Neste sábado, primeiro de setembro, a delegação da Via Campesina, composta por quinze pessoas, vindas de nove países – Suíça, Argentina, Peru, Nicarágua, Palestina, Costa Rica, Coreia, Zimbabué e Brasil -, completam seu terceiro dia do I Intercambio Global “Adote Uma Semente”, embora tenho muito caminho e experiências por conhecer, o grupo se desde do Sertão Sergipano com uma visita na Comunidade Bom Jardim, município de Poço Redondo – Sergipe.
Entre poesias, músicas e prosas os delgados tiveram a oportunidade de visitar a Casa de Sementes Crioulas que articula os camponeses e camponesas das demais comunidades a sua volta e hoje conta com mais de 25 variedades de sementes crioulas e mais de 25 famílias estão diretamente envolvidas.
Foto: Adilvane Spezia | MPA e Rede Soberania
Como parte do Plano Estratégico das sementes crioulas, explica Elielma Larros “a proposta é que a cada ano consigamos avanção nos trabalhos dedicados as sementes crioulas e Campanha Cada Família Adote Uma Semente, a meta é avançar a cada ano para mais 200 famílias camponesa”, finaliza a jovem camponesa.
Na ocasião a juventude camponesa do Teatro Raízes Nordestinas, e que vivem na Comunidade, realizaram uma série de apresentações da cultura popular como música, poesia, a confecção de bonecas de pano e rendas de Bilro. Com agilidade Adicleia, 18 anos, faz as linhas tornarem-se uma extensa renda. “Aprendia a bordar com minha mãe, que aprendeu com minha avó”, explica a jovem que também dedica-se as aulas de violão.
Foto: Adilvane Spezia | MPA e Rede Soberania
Após o almoço, produzido com as frutas e verduras cada da de os delegados e delegadas se despedem de Sergipe rumo a Bahia onde devem seguir com o intercâmbio. O grupo com representantes de quatro Continentes, está no Brasil para conhecer as experiências do MPA com sementes crioulas e também para internacionalizar a ação “Cada Família Adote uma Semente” que faz parte da Campanha Internacional, “Sementes Patrimônio dos Povos a Serviço da Humanidade”, que é organizada pela CLOC-Via Campesina.
Por Adilvane Spezia – jornalista e militante do MPA