18 de abril de 2015
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as demais. Não há dois fogos iguais. Há fogos grandes e pequenos e fogos de todos as cores. Há gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de faíscas. Alguns fogos, fogos estúpidos, sem luz se queimam; porém, outros ardem a vida com tanta vontade que não se pode olhar sem piscar, e quem está chegando, se ilumina.
Eduardo Galeano
Argentina, terra natal de Che Guevara, a 200 anos do Congresso dos Povos Livres convocados pelo General Artigas, que impulsionou a primeira Reforma Agrária Latina e a 10 anos do enterro da ALCA em Mar del Plata, realizamos o VI Congresso Latino-americano de Organizações do Campo. Somos a CLOC-VC, a expressão organizada dos camponeses e camponesas, povos originários, afrodescendentes, assalariados e assalariadas da agricultura.
A CLOC, é o fogo, a luz e a ação da Via Campesina na América Latina. Surgimos do coração do processo de 500 anos de resistência Indígena, Camponesa, Negra e Popular, que uniu o movimento camponês histórico e os novos movimentos que surgiam como resposta aos processos de desmantelamento impostos por meio das políticas neoliberais.
Unimos força, experiências e luta, e construímos propostas organizativas e programáticas de acordo com os novos movimentos políticos, afirmando que a questão agrária compete a toda a sociedade e como tal, devemos abordá-la dentro de uma estratégia de poder alternativo e popular.
Nosso Congresso é realizado em um momento em que as contradições e a luta de classes se refletem em uma ofensiva do capital que promove novas guerras, opressão e conspiração contra os povos, cuja expressão máxima é o ataque direito à Venezuela, a declarando um perigo para a segurança dos EUA, porém também nas diversas estratégias golpistas e desestabilizadoras, instrumentadas pela aliança dos grandes grupos empresariais da comunicação e do capital financeiro, buscando derrotar a soberania de nossos povos e impedir a ação dos governos progressistas na região.
Reconhecendo o avanço dos processos regionais e continentais de integração como UNASUR, ALBA, MERCOSUL e CELAC, o VI Congresso congratula-se com a forte solidariedade entre as organizações e países de América Latina e Caribe, que apoiaram a posição de Cuba e sua denúncia sobre o bloqueio norte americano, e as manobras e campanhas contra seu povo; atitude que nos incentiva a continuar a construção de uma Pátria Grande de Bolívar, San Martin, Martí, Sandino e Chávez.
Rejeitamos o patriarcado, o racismo, o sexismo e a homofobia. Lutamos por sociedades democráticas e participativas, livres de exploração, discriminação, opressão e exclusão das mulheres e dos jovens. Condenamos, toda forma de violência doméstica, social, laboral e institucional contra as mulheres.
Levantamos a bandeira de nossas companheiras: o feminismo camponês e popular é parte do nosso horizonte estratégico de transformação socialista. O trabalho de fortalecimento de nossas organizações e especialmente de nossas bases seguirá estando no centro de nossas prioridades. Nos comprometemos a fortalecer a participação e integração da juventude em todos os processos organizativos.
Reafirmamos a Reforma Agrária Integral e Popular, a Agricultura Camponesa e Indígena de base Agroecológica como componentes imprescindíveis de nosso caminho para a Soberania Alimentar e o resfriamento do planeta, garantindo o acesso à terra e a água, as mulheres, os jovens, aos sem terra, assegurando a recuperação dos territórios por parte dos povos originários e afrodescendentes. Também lutamos pelo reconhecimento da função social da terra e da água, da proibição de toda forma de especulação e acumulação que lhes diga respeito.
Nos comprometemos a seguir defendendo e mantendo vivas nossas sementes camponesas e indígenas, para que em mãos de nossas comunidades as recuperemos, reproduzamos e multipliquemos, a partir de nossos sistemas camponeses. Não vacilaremos na luta contra qualquer forma de privatização e apropriação das sementes e toda forma de vida.
Devemos derrotar o modelo agrícola imposto pelas corporações do agronegócio que apoiados pelo capital financeiro internacionais e baseado em monocultivos transgênicos, uso massivo de agrotóxicos e expulsão de camponesas e camponeses do campo, são os principais responsáveis pela crise alimentar, climática, energética e de urbanização.
Chamamos, a continuar a lutasem cansaço por um mundo livre de transgênicos e agrotóxicos que contaminam, adoecem e matam nossos povos e a Mãe Terra. Resistiremos junto aos povos e comunidades contra o extrativismo, as mega mineradoras e outros mega projetos, além de todas as outras ações que ameacem nossos territórios.
Celebramos a vitória da Via Campesina em colocar a carta dos direitos dos camponeses e camponesas na agenda do conselho de direitos humanos da ONU e demandamos que os governos aceitem nossas posições. Chamamos a nossas organizações a converter a carta em um instrumento de luta dos povos do campo e de toda a sociedade.
O futuro nos faz fértil quando o sorriso terno de centenas de crianças, a partir do 1ºCongressito, entregou sua mensagem de paz e cuidado com nossa Mãe Terra.
O futuro são nossas crianças, o presente se ilumina com o vigor e a força da juventude, e nossas principais ferramentas são a formação, a educação a comunicação e a mobilização das massas, a unidade e as alianças entre os camponeses e camponesas, povos originários, afrodescendentes, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, estudantes e os setores populares, organizados em prol de formar uma força capaz de fazer as mudanças pelas quais lutamos. Vivemos um momento histórico novo e complexo, determinado por uma nova correlação de forças entre o capital, os governos e as forças populares. O capital imperialista agora está sobre o controle financeiro e das transnacionais, dessa forma afirmamos o SOCIALISMO, como o único sistema capaz de alcançar a soberania de nossas nações, ressaltando os valores da solidariedade, do internacionalismo e da cooperação entre nossos povos.
Contra o capitalismo e pela soberania dos nossos povos,
América unida segue em luta!
El 19 de abril de 1940 en Patzcuaro, México, se acordó celebrar esta fecha como Día del Indio Americano, en conmemoración del Primer Congreso Indigenista Interamericano. El objetivo del mismo fue salvaguardar y perpetuar las culturas indígenas de todo el continente, en el cual participaron representantes de poblaciones autóctonas de diversas regiones de América.
En Argentina, tierra natal del Che Guevara, de Evita, Mercedes Sosa, a 200 años del Congreso de los Pueblos Libres convocado por el General Artigas, que impulsó la primera Reforma Agraria de América Latina y a 10 años del entierro del ALCA en Mar del Plata, hemos realizado el VI Congreso Latinoamericano de Organizaciones del Campo.
El VI Congreso de la CLOC-VC llega a su momento de conclusión, los más de mil doscientos delegados se preparan para seguir los caminos de nuestra gran América, renovados y convencidos sobre la importancia que la agricultura indígena y campesina tiene en la construcción de un continente libre y soberano. Este jueves 16, la víspera del día internacional de la lucha por la tierra, el último panel del Congreso trajo al socialismo, feminismo campesino y popular para la discusión, y reafirmando la reforma agraria como la columna vertebral de los movimientos que componen la CLOC-VC.
En el Día Internacional de las luchas campesinas y en el cierre del VI Congreso de la CLOC-Vía Campesina ofrecemos este último programa de balance de lo que fue este cónclave continental.
Vegetales encurtidos, dulces, vinos, jugos, salame de llama y todo tipo de artesanías. Estos son algunos de los productos que componen la Feria de VI l Congreso Continental de la CLOC, celebrado en Buenos Aires, Argentina, del 14 al 17 de abril.