Movimentos e Povos do Campo realizarão o 12°Acampamento de Mulheres da Bahia

14 de março de 2014

convite_4.jpgPara fortalecer o debate sobre a violência contra a mulher e a construção de mecanismos que garantem a autonomia no campo é que trabalhadoras rurais Sem Terras, Agricultoras, Quilombolas, Indígenas e Desempregadas se organizam para realizar o 12º Acampamento de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Bahia.

Com um público estimado de 700 camponesas, o Acampamento acontecerá no Parque de Exposição em Salvador entre os dias 17 e 19 de março. A principal perspectiva dada se atribui nas discussões em torno do protagonismo feminino no processo organizacional no campo.

Na organização do Encontro está a frente o MST, Movimento Estadual de Trabalhadores Assentados, Acampados e Quilombolas (CETA), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e os Povos Indígenas das tribos Pataxós Hã Hã Hãe e Tupinambás, contando com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM/BA).

Neste ano, cujo tema central é “A luta e Organização das Mulheres Trabalhadoras Contra a Violência e pela Autonomia e Construção de um Projeto Popular”, pretende promover debates em torno da violência contra mulher, assim como, reivindicar acesso a projetos que gere autonomia econômica e na luta da construção de um modelo agrícola popular.

Estudos

Diante da riqueza de conteúdo proposto, os temas abordados serão divididos em três plenárias e algumas sub plenárias. Na primeira, o debate terá como norte uma análise de conjuntura contextualizando a participação da mulher no processo de luta nestes últimos anos.

Na segunda, as discussões serão instigadas a partir da autonomia da mulher do campo, tendo como base um olhar teórico e prático deste contexto.

A ultima plenária foca as falas na violência contra a mulher. Levando os debates para o campo informativo e nas diversas formas de denuncias e tratamentos oferecidos as vítimas.

As sub plenárias terão dois eixos centrais, sendo eles autonomia e violência contra as mulheres.

Nestes campos de estudos existem diversos itens a serem trabalhados, como: políticas públicas, agroecologia, questões fundiária e de gênero, saúde da mulher, direitos sociais e muitos outros.

Contribuindo nestes espaços de estudos, as trabalhadoras rurais estão contando com o apoio da SPM/BA, do Movimento de Organização Comunitária (MOC), Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Grupo de Geografia dos Assentamentos na Área Rural (Geografar/UFBA), Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), militantes dos movimentos populares, do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres (NEIM/UFBA), entre outros parceiros.

Contexto Político

O Acampamento das Mulheres realizado todos os anos no estado da Bahia surge da necessidade de se construir um espaço capaz de trazer a tona uma reflexão sobre a participação feminina nas diversas frentes de atuação nas organizações sociais do campo.

A luta contra o machismo e as suas diversas formas de atuação sempre foi o ponto norteador que garantiu o fortalecimento da autonomia da mulher.

Diante desta organização e pontos de atuação, as trabalhadoras já conquistaram créditos para o melhoramento e o estímulo da produção rural, atendimento médico nas comunidades rurais, promoção no desenvolvimento solidário e sustentável e uma diminuição significativa na violência contra a mulher.

Neste 12º ano o foco do encontro é a formação e articulação entre as mulheres no acesso a políticas públicas em todo o território estadual.

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