10 de abril de 2015
Hoje, foi iniciada com uma inumerável mística a IV Assembleia de Jovens da Coordenação Latino-americana do Campo (CLOC – Via Campesina), que se realizará em Buenos Aires, Argentina, entre os dias 10 e 11 de abril. Este espaço de articulação continental busca reunir as juventudes do setor rural e urbano para debater, construir e trocar experiências no marco ideológico das lutas dos movimentos sociais e camponeses.
– O capitalismo tem avançado terrivelmente em nossos países e como parte da organização de jovens estamos pensando em poder assentar as bases da articulação nos territórios. O congresso deve resultar em políticas e estratégias gerais, como a questão da soberania alimentar, para que cheguem a organizações de base e assim podermos trabalhar em campanhas concretas desde os territórios, disse Henry Magallanes, dirigente de jovens da região Andina, sobre suas expectativas em relação a assembleia de jovens e ao VI Congresso da CLOC – VC.
Durante a assembleia, Raúl Amorin, integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Brasil (MST), fará uma análise da conjuntura latino-americana a partir da perspectiva das juventudes. Também se realizarão análises de conjuntura sobre a situação da articulação de jovens em cada região, para posteriormente passar a trabalhar em mesas de trabalho, onde se abordarão temas como a agroecologia, gênero e formação. Ao final da assembleia, ocorrerá a leitura do documento final que reúne os acordos e conclusões das mesas de trabalho.
O documento final da IV Assembleia de Jovens definirá as linhas estratégicas orientadas à consolidação de uma agenda comum da juventude da CLOC – VC, onde se incluirão atividades de mobilização e formação de novos quadros. Este documento também busca contribuir ao VI Congresso da CLOC – VC com as perspectivas e posicionamentos políticos dos jovens.
– O congresso da CLOC, para nós, significa a possibilidade de ir definindo estratégias a longo prazo, mas com ações concretas que nos permitam ir construindo a articulação de jovens, mulheres e das organizações do campo em nível continental. Buscamos dinamizar os processos de formação através de novas ferramentas e metodologias que fomentem a inclusão e participação, conclui Henry.
Juventude do campo e cidade, lutando pela soberania popular!