Para o MPA, o processo eleitoral em curso evidencia uma disputa de país, que dá a essas eleições um caráter de luta estratégica, colocando em jogo o aprofundamento da perda de direitos e do golpe ou a possibilidade da retomada da democracia. Em nota o Movimento convoca a militância e as bases a intensificar o processo de luta eleitoral e a fortalecer a campanha pela eleição de Haddad-Manuela-Lula. Confira a nota na integra.
Eleições em 2018 Camponeses e camponesas com Haddad, Manuela e Lula para o Brasil ser feliz de novo
Aos Companheiros e companheiras do MPA, nossos militantes, amigos e amigas, camponesas e camponeses de nossas bases.
Há dois anos estamos vivendo uma luta intensa, dura e diária em nosso país, todos e todas nós estamos travando esse combate em vários locais diferentes não importa onde, sentimos e enfrentamos todos os impactos do golpe, seja na dificuldade em produzir e comercializar no campo pela falta de políticas públicas, seja nos debates e nas ruas contra o avanço do fascismo, nós do MPA assim como de nosso campo popular, estamos cumprindo uma tarefa muito importante.
Essas eleição de fato é diferente das demais, está evidente os dois cenários em disputa, de um lado um processo de retomada da democracia e dos nossos direitos, e do outro lado um processo de aprofundamento do golpe, onde o povo não tem vez e nem voz. É um momento duro para nossa história e que influenciará as próximas gerações, por isso nosso campo popular, afirma que não é mais uma eleição tática e sim estratégia para nosso projeto. Com isso cabe a nossa organização disputar cada espaço, cada debate, e fortalecer as fileiras do projeto de retomada da democracia, passo necessário para a reconstituição e ampliação dos nossos direitos, como moradia, saúde, educação e emprego.
É nesse sentido que precisamos intensificar nossas ações, nos estados precisamos ficar atentos a nossas orientações coletivas das direções e coordenações que apontam para conseguirmos eleger o maior número de parlamentares do campo democrático ( PT, PSOL, PCdoB, PDT ,PCB) que é o campo que vem fazendo frente ao golpe e as políticas anti-povo, temos que trabalhar o máximo possível entorno das candidaturas que discutem e atendem nossas demandas, respeitem nossos princípios e nossa organização, são elementos fundamentais.
Nacionalmente temos que repetir esse esforço de construir uma Câmara e um Senado com representantes do povo, que discutam a agroecologia, o campesinato, o direito dos povos, o direito das mulheres e jovens, a volta do emprego e da renda. Candidato que é contra isso não merece nosso voto. Não podemos ter um parlamento conservador, sem o rosto do povo como o atual.
E enquanto a luta presidencial, não podemos ter duvida, que nesse momento os votos nulos ou em branco só favoreceram o golpismo e a direita, não podemos reproduzir isso jamais essa atitude, cada voto é valido e fundamental.
Com isso o MPA reafirma e reforça o trabalho incondicional para a eleição de Haddad e Manuela. Se o golpismo jogou em bloquear das formas mais baixas a eleição de Lula, não iremos permitir que as ideias e o projeto dele sejam derrotados. Precisamos engrossar essa campanha, do nosso jeito, em nossas bases, a partir do campesinato, disputaremos voto a voto. Essa é uma das formas efetivas de fazermos isso nesse momento, travar a batalha para eleição de Haddad como presidente é tarefa de todo o povo. Além disso precisamos manter nossas ações de luta e resistência direita, na produção de alimentos, na organização da juventude, na formação e no enfrentamento do agronegócio em cada canto desse país, a luta eleitoral precisa ser acompanhada da luta de massas nas ruas.
Temos consciência que esse momento é o meio, é uma parte e não o fim do processo, sabemos que a disputa dos projetos e a luta por direitos continua depois de outubro, nossa vitória completa se dará quando todas as reformas inconstitucionais forem derrubadas, quando o respeito e os direitos voltarem para o povo, a caminhada será longa, mas nós sabemos caminhar.
Seguimos camaradas, não importa onde estejamos nesse momento, seja nas ruas, nas casas, ou na roça, seja com um livro, com um celular ou com uma enxada na mão, nosso dever camponês e militante é vencer o golpe nessas eleições, e seguir pela unidade e pela construção do projeto popular.
Brasília, 14 de setembro de 2018
Movimento dos Pequenos Agricultores- MPA
2018. Ano de Plantar o Futuro