Brasil: La cultura es la mejor forma de concientizar a la clase trabajadora”, afirmó Stedile del MST en Festival Nacional de Arte y Cultura de la Reforma Agraria en Belo Horizonte

21 de julio de 2016

brasil21jul16.jpgDe la página MST

Ese es el análisis de Stedile y Beatriz Cerqueira, presidenta de la CUT de MG, al participar de un debate durante el Festival Nacional de Arte y Cultura de la Reforma Agraria en Belo Horizonte

«La sociedad brasileña vive un profunda crisis económica, política, ambiental y social», describió João Pedro Stedile, de la dirección nacional del movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST).

João Pedro e Beatriz Cerqueira, presidenta de la Central Única de los Trabajadores (CUT) de Minas Gerais, estado del sudoeste brasileño, participaron de la mesa de debate sobre la coyuntura política en la mañana de este jueves (21), en el marco del Festival Nacional de Arte y Cultura de la Reforma Agraria, organizado por el MST en Belo Horizonte, capital minera, que tiene lugar entre el 20 y el 24 de julio.

«La economía no crece hace tres anos, el desempleo tuvo un aumento del 14% y hubo un secuestro del sistema electoral. Hoy, el pueblo no reconoce más a sus representantes en el Congreso», apuntó el dirigente del MST.

Según Joao Pedro, «las salidas para la crisis que Brasil vive hasta hoy, dependen de la construcción de nuevos proyectos que consigan aglutinar entorno de si una mayoría. Ay una necesidad de construir un nuevo proyecto», apuntó.

La alternativa para ese nuevo proyecto es el conocimiento, afirma el dirigente del MST. «esa es la principal ama que tenemos, si queremos transformar el mundo en que vivimos. La clase trabajadora precisa conocer el capitalismo si quiere transformarlo».

«Lo que precisamos hacer es intensificar nuestras luchas», comentó Beatriz Cerqueira. Para a presidenta de la CUT, el gobierno interino de Michel Temer promueve un desmonte del Estado, «privatizando todo lo que es público y lo más rápida posible».

Es importante, según Beatriz, «fortalecer los frentes de lucha». «Si tenemos unidad, en las calles, conseguiremos enfrentar el próximo período». Para ella, es preciso buscar pautas que unan a las organizaciones, y que en este caso, «nuestra principal lucha será contra el golpe, contra la ruptura democrática. No hago esta lucha por Dilma, por el PT, lo hago por la democracia», comentó.

Festival de la Reforma Agraria

El Festival Nacional de Arte y Cultura de la Reforma Agraria será una oportunidad importante y herramienta para estimular esa concientización, según João Pedro.

Para el dirigente Sin Tierra, toda la izquierda está cada vez más «convencida que la cultura es la mejor forma de concientiza a la clase trabajadora. Las artes, la cultura y la culinaria pueden y deben ser utilizadas por la clase trabajadora como formas lúdicas de cultivar alternativas al capitalismo», expresó.

Para Beatriz Cerqueira, «si no colocamos arte, cultura, mística y fe en nuestras vivas, corremos el riesgo de tornarnos semejantes a aquellos que combatimos».

Más de 1500 Sin Tierra de 19 estado de Brasil están participando del Festival en la Praça da Estação y en la Serraría Souza Pintos, en la capital minera.

La actividad cuenta con diversos eventos, como una feria de Productos de la Reforma Agraria, Feria Literaria y gastronómica con manjares de todas las regiones de Brasil, Muestras de Cine de la Tierra y seminarios de formación sobre diversos temas, además del Festival de música y Poesía.

Traducción: María Julia Giménez

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Brasil: Artigo de Frei Sérgio do MPA sobre a Reforma Política

20 de julho de 2016

brasil20julio16.jpgEscrito em 2005 e recém atualizado, o artigo «Reforma Política no Brasil» do dirigente do MPA, aponta desafios na discussão da Reforma Política em nosso país

Reforma Política no Brasil

Alguns Apontamentos Provisórios para Debater uma Profunda Reforma Política no Brasil.

A crise do Estado Brasileiro é mais grave do que se imagina. Criou-se uma profunda contradição entre os anseios populares e a capacidade de resposta do estado e entre a capacidade de participação da cidadania com os meios disponíveis para que esta participação se efetive. Estas contradições tenderão a se aprofundar no próximo período com a frustração popular em relação ao segundo Governo Dilma, com agravamento da crise social que agride a maioria da população brasileira e a com a crise ética que afeta a credibilidade da esmagadora maioria das elites políticas que comandam as várias instâncias e os vários poderes do Estado, com destaque à deterioração acelerada da Câmara dos Deputados/Senado e que não poupa desta contaminação o sistema Judicial ( Polícia, Ministério Público e Poder Judiciário).

Neste momento é importante marcar um norte, um objetivo, um projeto – mesmo que provisório – para provocar um debate profundo no meio do povo e nos setores organizados da população, visando atingir as raízes da crise e configurar – como fruto e resultado do debate público – uma proposta de reforma política que altere as relações de poder e consagre o povo como sujeito de seu próprio destino. A Reforma Política proposta pelas elites tem como único objetivo recuperar sua credibilidade para continuar dominando e não para alterar as relações de poder e nem para garantir ao povo instrumentos reais para combater a corrupção pública e privada que sustenta o sistema capitalista concentrador, dependente e excludente que vigora no país.

Uma Reforma Política digna deste nome deve transformar a democracia numa ação política de fato, com poder real nas mãos das massas populares e voltada a resolver os problemas concretos que atingem a vida do povo. E não um mero discurso para justificar o poder dos que mandam e para manter no comando das estruturas reais de poder a quem sempre lá esteve.

Neste sentido vão aqui descritas algumas propostas concretas, provisórias e provocativas, com o objetivo de alimentar um debate sério e profundo sobre o tema (Proposta Resumida).

Democracia Direta

Criar mecanismos permanentes de participação direta da população nas decisões políticas das várias instâncias de poder político.

Controle Social da Ação do Estado

Participação popular através de mecanismos adequados da execução orçamentária dos vários órgãos do estado e de obras e ações continuadas das várias instâncias do estado; participação popular direta e organizada na gestão e fiscalização da ação do Estado e punição dura e implacável a todas as formas de corrupção, em todos os poderes, alcançando e punindo corrompidos e corruptores; chamando a participação popular na denúncia e na busca de provas da corrupção, protegendo a identidade de pessoas comuns do povo que se disponham a colaborar no esclarecimento e na obtenção de provas de corrupção; constituição de promotorias populares mandatadas para fiscalizar a corrupção nas estruturas do Estado; impedimento de empresas e empresários corruptores ou financiadores de campanhas políticas de participar de qualquer licitação promovida por qualquer órgão ou empresa do Estado.

Romper as Malhas do Fisiologismo

Fim das emendas parlamentares individuais, proibição de parlamentares ou detentores de qualquer cargo político manter vínculos administrativos, de direção ou de propriedade com entidades ou empresas que prestem serviços à comunidade ou que mantenham vínculos de prestação de serviços com o estado.

