O dia 25 de novembro é uma data importante para Movimento de Mulheres Camponesas -MMC, que se organiza de diferentes formas (debates, manifestações, encontros, distribuição de folhetos) para dizer: Basta de violência contra as mulheres!
A violência é uma prática cada vez mais visível em todos os âmbitos da vida humana, causando muita dor, sofrimento e lágrimas, ferindo a dignidade e a vida de muitas pessoas.
A violência é sempre uma demonstração de poder contra uma pessoa, grupos, comunidades ou classe social e com impactos danosos para a humanidade. Contudo, ela se apresenta de forma diferenciada para homens e mulheres.
A violência masculina contra a mulher é fruto do modelo patriarcal de sociedade, onde as relações pessoais afetivas estão fundamentadas não nos sentimentos e no afeto, mas no principio da propriedade, do controle e do domínio sobre a mulher.
E, é isto que, em via de regra, garante ao homem o poder de violentar uma mulher, uma vez que a considera sua propriedade.
A violência por parte do sistema capitalista patriarcal e a modernidade se expressam em todas as esferas da vida das mulheres e acaba se reproduzindo no cotidiano como algo natural. A naturalização da violência contra as mulheres traz consigo o domínio do homem sobre o corpo da mulher, que é encarada como objeto que tem que servir, dar prazer e obedecer ao homem. Todas estas questões fazem parte da vida diária da grande maioria das mulheres no mundo. É preciso romper com esta naturalização. Cartilha: Las Campesinas y los campesinos del mundo decimos: Basta de Violência contra las mujeres!
Participe das atividades do Movimento de Mulheres Camponesas
que ocorrerão nos estados:
Santa Catarina – Acontece um seminário de reflexão de 25 a 27 de novembro. Nesta atividade farão análise de conjuntura, debate sobre o fim da violência contra s mulheres e a Lei Maria da Penha, também refletirão nestes dias, sobre a importância da produção de alimentos saudáveis e diversificados. A programação está na integra no site.
Rio Grande do Sul – Dia 25 de novembro – Dia Internacional da Não-Violência contra as mulheres, partir das 14:00 horas na Praça Central Marechal Floriano Peixoto com atividades como: Telão com DVD de músicas da lei Maria da Penha, Panfletagem, Saco para denúncias anônimas e apresentação de simbologias sobre violência.
Paraná – As mulheres farão no dia 24 e 25 de novembro, em Cascavel e Francisco Beltrão, distribuição de materiais de conscientização sobre o fim da violência contra as mulheres.
Mato Grosso do Sul – Haverá uma audiência pública dia 25 de novembro, no Plenário Júlio Maia, da Assembleia Legislativa para denunciar a violência contra os povos indígenas de Amambaí, com o assassinato do líder Nisio e de tantas mulheres do campo, da floresta, e dos quilombos. Nesta oportunidade estarão reunidos as forças sociais e políticas, reforçando o repúdio e a indignação do povo de Mato Grosso do Sul.
Pará – Acontece uma mobilização em frente o Fórum da cidade de Tucurui com entrega de panfletos referente ao combate à violência e entrega de uma lista de nomes de mulheres assassinadas nos últimos 2 anos.
Sergipe – No dia 01 de dezembro acontece, em Neópolis uma audiência pública reunindo em torno de 200 mulheres, para debater a atual situação de violência que as mulheres nem sofrendo e o dia internacional da Aids.
Roraima – Farão entrega de materiais conscientizando a população sobre a violência contra as mulheres e debate nos meios de comunicação sobre a Lei Maria da Penha.
Espírito Santo – Realizam a distribuição de panfletos, em frente o posto de saúde e no centro da cidade, com informações do dia 25 de novembro e sobre a Lei Maria da Penha. A atividade será no município de Nova Venécia, reunindo em torno de 300 pessoas.
Basta de violência contra as mulheres!!!