Brasil: Movimentos do campo divulgam manifesto exigindo respeito aos direitos do povo

5 de setembro de 2016

brasilhoyi5set16.jpgDa página do MST

Os Movimentos populares, sindicais e pastorais que atuam no campo brasileiro divulgam, nesta segunda-feira (05), um manifesto para a sociedade brasileira em que afirmam a unidade do campo em defesa da democracia, da soberania territorial e alimentar e para impedir qualquer retrocesso aos direitos conquistados pela classe trabalhadora.

O documento faz parte da Jornada de Lutas Unitária dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, que ocorre de 05 a 07 de setembro, em todo o país.

As atividades da Jornada de Lutas Unitária estão concentradas em Brasília, onde já está sendo montado um acampamento que durará até quarta-feira (7), quando os manifestantes também se integrarão às ações do Grito dos Excluídos, cujo lema é: ‘Este sistema é insuportável: Exclui, degrada, mata’.

Confira abaixo o manifesto na íntegra.

nota relacionada: Jornada Unitária dos movimentos do campo mobiliza milhares de pessoas em todo país

MANIFESTO PARA A SOCIEDADE BRASILEIRA DOS MOVIMENTOS POPULARES DO CAMPO BRASILEIRO

Os Movimentos populares, sindicais e pastorais que atuam no campo brasileiro e organiza os trabalhadores rurais, quilombolas e povos indígenas realizam, entre os dias 05 a 07 de setembro, a Jornada de Lutas Unitária dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas. Estamos mobilizados para defender a democracia, a soberania territorial e alimentar e para impedir qualquer retrocesso aos direitos conquistados pela classe trabalhadora. Exigimos que o estado brasileiro respeite nossos direitos e os interesses do povo brasileiro.

1. Em defesa da Soberania Nacional

Não aceitamos as medidas que ferem a soberania nacional e os interesses de todo povo brasileiro.

Uma delas é a ação deliberada da bancada ruralista em conluio com o governo golpista para aprovar leis que flexibilizam completamente a venda de terras brasileiras para o capital estrangeiro. A outra é a entrega do patrimônio mineral do Brasil, abrindo a exploração do pré-sal para empresas de capital internacional, sem contar as graves violações ambientais e sociais das grandes empresas, como ocorreu no caso da Vale do Rio Doce, em Mariana/MG.

2. Em defesa da recriação do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e das políticas públicas para a agricultura familiar e reforma agrária

O fim do MDA representa um retrocesso nas políticas que, nos últimos anos, destacaram o papel da agricultura familiar e camponesa como produtora de alimentos e como o setor pode assegurar a reprodução da vida no campo. É fundamental que o MDA seja retomado e fortalecido, como um espaço governamental que promova a realização da reforma agrária ampla e a articulação e execução das políticas públicas essencial ao desenvolvimento da agricultura familiar e camponesa e do interior brasileiro.

3. Em defesa da Terra e do Território

a) Assentamento imediato das mais de 120 mil famílias acampadas, com desapropriação dos latifúndios e das terras que não cumprem a função socioambiental.

O governo faz afirmações de que o ponto central de seu programa agrário é realizar a titulação de todas as terras públicas, regularizando a grilagem e ampliando a oferta de terras no mercado. No entanto, fazem isso sob o falso argumento de ampliar a oferta de créditos e serviços para assentados e posseiros. Esse processo é bastante ameaçador para as organizações tradicionais do campo brasileiro, visto que a titulação vem com o pacote do individualismo onde a mediação para a conquista não é mais a organização e sim o mérito e a competitividade.

Neste sentido, exigimos a retomada e ampliação das desapropriações para assentar imediatamente as famílias acampadas e a implantação das políticas públicas que assegurem o desenvolvimento sustentável dos projetos de desenvolvimento.

