Europa cruje

faoEl paradigma de una Europa urbanizada y adquiriendo sus alimentos en los países del Sur ha sido una de las primeras víctimas de la actual crisis financiera que azota a las grandes potencias del capitalismo industrial.

Esta es, entre otras varias, la reflexión del integrante de La Vía Campesina Europa, el aragonés Javier Sánchez, quien se integró a la delegación de dicha organización internacional de campesinos que viene trabajando en la redacción de las Directrices sobre uso y tenencia de la tierra en la sede de la FAO.

La existencia de tierras comunales en varias regiones de Europa y su importancia social y alimentaria, el envejecimiento de la población general del continente, en especial en el campo y la conciencia, agudizada por la crisis, de la necesidad de la soberanía alimentaria, forman parte del diálogo con este agricultor español.

La ampliación de las fronteras de la Unión Europea hacia el Este significó, señala Sánchez, el inicio de una intensa carrera de los países que lideran la coalición por el control de las tierras cultivables y los mercados de esos países, los cuales a su vez han visto crecer el costo de vida, aunque con sus ingresos congelados. “A muchos de los agricultores y ciudadanos de esos países las expectativas por ingresar a ’Europa’ se les transformó en una gran decepción. Y han terminado migrando a países como España, Francia, Alemania o Italia donde se los considera ciudadanos de segunda categoría”.

Javier integra la Coordinadora de Organizaciones de Agricultores Ganaderos (COAG) del Estado español.

Foto: Radio Mundo Real

(2011) Radio Mundo Real

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Tecnologia Terminator e o dilema brasileiro. Entrevista especial com Silvia Ribeiro

Jueves  20 de Octubre de 2011
«A tecnologia Terminator é uma panaceia para as transnacionais de sementes, porque lhes permite aumentar de forma exponencial a dependência dos agricultores, já que estes estariam obrigados a comprar sementes delas a cada ano, porque as sementes se tornam estéreis depois da primeira colheita.»

Apesar de o Convênio de Diversidade Biológica das Nações Unidas – CDB ter adotado uma moratória global conta a experimentação e o uso da tecnologia Terminator dez anos atrás, tramita no Congresso Nacional brasileiro dois projetos de lei que pretendem liberar o uso dessas sementes no país. As iniciativas são “extremamente preocupantes” e propõem a criação de uma “lei que é contra a soberania alimentar”, declara Silvia Ribeiro à IHU On-Line.

De acordo com a pesquisadora, a tecnologia Terminator foi desenvolvida pela empresa Delta & Pine, propriedade da Monsanto, em parceria com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. “Trata-se de uma tecnologia transgênica para fazer sementes suicidas: são plantadas, dão fruto, mas a segunda geração torna-se estéril, para obrigar os agricultores a comprar sementes novamente em cada estação”, explica.

Atualmente, seis transnacionais controlam as sementes transgênicas plantadas no mundo. Destas, cinco “têm patentes do tipo Terminator” e três “detêm mais da metade do mercado global de sementes (53%)”, informa. Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, Silvia critica os projetos de lei (PL) de autoria da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e do deputado Cândido Vaccarezza (PT) e enfatiza que, se o Brasil aprová-los, estará «entregando a possibilidade de decidir sobre a sua própria alimentação”.

Silvia Ribeiro é pesquisadora e coordenadora de programas do Grupo ETC, com sede no México, grupo de pesquisa sobre novas tecnologias e comunidades rurais. Ela tem ampla bagagem como jornalista e ativista ambiental no Uruguai, Brasil e Suécia. Silvia também produziu uma série de artigos sobre transgênicos, novas tecnologias, concentração empresarial, propriedade intelectual, indígenas e direitos dos agricultores, que têm sido publicados em países latino-americanos, europeus e norte-americanos, em revistas e jornais. Ela é membro da comissão editorial da Revista Latino-Americana Biodiversidad, sustento y culturas, e do jornal espanhol Ecología Política, entre outros.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – O que é a tecnologia Terminator?

Silvia Ribeiro – Trata-se de uma tecnologia transgênica para fazer sementes suicidas: são plantadas, dão fruto, mas a segunda geração torna-se estéril, para obrigar os agricultores a comprar sementes novamente em cada estação. Ela foi desenvolvida pela empresa Delta & Pine (agora propriedade da Monsanto) com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Cinco das seis transnacionais que controlam as sementes transgênicas plantadas em nível mundial têm patentes do tipo Terminator. A Syngenta é a que tem o maior número dessas patentes. As empresas que desenvolveram a tecnologia Terminator a chamaram de “Sistema de Proteção da Tecnologia”, porque ela serve para promover a dependência e impedir o uso de sementes sem lhes pagar royalties pelas patentes. Em seus primeiros folhetos de propaganda, elas asseguravam também que é para que “os agricultores do terceiro mundo deixem de usar suas sementes obsoletas”.

Nesse momento, elas mostravam claramente as suas intenções: acabar com as sementes campesinas e com o irritante fato de que a maioria dos agricultores do mundo (campesinos, indígenas, agricultores familiares) usam suas próprias sementes em vez de comprá-las no mercado.

IHU On-Line – Por que o Brasil tenta aderir à semente Tarminator se, no ano 2000, o Convênio de Diversidade Biológica das Nações Unidas – CDB adotou uma moratória global contra a experimentação e o uso da tecnologia Terminator?

Silvia Ribeiro – A tecnologia Terminator é uma panaceia para as transnacionais de sementes, porque lhes permite aumentar de forma exponencial a dependência dos agricultores, já que estes estariam obrigados a comprar sementes delas a cada ano, porque as sementes se tornam estéreis depois da primeira colheita. Não é como os híbridos, que, na segunda colheita, dá menos quantidade ou uma qualidade diferente, mas é uma semente que «suicida»; ela se torna totalmente estéril.

Por isso, as multinacionais tentaram, desde a aprovação da moratória internacional no ano 2000, por diversas vias eliminá-la. Agora, isso se manifesta mais claramente no Brasil, onde existem duas propostas para acabar com a proibição do Terminator hoje existente.

Se isso for obtido, o próximo passo será o de que o Brasil tentará mudar a moratória em nível internacional, porque se não o fizer, ao aplicar a Terminator, violará a moratória. Por isso, a discussão sobre esse tema no Brasil tem uma relevância mundial.

IHU On-Line – Quais são as implicações das sementes Terminator para a agricultura?

Silvia Ribeiro – A Terminator impede um ato que é a base de 10 mil anos da agricultura: cultivar e selecionar sementes da própria colheita e replantá-las para a próxima. As sementes são a chave para toda a rede alimentar. Quem controla as sementes controla a cadeia alimentar.

Por isso, as transnacionais químicas têm tentado fazer isso nas últimas três décadas, monopolizando o mercado global de sementes, comprando a maioria das empresas de sementes. Hoje, somente três empresas transnacionais, cuja origem é a produção de tóxicos químicos e agrícolas (Monsanto, DuPont, Syngenta), detêm mais da metade do mercado global de sementes (53%) e, entre as 10 maiores, controlam 73% do mercado global de sementes comerciais.

Apesar desses números tão alarmantes, a grande maioria das sementes do mundo continua nas mãos dos camponeses e dos agricultores familiares, que usam suas próprias sementes ou as misturam ocasionalmente com sementes comerciais.

Além disso, os grandes agricultores, nas variedades que dão bom resultado, continuam usando parte de sua colheita como sementes para replantio. Por isso, as empresas querem usar medidas tecnológicas que lhes garantam maior dependência e controle.