Fim do Carreirismo Político

Impossibilidade de exercer mais de dois mandatos eletivos consecutivos em qualquer instância, sendo obrigado a uma quarentena de 4 anos após dois mandatos em qualquer tipo de eleição para qualquer cargo político.

Interrupção de Mandatos

Reversibilidade de mandatos executivos e legislativos, além do mecanismo já existente do impedimento, através de consultas plebiscitárias; através processo judicial ou através de voto qualificado de convenção partidária do partido ao qual o eleito pertença.

Imunidade Qualificada

Fim da imunidade parlamentar a não ser referente exclusivamente ao direito de opinião e denúncia; fim do direito a foro privilegiado a não ser no que refere ao estrito exercício do mandato ou do cargo.

Democracia Direta

Convocação permanente de plebiscitos, referendos e consultas populares para tomada de decisões de importância para a população;

Financiamento das Campanhas Eleitorais e manutenção dos partidos políticos

Financiamento público de campanhas políticas; normas severas impedindo e inibindo qualquer recurso privado, seja pessoal ou de terceiros em campanhas eleitorais.

Remuneração dos Eleitos

Salários dos eleitos calculado pela média dos salários dos servidores públicos da instância da federação a qual foi eleito (deputados federais, média do funcionalismo federal; deputados estaduais, média dos servidores de seu estado e assim por diante.)

Fidelidade partidária

Impossibilidade de troca de partido por três anos após eleito; mandato partidário, quem sair do partido deixa o mandato para o partido; reversibilidade de mandato por decisão qualificada e democrática do partido a que pertença.

Assembleia Legislativas Especiais Ampliadas

A discussão e aprovação dos Orçamentos, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Planos Plurianuais, da União, Estados e Municípios através de Assembleias Legislativas ampliadas, especialmente eleitas, com mandatos específicos, de dois anos, para discutir e votar estas leis e com candidatos apresentados não só por partidos políticos mas também por Entidades Sindicais, Associações, Movimentos Sociais, Entidades Estudantis.

Iniciativas Populares

Precedência para tramitação e votação de projetos de lei de iniciativa popular com quorum qualificado de assinaturas regularmente obtidas.

Assembleias Populares Municipais

Fim das câmaras de vereadores da forma como existem hoje e estabelecimento de Assembleias Populares Municipais, sem salário fixo e apenas com ajuda de custo por sessão e reuniões de base com as comunidades; assembleias municipais com vereadores em mandato com tempo integral apenas em municípios com mais de 200 mil habitantes ( nestes haverá Assembleias Populares de Bairros); acesso à representação nas Assembleia Municipais não só através de partidos políticos, mas com representantes inscritos por associações, movimentos sociais, sindicatos, entidades estudantis, etc.

Representação de Gênero e Etnias historicamente excluídas

Quotas mínimas obrigatórias em todas as casas legislativas estaduais, federal e municipais (quando for o caso) de representação dos povos indígenas, da população negra e de mulheres.

Mandatos Executivos (Presidente, Governadores e Prefeitos) de seis anos sem reeleição

Até o quarto ano de mandato 30% dos eleitores devidamente identificados poderão convocar referendo revogatório do mandato e se conseguirem mais de 50% dos votos interromper o mandato executivo e convocar novas eleições.

Assembleia Nacional Unicameral

Extinção do Senado e quando necessária decisão que exija o equilíbrio entre os estados, os votos das bancadas estaduais na Câmara Federal terão peso igual por estado e não proporcionalidade numérica por população.

Transparência Absoluta do Poder Judiciário

O Poder Judiciário precisa cumprir outro papel do que cumpre hoje, onde funciona, muitas vezes, como um poder submisso aos interesses das classes poderosas, sujeito a influências políticas, corrupção, venda de sentenças, frágil perante as pressões das elites e às manipulações de meios de comunicação.

Livre Acesso à Informação e plena liberdade de manifestação pública de opiniões

Os MCS são concessões públicas e devem ser fiscalizados e acompanhados pela população através de meios adequados que garantam o direito de informações e a pluralidade de opiniões, o amplo debate público, a expressão livre do contraditória, a veracidade das informações bem como a ampla liberdade de defesa pública.

Mesma proposta, com mais detalhes;

I – Democracia Direta

Criar mecanismos permanentes de participação direta da população nas decisões políticas das várias instâncias de poder político:

Convocação permanente de plebiscitos, referendos e consultas populares para tomada de decisões de importância para a população;

– Audiências públicas;

Assembleias Populares;

Consultas públicas;

Conselhos Populares;

Orçamento Participativo.

II – Controle Social da Ação do Estado

Criação de mecanismos efetivos que permitam o controle social sobre a ação dos governantes e representantes que exercem o poder político:

Comitês populares de acompanhamento e fiscalização da execução orçamentária dos vários órgãos do estado e de obras e ações continuadas das várias instâncias do estado;

Participação popular direta e organizada na gestão e fiscalização da ação do Estado e punição dura e implacável a todas as formas de corrupção, em todos os poderes, alcançando e punindo corrompidos e corruptores;

Participação popular na denúncia e na busca de provas da corrupção, protegendo a identidade de pessoas comuns do povo que se disponham a colaborar no esclarecimento e na obtenção de provas de corrupção;

Constituição de promotorias populares mandatadas para fiscalizar a corrupção nas estruturas e nas instâncias do Estado ( executivo, legislativo e judiciário), com imunidade e proteção na sua função fiscalizatória;

Impedimento de empresas e empresários corruptores ou financiadores de campanhas políticas de participar de qualquer licitação promovida por qualquer órgão ou empresa do Estado.

Fim do Sigilo Bancário, Patrimonial e Fiscal – conhecimento público de dados bancários, patrimoniais e fiscais de qualquer cidadão/cidadã (e de empresas das quais sejam sócios) que exerça cargo público durante o exercício do mandato e nos dois anos anteriores e dois anos posteriores ao mesmo.

III – Romper as Malhas do Fisiologismo

É necessário romper as malhas que instrumentalizam a cooptação, a dependência e a submissão do povo aos interesses dos políticos e dos grupos de poder, para que as formas de representação sejam autênticas e controladas socialmente. O fisiologismo, o assistencialismo e o paternalismo são as formas clássicas de manter o povo pobre devendo favor às elites políticas e pagando-as com o voto que as perpetuam no poder. Para isto alguns instrumentos são fundamentais:

Fim das emendas parlamentares individuais;

Proibição de parlamentares ou detentores de qualquer cargo político manter vínculos administrativos, de direção ou de propriedade com entidades assistenciais ou empresas que prestem serviços à comunidade ou que mantenham vínculos de prestação de serviços com o estado;

Proibição de qualquer tipo de nepotismo, direto ou cruzado;

Proibição de qualquer tipo de doação, favor ou ajuda feita pessoalmente por candidatos ou detentores de cargos políticos.

IV – Fim do Carreirismo Político

O carreirismo cria vícios e profissionaliza a representação, criando uma enorme distância entre representantes e representados. É fundamental criar mecanismos que impeçam o carreirismo nas funções políticas:

Impossibilidade de exercer mais de dois mandatos eletivos consecutivos em qualquer instância, sendo obrigado a uma quarentena de 4 anos após dois mandatos em qualquer tipo de eleição para qualquer cargo político.