O governo deveria entregar ao INCRA os recursos arrecadados no sistema agroindústria, e que hoje estão retidos no tesouro apenas para cobrir o déficit primário e pagamento de juros, violando fragorosamente a lei. Com esses recursos destinados constitucionalmente ao INCRA é possível fazer a reforma agraria e resolver os conflitos sociais no campo.

b) Demarcação de terras indígenas e quilombolas

Exigimos que se aplique a Constituição Federal, em seu artigo 231, que estabelece que os povos indígenas e quilombolas sejam detentores de direitos sobre as terras que tradicionalmente ocupam, e compete a União demarcá-las.

Entre os principais desafios enfrentados pelos índios brasileiros hoje está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2015 elaborada na Câmara dos Deputados que transfere do Executivo para o Legislativo a palavra final sobre a demarcação de terras, e que solapa os direitos dos povos indígenas.

4. Contra o Bloqueio da Reforma Agrária

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou uma serie de lotes de reforma agraria distribuídos de forma irregular, especialmente na região amazônica, atendendo interesses políticos, de dirigentes partidários que hoje estão no governo. E por conta disso, bloqueou o acesso de todas as famílias assentadas aos recursos de crédito e a sua condição de cidadãos. É como se o governo paralisasse o INSS, apenas por que encontrou algumas aposentadorias mal dadas.

Queremos que os lotes distribuídos politicamente para pessoas que não tem direito sejam revistos pelos órgãos competentes. Porém, avaliamos que enquanto isso ocorre não se pode penalizar a todas as famílias que em sua condição de cidadão tem esse direito.

Somos contra a titulação individual que estimula a venda de terras, fere o espírito da Reforma Agrária e promove a devolução dos lotes para os fazendeiros. Defendemos o direito de titulação em concessão de uso real, conquistado na constituição e que dá os mesmos direitos aos assentados, sem permitir a venda das terras da Reforma Agrária. Por trás do pretenso moralismo do TCU está na verdade a defesa de uma política de estímulo à venda dos lotes de Reforma Agrária, ferindo a lei e o princípio de justiça.

5. Em defesa das Políticas Públicas para agricultura familiar

Todos os programas públicos de atendimento a agricultura familiar estão suspensos, como convênios de assistência técnica, recursos para compra de alimentos, construção de moradias populares, etc.

É urgente a retomada e ampliação desses programas. Além da liberação de recursos suficientes para regularizar o acesso dos trabalhadores e trabalhadoras ao PRONERA, ATES, Terra forte, PAA, PNAE e Programa Minha Casa Minha Vida, pois esse conjunto de políticas possibilitou a valorização da presença do agricultor familiar no campo brasileiro e não podemos retroceder. A desvalorização dessas políticas pode estimular o êxodo rural, inchar os perímetros urbanos, gerando miséria e degradação humana, resgatando índices de exclusão do período assombrado do neoliberalismo no Brasil, associado a elevados índices de desemprego.

6. Contra a Reforma da Previdência

O governo Golpista propõe acabar com a condição de “Seguradas e segurados Especiais das trabalhadoras e trabalhadores do campo”. Ao estabelecer uma idade única para a aposentadoria, entre 65 a 70 anos, elimina as diferenças entre trabalhadores rurais e urbanos e iguala a idade entre homens e mulheres. O mais grave é que propõe desvincular os benefícios da seguridade social do salário mínimo (aposentadorias por idade e invalidez, pensões, licença maternidade, auxílios em casos de desemprego, doença, morte e salário família), o que certamente os colocará em um valor inferior ao mesmo, isto é uma ameaça ao direito da classe trabalhadora e a vida digna que estes benefícios garantem a milhões de brasileiras e brasileiros.

A aposentadoria especial aos trabalhadores e trabalhadoras rurais é uma conquista de justiça social e que permite uma velhice mais digna. Além de ajudar a desenvolver os municípios do interior, pois fixa a população no campo. Não aceitaremos retrocesso. Lutaremos em defesa da aposentadoria rural especial.

7. Contra o retrocesso de direitos para as mulheres

Em momento de crise política e econômica como esta que vivenciamos, as mulheres são as mais atingidas. No que se refere aos direitos das trabalhadoras camponesas não aceitaremos o fim das políticas que visam o fortalecimento do trabalho das camponesas na produção de alimentos saudáveis. É necessário ampliar a ATER especifica para as mulheres e implementar urgentemente o programa de quintais produtivo.

8. Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais

Em muitos estados, os governos conservadores têm utilizado o aparato de segurança policial militar e o poder judiciário local para desencadear um processo sistemático de perseguição e repressão aos militantes e base social que promova luta social para resolver seus problemas.

Já temos diversos casos de prisões e violações do direito à liberdade de expressão, organização e a liberdade de lutar. Em tempos de ruptura das instituições democráticas, denunciamos as repressões ocorridas em vários pontos do país e defendemos o legítimo direito de manifestação em praça pública.

9. O direito ao alimento sem veneno

A bancada ruralista em conluio com Ministério da agricultura e as empresas transnacionais que produzem os venenos, estão em uma ofensiva, para liberar com rapidez um número surpreendente de venenos agrícolas, que inclusive são proibidos nos países onde suas matrizes estão instaladas.

O Brasil é campeão mundial em consumo de venenos, tendo uma média de consumo anual de 5,2 litros per capita, e sua consequência para os alimentos e a saúde publica são graves. A cada dia surgem estudos, pesquisas e evidências de suas consequências com a proliferação de câncer, como denunciam médicos e cientistas.

Exigimos que a pulverização aérea seja barrada e os venenos sejam rigorosamente controlados, incluindo os impostos (hoje isentos) em sua comercialização. As empresas precisam ser responsabilizadas pelos danos que causam ao povo brasileiro.

Brasília, 05 de setembro de 2016

Conselho Indigenista Missionário (CIMI)

Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agicultura Familiar (FETRAF)

Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG)

Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)

Movimento Camponês Popular (MCP)

Movimento de Mulheres Camponesas (MMC)

Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

Publicada en Sin categoría

Voz campesina n° 51 – RMR y CLOC VC

5 de setiembre de 2016

vozcampe51.jpg{audio}http://radiomundoreal.fm/get.php?file=IMG/mp3/voz_campesina_no_51.mp3&type=audio/mpeg{/audio}

Descargar MP3

Nueva edición del programa mensual conjunto de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC-Vía Campesina) y AMigos de la Tierra Internacional a través de Radio Mundo Real.

Participan desde Honduras Wendy Cruz (VC Honduras), desde Venezuela Luz Dari y Mabel Medina, Nury Martínez desde Colombia y con un reporte las comunicadoras de Conamuri Paraguay. Pablo Galeano de Amigos de la Tierra, Uruguay invita al Seminario Regional 20 años de Transgénicos en Uruguay.

Conducción: Deolinda Carrizo e Ignacio Cirio
Música: A Simón Rodríguez (Larbanois/Carrero, Uruguay 2015)

Voz Campesina es una producción conjunta de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC)-Vía Campesina y Radio Mundo Real-Amigos de la Tierra Internacional donde se repasan los principales temas del movimiento campesino, indígena y social de América Latina a través de un enlace internacional entre Radio Mundo Real y las distintas regiones de la Coordinadora.

Se trata de un diálogo abierto sobre los desafíos, luchas y problemáticas que enfrenta el movimiento campesino continental. Escúchelo quincenalmente en las páginas de las organizaciones de CLOC-VC y en Radio Mundo Real.

 

Argentina: Comenzó V Curso Egidio Brunetto de CLOC VC Sudamerica en UNICAM

3 de setiembre de 2016

arg3set2016.jpgCon mucha emoción a dado comienzo el V Curso Egidio Brunetto de la Cloc Via Campesina Sudamerica, en una de las sedes del MNCI, la UNICAM – Universidad Campesina en Villa Ojo de Agua – Santiago del Estero Argentina

Desde el 1 al 15 de septiembre mas de 50 militantes, dirigentes de 14 países compartiran este espacio estratégico de formación política.

A pesar del frío, todo el calor humano y la mística de las y los compañeros del colectivo de la Unicam y del MNCI, todas y todos predispuestos al trabajo colectivo y de formación.

En el primer día del Curso se ha compartido lecturas sobre la actual coyuntura política, la destitución de la legitima presidenta de Brasil y así como el avance de la derecha en la región y su afán de reconcentrar las riquezas poniendo freno a conquistas populares que han permitido redistribución de las riquezas en los pueblos.