A consequência de usar a Terminator é que um punhado de fabricantes tóxicos transnacionais irá decidir o que vai ser plantado e o que todos os demais irão consumir.

IHU On-Line – Que ameaças de extinção e de modificação as sementes Terminator podem causar à biodiversidade?

Silvia Ribeiro – Todas as variedades que comemos hoje em dia em todo o mundo estão baseadas na criação, seleção, ressemeadura e intercâmbio de variedades entre agricultores/as e indígenas, processo que continua vivo e atuante. As diferentes culturas, gostos, situações geográficas e climáticas, a pequena escala e a necessidade de prevenir as condições mutantes criaram uma enorme diversidade agrícola, que também maneja e interage com a biodiversidade natural circundante. Isso significa uma grande resiliência com variedades que resistem melhor ao frio ou ao calor, à umidade ou à seca, além dos diferentes gostos e propósitos.

As Terminator são sementes uniformes que vão acabando com a diversidade à medida que são aplicadas. Em parte, porque elas se baseiam em algumas poucas variedades selecionadas pelas empresas centralmente para todo o globo ou para grandes regiões. A uniformidade produz uma enorme vulnerabilidade e mais demanda de tóxicos, o que serve ao lucro das empresas.

Mas, além disso, a tecnologia é tão complicada (se baseia na ativação de uma cadeia de genes, com a aplicação de um tóxico externo antes de cultivá-la) que, se for aplicada, certamente falhará em parte. Isso significa que os cultivos adjacentes que forem contaminados com pólen com a Terminator vão morrer (alguns), e outros continuarão levando o gene sem ativá-lo, que poderia continuar cruzando até que um químico ou alguma condição ambiental (como maior frio, calor, umidade) desate a cadeia e os esterilize.

Embora os que promovem a Terminator digam que ela é para a «biossegurança», na realidade ela multiplica os riscos: algumas plantas se tornarão estéreis, e outras continuarão se cruzando, disseminando a ameaça.

IHU On-Line – As sementes Terminator são usadas em algum lugar do mundo?

Silvia Ribeiro – Não, em nenhuma parte do mundo. O Brasil seria o primeiro país a aplicar essa tecnologia tão perigosa e imoral.

IHU On-Line – Por que o México apoiou o fim da moratória contra a semente Terminator em 2006?

Silvia Ribeiro – A Terminator não é aplicada no México atualmente. Depois da assinatura do Tratado de Livre Comércio do Atlântico Norte com os EUA e o Canadá (Nafta, em sua sigla em inglês), as transnacionais se apoderaram de quase todo o mercado comercial de sementes e insumos agrícolas no México e têm enorme peso sobre o governo.

O México, nas negociações de biossegurança, fala muitas vezes em nome dos interesses não do seu país, mas das multinacionais e dos Estados Unidos, que não fazem parte do Convênio de Diversidade Biológica, onde está a moratória da Terminator. Por isso, ele também permitiu experimentos com milho transgênico, mesmo sendo o centro de origem do milho, apesar da oposição da população, dos agricultores e dos consumidores.

IHU On-Line – Como você analisa a posição do Brasil com relação às sementes Terminator e o Projeto de Lei de Cândido Vaccarezza (PT) para liberar essas sementes?

Silvia Ribeiro – Acredito que é extremamente preocupante, já que o partido é do governo e está promovendo uma lei que é contra a soberania alimentar, tanto no Brasil como no resto do mundo. Se o Brasil a aprovar, estará entregando a possibilidade de decidir sobre a sua própria alimentação. Além disso, a proposta de Vacarezza argumenta que a Terminator é necessária para poder fazer plantas transgênicas «biorreatoras», isto é, que produzam substâncias industriais e farmacêuticas etc. Isso, por si só, apresenta enormes riscos ambientais e de saúde por causa da provável contaminação das redes alimentares.

A proposta de Vacarezza, que foi redigida por uma advogada da Monsanto, propõe que a Terminator seria para a «biossegurança», porque evitaria a contaminação provocada por essas plantas de alto risco e de outras, como árvores transgênicas.

Mas, como expliquei antes, a Terminator nunca é uma medida de biossegurança, mas sim o contrário. Isso quer dizer que a proposta apresenta um risco triplo: que sejam cultivadas plantas que poderiam ser tóxicas para a saúde se contaminarem outras; que a Terminator seja aprovada (que, sem dúvida, será usada em todas as plantas, não só nessas, porque esse é o verdadeiro interesse das empresas); e que se incentive o uso de monocultivos de árvores transgênicas, que, a todos os problemas dos monocultivos, somarão o da contaminação transgênica e a esterilidade.

Sobre o processo, organizações brasileiras que acompanham o tema o descreveram assim: “Atualmente, a Lei de Biossegurança proíbe ‘a utilização, a comercialização, o registro, o patenteamento e o licenciamento de tecnologias genéticas de restrição do uso’ (art. 6º, Lei 11.105/05). Mas, mesmo sob o peso da moratória internacional e diante da atual proibição nacional, dois Projetos de Lei no Congresso tentam liberar as sementes Terminator no Brasil. Um é o PL 268/07, originalmente apresentado pela hoje senadora Kátia Abreu (DEM-TO), e atualmente de autoria do deputado Eduardo Sciarra (DEM-PR). E, em 2009, o deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), que nunca atuou no campo da agricultura, apresentou o PL 5575/09, que prevê a liberação das sementes Terminator no Brasil. Em 2010, a Campanha Por um Brasil Ecológico e Livre de Transgênicos fez uma denúncia informando que o arquivo que está disponível no sítio da Câmara dos Deputados com a proposta do PL tem como origem o computador de uma das advogadas da empresa Monsanto! Esse Projeto de Lei foi muito questionado na sua tramitação na Câmara, mas, apesar disto, foi criada uma comissão especial para agilizar sua tramitação. Quando se cria uma comissão especial, o PL tramita em regime de prioridade, ou seja, diminui das 40 sessões da Tramitação ordinária para 10 sessões apenas!”.

Em junho de 2011, a Jornada de Agroecologia da Via Campesina no Paraná, com mais de quatro mil participantes, se pronunciou massivamente contra essas novas propostas de permitir a Terminator. O Seminário Internacional Cúpula dos Povos da Rio+20 Por Justiça Social e Ambiental, com cerca de 500 participantes, que foi realizada no Rio de Janeiro em julho de 2011, também se pronunciou.

As demandas ali propostas, para os poderes Executivo e Legislativo federais, foram:

– que o governo brasileiro mantenha o texto da Lei de Biossegurança (Lei 11.105/05) que proíbe a utilização de qualquer tecnologia genética de restrição de uso;

– que o governo brasileiro tenha uma posição firme e clara na Convenção sobre Diversidade Biológica para manter a moratória internacional às tecnologias genéticas de restrição de uso (GURTs), garantindo, como Estado-Parte da CDB, que a moratória também se aplica no Brasil;

– que o Congresso Nacional rejeite os PLs 5575/09 e 268/07 que tramitam na casa e que os senhores deputados Cândido Vacarezza (PT-SP) e Eduardo Sciarra (DEM-PR) arquivem esses PLs da pauta do Congresso, respeitando a moratória internacional à tecnologia Terminator e garantindo a soberania nacional em relação ao uso e reprodução das sementes, à segurança e soberania alimentar dos povos, e aos direitos dos agricultores, povos indígenas, povos e comunidades tradicionais, ao livre uso da biodiversidade e da agrobiodiversidade.

IHU On-Line – Como você recebeu a notícia de que Graziano da Silva assumiu a direção da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO?