V – Interrupção de Mandatos

O controle popular sobre os eleitos precisa ser exercido de fato, para que a eleição não seja uma delegação de caráter absoluto. Para isto é importante criar mecanismos que permitam interromper mandatos executivos e legislativos através de:

Plebiscitos convocados por 30% de eleitores aptos;

Impedimento ( impeachtment).

Processo judicial instaurado pelo ministério público, entidades representativas ou grupo de cidadãos(ãs).

Voto qualificado de convenção partidária do partido ao qual o eleito pertença.

VI – Imunidade Qualificada

A imunidade e o foro privilegiado não podem servir para proteger o político de acusações em crimes comuns ou de corrupção. Para isto é importante:

Fim da imunidade parlamentar a não ser referente exclusivamente ao direito de opinião e denúncia;

Fim do direito a foro privilegiado a não ser no que refere ao estrito exercício do mandato ou do cargo.

VII – Financiamento das Campanhas Eleitorais

O financiamento das campanhas eleitorais por parte de empresas ou de pessoas cria relações de dependência entre os eleitos e que financiou. É o atalho da corrupção. E garante o controle do poder político nas mãos de quem tem dinheiro. Por isto é importante:

Financiamento público de campanhas políticas;

Normas severas impedindo e inibindo qualquer recurso privado, seja pessoal ou de empresas, sindicatos ou qualquer outra entidade para campanhas eleitorais;

Fiscalização popular e punição rigorosa para quem usar financiamento privado em campanhas políticas com processo em rito sumário, prisão, perda de mandatos e inelegibilidade.

Manutenção dos partidos políticos exclusivamente através de contribuições de filiados estabelecidas em convenções partidárias e fundos partidários públicos.

VIII – Remuneração dos Eleitos

A representação política não deve ter nenhum tipo de estímulo financeiro, bastando a reposição dos custos. Para isto é preciso estabelecer normas:

Salários dos eleitos calculado pela média dos salários dos servidores públicos da instância da federação a qual foi eleito ( deputados federais, média do funcionalismo federal; deputados estaduais, média dos servidores de seu estado e assim por diante.)

IX – Fidelidade partidária

As trocas de partidos são formas de enfraquecimento da representação, da falta de ideologia e fonte de corrupção para buscar maiorias. Para esta questão também são necessários alguns mecanismos:

Impossibilidade de troca de partido por três anos após eleito;

Mandato partidário, quem sair do partido deixa o mandato para o partido;

Perda de mandato por decisão qualificada e democrática em convenção do partido a que pertença.

X – Assembleias Legislativas Especiais Ampliadas

Existem algumas decisões que são vitais para a vida da população. A discussão, aprovação e acompanhamento da execução do Orçamento Público, por exemplo. Há uma carência de democracia nestas decisões. Temas como estes poderiam ser objeto de decisão de representações especiais, especialmente eleitas e bem mais ampliadas que as atuais câmaras de vereadores, Assembleias Legislativas, Câmara e Senado.

A discussão e aprovação dos Orçamentos, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Planos Plurianuais, da União, Estados e Municípios através de Assembleias Legislativas ampliadas, especialmente eleitas, com mandatos específicos, de dois anos, para discutir e votar estas leis e com candidatos apresentados não só por partidos políticos mas também por Entidades Sindicais, Associações, Movimentos Sociais, Entidades Estudantis e outras entidades representativas.

XI – Iniciativas Populares

As iniciativas do povo para o debate e aprovação de leis precisam de instrumentos fortes para serem levadas a sério.

Precedência para tramitação e votação de projetos de lei de iniciativa popular com quorum qualificado de assinaturas regularmente obtidas;

Possibilidade de iniciativa popular sobre qualquer tema de interesse público.

XII – Assembleias Populares Municipais

A possibilidade de participação popular é maior nos municípios que nos outros entes da federação. Para isto é preciso mudar profundamente a atual forma de representação:

Fim das câmaras de vereadores da forma como existem hoje;

Estabelecimento de Assembleias Populares Municipais, sem salário fixo e apenas com ajuda de custo por sessão e reuniões de base com as comunidades;

Assembleias municipais com vereadores em mandato de tempo integral apenas em municípios com mais de 100 mil habitantes ( nestes haverá Assembleias Populares de Bairros);

Acesso à representação nas Assembleia Municipais não só através de partidos políticos, mas com representantes inscritos por associações, movimentos sociais, sindicatos, entidades estudantis, entidades representativas, etc.

XIII – Representação de Gênero e Etnias historicamente excluídas

Há setores da sociedade cuja exclusão histórica exige instrumentos de afirmação positiva para que seus pleitos e suas posições sejam levadas em consideração. Para isto é preciso estabelecer:

Quotas mínimas obrigatórias em todas as casas legislativas estaduais, federal e municipais ( quando for o caso) de representação dos povos indígenas, da população negra e de mulheres.

XIV – Fim da Reeleição em Mandatos Executivos

A reeleição nos mandatos executivos ( Presidente, Governadores e Prefeitos) leva à paralisia administrativa e ao uso da máquina pública na eleição. Não pode continuar. Quatro anos de mandato é insuficiente para a execução de planos de ação mais articulados. Por isto se propõe:

Mandato executivos de seis anos;

Possibilidade de interromper o mandato até o quarto ano do exercício do mesmo através de referendo revogatório convocado por 30% dos eleitores devidamente identificados e que consiga 50% dos votos e convocação de novas eleições para mandato de seis anos.

O que perder o mandato não poderá se candidatar por pelo menos quatro anos a nenhum cargo eletivo;

A renúncia antes do referendo impede o renunciante de se candidatar por quatro anos.

XV – Assembleia Nacional Unicameral

Uma verdadeira reforma política precisa debater a existência de duas instâncias legislativas a nível federal. Para isto propomos:

Extinção do Senado;

Quando necessária decisão que exija o equilíbrio de poder entre os estados, os votos das bancadas estaduais na Câmara Federal terão peso igual por estado e não proporcionalidade numérica por população.

XVI – Transparência Absoluta do Poder Judiciário

O Poder Judiciário precisa cumprir outro papel do que cumpre hoje, onde funciona, muitas vezes, como um poder submisso aos interesses das classes poderosas, sujeito a influências políticas, corrupção, venda de sentenças, frágil perante as pressões das elites locais. Para isto precisamos debater:

Acesso às funções no Poder Judiciário exclusivamente por concurso em todas as instâncias e para toda e qualquer função;

Mandato de qualquer atividade judicial por dez anos, com renovação por dez anos mediante sistema de avaliação com participação de representações populares;

Fim do STF e criação de um Tribunal Constitucional com única instância acima do Superior Tribunal de Justiça e acesso a este Tribunal Constitucional através de eleições diretas nos vários grupos de operadores do direito, por rodízio: (i) OAB (ii) Ministérios Públicos Federal e Estaduais (iii) Juizes Federais e Estaduais (iiii) Advocacia Geral do União e Procuradoria dos Estados;

Advocacia Pública e Gratuita para toda a população pobre em todos os municípios do país;

Acesso público a todos as informações bancárias, fiscais e patrimoniais de todo o Poder Judiciário e Ministério Público.