Desde los movimientos campesinos, indígenas, populares de la región tenemos un rol importante para incidir con estrategias conjuntas, movilizados permanentemente y fortalecer la unidad de nuestra América para seguir la lucha, por tanto en este espacio de intercambio de experiencias y conocimientos, es un espacio para profundizar y reafirmar conceptos, para reflexionar sobre la práctica cotidiana, fortalecer la construcción y articulación de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo-Vía Campesina a nivel continental, internacional, y particularmente en cada país y en la región SUDAMERICA.

#Cloc #ViaCampesina

Publicada en Sin categoría

Brasil: Organizações do campo ocupam Ministério do Planejamento durante Jornada Unitária

5 de setiembre de 2016

bras5set16.jpgCerca de 2 mil pessoas ocuparam na madrugada de hoje (5) o Ministério do Planejamento, na Esplanada dos Ministérios, no Distrito Federal. A ação faz parte da Jornada de Lutas Unitária dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, organizada por movimentos sociais e sindicais, que acontece em todos os estados do País, com grande concentração em Brasília.

As atividades da Jornada de Lutas Unitária estarão concentradas neste local, onde já está sendo montando um acampamento que durará até o dia 7, quando os manifestantes também se integrarão às ações do Grito dos Excluídos.

A questão agrária é a pauta principal da jornada, como a reivindicação de assentamento imediato das mais de 120 mil famílias acampadas em todo o País. A revogação da lei que permite a venda indiscriminada de terras para estrangeiros é outra pauta que ameaça a soberania nacional. Os movimentos não aceitam a revogação desta lei.

A defesa da produção de alimentos saudáveis e de políticas de transição para a agroeocologia são também alguns dos destaques da pauta de reivindicações. Outro ponto é relacionado ao desenvolvimento e infraestrutura no campo, como o fortalecimento de programas estruturantes, assistência técnica e demais programas que garantem a produção da agricultura familiar e camponesa.

A reforma da previdência, apresentada pelo governo ilegítimo de Michel Temer traz a perda de muitos direitos para trabalhadoras e trabalhadores, como a equiparação da idade de aposentadoria entre homens, mulheres e trabalhadores do campo e da cidade. A medida é contestada pelos movimentos que defendem uma Previdência garantidora de direitos. O enfrentamento à criminalização dos movimentos sociais e a defesa da demarcação de terras indígenas e quilombolas também serão debatidos.

Entre as pautas da Jornada Nacional de Lutas também está a defesa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). As organizações exigem a restituição do Ministério extinto por Temer, mas sobretudo sua  capacidade e condições de operacionalizar as políticas públicas de direito e fundamentais para a dignidade da vida no campo, nas águas e nas florestas.

A Jornada é realizada por organizações do campo unitário, como o MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores, MMC – Movimento de Mulheres Camponesas, MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens, MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração, Contag – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, Fetraf – Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar, MCP – Movimento Camponês Popular, coletivos, e comissões pastorais.

Serviço

Acampamento da Jornada Nacional de Lutas

5 a 7 de setembro de 2016

Brasília – DF

Assessoria de Imprensa

Contatos:

Verônica Tozzi (61) 99115-4444

Bruno Pilon (61) 99996-4093

Mayrá Lima (61) 99684-6534

Flávia Quirino(61) 983364399

Publicada en Sin categoría

La CLOC LVC repudia el golpe parlamentario a Dilma Rousseff y llama a luchar contra el avance de las políticas neoliberales en el continente

1 de setiembre de 2016

i0000oujyuciuc40jpgGOLPE CONTRA AMÉRICA LATINA

Desde la Coordinadora latinoamericana de organizaciones del Campo- CLOC- Via Campesina; con la fuerza de las mujeres, hombres y juventud campesina que representa nuestro continente, alzamos nuestra voz de repudio a la decisión del parlamento Brasilero de destituir a la presidenta Dilma Rousseff, lo que se convierte en un precedente de los alcances y limites de la democracia burguesa.

