“Ou saio como presidente ou saio como cadáver”

DSC04289Com essa frase o presidente Rafael Correa enfrentou os policiais insurgentes, que o mantiveram preso por 10 horas em um hospital da capital do Equador, Quito.Na manhã de ontem, 30 de setembro, uma rebelião policial se espalhou pelo Equador, instaurando um clima de tensão e conflito em todo o país. O aeroporto foi fechado, avenidas foram bloqueadas, ônibus foram impedidos de circular nas principais avenidas da capital.

 

A TV pública do país, TV Ecuador, foi invadida e sua programação foi suspensa. Jornalistas foram agredidos em Quito quando tentavam fotografar os embates entre a população e a polícia, a quem já chamavam de “golpistas”.Moitivados, aparentemente, por um projeto de lei de serviço público, assinado pelo presidente Correa, onde regalias à polícia seriam suspensas, um motim foi promovido por um grupo de polícias que cercaram, na manhã de ontem, 30 de setembro, o Palácio do Governo Caroteled, impedindo o presidente de sair. Nas ruas a população queimava pneus e se manifestava, em sua maioria, contra a ação da polícia e em defesa do presidente Correa.

Em pouco tempo soubemos que a Assembleia equatoriana e os servidores públicos se uniram aos policiais.No interior do país, principalmente em Guayaquil, saques a bancos e lojas se espalharam pela cidade. Da mesma forma, manifestantes entravam constantemente em embate com a polícia. No início da tarde, o presidente Correa foi levado do Palácio a um Hospital Policial da capital. Recém operado do joelho, andava com dificuldade diante dos empurrões dos policiais.

Ao chegar ao hospital foi atacado com diversas bombas de gás lacrimogênio que o fizeram desmaiar. Seus assessores tentaram lhe proteger, colocando uma máscara antigás, mas os policiais a tiraram e colocaram a fumaça das bombas bem perto de seu rosto.Com o apoio popular Correa volta ao Palácio CaroteledNo início da tarde desta quinta-feira, milhares de pessoas se reuniram na Plaza Grande, em frende ao Palácio do Governo, para apoiar Rafael Correa e aguardar o seu resgate. Vários movimentos sociais, respresentantes do partido do presidente, o PAIS, trabalhadores e trabalhadoras e jovens de todo o país foram para o local. Por volta das 22 horas, depois de um tarde inteira de negociações e de uma operação de resgate que durou cerca de uma hora, onde cerca de 45 pessoas ficaram feridas e uma morte já foi confirmada, o presidente conseguiu retornar ao Palácio. Na operação de resgate, dois militantes da Federação Nacional de Organizações Camponesas e Indígenas do Equador, FENOCIN, foram feridos pela polícia. Freddy Congo foi ferido na perna e Cesar Zambrano teve o olho ferido, por bombas de gás lacrimogênio.  O confronto se deu entre a polícia e o exército equatoriano, que se manteve todo o tempo ao lado do presidente Correa, apoiando-o.Rafael Correa foi saudado com entusiasmo pelos milhares de manifestantes que se mantiveram  toda a tarde esperando-o. O presidente contou à população as ameaças da polícia, e tudo que fizeram contra ele. Fizeram-lhe dobrar a perna recém operada, fazendo-lhe cair de dor.

Assim, mal conseguia andar. No hospital foi medicado e os médicos trataram-lhe, também, dos efeitos do gás lacrimogênio que lhe fizeram aspirar. Correa acusou o grupo de policiais manifestantes, e demais infiltrados que ele disse que estavam com o grupo, mascarados inclusive, de tentativa de golpe de estado.Quito tenta voltar à normalidadeEsta sexta-feira teve início no Equador com um pouco mais de tranquilidade. O comércio e os bancos voltaram a funcionar normalmente. Vôos voltaram a ser operados no país. Apesar disso, o exército continua nas ruas para tentar manter a ordem. Ainda pela manhã, o chefe da polícia do Equador, Freddy Martinez, renunciou ao cargo. O país continua em estado de sítio e, também, continua sem Ministro da Defesa. Javier Ponce renunciou ao cargo ontem. Chanceleres da União de Nações Sul Americanas (Unasul), que se reuniu ontem emergencialmente em Buenos Aires, Argentina, virão ao Equador nesta sexta-feira para expressar seu apoio a Correa. Evo Morales, presidente da Bolívia, manteve durante todo o dia de ontem, contato com representantes da Via Campesina no país, para ter informações da real situação no país.

