O Brasil vive um estado de exceção que impõe constantes retrocessos ao nosso povo e mantém a maior liderança política do país presa injustamente: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como tem feito historicamente, os movimentos populares do campo e da cidade não param de lutar contra estes retrocessos, para recuperar a democracia e a justiça no país e libertar o Lula.
Nesse sentido, seis militantes (três do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, dois do Movimento dos Pequenos Agricultores e um da Central dos Movimentos Populares) começam hoje (31/07) uma greve de fome em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília. A greve é organizada pelos Movimentos que integram a Via Campesina Brasil, e a ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Democracia e libertação do ex-presidente Luís Inácio lula da Silva.
A greve de Fome é um ato de coragem e rebeldia para sensibilizar a sociedade frente o grave momento social politico que estamos vivendo. Nossos grevistas estão se doando em defesa do povo brasileiro.
O que denunciamos:
Denunciamos a volta da fome, o abandono dos mais pobres nas periferias, os negros, indígenas, camponeses, sem terra, assentados, quilombolas e desempregados, por parte de um governo ilegítimo, e um sistema perverso que busca aumentar a exploração sobre o povo para garantir o aumento do lucro dos empresários que saqueiam as riquezas do povo e violam a soberania nacional. Denunciamos o aumento das tarifas dos serviços básico para a vida digna, resultado de uma política entreguista de nossos recursos estratégicos ao capital estrangeiro. Denunciamos o avanço do agronegócio e as grandes transnacionais da energia sobre as águas e as terras, com as nefastas consequências que isto traz para os territórios e os povos que neles habitam.
O que defendemos?
Lutamos pela retomada plena da democracia e a vigência integral dos direitos fundamentais presentes na Constituição, hoje pisoteada.
Defendemos o direito de o povo escolher livremente através do voto seu próprio destino. Isso não é possível nas condições atuais, com o candidato com maior intenção de voto preso de forma ilegítima, num processo altamente politizado e cheio de irregularidades, que faz com que o Lula seja um preso político.
Defendemos um projeto popular que vise garantir uma vida digna para todos, e não encher o bolso de alguns poucos empresários ao mesmo tempo em que condena à pobreza a grande maioria do povo brasileiro. Defendemos a inocência do ex-presidente Lula e exigimos sua libertação, passo fundamental para a retomada da democracia no país.
Estaremos em todas e cada uma das trincheiras possíveis junto ao povo brasileiro para recuperar o que nos está sendo roubado e construir uma sociedade justa, sem explorados nem exploradores.
Conclamamos todos e todas a somar esforços, organizar e fazer lutas, vigílias todos os dias em muitos lugares, em solidariedade aos companheiros/as que então fazendo greve de fome, em defesa do povo brasileiro.
Coordenação Nacional do MAB
São Paulo, 31 de julho de 2018