Criação de corregedorias populares para avaliar e fiscalizar a ação do poder judiciário.

Salários dos Juízes, Procuradores, Promotores, Advocacia Pública e servidores do Judiciário pela média dos salários do conjunto da população.

XVII – Livre Acesso à Informação e plena liberdade de manifestação pública de opiniões

Os Meios de Comunicação Social são os grandes responsáveis pela falta de informação da população, pela manipulação de informações, bem como pela deformação e desequilíbrio do conjunto das opiniões existentes na sociedade, favorecendo ou prejudicando grupos políticos determinados. Os MCS são concessões públicas e devem ser fiscalizados e acompanhados pela população através de meios adequados que garantam o direito de informações e a pluralidade de opiniões, o amplo debate público, a expressão livre do contraditória, a veracidade das informações bem como a ampla liberdade de defesa pública. Para isto propõe-se ao debate:

Criação de Conselhos Curadores para os MCS ( Jornais, Rádios, TV, Agências de Notícias, Sítios de Internet) , escolhidos em eleições livres, universais e secretas, com candidatos propostos por entidades representativas da sociedade, para garantir o acesso a informação e liberdade de opiniões em todos os meios de comunicação;

Garantia automática do Direito de Arena, isto é, todo o grupo social ou pessoa que tiver publicação de notícia negativa a seu respeito ter o direito ao mesmo espaço, no mesmo horário ou página, em igualdade de meios tecnológicos, no prazo máximo de 48 horas para expor sua versão dos fatos ou das idéias expostas;

Ouvidorias Públicas, vinculadas ao Ministério Público, para garantir o livre direito de opinião e de informação dos Meios de Comunicação de Massa.

Junho 2005/ atualizado em 2016.

Frei Sérgio Antônio Görgen é frei franciscano e dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores- MPA

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Declaración de La Vía Campesina sobre Comercio, Mercados y el Desarrollo en el marco de la CNYCYD 2016

19 de julio de 2016

lvcloguetor.jpg«La soberanía alimentaria es el derecho de los pueblos a una alimentación sana y adecuada culturalmente producida mediante métodos ecológicos y sostenibles, además del derecho a decidir los propios sistemas alimentarios y agrícolas. Son las aspiraciones y necesidades de quienes producen, distribuyen y consumen el alimento el centro de las políticas y los sistemas de alimentación en vez de las exigencias de mercados y multinacionales». Declaración de Nyéléni sobre Soberanía Alimentaria (Mali, 2007)

En el contexto de la décimo cuarta sesión de la Conferencia de las Naciones Unidas sobre Comercio y Desarrollo (CNUCYD o UNCTAD), realizada del 17 al 22 de Julio en Nairobi, Kenya, La Vía Campesina reitera su compromiso con la Soberanía Alimentaria y el Derecho a la Alimentación, así como su resolución para acabar con el «paradigma de libre comercio» y el «desarrollo de mercado»; así llamados por el neoliberalismo, estos patrones que solo sirven para consolidar el poder de las multinacionales sobre nuestros sistemas alimentarios. Descargar, aquí.

En cuanto a las Naciones Unidas, esperamos de la CNUCYD y sus estados miembros prioricen los procesos democráticos y participativos enfocados en políticas que promueven con éxito la Soberanía Alimentaria.

La CNUCYD no debe servir para promover los Acuerdos de Libre Comercio (ALCs), incluyendo los Acuerdos de Asociación Económica (AAE) con la Unión Europea en África, que sin excepción, han resultado en mayor hambruna, pobreza y exclusión para mucha gente de todo el mundo.

La Vía Campesina es un movimiento internacional que agrupa a millones de campesinos, pequeños y medianos agricultores, personas sin tierra, mujeres campesinas, pueblos indígenas, así como emigrantes y trabajadores agrícolas de todo el mundo. Defendemos los sistemas alimentarios agroecológicos de los campesinos como medio para promover la justicia social y la dignidad, nos oponemos frontalmente a las multinacionales y la agricultura a gran escala que destruye nuestros sistemas alimentarios, nuestras comunidades y el medio ambiente.

La Vía Campesina está conformada de 164 organizaciones locales y nacionales en 73 países de África, Asia, Europa y las Américas. Representamos a un total de 200 millones de campesinas y campesinos. Somos un movimiento independiente, plural y multicultural, sin afiliaciones políticas, económicas ni de ningún otro tipo.

Acerca de la CNUCYD

La Vía Campesina recibió con optimismo la publicación del informe de la CNUCYD titulado «Pequeños campesinos y el desarrollo de producción sostenible», donde se reconoce el papel clave que desempeñamos en la cadena de producción alimentaria y en los mercados, así como la necesidad de que tanto gobiernos como instituciones multilaterales trabajen directamente con nosotros para alcanzar los Objetivos de Desarrollo Sostenible. Pero nos oponemos frontalmente a las numerosas recomendaciones del informe acerca de mercantilizar la producción agrícola. Rechazamos de pleno la premisa implícita en el informe según la cual solo somos una fuente viable de alimento y nutrición a largo plazo si buscamos generar beneficios o «empresarializarnos». Denunciamos los intentos continuos de mercantilizar la alimentación y la nutrición, y les recordamos a todos los asistentes de la 14a de la CNUCYD que la alimentación es un Derecho Humano.

La CNUCYD puesta en marcha presenta un modelo neoliberal de comercio y libre mercado que contrasta fuertemente con el paradigma de Soberanía Alimentaria, en el cual los pequeños campesinos son actores sociales, culturales e históricos que toman decisiones basadas en una miríada de razones personales, éticas y culturales, no solamente el beneficio, el negocio y el mercado. Queremos que la CNUCYD nos proteja de los destructivos y secretos TLAs que promueve la antidemocrática OMC, tales como la Asociación Transatlántica para el Comercio y la Inversión (ATCI o TTIP), el Acuerdo Transpacífico de Cooperación Económica (TPP), el Acuerdo Económico y Comercial Global (AECG o CETA), el Acuerdo en Comercio de Servicios (TiSA), los AAE y sus supuestos mecanismos de Arbitraje de diferencias estado-inversor (ISDS).

Nosotras y nosotros, el campesinado del mundo, actualmente, alimentamos a la mayoría de la población, a pesar de los múltiples tratados de libre comercio que buscan desubicar la producción y el comercio campesino en el mundo entero.

Producción campesina y mercados locales

Más del 80% de las y los pequeños campesinos funcionan en ámbito local o regional, y una amplia mayoría lo hace mediante canales informales. Estos mercados tan diversos acogen la mayoría del flujo de alimento consumido mundialmente. El rango va de lo local a lo regional, y estos espacios se encuentran en zonas rurales, periurbanas y urbanas.