Llamamos a nuestras bases organizadas y a los sectores populares de nuestro continente y del resto del mundo a sumarse a las diferentes acciones desde los movimientos sociales que expresen el rechazo a las políticas neoliberales e imperialistas que pretenden hechar por la borda los avances de las fuerzas progresistas representadas en los gobiernos populares que han demostrado que la construcción de la justicia social es posible, si se rompe con la hegemonia neoliberal, que ha empobrecido a la mayoría de los pueblos de América Latina.

Publicada en Sin categoría

Honduras: Sigue la persecución de nuestros compañeros campesinos en el Bajo Aguan

1 de setiembre del 2016

honduras1set16.jpg

Miembros de la policía detuvieron la mañana de ayer a José Aguilar Guevara miembro de la Empresa Campesina 10 de junio del Movimiento Campesino del Aguán (MCA), ubicada en la comunidad de Guadalupe Carney, en Trujillo Colón mientras tramitaba su licencia de vehicular en el departamento de transito de la posta policial de Tocoa.

La detención se dio a las 9:00 de la mañana por miembros de la policía justificando la misma con una supuesta orden de captura vigente del el año 2008, por el delito de homicidio en contra de un testigo protegido, al lugar llego la Coordinadora de Organizaciones Populares del Aguán (COPA), para dar acompañamiento mientras era trasladado a los juzgados de Trujillo para el proceso.

En el 2008 el gobierno de Honduras entrego al Movimiento Campesino 5, 700 hectáreas de tierra en el municipio de Trujillo, pero este no fue responsable para sanear la tierra que adquirieron las familias campesinas.

“Tras la inoperancia por parte del Estado se desato un conflicto con Corporación Dinant entonces propietario Miguel Facusse quien se adueñó de manera ilegal de una gran parte de las tierra que le pertenecen a las familias campesinas del Movimiento Campesino del Aguán.

Tras la defensa de sus tierras en el año 2010 las familias campesinas emprendieron un proceso de recuperación de las mismas, pero en ese intento fueron asesinados cinco campesinos miembros de la organización por guardias de seguridad de Corporación Dinant, esta tragedia que fue llamada “La masacre de tumbador” hecho que continua en total impunidad.

El 21 de octubre 2015 el líder campesino y preso político José Isabel Morales, conocido como Chabelo, declarado inocente de los cargos que se le imputaban fue puesto y posteriormente puesto en libertad luego de permanecer 6 años, 9 meses y 7 días en prisión por un delito que nunca cometió,.

Chabelo, que es parte del Movimiento Campesino del Aguán (MCA) de la comunidad Guadalupe Carney, fue detenido el 17 de octubre de 2008, criminalizado y condenado a 20 años de prisión en dos juicios anteriores, que posteriormente la Corte Suprema de Justicia anuló por violaciones al debido proceso.

Por este mismo caso hay unos 32 campesinos de la organización MCA enjuiciados por la defensa del derecho a la tierra con la clara intención de criminalizar a quienes defienden este derecho.

Publicada en Sin categoría

Brasil: Comunicado del MST sobre el impeachment de la Presidenta legítima Dilma Rousseff

1 de setiembre de 2016

mstydilma.jpgDespués de la violación de la Constitución brasileña consolidada por 61 senadores en este 31 de agosto de 2016, el Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra manifiesta públicamente el repudio al golpe parlamentario – judicial- mediático instalado en Brasil.

La farsa que sustentó este proceso fue desenmascarada durante el propio juicio, desmontada por la defensa y por a fragilidad de la acusación, y reconocida por las limitaciones en retirar los derechos políticos de la presidenta, a la elite económica y política brasileña hiere gravemente el proceso democrático y colocan en riesgo la legitimidad del voto del pueblo. Ver video de João Pedro Stédile (lider del MST y del Frente Brasil Popular)

Coherentes con la histórica defensa de la democracia, nos rehusamos a reconocer al gobierno de Michel Temer. Tenemos convicción de que el impeachment no es el último acto de violencia contra los derechos del pueblo brasileño promovido por las élites económicas y políticas de Brasil.

