Da Página do MST
Foto: Gustavo Marinho
Hoje (8) mulheres Sem Terra de todo o Brasil saem às ruas para defender seus direitos. As mobilizações são unificadas e contam com a participação de diferentes organizações do campo popular
Sob o lema: “Pela vida das mulheres, somos todas Marielle!”, as mulheres pautam a necessidade da luta permanente em unidade combativa com demais movimentos e organizações no atual momento em que vivemos.
Temas centrais no atual cenário como a Reforma da Previdência – em que as mais afetadas são as mulheres, em especial as do campo – o aumento no número de feminicidios no Brasil – já foram registrados 107 casos de morte desde o início do ano – e o retrocesso que o governo Bolsonaro representa para todo o país, principalmente para as mulheres, a lembrar o decreto n° 9.685 que altera as regras para a posse de armas em um país em que duas em cada três vítimas de feminicídio foram mortas dentro da própria casa entre 2016 e 2017, segundo uma pesquisa de 2018 do Núcleo de Gênero do Ministério Público de São Paulo.
As mulheres do MST também abordam os ataques à Reforma Agrária. Desde o seu terceiro dia governo, o Governo Bolsonaro anunciou a suspensão da política de Reforma Agrária em todo país, especialmente no tocante à arrecadação de terras para novos assentamentos, paralisando cerca de 250 processos de compra e desapropriação de novas áreas, atingindo diretamente as 150 mil famílias acampadas.
Por fim, um ano se passou desde o dia 14 de março de 2018. Dia em que Marielle Franco e o motorista que a acompanhava, Anderson Silva, foram brutalmente assassinados após o carro em que estavam ser alvejado com 13 tiros no bairro Estácio, região central da capital do Rio de Janeiro.
Até hoje, as investigações não apontaram a autoria do crime contra Marielle e Anderson. Há suspeitas de que a milícias que atuam na cidade do Rio de Janeiro estejam envolvidas no assassinato.
A potência de Marielle Franco tornou-se semente que motiva milhares de mulheres em todo o mundo a construir um mundo mais justo e igual, onde as mulheres sejam o motor das transformações sociais que almejamos.
Por isso, convocamos todas e todos para estarmos juntas nessa luta. Pela vida das mulheres, somos todas Marielle!