Dirigentes do movimento no RS conversam com a relatora do PL da Economia Solidária, Maria do Rosário, e reafirmam compromisso do campesinato com o projeto 4685 de 2012.A deputada federal Maria do Rosário marcou presença na 13ª Feira Latino Americana de Economia Solidária e a 24ª Feira Internacional do Cooperativismo, no fim de semana de 7 a 9 de julho, em Santa Maria (RS). Relatora do projeto de Lei 4685/2012, o chamado PL da Economia Solidária, a parlamentar comentou sobre sua atuação junto à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para que o projeto seja pautado e aprovado. Em conversa com o coletivo de comunicação do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), a parlamentar agradeceu o apoio que tem recebido dos representantes do campesinato e destacou que os laços que unem as pautas do campo com a economia solidária vão muito além da afinidade do discurso, mas entrelaçam-se de modo prático através de inciativas concretas que podem ser viabilizadas por “toda uma política nacional que não é definida pela questão de mercado, mas pelo interesse da vida, da cooperação, do associativismo, que se coloca como um mecanismo de enfrentamento à lógica capitalista”, explicou.
No seu relatório, Maria do Rosário afirma que “a Economia Solidária mais do que garantir emprego e sustento para milhares de brasileiros, também é uma atividade que estimula a cidadania ao fomentar valores como a solidariedade, cooperação, diálogo e democracia”. A parlamentar indica que a importância desse segmento para o país é indiscutível, como atestam inúmeras pesquisas acadêmicas, em especial os trabalhos assinados por Paul Singer, refletidos em empreendimentos em execução em todo o país. “É notório como este setor da economia é pródigo em garantir renda, trabalho, cidadania e dignidade para os seus trabalhadores”, acrescenta. No relatório está em destaque a integração de propostas, diretrizes, princípios e objetivos fundamentais da Política Nacional de Economia Solidária, junto às estratégias gerais de desenvolvimento sustentável e aos investimentos sociais, com o objetivo de promover atividades econômicas autogestionárias, incentivar empreendimentos econômicos solidários, por meio de redes de cooperação na produção, comercialização e consumo de bens e serviços.
Na conversa com a parlamentar, os dirigentes do MPA Sandy Xavier e Maister da Silva citaram aspectos de diálogo que aproximam o PL das pautas do campesinato, especialmente no que tange o trabalho de iniciativas de cooperação, organização de produtores camponeses, associações de mulheres e até mesmo grupos de jovens. “Nós acompanhamos todos os anos a feira e neste ano de modo especial estamos aqui trazendo a juventude para também se somar a esta luta, reforçando todas as ações políticas que apoiam e fortalecem esse espírito de coletividade, que representa nosso jeito de ser, nosso jeito de produzir, nossa cultura -, comentou Sandi, militante que atua junto ao coletivo de Juventude do movimento. “Esse projeto vem para fortalecer as cooperativas e associações que existem também no campo, para nós representa uma política de respeito a vida, de preservação, de resistência no campo e na cidade”, explicou Maister, que atualmente integra a secretaria estadual do MPA, que confirmou ainda o apoio do movimento para que o relatório seja aprovado pela Câmara e em um período breve ser confirmada como política de estado para todos os brasileiros e brasileiras.
Maria do Rosário finalizou a conversa gravando uma manifestação em vídeo que já foi veiculada pela fanpage do MPA no Facebook e apelando para todos que contatem com seus deputados e exijam deles posicionamento em favor do PL da Economia Solidária.