De esta forma, denunciamos:

. La tentativa de entra del Pré-Sal brasileño, retirando la exclusividad de la explotación petrolífera de la Petrobras.
. La tentativa de flexibilización de los directos laborales, de los derechos jubilatorios y de vaciamientos del Sistema Único de Salud.
. La tentativa de privatización de los bienes comunes, sumado al retroceso de todas las áreas sociales, tales como educación y demente del Programa Mi Casa, Mi Vida.

La salida de la crisis política, económica y social que vivimos es la defensa irrestricta de la democracia. Creemos que es fundamental cambios en el sistema político brasileño y defendemos la convocatoria de una Constituyente Exclusiva para cambiar el sistema político. Es preciso garantizar la inclusión del pueblo en los procesos de toma de decisión del país, de forma de garantizar la participaron popular en los temas de interés nacional, tales como las reformas estructurales, históricamente impedidas por la clase dominante.

Anunciamos que nuestra movilización no se acaba con el golpe instalado. Seguiremos en lucha, organizando al pueblo de campo y construyendo la unidad con las luchas urbanas. La restauración de la democracia brasileña y los cambios necesarios para la construcción de un país más justo y soberanos serán nuestra guía para el próximo período.

Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra

Publicada en Sin categoría

Paraguay: Culmina el 18° Curso de militantes de Base del Cono Sur

1 de setiembre de 2016

finconosur.jpgEn medio de la mística y la alegría militante, culminó el pasado 30 de agosto el 18 º Curso CONOSUR para militantes de base. Durante 30 días militantes de 12 países de Latinoamérica estuvieron reunidos en Paraguay para desarrollar Formación Política en el local del IALA Guaraní, Nueva Italia.

La Formación Política a través del método de la Educación Popular es una de las prioridades dentro de la CLOC-LVC, entendida esta como una de las formas de lucha en la batalla de las ideas. Los aprendizajes que se llevan las y los militantes son muchos, el trabajo colectivo, la solidaridad, el amor, el respeto, el compañerismo; los valores militantes como base de las construcciones colectivas en los países, barrios, comunidades.

Han coincidido y expresado que uno de los mayores aprendizajes que se llevan fueron las visitas: al asentamiento Primero de Marzo-Joaju y la ocupación Marina Kue, del departamento de Canindeyu.

Estas visitas donde pudieron compartir con mujeres, hombres, jóvenes, niñas y niños en la lucha y la resistencia por la Reforma Agraria Integral, expresando que dichas experiencias los fortalecen porque se han encontrado con una realidad que muchos viven en sus propios territorios.

La movilización del 15 de agosto con las consignas “Nulidad al juicio Curuguaty” y “Fuera Cartes”, convocada por el Congreso Democrático del Pueblo y la Articulación Nulidad donde la solidaridad internacional fue un elemento que cargo con más fuerza, una marcha donde todas y todos los militantes con banderas de los distintos países, organizaciones, música y la alegría militante sumaron a la mística de un día donde el pueblo salía a luchar por las calles de Asunción.

El día 30 de agosto se vivió dos místicas; durante la mística final de las y los educandos con el mapa de Latinoamérica, las banderas de los países y organizaciones simbolizando la unidad de nuestros pueblos y nuestras luchas, nuestra esencia internacionalista. Por otra parte la emotiva mística de despedida a cargo de la Coordinación Política Pedagógica, se dio lectura a varias cartas, entre ellas la de los 6 presos políticos de Paraguay, entre lágrimas y sonrisas, también se escucho la canción “Yo vengo a ofrecer mi corazón” interpretada por Mercedes Sosa, que generaron emociones de alegría por la vuelta a los países y a la vez de tristeza por la despedida del curso.

Cada Núcleo de base recibió las palabras de la coordinadora o coordinador que acompañó su proceso y una bandera de La Vía Campesina, todas y todos vuelven a sus territorios cargados de conocimientos, aprendizajes colectivos, amor militante y la necesaria rebeldía para seguir construyendo Poder Popular.

Publicada en Sin categoría