Silvia Ribeiro – Acredito que Graziano da Silva deve afirmar claramente a mesma posição que o diretor anterior da FAO, ou seja, de condenação da tecnologia Terminator por ser uma ameaça direta à soberania alimentar.

IHU On-Line – Qual a sua expectativa com relação à Rio+20, que acontecerá no Brasil no próximo ano?

Silvia Ribeiro – Seria uma enorme contradição e uma vergonha internacional que um país que, pela segunda vez, será anfitrião de uma conferência sobre meio ambiente e desenvolvimento esteja, ao mesmo tempo, adotando uma tecnologia como a Terminator, que traz consigo grandes riscos para o meio ambiente e para a biodiversidade, e é rejeitada por todo o resto dos governos do mundo.

E que, além disso, para se ajustar aos interesses de três, quatro empresas transnacionais de sementes, tente romper a moratória internacional, algo que poderia ter consequências devastadoras sobre a biodiversidade e a soberania alimentar, não só do Brasil, mas também de tantos outros países muito mais vulneráveis, que agora estão protegidos pela moratória internacional.

Fuente: Instituto Humanitas Unisinos

 

 

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Brasil: Campanha permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida

Jueves 20 de Octubre de 2011

campaaDepois dos Estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Sergipe, chegou a vez do Rio Grande do Sul realizar o lançamento do Comitê Estadual da Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida. Será na próxima segunda-feira, dia 24 de outubro, às 18h30min no auditório da Emater/RS, e será aberto ao público.

O evento se iniciará com a exibição do documentário “O agrotóxico está na mesa”, de Silvio Tendler. Na sequência, haverá a palestra da Prof. Dra. Magda Zanoni, bióloga e socióloga, que organizou, junto do francês Gilles Ferment, o livro Transgênicos para Quem? Agricultura, Ciência, Sociedade (MDA, Coleção NEAD Debate) lançado em 2011. Ao seu lado, irão compor a mesa, representantes da Via Campesina e da Emater/RS.

A campanha reúne mais de 30 entidades da sociedade civil brasileira, movimentos sociais, entidades ambientalistas, estudantes, organizações ligadas a área da saúde e grupos de pesquisadores. O principal objetivo é abrir um debate com a população sobre a falta de fiscalização no uso, consumo e venda de agrotóxicos, sobre a contaminação dos solos e das águas bem como denunciar os impactos dos venenos na saúde dos trabalhadores, das comunidades rurais e dos consumidores nas cidades. A partir da conscientização das pessoas sobre os malefícios provocados a partir do uso dos agrotóxicos, a campanha pretende ajudar na construção de formas de restringir o uso de venenos e de impedir sua expansão, propondo projetos de lei, portarias e iniciativas legais e jurídicas.

 

Outro campo de atuação da campanha é o anúncio da possibilidade de construção de outro modelo agrícola, baseado na agricultura camponesa e agroecológica. Através da Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida é possível acessar estudos que comprovam que essa forma de produzir é viável, produz em quantidade e em qualidade suficientes para abastecer o campo e a cidade. Assim, a proposta é avançar na construção destas experiências que são a única saída para esse modelo imposto que concentra riquezas, expulsa a população do campo e produz pobreza e envenenamento. Produzir alimentos saudáveis com base em princípios agroecológicos, em pequenas propriedades, com respeito à natureza e aos trabalhadores é a única forma de acabar com a fome e de garantir qualidade de vida para as atuais e futuras gerações.

O Comitê Estadual da Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida vai também auxiliar na criação e ampliação de comitês municipais – como já ocorre em Pelotas, dentre outros municípios – planejar atividades de formação e distribuição de material informativo. O Comitê gaúcho já congrega: Amigos da Terra Brasil; Cáritas; Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS); Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA); Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Rio Grande do Sul (CONSEA RS); Comissão Pastoral da Terra (CPT); Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER/RS); Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB); Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul (FTM/RS); Fundação Luterana de Diaconia (FLD); Grupo de Agroecologia (GAE/UFPe); Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá); Levante Popular da Juventude; Movimento de Mulheres Camponesas (MMC); Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA); Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH); Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ-RS); Núcleo de Economia Alternativa (NEA/UFRGS); União Rastafari de Resistência Ambiental (URRAmbiental); Via Campesina.

Prato envenenado

O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial do consumo de agrotóxicos. Mais de um milhão de toneladas de venenos foram jogados nas lavouras em 2010, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola.

Com a aplicação exagerada de produtos químicos nas lavouras do país, o uso de agrotóxicos está deixando de ser uma questão relacionada especificamente à produção agrícola e se transforma em um problema de saúde pública e preservação da natureza.

O consumo de agrotóxicos cresce de forma correspondente ao avanço do agronegócio, modelo de produção que concentra a terra e utiliza quantidades crescentes de venenos para garantir a produção em escala industrial.

Desta forma, o uso excessivo dos agrotóxicos está diretamente relacionado à atual política agrícola do país, que foi adotada a partir da década de 1960. Com a chamada Revolução Verde, que representou uma mudança tecnológica e química no modo de produção agrícola, o campo passou por uma “modernização” que impulsionou o aumento da produção, mas de forma extremamente dependente do uso dos pacotes agroquímicos [adubos, sementes melhoradas e venenos].

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), na última safra foram vendidos mais de 7 bilhões de dólares em agrotóxicos. Todo este mercado se concentra nas mãos de apenas seis grandes empresas transnacionais, que controlam mais de 80% do mercado dos venenos. São elas: Monsanto; Syngenta; Bayer; Dupont; DowAgrosciens e Basf.

Nesse quadro, os agrotóxicos já ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações. Ficam atrás apenas dos medicamentos, acidentes com animais peçonhentos e produtos de limpeza. Essas fórmulas podem causar esterilidade masculina, formação de cataratas, evidências de mutagenicidade, reações alérgicas, distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos, pulmonares, no sistema imunológico e no sistema endócrino, ou seja, na produção de hormônios, desenvolvimento de câncer, dentre outros agravos à saúde.

Fuente: MST – Brasil

 

 

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Argentina, Córdoba: La (in)justicia amenaza con despojar de miles de hectáreas a cientos de familias campesinas

Jueves 20 de Octubre de 2011

La justicia de Deán Funes está a punto de dejar prescribir la causa en la que empresarios entrerrianos están imputados por usurpar 23 mil hectáreas en la zona de La Rinconada, Departamento Río Seco.

Cientos de pequeños productores poseen esas tierras de generación en generación. El poder detrás de la privatización de los recursos naturales dentro de una Reserva Natural (des)protegida. De cómo se castiga la vida en comunidad.

Más de seis años han pasado del inicio de un conflicto que marca un punto de inflexión en la historia de la lucha por la tierra en la provincia de Córdoba. El reticente enfrentamiento entre habitantes históricos de nuestro campo profundo y empresarios subidos a la ola de los agronegocios y la explotación de los recursos naturales para beneficio particular, tiene un capítulo destacado en las agrestes y salinas tierras que forman la reserva natural de Mar Chiquita y Bañados del Río Dulce.

Vale recordar que en el año 2005 los empresarios entrerrianos, Nilvert y René Fritzler, padre e hijo, llegaron a la zona de La Rinconada ostentando un falso título inscripto en la provincia de Santiago del Estero para intentar hacerse de 23 mil hectáreas. Con una velocidad inusitada y un amplio despliegue de recursos, poniendo un ejército de alambradores donde los campos se mantenían abiertos para el uso común, ante el desconcierto de las más de cien familias que hacen uso de directo de esas tierras para el pastoreo, que se iban enterando de la situación en la medida que se cortaba el paso a sus campos y el acceso al Río Dulce.