Dichos mercados están conectados a sistemas alimentarios locales, regionales y/o nacionales: el alimento se produce, procesa, comercia y consume en un área determinada, con lo que el valor añadido permanece en la zona y se comparte, con lo que se fomenta la creación de empleo. Tienen lugar en espacios organizados o de manera más informal, lo que dota a los pequeños agricultores de mayor flexibilidad y menos barreras para entrar en el mercado y más control sobre los precios y las condiciones. Sus funciones exceden el mero intercambio de bienes, son espacios de interacción e intercambio de conocimiento. Son los mercados más importantes, particularmente para las mujeres del campo, respecto a la inclusión y el acceso; contribuyen de manera significativa al cumplimiento de nuestro derecho a la alimentación y nutrición.

A pesar de su importancia, estos mercados informales se ignoran en los sistemas de recaudación de datos, lo que afecta negativamente a la hora de aportar pruebas que informen a las políticas públicas. La mayoría de mujeres pequeñas campesinas trabajan en estos mercados, su aporte esencial a la cadena alimentaria, incluyendo la distribución y el crecimiento económico permanece invisible en los procesos de desarrollo de políticas y en el comercio. Por eso estas mujeres enfrentan obstáculos a la hora de acceder a recursos y oportunidades de publicidad. Dada su relevancia para la seguridad alimentaria y las comunidades de pequeños campesinos, tanto inversiones como políticas públicas deberían orientarse a reforzar, ampliar y proteger los mercados campesinos locales y nacionales.

Nuestro llamado a la CNUCYD y sus estados miembros busca el apoyo al recabado extensivo de datos de los mercados a nivel local, doméstico e informal, tanto rural como urbano, su conexión al territorio en cuestión para mejorar la base de datos que crea políticas, incluso los datos no relacionados al género, y poder incorporar todo esto a los sistemas de recopilación de datos nacionales e internacionales.

Recomendamos precios transparentes y justos para todos los productos agrícolas que remuneren adecuadamente el trabajo y la inversión del pequeño campesino, especialmente las mujeres. Estas políticas de precios deberían proporcionar acceso asequible y puntual a la información del mercado que le permitiera tomar decisiones sobre qué, cuándo y dónde vender, y estar a resguardo del abuso de poder del comprador, especialmente en mercados saturados.

Exigimos programas públicos e institucionales de abastecimiento que permitan a los pequeños campesinos contar con una demanda regular y estable de sus productos a precios justos, y a los consumidores el acceso a productos sanos, nutritivos, variados, frescos y locales, incluso si hay crisis y conflictos. Queremos que dichos programas abastezcan a escuelas, hospitales, prisiones, asilos, cantinas de funcionarios, de manera que se integre en el proceso a los campesinos quienes aportan sus productos. Reiteramos nuestro llamado a una solución permanente al problema del almacenamiento público de los granos — dado los desequilibrios en las provisiones de apoyo de los países desarrollados — y nuestro compromiso en construir programas de abastecimiento públicos e institucionales sólidos.

Para que estos programas tengan éxito, les recordamos a los gobiernos nacionales que deben garantizar un acceso justo y equitativo a la tierra, el agua, el territorio y la biodiversidad, y para ello, les referimos a las Directrices voluntarias sobre la gobernanza responsable de la tenencia de la tierra, la pesca y los bosques en el contexto de la seguridad alimentaria nacional.

Los alimentos son un derecho humano y no se deben tratar como mera mercancía. Apelamos a la CNUCYD del 2016 a revisar cómo afronta el problema de la alimentación y su relación con el comercio y el desarrollo. El campesinado es el corazón de la producción de alimentos y necesitamos con urgencia la Soberanía Alimentaria — la cual requiere la protección y renacionalización de los mercados alimentarios nacionales, la promoción de circuitos locales de producción y consumo, la lucha por la tierra, la defensa de los territorios de los pueblos indígenas y una reforma agraria integral — no las falsas promesas de los sistemas de producción dependientes y muy exigentes en insumos externos y capital, al estilo de la Revolución Verde, los cuáles funcionan bajo la falsa premisa de la competitividad que logran éxito solo cuando perjudica los medios de subsistencia de los campesinos en otros lugares.

Recordamos a los gobiernos que tienen obligaciones respecto a la prestación de servicios públicos de calidad que dignifiquen la vida rural (salud, educación, etc.) y que no se puede cumplir con estas obligaciones sin precios justos que protejan los campesinos locales contra las transnacionales ávidas de lucro y el sistema de comercio internacional que sirve hoy en día solo a los intereses de la agroindustria y las otras élites empresariales. La CNUCYD, como órgano* de la Naciones Unidas, debe procurar ser coherente con sus otros esfuerzos actuales, incluyendo la realización efectiva de la Declaración Universal de Derechos Humanos. Es así que junto con nuestros aliados en Nairobi, y en todo el planeta, les invitamos a unirse con nosotros en la lucha para la Soberanía Alimentaria y el fin del «libre comercio» promovido por instituciones antidemocráticas como la Organización Mundial del Comercio (OMC).

¡La Alimentación es un derecho, no una mercancía!

¡Soberanía Alimentaria Ya!

¡Globalicemos la lucha, globalicemos la esperanza!

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Nicaragua: Concluye la Asamblea CLOC LVC Centramérica: Adelante, adelante que la lucha es constante

19 de julio de 2016

nica19jul16.jpgDespués de dos días de discusión y análisis cada dirigente, hombres., Mujeres y jóvenes regresan a sus respectivos países con mayores fuerzas para continuar batallando contra el sistema que genera desigualdad, violación a los derechos humanos, criminalización de la lucha, invasión a los territorios, expropiación de sus tierra a miles y miles de campesinos.

A ese sistema que hace 7 años dio golpe de Estado a Honduras y hoy amenaza con dar un golpe de Estado nuestro pueblo hermano salvadoreño.

Las tareas son muchas: lograr la verdadera participación de los jóvenes y mujeres a los espacios organizativos, dar seguimiento a las líneas planteadas por cada uno de los colectivos, armar una comisión de solidaridad con El Salvador ante el posible golpe de Estado.

A través del colectivo de comunicación denunciar de manera permanente todo lo que ocurre con el campesinado en Centroamérica especialmente en Honduras y Guatemala.

De igual forma lograr incidir en las políticas públicas para lograr que se aprueben marcos jurídicos a favor del sector campesino.

Ante lo que acontece en el Salvador la Cloc-Vía Campesina Centroamérica acuerda:

1- Condenar la resolución de la Sala de lo Constitucional de la Corte Suprema de Justicia de El Salvador que vulnera la estabilidad del país dejando sin efecto la ley de amnistía derivada de los acuerdos de paz firmados por el FMLN y el gobierno en el año 1992. Dicha resolución reactiva el descontento popular y la confrontación entre sectores que ya habían encontrado causes de convivencia pacífica.

2- La CLOC Vía Campesina de Centroamérica se declara en estado de alerta y expresa su plena solidaridad con el hermano pueblo y gobierno salvadoreño, llamamos a todas las organizaciones miembros y comunicamos a la opinión pública internacional para que expresen su apoyo decidido a las rutas de soluciones pacíficas que el pueblo y gobierno de El Salvador demandan.

!Globalicemos la lucha, Globalicemos la esperanza!!

