O Campesinato no Alto Sertão Sergipano tem garantido a Soberania Alimentar por meio da Unidade de Produção Camponesa (UPC), localizada no Projeto Califórnia em Canindé do São Francisco, Sergipe. Essa é uma área do Governo Estadual que foi destinada em comodato ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que tem como mensagem política construir soberania alimentar, produzindo alimentos saudáveis com respeito a natureza para alimentar o povo brasileiro, afirmando o Campesinato como sujeito necessário para construção da Soberania Nacional e do Socialismo por meio da construção do Plano Camponês.
A Unidade de Produção Camponesa no Sergipe tem como objetivo central ser uma Casa Mãe de Sementes Crioulas, onde possa juntamente com os camponeses e camponesas estarem multiplicando variedades de sementes, garantindo o resgate da diversidade camponesa que foi se perdendo com o avanço do Capital na Agricultura e do Agronegócio, esse modelo de produção que tem causado grandes transformações de destruições ao Campesinato. É um modelo que utiliza que faz uso de agrotóxicos, sementes transgênicas, monocultura, concentra grandes propriedades de terras, Latifúndios, e expulsa os povo tradicionais de seus territórios.
Foto: MPA
A área também conta com uma produção diversificada de alimentos saudáveis, como: couve, alface, coentro, tomate, pimentão, pimenta, beterraba, batata-doce, macaxeira, quiabo, abóbora, acerola, alimentos altamente livres de venenos químicos. Construir a Soberania requer cuidado diário e o uso sustentável dos recursos naturais, principalmente da terra, água e sementes. Fazer Agricultura Camponesa não é só um jeito de produzir no campo, é um modo de ser e de viver.
“A UPC é um espaço de todos os camponeses e camponesas que constroem todos os dias o nosso Plano Camponês, é um espaço que pertence as mulheres, são elas que cuidam da diversidade camponesa, são as guardiãs da vida, da soberania, do campesinato, a participação das mulheres empodera nossa unidade, é um espaço que pertence a juventude, por fim é um espaço que pertence a todos aqueles que acreditam na agroecologia, no sistema camponês de produção, na resistência camponesa e numa vida de qualidade no campo”, explica a jovem camponesa do Movimento, Sheila Oliveira.
Por Comunicação MPA