Na manhã desta sexta-feira, 20 de outubro a juventude do MPA no Estado do Sergipe foi fortemente reprimida, ameaçada e alvo de violência por parte da comitiva do líder do governo na Câmara, deputado federal André Moura (PSC-SE), que estava acompanhado do pelo senador Eduardo Amorim (PSDB-SE) e o prefeito de Ilha das Flores, Cristiano Beltrão (PSC), que se encontravam em comitiva com demais prefeitos e políticos da região em ato público com o anúncio de uma Emenda Parlamentar no Povoado Serrão, município de Ilha das Flores no Baixo São Francisco.
Segundos o jovens, com a aproximação do local onde o ato público estava sendo realizado, os seguranças do deputado federal André Moura (PSC-SE), acompanhados pelo prefeito de Ilha das Flores, Cristiano Beltrão (PSC), impediram a continuidade do ato de denúncia da juventude, reprimindo o grupo com empurrões, além de quebrarem equipamentos musicais que eram utilizados no protesto e terem as suas faixas rasgadas, sofrendo ainda ameaças de prisão.
Ato de denuncia. Foto: MPA
Com instrumentos musicais quebrados, empurrões e faixas de protesto rasgadas por seguranças do deputado do PSC os jovens ainda foram intimidados por voz de prisão por parte de um sujeito que diz ser policial, porém não estava fardado no momento e ainda proferiu agressões homofônicas. Assim como, foram intimidados por parte do prefeito de Ilha das Flores.
O ato de violência correu enquanto os jovens do Movimento se preparavam para realizar a denúncia do líder do governo golpista na Câmara, deputado federal André Moura (PSC-SE), bem como denunciar o golpe imposto aos trabalhadores. Isso porque o deputado tem sido um dos articuladores do golpe contra os trabalhadores e trabalhadoras, que desde abril de 2016 tem usurpado os direitos dos trabalhadores do campo e da cidade.
O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) repudia a postura destes sujeitos, bem como o ato de violência proferidos contra aos jovens que estavam manifestando sua indignação com relação as medidas adotadas por tais políticos. Denunciamos qualquer forma de violência e repressão, assim como, a violação do direito a manifestação, ainda mais em espaços públicos, como a rua neste caso. Não aceitamos nenhuma forma de repressão ou qualquer tipo de assédio moral, homofônico, política ou indiferente de sua natureza racial e étnica, social e econômica, de gênero, orientação ou preferência sexual, dentre outras, uma vez que todas as pessoas, por mais diferentes que sejam, tem o direito de se manifestar. Como já dizia Che Guevara, “se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros”. Não nos calaremos!