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Paraguay: indignación ciudadana por la sentencia del caso Curuguaty

18 de julio de 2016

parag19jul16.jpgEn la mañana de este lunes, el tribunal que entiende en el juicio oral por la masacre de Curuguaty dispuso el final del proceso judicial a través de la lectura íntegra de la sentencia.

Se consuma de esta manera el montaje que se originó con el desalojo de unos 60 ocupantes de tierras públicas en Curuguaty, departamento de Canindeyú, donde resultaron muertos 11 campesinos y 6 policías el 15 de junio de 2012, en una masacre sin precedentes en la historia paraguaya que dio lugar a la destitución de Fernando Lugo, presidente democráticamente electo, y el retorno al poder del Partido Colorado, de la mano del empresario Horacio Cartes, poco más de un año después.

Unas 500 personas, entre individualidades y colectivos solidarios, acompañaron a las víctimas y sus familiares, muchas de ellas apostadas bajo carpas en la explanada del Poder Judicial desde la semana pasada, días antes de que se concretara la lectura de la parte resolutiva de la sentencia, el pasado 11 de julio. A partir de ese entonces, algunos familiares de los acusados y actualmente condenados tomaron la decisión de encadenarse como medida de protesta.

Para el día de hoy, el Ministro del Interior ordenó la presencia de al menos 1.500 efectivos policiales y un gran despliegue de seguridad que incluía carros hidrantes y francotiradores, con el afán de amedrentar a los manifestantes y espantar cualquier adhesión de la ciudadanía que quisiera acercarse al lugar y solidarizarse con la causa. En el marco del operativo policial, fueron detenidos este mediodía 6 jóvenes por no portar documentos de identidad y a uno de ellos se le colocó un destornillador en la mochila para justificar la aprehensión; todos fueron derivados a una comisaría de Asunción con riesgo de ser imputados.

Se selló la farsa

La lectura completa de la sentencia se realizó frente al Poder Judicial en el barrio Sajonia, a campo abierto y con pantalla gigante, además de ser transmitida vía online por el canal de la Corte Suprema de Justicia. En medio de mucha indignación de las personas presentes en el lugar, se llevó a cabo dicho formalismo por parte de funcionarios judiciales, lo cual se extendió hasta por 4 horas, con escasos recesos.

A medida que los actuarios hojeaban el documento, la impotencia y la rabia se apoderaban de la gente, quienes en un momento abandonaron el escenario dirigiéndose en marcha para copar el micro-centro asunceno, incinerando neumáticos en la calle, para luego retornar a la plaza.

La sentencia judicial hace eco, incluso en algunas líneas con una precisión de »copy-paste», de los alegatos finales expuestos por los tres agentes del Ministerio Público, quienes desde un principio asumieron el papel de querellantes y se aferraron a las teorías maquinadas por el ahora Viceministro de Seguridad Interna, Jalil Rachid, fiscal del caso en la etapa investigativa.

Así, según se desprende de los argumentos para sustentar las resoluciones del dictamen, los campesinos tenían el ánimo de ocupar las tierras pertenecientes a la familia Riquelme y con violencia y clandestinidad se instalaron en el inmueble y urdieron un plan para matar a policías en caso de que se procediera a un intento de desalojo. Sin embargo, lo cierto y lo concreto es que durante todo el desarrollo del juicio, no se ha podido probar fehacientemente la responsabilidad de ninguno de los acusados en el proceso, ya que ni las evidencias ni otros medios probatorios han sido lo suficientemente indudables como para dictaminar la pena de privación de libertad de los 11 campesinos sin tierra acusados.

Los hechos punibles que se les atribuyen a los campesinos y campesinas, considerados presos políticos de la Reforma Agraria en el Paraguay, son: invasión de inmueble ajeno, asociación criminal y homicidio doloso. El pasado 11 de julio, el dirigente campesino, Rubén Villalba, fue condenado a 30 años de prisión más 5 de seguridad. Luis Olmedo recibió 20 años; Arnaldo Quintana y Néstor Castro, 18 años. Lucía Agüero, Fanny Olmedo y Dolores López, 6 años; en tanto que Juan Carlos Tillería, Alcides Ramírez, Felipe Benítez y Adalberto Castro obtuvieron 4 años de pena carcelaria, que se equipara al tiempo de reclusión preventiva, por lo que actualmente se encuentran en libertad.

Los abogados de la defensa anunciaron que apelarán el fallo judicial y agotarán todas las instancias internas. En caso de necesidad, recurrirán a estadios internacionales.

Vea también: »10 Argumentos que ponen en duda la sentencia del Caso Curuguaty» (en #Latitud25) https://www.youtube.com/watch?v=zx79-lqMLeI

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Nicaragua: Se inaugura la Asamblea Ordinaria Anual Regional CLOC-LVC-Centroamérica “Por la Soberanía de Nuestros Pueblos, América Lucha” en Managua

17 de julio de 2016

Colectivo Comunicación CLOC-LVC Centroamérica

nicaasambjul16.jpg

¡Globalicemos la lucha, Globalicemos la esperanza! ¡Sin luchas no hay victorias! ¡Sin Feminismo no hay socialismo! ¡Con la Mujer en la casa la reforma agraria se atrasa! ¡Un pueblo unido Jamás será vencido! Fueron parte de las consignas que resonaron en la mística de apertura. Más de 50 delegados de las organizaciones miembros de la Cloc- Vía Campesina Centroamérica hacen presencia en este espacio de articulación regional.

El encuentro se desarrolla en una fecha especial para el pueblo nicaragüense, el Día de La Alegría, fecha en que el tirano Anastasio Somoza Debayle abandonó el país a causa de la insurrección popular que logró derrocarlo. También porque se está a dos días de cumplir 37 años del triunfo de la Revolución Popular Sandinista.

También es una fecha en que la Asociación Resistencia Nicaragüense Israel Galeano (ARNIG) hoy ejemplo de unidad y reconciliación Nicaragüense y también miembro de la Cloc-Vía Campesina en Nicaragua, recuerda el natalicio del Comandante Israel Galeano, máximo líder de la Contra Revolución en Nicaragua y a quien lo asesinaron por haber firmado los acuerdo de Paz.

Se felicitó a cada compañero y compañera por el compromiso que asumen desde cada organización y por organizarse de manera alternativa para ponerse al frente de la lucha del movimiento campesino.

Para Elida María Galeano o Comandanta Chaparra de ARNIG expresó que es un orgullo contar con toda esa diversidad de organizaciones en la región lo que permite que haya mayor solidaridad ante lo que acontece actualmente en todos los países centroamericanos. Ella celebra la reconciliación que se vive en Nicaragua, porque es una reconciliación para la patria.

Raúl Áreas representante de La Coordinadora Nacional de Oficiales en Retiro (CNOR) dijo que hay que organizar las fuerzas para golpear al sistema, a la oligarquía y que se debe aprovechar esos momentos de mayor presión porque es cuando se logra mejor organización y se crean mejores estructuras.

También participó en la apertura de esta jornada el compañero Jacinto Suárez, encargado de Relaciones Internacionales en el Frente Sandinista. El hizo un esquema sobre el contexto actual de la región e hizo referencia a la nueva modalidad de intervención que tiene el proyecto imperialista con las famosas comisiones por la impunidad.