 

A esto le siguió el relato de fuerzas y contrafuerzas a la usanza de las disputas territoriales de otros tiempos: guardias blancas, resistencias campesinas, alambres que se levantaban y que luego caían por la fuerza de las tijeras, etc. Hasta que la justicia se digno a tomar cartas en el asunto, cayendo en la cuenta que el conflicto corría serios riesgos de desmadrarse. El Fiscal General designó Fiscal Director y algunas cosas se movieron. En ese momento las familias campesinas sintieron que quizá se podía creer en que se hiciera justicia. Se ordenaron medidas innovativas a fin que la policía cortara parte de los cercos que imposibilitaban el paso al río, y se logra la imputación de Fritzler por nueve hechos.

Ya corría el año 2007 y en tribunales parecía encarrilarse la causa. Pero desde ese impulso inicial la situación fue decayendo. De alguna manera el objetivo de juzgar a Fritzler, se fue diluyendo. El reclamo de llegar a un juicio justo se desdibujaba ante avatares políticos y judiciales, en donde los más poderosos se manejan con mayor soltura. De alguna manera, el campo de juego cada vez se les volvió más ameno a los empresarios.

En consonancia con esto, no parece casual el cambio de abogado de los entrerrianos. El mediático y cuestionado Marcelo Touriño, fue reemplazado por el diputado nacional juecista Ernesto Martínez, profesional muy ávido al mundillo de los agronegocios y a manejarse con soltura en las estructuras del poder judicial cordobés.

La realidad es que hoy estamos ante la posibilidad de que la causa prescriba y que Fritzler nunca se siente en el banquillo de los acusados, tendiendo un nuevo manto de sospechas, dudas e impunidad. Es importante destacar que en esta disputa se está poniendo en juego mucho más que la posesión de las tierras y el destino de cientos de familias campesinas. Se está poniendo en juego una manera de vivir y de producir alimentos como en pocos territorios se da ya. La gran cantidad de ganado vacuno que en muchas manos se produce en la zona, es un horizonte que se debería tener en cuenta a la hora de planificar la verdadera sustentabilidad de nuestra provincia. Cientos de familias de pequeños productores ganaderos de la costa del Río Dulce hacen uso del recurso tierra y del recurso agua en armonía, de manera comunitaria, llevando el ganado de un lado a otro en cada época del año, manteniendo dignamente sus familias a pesar de la marginalidad que los mantiene alejados sin la infraestructura básica necesaria para la vida. Campesinos que hacen las veces de guardianes de una Reserva Natural en la que es inexistente la acción protectora del mismo Estado que la creó y la deja desnuda al acoso de los intereses agroempresariales.

Esas tierras y esa agua, si avanza Fritzler y otros que vienen por detrás, pasarán a engrosar el capital concentrado de los barones del agronegocio y dejará en la cornisa a cientos de familias y mandará a los libros una manera de vivir con dignidad.

No es casual que desde el Movimiento Campesino de Córdoba (MCC) se haya plantado con fuerza la defensa de los campos comunitarios o comuneros, ya que constituyen el reservorio de la vida en comunidad, del cuidado y respeto de los bienes naturales comunes, del principio de solidaridad como valor de vida. Justamente, hoy el poder (judicial, económico y político) avanza sobre ellos como en el conflicto en cuestión y en el campo La Libertad, casos emblemáticos de la lucha por la tierra en la provincia de Córdoba.

Redundamos al decir que la Justicia de Deán Funes ha sido históricamente funcional a los intereses de los agronocios. Con una clara visión ideológica explicitada en los cientos de casos que se resuelven a favor de los empresarios del campo, le sigue dando un marco jurídico al desierto que se instala en el norte cordobés cada vez que se expande más la frontera agropecuaria.

Baste la muestra que nos toca; el Juez que entiende en la causa, Juan Abraham Elías, ordenó sistemáticamente instancias de mediación durante un año, desgastando a los demandantes, enfriando el proceso, instando a que Fritzler arreglara con dinero lo que con derecho no tiene.

Hoy, no teniendo mas excusas, son estos mismos tribunales los que no abren la causa a prueba y no permiten que un usurpador de la vida campesina sea debidamente juzgado. Si logra su cometido, Fritzler se quedarían con trece mil hectáreas que no le pertenecen, allí donde están los mejores pastos de la zona y donde 300 familias han desarrollado sus vidas ancestralmente

Por esto exigimos:

– La elevación a juicio de la causa contra los usurpadores de la vida campesina. Que Fritzler sea juzgado.

– El reconocimiento de los campos de uso comunitario por parte del Estado y la implementación de políticas públicas para su preservación.

– Que los campos de La Rinconada y La Libertad queden en manos campesinas.

Movimiento Campesino de Córdoba (MCC)

Contactos: 03522 15404449 / 0351 15453395 / 0351 152087647 ucancordoba@yahoo.com.ar

 

 

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La Lucha por la Tierra y la Reforma Agraria en Mesoamérica

Miércoles 19 de Octubre de 2011

Fausto Torrez

ATC – Asociación de los Trabajadores del Campo. Miembro de la CLOC- Vía Campesina

El Renacer de la Reforma Agraria ocupa una gran parte de nuestro trabajo en CLOC-Vía Campesina y la sociedad en su conjunto. En este esfuerzo estamos acompañados por organizaciones aliadas en el campo de la investigación, la formación, el cabildeo, las misiones de investigación y el apoyo económico.

El acaparamiento de tierras, la promoción de los monocultivos para agro combustibles y la minería sitúan el tema de la tierra en el centro del debate. Quienes pensaron que el tema de la Reforma Agraria era una asignatura del pasado se han dado cuenta que este tema sigue vigente, ahora con nuevos enfoques, con nuevos elementos, y como un tema de urgente necesidad.

Los grandes de temas de embalses para la construcción de represas hidroeléctricas, minerías a cielo abierto, concentran y quitan la tierra a las familias campesinas e indígenas, desplazándolas hacia los cinturones de miseria y hacia el éxodo masivo, como parte del modelo económico que está relegando la agricultura y la alimentación de los pueblos.

Vemos también la criminalización de aquellos que luchan por lograr una Reforma Agraria que les de la tierra en condiciones dignas, y de esos temas de persecución y represión tenemos muchos casos en el mundo.

Los casos más relevantes de Mesoamérica son los siguientes:

Honduras, durante el 2011, se ha agudizado el conflicto del Bajo Aguán, donde las y los campesinos reclaman una real y efectiva Reforma Agraria, frente al acaparamiento de los terratenientes quienes amparados al conflicto político y al papel injerencista de las fuerzas armadas dificultan la solución de los problemas.

En la República Dominicana hay entrega de concesiones mineras, al sector turístico y deja desprotegidos a los campesinos, lo que implica menos tierra en función de la alimentación de los habitantes de ese país.

En Guatemala la reconcentración de la tierra es evidente y hay muchos desalojos. La institucionalidad agraria está agotada y hay más de 145 comunidades que se le adeuda dinero por compra de tierra. La lucha en Guatemala sigue, hay 1300 casos sin resolver en el tema de la propiedad, medición, adjudicación etc. Hay un nuevo conflicto por la represión en las márgenes del río el Polochic y en las poblaciones indígenas de Peten.

En el caso de El Salvador hay una investigación que nos da la oportunidad de saber cuánta es la tierra que está en manos de las y los campesinos. Hay cinco tomas de tierra impulsada por las organizaciones campesinas y el Consejo Nacional de Trabajadores del Campo (CNTC) elaboro una propuesta para dialogar con el gobierno Salvadoreño, esto no avanza hasta el momento.

