representantes de las 96 organizaciones de 21 países que componen la CLOC-Vía Campesina, además de aliados e invitados de México e internacionales.
Durante la mística de apertura, el grupo TLAHUIKAYOLT trajo a través de las danzas, el copal, el tambor y fuego las energías de los pueblos indígenas mexicanos; su cultura, la vibra de los ancestros sumándose al comienzo de este encuentro. Las delegaciones recordaron que América Latina “siempre es una región de lucha, esfuerzo y resistencia” y reafirmaron su compromiso con las luchas campesinas impulsadas por la CLOC-Vía Campesina y otros movimientos sociales.
Este 6 de diciembre quedó formalmente instalado un congreso que busca enfrentar “Los más grandes desafíos de la América Latina, ahora enmarcados en una crisis política internacional que ya se deja sentir sobre nuestros territorios”.
El Congreso se desarrolla en un escenario mundial crítico. Entre las crisis señaladas se encuentran la climática, la alimentaria derivada del agronegocio corporativo, la crisis democrática alimentada por expresiones de fascismo, narcisismo y patriarcado, así como la crisis económica provocada por un modelo que concentra la riqueza y expulsa a los pueblos del campo.
A estas preocupaciones se sumó la “renovada ofensiva del imperialismo norteamericano”, que pretende reactivar la Doctrina Monroe para recolonizar Nuestra América, según alertaron las organizaciones, ante las amenazas constantes del presidente de los Estados Unidos de Norteamérica, Donald Trump. Se hizo una denuncia de los despliegues militares en el Caribe, que provocaron ya medio centenar de muertes, amenazan la estabilidad regional, especialmente en Venezuela, y buscan debilitar proyectos populares que defienden sus territorios, soberanías y bienes comunes.
Frente a ello, las delegaciones llamaron a fortalecer la unidad continental y a construir una agenda estratégica que responda a estos desafíos, con ejes como la Soberanía Alimentaria, el Feminismo Campesino y Popular, la diversidad y la Defensa de la Vida y los Bienes Comunes. La CLOC reiteró su compromiso para mantener a América Latina y el Caribe como territorios de paz. Un mensaje de hermandad para los pueblos del continente.
Con la memoria de más de 500 años de resistencia campesina, negra, indígena y popular, la CLOC afirmó que el VIII Congreso busca construir propuestas políticas que permitan disputar el futuro de “Nuestros pueblos no están predestinados a la dependencia ni a la dominación”. Parte de esta historia es la Revolución Mexicana cuyo legado fue presente en la apertura del Congreso a través de las palabras de Jorge Zapata González, nieto de Emiliano Zapata.
En este Congreso, ingresan 10 organizaciones a la CLOC-Vía Campesina incluyendo las 4 organizaciones anfitrionas de México: Coordinadora Nacional Plan de Ayala (CNPA), el Movimiento Social por la Tierra (MST), Unidad de la Fuerza Indígena y Campesina (UFIC) y la Central Independiente de Obreros Agrícolas y Campesinos José Dolores López Domínguez (CIOAC-JDLD), quienes han realizado un gran labor para recibir el Congreso junto al apoyo de instituciones vinculadas al proceso de la Cuarta Transformación.
Las actividades en marco del Congreso comenzaron el 2 de diciembre con la I Asamblea de Diversidades de la CLOC, seguida por la VI Asamblea de Jóvenes el día 3 y la VII Asamblea de Mujeres entre el 4 y 5 de diciembre en Ciudad de México.
Destaca también el II Congresito de la Niñez, un encuentro para niñas y niños que fomenta organización, conciencia de derechos y formación para un mundo más justo; y la I Feria agroecológica para el intercambio de productos y artesanías, donde se compartieron bienes como maíz, frijol y artesanías de pueblos campesinos e indígenas, promoviendo un espacio de intercambio de productos frente al avance del comercio corporativo.
Las delegaciones participan con espíritu internacionalista y se comprometen a llevar los debates a sus territorios para fortalecer la organización popular, espíritu que vibró con las consignas que partían desde las gradas del auditorio: “¡Zapata vive, la lucha sigue!”, “¡Globalicemos la lucha, globalicemos la esperanza! ¡El pueblo no se rinde, carajo!”, ¡“Alerta, alerta que camina, la lucha campesina por América Latina!, “¡Contra el capital, patriarcado y fascismo: Más feminismo, organización y lucha!”, “¡Sin diversidades no hay Revolución!” ” Solo unidos/as podemos ganar las batallas” “La Tierra vive cuando la mujer florece”
Las organizaciones ratificaron el compromiso colectivo que además es la consigna de este VIII Congreso: «Frente a las crisis globales, construimos Soberanía Alimentaria: contra el fascismo y el imperialismo, América sigue en lucha».
“Contra el capital, patriarcado y fascismo más feminismo organización y lucha”
Las mujeres campesinas del continente latinoamericano, junto con invitadas de África y Norteamérica, se reúnen en esta VII Asamblea, donde presentaron la importancia de llegar a este evento con un proceso histórico recorrido. Este mensaje fue compartido de manera virtual por la compañera Francisca Rodríguez, fundadora de la Articulación de Mujeres de la CLOC-Vía Campesina.
Las mujeres hemos sido protagonistas y forjadoras de propuestas políticas dentro del campesinado, y ello se refleja en la construcción del Feminismo Campesino y Popular, una propuesta que ha fortalecido los procesos formativos con temáticas vinculadas al territorio y al contexto actual, levantando su bandera de lucha contra el patriarcado, el colonialismo, el fascismo y las injerencias extranjeras.
Esta Asamblea constituye una parte esencial de nuestro proceso político: es un espacio de formación, articulación y proyección desde el cual las mujeres del campo elaboramos propuestas colectivas, analizamos el contexto continental y construimos estrategias de lucha frente a los múltiples sistemas de opresión que nos atraviesan, tales como el racismo, el capitalismo, el colonialismo y la violencia estructural en los territorios.
La Articulación de Mujeres retomó algunos de los principales desafíos en el marco de este contexto, reafirmando la necesidad de continuar fortaleciendo la propuesta política. Entre ellos destacan: seguir posicionando el Feminismo Campesino y Popular en las organizaciones de base, en los espacios de dirigencia y entre aliados y aliadas; profundizar en la igualdad de género desde una perspectiva de diversidades; y avanzar en el trabajo con las nuevas generaciones, un reto fundamental para garantizar la continuidad del proceso político.
La Asamblea es la base política y organizativa que garantiza la participación propositiva y con voz propia de las mujeres en todas las instancias del VIII Congreso de la CLOC–LVC en su conjunto.
Su realización representa una apuesta concreta por la justicia de género, la soberanía alimentaria, la paz con justicia social y la autodeterminación de los pueblos. Es un ejercicio de fortalecimiento de la voz colectiva de las mujeres del campo frente a un modelo que pretende mantenernos excluidas, fragmentadas y silenciadas. Así lo han ratificado las mujeres en esta Asamblea a través de discusiones grupales, ponencias, acciones colectivas, momentos místicos y los intercambios en plenaria.