Enfatizó la situación que está atravesando el pueblo hermano Salvadoreño, donde la Corte de lo Constitucional eliminó varios artículos de la Ley de amnistía, eso implica que varios de los que estuvieron por un lado o por el otro durante el tiempo de guerra pueden ser juzgados por crímenes.

En ese sentido la plenaria se pronunció en que es momento de ser solidarios con el pueblo Salvadoreño y estar alerta ante cualquier intento de Estado en este país hermano

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Nicaragua: Los colectivos de la CLOC-LVC Centroamérica se plantean tareas para la región

16 de julio de 2016

Colectivo Comunicación CLOC-La Vía Campesina Centroamérica

nica17jul16.jpgPrevio a la Asamblea Regional que tendrá lugar los días 17 y 18 de julio se reunieron los colectivos de trabajo de la Cloc-Vía Campesina, entre ellos: La comisión Política, el Colectivo de derechos humanos tierra y territorio, el Colectivo de semilla, biodiversidad agricultura campesina agroecológica y el Colectivo de Comunicación.

La comisión política plantea lograr mayor incidencia en las políticas públicas que tengan que ver con la reforma agraria, la soberanía alimentaria desde la visión del campesinado y no del mercado.

El colectivo de Derechos humanos propone divulgar la carta sobre los derechos de las y los campesinos que se logró meter en las Naciones Unidas (ONU), lograr una mayor visualización de lo que consiste el derecho al acceso a la tierra con equidad de género y la divulgación permanente sobre la persecución de las y los dirigentes campesinos.

Por su parte el Colectivo de semilla y biodiversidad considera importante la conformación de todos estos colectivos en los diferentes países de la región, así como el rescate de la Campaña de las semillas, en ese sentido se debe promueve el intercambio de semillas en el marco de los diversos espacios que promueve la

Cloc-Vía Campesina y la construcción de mercados y ferias alternativas donde se promueva la venta de los productos a precios justos.

Para este colectivo no debe faltar la promoción a la agroecología y como acción específica consideran debe realizarse un encuentro regional de Agroecología.

Es importante afinar el tema de comunicación

El colectivo de comunicación expresó que se debe apostar a la comunicación, hay que tener conciencia de que es una herramienta para la lucha por lo tanto debe existir un compromiso político para dar continuidad a este proceso que no es de ahora, que ya tiene un nivel avanzado de formación política y técnica.

-«Urge Comunicar lo que acontece en nuestra región, la criminalización brutal y permanente que hay en Guatemala, Honduras y panamá. Es necesario que desde la comunicación se trabaje solidariamente con las y los compañeros de El Salvador, quienes temen por que la derecha esté planeando un golpe de Estado en contra del Gobierno de Salvador Sánchez Ceren»- Expresó el compañero Rafael Alegría de la Vía Campesina Honduras.

Para la compañera María Ana Calle considera el colectivo de comunicación deber ser visionista y desde ahí colocar el tema de los derechos humanos en las agendas de cada país.

Como Colectivo, el compromiso es continuar con el proceso de comunicación a través de las herramientas informativas con las que contamos en la actualidad (Redes sociales, boletines electrónicos, Revistas elaboradas en cada país, programas radiales), la información enviada a la Secretaria Operativa por cada país y divulgada por ellos en sus medios de comunicación.

¡Globalicemos la lucha, Globalicemos la Esperanza!

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Brasil: Intereses del Agronegocio y el Gobierno Golpista – por Frei Sérgio Görgen y João Pedro Stedile

14 de julio de 2016

brasil14jul16.jpgLas elites no se articularon apenas para sacar a Dilma, también para atender los intereses capitalistas sobre los bienes

La clase dominante del campo, los latifundistas, los grandes propietarios de la tierra y las empresas transnacionales del agronegócio, fueron los actores principales en el avance golpista para interrumpir el proceso democrático y la distribución de las ganancias que, aun a pasos lentos, marchaba en Brasil.

Se articularon para acelerar la implantación de propuestas concretas que representan a los intereses capitalistas en la propiedad de los bienes de la naturaleza, de la tierra y en la producción agrícola del país. Y, para eso, construyeron, con ayuda de sus legisladores y algunos intelectuales orgánicos ruralistas, una pauta de propuestas bien clara.

Esta pauta de intereses se tornó conocida por tres vías: la publicación del Instituto Pensar Agropecuario (IPA), compuesto por 39 entidades del agronegócio brasileño; por el Frente Parlamentario Agropecuario, también conocida como Bancada Ruralista

, que fue publicada antes del golpe parlamentario consumado en la vergonzosa votación del 17 de abril en la Cámara de Diputados;

y en la elección del nuevo ministro de Agricultura, senador Blairo Maggi, que pasó a explicar de forma didáctica en pronunciamientos y entrevistas lo que los ruralistas pretenden.

Vamos a sus propuestas:

I- Propuestas estructurales de la expansión del capital en la agricultura a través del modelo del agronegócio

1. El ministerio de Agricultura debe ser ocupado en su dirección por «lideres diferenciados»y en su gestión por un «gobierno técnico». Lideres diferenciados: «conocimientos profundos del sector y que tenga, principalmente, estrecho relacionamiento con las entidades representativas y con los líderes políticos». (Lo que se consolidó com la elección de Blairo Maggi);

2. Reducción del tamaño del Estado, o sea, todo debe ser decidido por el mercado (los capitalistas). Y el estado sólo participa para cubrir los prejuicios y garantizar las tasas de lucro de ellos. ¡Un capitalismo sin riesgos!

3. Políticas agrícolas plurianuales, con visión de medio y largo plazo. Por lo que evidencian sus intenciones de quedarse por mucho tiempo gobernando;

4. Aumento de las ofertas de crédito, con tasas de interés más bajas y controladas. El crédito rural debe tener menos burocracia, modernización de la legislación sobre los créditos, catastro único para productores y cooperativistas en el sistema financiero, creación de un Fondo de Garantía de Créditos y de un Fondo de Inversiones del Agronegócio. Es la consolidación de la alianza de los propietarios de la tierra que dependen cada vez más del capital financiero;

5. Estimular la entrada de capitales extranjeros, de los grandes bancos en el crédito rural para financiar a la agropecuaria brasileña;

6. Seguro Rural con aumento de recursos subsidiados del Estado y reglamentación del Fondo de Catástrofes (para ellos accederen a un costo de seguro más razonable y así dividir prejuicios con toda la sociedad);

7. Reglamentar los contratos con «opción de compra» como política de «seguro de precios»;

8. Apoyo al gobierno, para tener acceso al mercado externo de las commodities, en mejores condiciones de disputa con sus competidores capitalistas del exterior;

9. Cambiar la ley para abrir la posibilidad de venta de tierras a extranjeros, inclusive para empresas con capital mayoritariamente extranjero. (La ley ya está en votación en la Cámara de Diputados, siendo un ataque a la soberanía nacional);

10. Tener Plan Nacional de almacenaje privado, para garantizar abastecimientos subsidiados de los granos;

11. Recursos para un plan nacional de irrigación del agronegócio;

12. Simplificación y rapidez en la aprobación de nuevos venenos, para aumentar la producción y uso de agronómicos, llamados por ellos de «defensa agropecuaria y fitosanitária»;

13. Acelerar la ley de tercerización de las leyes laborales, para facilitar la contratación de mano de obra temporaria en el campo, de forma más barata y sin riesgos;

14. Adecuar las leyes laborales a la «realidad del campo» y cambiar la ley del trabajo esclavo, pues lo consideran un concepto muy amplio.