Contrario a cualquier intento por una nueva reforma agraria en El Salvador, la oligarquía y un sector del gobierno pretende dar iniciativa de ley a un anteproyecto que le denominan ley de arrendamiento, con lo que se pretende aumentar la concentración de la tierra en pocas manos. Para Cuba el tema de la reforma agraria es un caso resuelto desde el triunfo de la Revolución. El 17 de mayo de 1959 se promulgó la primera Ley de Reforma Agraria, mediante la cual se les entrega en propiedad y de forma gratuita a las campesinas y campesinos.

Junto con esta medida el estado naciente le garantizó a los hombres y mujeres del campo la asistencia técnica, mercado seguro para la venta de todas sus producciones con precios justos que se pactan a través de un contrato con el estado; lo que garantiza que antes que los campesinos siembren tengan asegurado la compra de sus producciones. En 1963 se aprobó la segunda ley, que limita la cantidad de hectáreas en propiedad; aspecto que permitió expropiar todas las tierras aún en manos de los terratenientes. Al ser el acceso a la atención médica y la educación gratuita para toda la sociedad, un derecho garantizado para los cubanos desde esa fecha, los campesinos disfrutan en igualdad de estos servicios en los lugares más intrincados. Desde la década del setentas se comenzó la diversificación de la producción y en el marco de un congreso campesino se fomenta la iniciativa de trabajar de manera colectiva. Unos estaban de acuerdo y otros no y de igual manera siguen trabajando respetando la voluntad de la familia campesina.

En Costa Rica el tema «reforma agraria” no es parte de la agenda política nacional de los sectores poderosos ni de los gobernantes. La explotación de tierras cultivables enfrenta grandes procesos de concentración y acaparamiento por parte de multinacionales productoras de frutas como Del Monte y Dole. El gobierno acatando disposiciones del Banco Mundial propone no ofrecer más títulos de propiedad a pequeños agricultores de forma directa.

Todavía se discute un proyecto de ley que plantea otorgar contratos de arriendos por periodos de 5 años donde las familias campesinas quedan sujetas a cada vez más regulaciones; esto porque el arriendo significa no dar derecho a título de propiedad ni poder construir ni siquiera un lugar para vivir.

Además hay un creciente abandono del campo por pobreza o desinterés en continuar una cultura campesina cada vez más en extinción.

En Nicaragua el problema es la legalidad de la tierra, situación que se está legalizando con el actual gobierno. Hay un problema y es el Timal que es una propiedad tomada por miembros de las organizaciones de la CLOC/LVC, sin embargo hay resuelto 75 mil títulos, y se ha titulado principalmente a los Indígenas del Caribe.

En la actualidad se han aprobado las leyes de; Soberanía y Seguridad Alimentaria y Nutricional, así como la ley para la entrega de tierra con equidad de Género, permitiendo la construcción de políticas en función de las y los campesinos las que en un mediano plazo estarán dando sus resultados.

México: En cuanto al tema de la tierra, en documentos hay escrito cosas buenas como el acuerdo nacional para el campo. Pero este no se ha cumplido, el proceso que se lleva es que sean resulto compromisos firmados, pero viene saliendo a luz nuevos conflictos. El problema actual es que de más de seis mil unidades de producción, alrededor de 800 son las que realmente funciona. Las que no funcionan es que están abandonadas.

Actualmente hay buen proceso de desarrollo grande en la parte norte del país y en la parte sur. El movimiento «El hambre no espera” presento una reforma que agrega a la constitución política del país el derecho a la alimentación, con esto el objetivo es lograr la Soberanía Alimentaria.

Hay muchas tareas que debemos realizar para promover una Reforma Agraria Integral. Se tratan de nuevas legislaciones en varios países, o implementar leyes ya vigentes. También hay una gran necesidad de seguir capacitando a líderes y lideresas sobre los temas, y crear una sinergia entre las diferentes campañas que llevamos: Unificar Reforma Agraria, con Soberanía Alimentaria y la campaña de agrotóxicos. Hay que fortalecer nuestras alianzas y trabajar en conjunto para incidencia en los espacios de poder. Y por último, debemos establecer una estrategia para la solidaridad y el acompañamiento a los casos de criminalización de la tierra en nuestros países.

 

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Roma: Reflexiones del movimiento campesino en la presentación de los avances en torno a Directrices sobre tenencia de la tierra

Martes 18 de Octubre de 2011

Las abejas y nosotros

Fuente: Radio Mundo Real

rmrEl representante campesino en las negociaciones en la FAO hacia las Directrices sobre tenencia de la tierra, Angel Strapazzón, citó a Albert Einstein para reclamar a los gobiernos un cambio en la matriz civilizatoria.

Las negociaciones sobre las Directrices sobre tenencia de la tierra insumieron seis días completos de intenso trabajo para las y los representantes de los movimientos sociales presentes en las mismas en la ciudad de Roma, en una labor “contra reloj” paralela de incidencia sobre los representantes oficiales, redacción y búsqueda de consensos.

Por ello quizá el representante de la Vía Campesina en las mismas, el argentino Ángel Strapazzón, se tomó la libertad de mencionar en su resumen del proceso en el marco de la 37 sesión del Comité de Seguridad Alimentaria Mundial (CSF), el valor de las mismas desde el punto de vista del cambio de matriz económica y civilizatoria que se requiere.

Strapazzón resaltó el hecho de que La Vía Campesina lo hubiera elegido “para participar de un proceso donde se requiere saber mucho de lo formal”, señalando que intentó aportar “también desde el espíritu y la mística” que forman parte de los principios de las organizaciones campesinas.

 

“Por ello no voy a citar a nuestros héroes o heroínas históricas. Voy a citar aquí en la FAO a alguien ’neutro’ aunque nadie es verdaderamente ’neutro’”, dijo el representante del Movimiento Campesino de Santiago del Estero (Mocase) y de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (Cloc). “Para que los gobiernos reflexionen sobre el uso del suelo pero más aún sobre la matriz productiva que debemos cambiar y para ello estamos en un momento crucial: decía Albert Einstein ’si las abejas desaparecieran del planeta, los días del hombre estarían contados’. Y las abejas están efectivamente desapareciendo, a consecuencia de la minería a cielo abierto, la agroindustria, los agrotóxicos y esta matriz civilizatoria que está crujiendo”, dijo Strapazzón.

Al iniciarse la 37 sesión del CSF en Roma, el secretario general de la Organización de Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura (FAO) el senegalés Jacques Diouff remarcó estimaciones acerca del hambre a nivel mundial ubicando la cifra en torno a los 950 millones de personas, señalando asimismo que la crisis que azota a los países centrales profundizará la volatilidad en el precio de los alimentos y por ende aumentará la brecha de inseguridad alimentaria.

Desde los movimientos sociales se insiste en que el proceso de acaparamiento de tierras, así como la denominada “reforma agraria de mercado” y la carta abierta a las inversiones en agriculturas no harán sino agravar esta situación a nivel global, expulsando campesinos y productores familiares de sus territorios.

Foto: Annelies Schorpion / Via Campesina

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Los agrotóxicos matan

Lunes 17 de Octubre de 2011

Alfredo Acedo

«Cada año ocurren en el mundo tres millones de intoxicaciones severas por agroquímicos y a consecuencia de ellas fallecen por lo menos unas 300 mil personas. El 99 por ciento de estas muertes ocurre en los países subordinados.»

foto_1La alfombra a cuadros verde y ocre del Valle del Yaqui oculta con su belleza la tragedia de esta región del noroeste de México, devastada por el uso intensivo de agrotóxicos bajo el modelo de agricultura capitalista que durante más de medio siglo ha contaminado agua, suelos y aire, y ha afectado mortalmente la salud de las personas.