A OEA, ONU e vários países latinoamericanos manifestaram total apoio a Rafael Correa.O país permanece atento depois de um dia tão conturbado. A prespectiva de um possível golpe de estado levanta muitas questões, principalmente no atual contexto latinomaericano, e requer atenção dos governos e das populações do continente.

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Ecuador un día después del intento de golpe de Estado

Después de que este jueves 30 de septiembre vivieran los ecuatorianos un ambiente de inestabilidad institucional, por el intento de golpe de estado provocado por la policía y grupos de poder, este viernes la normalidad cotidiana se viven en las diferentes calles y avenidas de la ciudad de Quito.

 La tarde noche de ayer miles de ecuatorianos y ecuatorianas se concentraron en la Plaza Caroteled o Plaza Mayor para mostrar su respaldo a la Revolución Ciudadana de Ecuador; hombres y mujeres de todas las edades, así como organizaciones indígenas, campesinas, de jubilados y jóvenes entre otros se movilizaron desde diferentes regiones del país para exigir respeto a la decisión ciudadana, así como mostrar su repudio a todo intento de golpe de Estado.

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Foto: Cientos de habitantes ecutorianos concentrados en la Plaza Grande

Autoridades de gobierno se apostaron en el Palacio de Gobierno para dirigirse a quienes se concentraron en la plaza y a toda la población de Quito y animaron a las y los ecuatorianos a salir a las calles a manifestar de forma pacífica y exigir el respeto a la decisión de las y los ecuatorianos, y condenar las acciones de los golpistas.

 «Correa amigo, el pueblo esta contigo» «arriba el poder ciudadano», «Vamos Correa, Correa no se ahueva carajo» eran algunas de las consignas que coreaban miles de hombres mujeres jóvenes niños y niñas en la plaza central cuando el presidente de Ecuador, Rafael Correo se hizo presente en el balcón del Palacio de Gobierno.

  «Para mi es unos de los días mas tristes de mi vida, sin duda el día más triste de mi gobierno, por un grupo de desquiciados por la infamia de los conspiradores de siempre» señalo el mandatario ecuatoriano. «Maltrataron, secuestraron al presidente y para liberarlo han caído hermanos ecuatorianos; es un día de profunda tristeza que jamás creí que iba a llegar a mi gobierno de paz y justicia y del buen vivir», agregó el mandatario.

 Correa solicitó a los presentes un minuto de silencio por aquellos que dieron la vida en el momento de su rescate en el hospital de la policía, donde permaneció secuestrado por los mismos elementos policiales durantes varias horas. El mandatario agregó que existen integrantes de varios partidos que quieren conspiran contra su gobierno.

 Cuando el mandatario narraba el cruce de balas y bombas lacrimógenas que se vivieron en el hospital, quienes se concentraron en la plaza gritaban: «Lucio asesino, Lucio asesino» refiriéndose a Lucio Gutiérrez ex presidente de Ecuador, quien sospechosamente había salido al extranjero y desde allí incitó a disolver el parlamento y convocar elecciones anticipadamente.

 El presidente de Ecuador Rafael Correa agradeció a todo el pueblo ecuatoriano que se unió en defensa de la democracia y el estado de derecho, también mencionó la valentía de la guardia presidencial que fue maltratada por la misma policía, «hermanas y hermanos un agradecimiento al inmenso pueblo de todos los departamentos del Estado ecuatoriano. También agradeció a los presidentes de América Latina y del mundo entre los que mencionó los países de Colombia Venezuela Chile Argentina, entre otros.

 Al final de su discurso el mandatario solicitó a los militares a no dejarse engañar por quienes quieren conspirar contra su gobierno, y a la población a estar alertas y permanecer en unidad para enfrentar a los vende patrias.

 Ante la rebelión policial vivida este jueves en la ciudad de Quito el ministro de Seguridad Interna y Externa Miguel Carvajal declaró estado de excepción por una semana, las clases fueron suspendidas este viernes la actividad comercial así como la atención bancaria es irregular.

 A pesar de que la policía fuertemente armada amotinada en diferentes puntos de la ciudad, reprimía y cometía atropellos contra la población, la amplia participación y movilización popular se hizo de manifiesto este jueves. La contundente respuesta popular ha puesto de manifiesto los niveles de conciencia, dignidad y organización del pueblo ecuatoriano, así como su disposición a no permitir el regreso a un pasado de oprobio y beneficio de una minoría.

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