El valle se extiende en una zona de unas 225 mil hectáreas de tierras de riego por gravedad al sur de

Sonora donde se cultiva principalmente trigo, maíz, algodón, hortaliza y forrajes. La región junto con Baja California aporta el 65 por ciento de la producción anual de trigo de México. Nací y viví hasta la pubertad en un pequeño pueblo de agricultores en medio de las tierras de cultivo, al sur de Ciudad Obregón. Varias veces vi llegar a mi padre del trabajo a casa con los síntomas de envenenamiento. Él operaba maquinaria agrícola, incluidos tractores con implementos para aplicar plaguicidas, defoliantes y fertilizantes. Murió de un cáncer cerebral a sus 61 años apenas cumplidos. El glioma maligno extinguió su vida en menos de seis meses ante la mirada impotente de sus seres queridos. La irresponsabilidad criminal de las empresas fabricantes y expendedoras de agrotóxicos es un expediente abierto. Ante la falta absoluta de información entre trabajadores agrícolas, aplicadores y población general, un Warning! no es suficiente para alertar sobre la clase de material que están recibiendo. Después de las aplicaciones sin ningún tipo de protección, los recipientes quedan abandonados dondequiera y los pilotos lavan los tanques de sus aviones lanzando los residuos incluso en áreas pobladas. En estas zonas cuando los niños apenas alcanzan estatura para llevar los tanques aspersores en la espalda, o la fuerza necesaria para sostener una bandera que indique el camino al avión fumigador, participan también en las tareas agrícolas por unos cuantos pesos, quedando en ambos casos envueltos por horas en una nube de venenos. Si acaso no son víctimas de envenenamiento inmediato, los efectos nefastos por acumulación de exposiciones llegarán no mucho tiempo después. En lo personal, desde mi infancia he llevado en la memoria olfativa el olor de los defoliantes como una nostalgia macabra. Venenos en la leche materna Se afirma que es mejor para el desarrollo durante la niñez ser alimentado con leche del seno materno.

Esta verdad médica indiscutible no es tan cierta para los niños y las niñas que han crecido en el Valle del Yaqui. Desde hace más dos décadas se ha venido documentando la presencia de plaguicidas organoclorados en leche materna de residentes del Valle, como arrojó, por ejemplo, un estudio aplicado a madres lactantes de Pueblo Yaqui, comisaría del municipio de Cajeme, en 1990. Los resultados mostraron que el 85.71 por ciento de las muestras analizadas evidenciaron la presencia de 1 a 3 plaguicidas. Los compuestos detectados fueron: aldrín, HCH, (lindano), DDT-técnico y pp-DDE, con una concentración promedio de 0.11, 0.17, 0.27 y 1.90 partes por millón (ppm), respectivamente. La investigación demostró que los niveles de lindano, DDT-técnico y pp-DDE se encontraron en concentraciones superiores a los límites establecidos para leche por la FAO y la OMS. Varios estudios posteriores no sólo han confirmado el dramático hallazgo, sino que hace 3 años se pudo determinar el paso a través de la placenta de plaguicidas de mujeres embarazadas a sus neonatos, en otro estudio practicado también en residentes de Pueblo Yaqui. Las muestras de sangre materna, líquido amniótico y cordón umbilical en las mujeres bajo estudio contenían los plaguicidas alfa-HCH, gamma-HCH (lindano), HCB, dieldrín, endrín y DDE. Neonatos lactantes de la misma localidad, a los 3 meses de edad, presentaron en su sangre los mismos plaguicidas. A los seis meses tales sustancias permanecieron presentes, sólo que algunas se transformaron en productos de degradación y las concentraciones correspondientes al lindano y al dieldrín sobrepasaron a las detectadas en personas con exposición normal. Para completar el cuadro, hace menos de tres años los valores obtenidos para metales pesados en las muestras de agua procedentes de las comunidades de Bácum, Pueblo Yaqui y Quetchehueca rebasaron lo permitido por la Norma Oficial Mexicana. Se confirmó también la presencia de plaguicidas organoclorados como malatión y paratión metílico en el agua de drenaje de las dos últimas comunidades agrícolas. De acuerdo con variados y acreditados estudios, la exposición crónica incluso a bajas dosis a los agrotóxicos causa daños graves a la salud humana relacionados con la aparición de cánceres, alteraciones cromosómicas, malformaciones congénitas, afecciones del sistema nervioso y trastornos del sistema endócrino, entre otros. Hasta hace muy poco tiempo y sin mucha convicción, algunas instituciones gubernamentales y educativas, presionadas por la opinión pública, se han dedicado a investigar, informar y capacitar además de crear basureros especiales para los envases envenenados, al amparo de la idea del uso seguro de los agrotóxicos. El problema es que esta idea carece de fundamento: ni como trabajador del campo ni como habitante de las zonas rurales ni como consumidor de los productos de la agricultura industrial se puede estar a salvo de los venenos agrícolas. Una vez esparcidos, los agrotóxicos contaminan los ríos, los mantos freáticos, las costas, el aire, el suelo y los alimentos.

La exposición de los seres humanos ocurre por inhalación, ingestión y contacto. Cada año ocurren en el mundo tres millones de intoxicaciones severas por agroquímicos y a consecuencia de ellas fallecen por lo menos unas 300 mil personas. El 99 por ciento de estas muertes ocurre en los países subordinados. Nobel para la Revolución Verde Todo este desastre ambiental y humano produjo contradictoriamente un Premio Nobel de la Paz, en la figura de Norman Ernest Borlaug, el investigador estadunidense con cuyas técnicas de mejoramiento genético del trigo, desarrolladas en campos experimentales sufragados por el gobierno mexicano —en este caso el Centro de Investigaciones Agrícolas del Noroeste, en el corazón del Valle del Yaqui—, se convirtió en el centro de la Revolución Verde. Se trataba del nuevo modelo de producción agrícola impulsado desde mediados del Siglo XX para la expansión de los agronegocios a partir de la utilización intensiva de semillas híbridas, fertilizantes químicos, plaguicidas y la mecanización extensiva del campo. Cuando terminó la Segunda Guerra Mundial, ésta fue la ruta impuesta por el complejo militar industrial para mantener sus abultadas ganancias. Los explosivos fueron convertidos en fertilizantes nitrogenados, los gases mortales en pesticidas y los tanques de guerra en tractores. Desde entonces, la utilización de agrotóxicos se difundió intensamente en la agricultura con la justificación de que el incremento en los rendimientos llevaría a acabar con el hambre. Pero su uso se extendió también en la industria, en las viviendas y hasta en las campañas de salud pública para combatir enfermedades como el paludismo. El agronegocio generó mentalidad, amplió el monocultivo, favoreció la concentración de tierras y consolidó el poder político de los grandes productores. Elevó también la explotación del trabajo, la migración campo-ciudad y el desempleo rural. Simultáneamente, incrementó el lucro capitalista de los grandes propietarios rurales y las trasnacionales de las industrias química, metalúrgica y biotecnológica involucradas. Desde el inicio contó con fuerte apoyo del aparato gubernamental e instituciones científicas y tecnológicas, como una norma impuesta mundialmente para subsidiar a las empresas multinacionales con dinero público. De la mano del mito de los agrotitanes, supuestos pioneros de la apertura del valle a la irrigación y al cultivo, la figura de Borlaug creció hasta ser una especie de santo laico de los grandes agricultores sonorenses, con calles, estatuas y homenajes en su nombre. Pregunté a Borlaug no muchos años antes del fin de su longeva existencia si la Revolución Verde podía mantener la promesa de acabar con el hambre. Admitió que se había llegado al límite del incremento en los rendimientos por esa vía y dijo que era necesario enfrentar el problema con decisiones políticas. Era a principios de la década de los noventa. Hoy no puede estar más claro que las soluciones a la crisis alimentaria no son tecnológicas sino dependen de una transformación radical en los patrones de producción, distribución y consumo de alimentos. Pero Borlaug no consideró importantes los daños ambientales de los agrotóxicos ligados al paquete tecnológico de su revolución. Resultado del modelo, hay ahora en el mundo unas 20 grandes industrias fabricantes de agrotóxicos, con un volumen de venta que rebasa los 40 mil millones de dólares anuales y una producción de 2.5 millones de toneladas de veneno. Las principales compañías apoderadas del mercado son Syngenta, Bayer, Monsanto, Dow Agrosciences y Du Pont. América Latina es un importante y creciente mercado donde la facturación en la venta de agrotóxicos creció 18.6 por ciento entre 2006 y 2007 y 36.2 por ciento entre 2007 y 2008. Una investigación sobre los principales plaguicidas utilizados en el Valle del Yaqui, su cantidad y su impacto en la salud, en el periodo 1995-1999 encontró que los agrotóxicos de mayor aplicación fueron los herbicidas (34%), carbamatos (27.53%), organofosforados (27.53%), fungicidas, organoclorados y piretroides. El total de ingrediente activo arrojado al valle fue de 3 mil 146 toneladas 616 kg. En 1998 fue el año que más se utilizó ingrediente activo por el orden de 806 toneladas 123 kg. En la incidencia de enfermedades se detectó aplasia medular, leucemia aguda, y linfoma no Hodkin. (Valenzuela Gómez, L. 2000. Tesis Profesional. ITSON. Ciudad Obregón, Son.) Un agrónomo en activo que prefirió el anonimato informó que el plaguicida más usado actualmente es el glifosato producido por Monsanto y comercializado aquí como Faena (Roundup, en otros sitios). De acuerdo con un estudio reciente, las formulaciones y productos metabólicos del glifosato causan la muerte de embriones, placentas, y células umbilicales humanos in vitro aún en bajas concentraciones. En el Valle, según la fuente anónima, todavía se sigue aplicando paratión y malatión. El primero —extremadamente tóxico—, está definitivamente prohibido en varios países y por el Convenio de Róterdam. Respecto al segundo, la Administración de Seguridad y Salud Ocupacional de Estados Unidos establece un límite de 15 miligramos por metro cúbico de aire en el trabajo durante jornadas de 8 horas diarias, 40 horas a la semana, recomendaciones prácticamente imposibles de observar. Campaña de sensibilización Se puede definir a los agrotóxicos como los insumos de la agricultura industrial elaborados a partir de sustancias químicas venenosas en forma de insecticidas, defoliantes, herbicidas y fungicidas. Por su acción contaminante se incluye en esta categoría a los fertilizantes químicos que degradan suelos y sus componentes se incorporan a la cadena alimenticia en esteros y bahías. Y deben ocupar un lugar las semillas transgénicas asociadas al uso intensivo de pesticidas cancerígenos como el glifosato y a plantas que producen su propio insecticida. A partir de esta definición y con información abundante que dimensiona el tamaño del enemigo, hace unos días representaciones de todos los países que integran la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC), en reunión en la escuela de capacitación campesina de la FENSUAGRO en Viotá, Colombia, analizaron esta problemática que es común a toda sus regiones: Cono Sur, Andina, Centroamérica, Norte (México) y Caribe. Se decidió lanzar una campaña continental bajo el lema: “Los agrotóxicos matan”. Una campaña de educación, concientización e indignación que busca sensibilizar a la sociedad, acabar con el mito del uso seguro de los agrotóxicos y luchar por su erradicación definitiva.

La campaña debe atacar el centro de la ideología del agronegocio, impactar en la opinión pública y llegar a las comunidades y las familias. Debe ser una plataforma de unidad entre ambientalistas, campesinos, obreros, estudiantes, consumidores y todas aquellas personas que deseen una producción de alimentos sanos respetuosa del medio ambiente. Se debe explicar por todos los medios al alcance, la necesidad y el potencial de nuestros países para producir alimentos diversificados y saludables para todas las personas, con base en la agroecología. De igual modo, denunciar y responsabilizar a las empresas productoras y comercializadoras de agrotóxicos, despertando en la sociedad la necesidad de cambiar el modelo agroalimentario que produce comida envenenada, degradación ambiental y pingües ganancias para unos cuantos. Para ello se propuso responsabilizar a una organización por región (para el caso de México, la Unión Nacional de Organizaciones Regionales Campesinas Autónomas), integrando comités y subcomités en las diversas subregiones con la participación de todas las organizaciones de la CLOC, así como el nombramiento de un equipo de coordinación continental que contará con la colaboración del área de comunicación de la Secretaría Operativa radicada en Quito. El lanzamiento de la campaña fue programado para el 3 de diciembre, día internacional contra el uso de plaguicidas, con un pre lanzamiento durante el Congreso Internacional de Agroecología en La Habana, en noviembre. Es urgente empezar a romper el círculo perverso de producción agrícola donde la misma empresa trasnacional, más alguna similar o filial, produce la semilla, el tóxico y hasta la falsa medicina. Y entre todas llevan sus venenos a nuestra mesa. – Alfredo Acedo es director de Comunicación Social y asesor de la Unión Nacional de Organizaciones Regionales Campesinas Autónomas. México Foto: Vista aérea del Valle del Yaqui – Arnoldo Celis

 

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Colombia: III Escuela Andina de Formación Polìtica

Lunes 17 de Octubre de 2011

Nosotras y nosotros, participantes de la III Escuela Andina de Formación de Líderes de la CLOC-Vía Campesina saludamos a nuestros hermanos y hermanas, procesos, escuelas y movimientos que a nivel internacional luchan por la construcción de una sociedad diferente.

Dirigentes y militantes de las organizaciones campesinas, indígenas de la CLOC-LVC Andina provenientes de Venezuela, Ecuador, Perú, Bolivia y Colombia, y dos países hermanos del Cono Sur, Argentina y Brasil; estamos reunidos en el Municipio Viotá, departamento Cundinamarca en Colombia desde el pasado 2 de octubre para continuar nuestro proceso formativo, como desafío primordial de nuestras organizaciones, que nos permita fortalecernos desde la base y en nuestra estrategia de acción en contra del capitalismo y por la construcción del socialismo.

En nuestra Escuela Andina hemos estudiado la historia, el presente y la proyección de esta gran patria Latinoamericana, identificando las causas estructurales de la opresión actual que recae sobre nosotros y nosotras; para lo cual, recuperamos el pensamiento y los postulados de referentes históricos como Simón Bolívar, José Martí y José Carlos Mariátegui, de igual forma hemos estudiado la economía política y analizado el modelo neoliberal actual, aunando a todo lo anterior nuestra propia cosmovisión y nuestros acumulados como pueblos Latinoamericanos.

Consideramos el Estudio y la Formación permanente como herramienta válida y necesario de nuestros movimientos y organizaciones, que nos permite las claridades necesarias para continuar este camino de lucha y esperanza para la humanidad; reconociéndonos y afirmando nuestra pertenencia de clase, y por otro lado, reafirmar que nuestro antagónico fundamental, compartido con todos los oprimidos del mundo y al cual estamos llamados a combatir, es el capitalismo cualquiera sea su rostro y en cualquier rincón del mundo.

“Escuela Andina haciendo formación

transformando la conciencia

para la liberación”

 

 

 

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El movimiento campesino hondureño presenta propuesta de ley de transformación agraria integral

Lunes 17 de Octubre de 2011

En el marco de una intensa jornada de luchas reivindicativas de los movimientos sociales .El movimiento campesino hondureño que integran La Vía Campesina Honduras, con el apoyo de varias organizaciones cooperantes y afines a las luchas del campesinado, presentó el pasado  11 de octubre de 2011, la nueva propuesta de ley de transformación agraria integral en el Congreso Nacional de La república.

Fueron diversas las actividades de este  pasado11 de Octubre, la jornada inició a las 9:30 de la mañana con un foro sobre cambio climático donde participaron varios expertos en el tema entre ellos la reconocida investigadora internacional Chilena Camila Montesinos de la organización GRAIN.

Luego de concluir este importante foro a eso de la 1:00 de la tarde, las y los campesinos que llegaron de diferentes partes del país en una gran movilización se dirigieron hacia el Congreso Nacional para presentar su propuesta de ley de transformación agraria integral y además para disfrutar de ricas bebidas comidas típicas que tenían preparadas un grupo numerosos de mujeres campesinas quienes desarrollaron una feria de comidas típicas y semillas nativas en los bajos del palacio legislativo.



Las y los campesinos llegaron hasta el Congreso de la Republica gritando consignas y portando sombreros, camisas blancas con leyendas alusivas al cambio climático, cargando mantas y afiches con leyendas como la agricultura campesina enfría el planeta apoyémosla y además la exigencia de aprobar una nueva ley de transformación agraria en el país entre otros mensajes.

Rafael Alegría coordinador de La Vía campesina Centroamérica junto a varios dirigentes y dirigentas campesinas entregó la propuesta de ley de transformación agraria al secretario del Congreso Nacional Rigoberto Chang Castillo, quien se hizo acompañar de otros dos diputados para recibir la misma, esta deberá ser analizada, discutida y aprobada cuanto antes para ponerle fin a la conflictividad que se vive en el agro hondureño, según lo manifestó la dirigencia campesina.

Entre tanto en el foro sobre el cambio climático realizado en horas de la mañana , la investigadora Camila Montesinos expresó” la agricultura campesina puede curar el planeta, entre las falsas soluciones que están proponiendo los gobiernos y las empresas están : el comercio de carbono que no es más que seguir contaminando y ganando dinero (REDD), La vía campesina desde el año 2007 propuso que las verdaderas soluciones al cambio climático es la agricultura campesina , luchar por ella es luchar por el futuro de todo el planeta . Nuestras investigaciones demuestran que el sistema agroalimentario industrial es el responsable de la mitad de los gases de efecto invernadero apuntó”.

Por su parte el reconocido investigador hondureño doctor Juan Almendares Bonilla en su exposición apuntó” yo no hablo de cambio climático, sino que considero que lo que estamos viviendo es un verdadero caos climático , sabemos que los países ricos son los que tienen mayor consumo de energía y emiten mas gases de invernadero que son los que aumentan el calentamiento global , los cambios en el clima no son espontáneos y naturales sino que son la expresión de un sistema global de la acumulación histórica de capital que tiene esencia depredadora ,violenta y que atenta contra la supervivencia humana y planetaria .

Mientras no se transformen las relaciones desiguales y de esencia imperialista de la mundialización del capital no será posible detener el proceso de aniquilamiento de Centroamérica y el planeta. Lo que enfrenta el sujeto histórico político es: la expansión económica, invasión biotecnológica, apropiación de las semillas, del agua, el bosque, el aire, el suelo, robo de especies de plantas y animales nativos, expropiación cultural etc.

Lo que debemos hacer ante todo esto es formar conciencia política e histórica, articular los saberes, conocimientos, ciencia, cultura, arte, diálogos, debates, construcción de poder, unidad entre los pueblos concluyó Almendares”.

Comunicaciones La vía Campesina Honduras

 

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Roma: Campesinas y campesinos en el Comité de Seguridad Alimentaria: “¡No al sistema alimentario dominado por multinacionales!

Lunes 17 de Octubre de 2011

Una delegación formada por campesinas y campesinos de todo el mundo que representan al movimiento internacional La Vía Campesina asistirá a la 37ª sesión del Comité de Seguridad Alimentaria (CSA), que tendrá lugar en Roma entre el 17 y el 22 de octubre. Los campesinos defenderán un sistema alimentario y agrícola independiente y libre de las garras de las empresas.

“No alimentaremos a la gente permitiendo que las grandes industrias arrebaten tierras y recursos a las comunidades locales”, dice Henry Saragih, Coordinador General de La Vía Campesina, un movimiento de más de 200 millones de campesinas y campesinos.

Mientras que la crisis económica arrastra a más gente al hambre y la pobreza, las empresas multinacionales adquieren grandes extensiones de tierras agrícolas para crear plantaciones industriales orientadas a la exportación, expulsando a los productores locales y privándoles de sus medios de subsistencia. Kalissa Regier, una joven campesina canadiense, declara: “La Vía Campesina urge a la CSA a que rechace los principios para la Inversión Agrícola Responsable propuestos por el Banco Mundial y exige firmeza en las Directrices sobre la Gobernanza Responsable de la Tenencia de la Tierra, la Pesca y los Bosques para garantizar el acceso de los pueblos a la tierra y los recursos vitales”.

 

La cuestión de la inversión en agricultura también será un tema central en las negociaciones en Roma. “El CSA tiene que garantizar que las pequeñas campesinas y los pequeños campesinos sigan siendo los principales inversores en el sector agrícola y que reciban el apoyo necesario para desarrollar la producción alimentaria local”, reclama Andrea Ferrante, un dirigente campesino italiano. Las multinacionales están intentando controlar la agricultura y la producción alimentaria mediante inversiones masivas en agricultura comercial e industrial. Si se quiere alimentar al mundo, debería dársele prioridad a la producción alimentaria local y sostenible, no a la exportación.

La reunión del CSA también tratará el tema de la volatilidad de los precios, que se ha convertido en algo endémico desde la crisis alimentaria de 2007-2008. La estabilidad de los precios es fundamental para garantizar una producción alimentaria estable. Es urgente el desarrollo de mercados locales, la protección de mercados domésticos frente a productos importados a bajo precio y la constitución de reservas públicas. La soberanía alimentaria debería estar en la base de todas las políticas públicas que pretendan hacer frente a la actual crisis económica y alimentaria.

Encuentros con la prensa:

Sabado 15 de octubre – Piazza San Giovanni : Parcicipación de Vía Campesina’s en la marcha de los Indignados en Roma, Mensaje de Angel Strappazzón, campesino de Argentina – en el final de la marcha (en la tarde)

Miércoles 19 de octubre, 13h – 1:30 h: rueda de prensa y acción simbólica llevada a cabo por La Vía Campesina, “Pequeños agricultores por una agricultura sin empresas”.

En la tienda de la Soberanía Alimentaria, en el frente de la FAO (Angelo Salita di San Gregorio)

Jueves 20 de octubre (en la tarde) : Acción contra los acaparamentios de tierra

Contacto para los medios:

Para entrevistar a los agricultores de La Vía Campesina en Roma:

Annelies Schorpion: teléfono móvil +393319209210 (o +32474847280)

email:

 

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