II. Propuestas del agronegócio para enfrentar la agricultura campesina y a los pueblos que viven en el campo

1. Fin de la demarcación de las tierras indígenas y quilombolas [tierras de comunidades afro descendientes] por el gobierno, y con la aprobación del PEC 215, solamente el Congreso Nacional podría reconocer nuevas áreas. Y revisión de las demarcaciones realizadas en los últimos años;

2. Fin de las desaprobaciones para la Reforma Agraria, consideran desnecesarias. Y la revisión de las desaprobaciones realizadas en los últimos años;

3. Revisión de las funciones del Incra [Instituto Nacional de Colonización y Reforma Agraria], transformándolo en una mera agencia de tierras, que actuaría en la titulación y en la distribución de las tierras de la Unión;

4. Extinción del Ministerio de Desarrollo Agrario (MDA). Reincorporar las actividades de este ministerio al ministerio de Agricultura, Pecuaria e Abastecimiento (MAPA) y transferir los programas sociales del MDA y del extinto Ministerio de la Pesquería para el Ministerio de Desarrollo Social. Ya extinguieron el MDA y abandonaron todas las políticas públicas que había para la agricultura campesina;

5. Extinción de la Compañía Nacional de Abastecimiento (Conab);

6. Liberar a través de ambientales y transformar el Conama (Consejo Nacional de Medio Ambiente) en órgano consultivo y no más deliberativos como es hoy en día.

III. Las propuestas explicadas por el ministro Blairo Maggi – «Brasil no necesita de Reforma Agraria»

Por lo que parece, el nuevo «Rey de la Soja» es uno de esos «lideres diferenciados» al que se refieren los redactores de la Agenda del Agronegócio. Veamos un resumen de lo que él dice a la prensa después de la audiencia pública en el Senado Federal, el día 23 de junio del 2016.

1. Brasil puede crecer sin Reforma Agraria, sin nuevos asentamientos, sin nuevas ocupaciones. Él podría ser aun más claro y decir: Brasil puede existir apenas con latifundios, y no precisa de agricultores campesino sin-tierra. Apenas peones para trabajar para nosotros;

2. Defiende la emancipación de los asentamientos para que latifundios puedan comparar o arrendar tierras de la reforma agraria;

3. Pretenden privatizar los almacenes de la Conab. Quiere que el Gobierno contrate depósitos privados para garantizar reservas;

4. Es contra cualquier impuesto sobre el lucro de las exportaciones agrícolas, para cubrir despensas de la Previsión Social. Así como es contra la revisión a la Ley Kandir [ley que permite la exención del pago del Impuesto a la Circulación de Mercaderías y Servicios de Transporte – ICMs – sobre las exportaciones del productor primario y semi elaborados o servicios, desde 1996], y con eso está quebrando a los estados agrícolas del país;

5. Es a favor de vender tierras para extranjeros, sin límites;

6. Defender impuestos más bajos para la producción agropecuaria;

7. Defiende la tercerización de la Fiscalización Agropecuaria. «Debe ser un servicio prestado por empresas tercerizadas, capitalistas, que serian mucho más eficientes. «¿Para quién?».

IV. Conclusiones;

1. Gran parte de las propuestas son, todavía, genéricas, por lo tanto, muy peligrosas para los intereses de la sociedad brasileña, como un todo. Son más objetivos cuando tratan de recursos y de crédito y cuando tratan de la «agenda destructiva»;

2. Tienen muchas contradicciones: proponen la disminución del tamaño del Estado, pero la mayoría de las propuestas (crédito, seguro, almacenaje, irrigación) exigen aun más recursos públicos para el sector. O sea: menos Estado para los campesinos y más Estado para el agronegócio;

3. Las propuestas ya están siendo implementadas en estos dos primeros meses de gobierno golpista. El MDA ya fue extinto, los indígenas están siendo duramente reprimidos y el ministro Maggi trabaja aceleradamente en la implementación de sus propuestas;

4. Hay otros puntos que no están en la agenda especifica del sector pero que son abrazadas por la clase dominante como un todo, pues afecta a toda la clase trabajadora. Como ejemplo los cambios para la Previsión Rural (edad mínima de 65 años y desvincularon de los beneficios del salario mínimo) y propuesta para el Ejército reprimir las ocupaciones de tierra;

5. Delante de ese plan y amenazas a los Movimientos Sociales y Sindicales campesinos precisan organizar sus lineas de defensa, de resistencia y de luchas de masas para derrocar estas propuestas del plan ruralista, que quiere a Brasil de regreso a los tiempos coloniales.

*Frei Sérgio es franciscano e integrante de la coordinación del Movimiento de Pequeños Agricultores (MPA)

**João Pedro Stedile es integrante de la coordinación del Movimiento de Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST)

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Paraguay: Entrevista de RMR a Gustavo Noguera, abogado defensor de campesinos condenados en Juicio Curuguaty

14 de julio de 2016

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El corrupto sistema judicial paraguayo, los poderes fácticos de los terratenientes y los medios de comunicación «inventaron una historia e hicieron que esta condena la confirmara sin investigar absolutamente nada», sin que la defensa de los campesinos pudiera citar testigos e ignorando evidencias que señalaban la responsabilidad del Estado.

Así resumió en diálogo con Radio Mundo Real desde Asunción del Paraguay el jurista Gustavo Noguera el fallo conocido este lunes y que condena a once campesinos a penas de entre 4 y treinta años de prisión por los sucesos conocidos como «Masacre de Curuguaty» de junio 2012.

Uno de los argumentos que hacen a la defensa legal de los campesinos considerar nula o inexistente la condena es el hecho de que no se investigaron las muertes de los civiles que participaban de la ocupación de las tierras de Marina Cué, a lo que Noguera aclara: «en realidad no se investigó absolutamente nada, se fabricó una historia y prácticamente el total de los testigos del juicio fueron policías, no permitiéndose a la defensa convocar a otros testigos».

Noguera llevó adelante la defensa de Rubén Villalba por otras tres causas que le adjudicara la fiscalía, aunque no en este caso, aclara. Sin embargo, señala que el mensaje de este fallo judicial contra Miguel y los demás campesinas condenados es clara: «es un mensaje a quien se atreva a cuestionar la tenencia de la tierra en este país, donde un 1 por ciento de la población controla el 85 por ciento de las tierras productivas».

Asimismo, Noguera expresa en diálogo con nuestro portal que la posibilidad de que la justicia efectivamente se abra lugar en este caso depende en buena medida de la preocupación y presión internacional sobre el gobierno de Horacio Cartes, surgido precisamente del quiebre institucional que significó la masacre en junio de 2012, propiciando la destitución del religioso Fernando Lugo.

Ejemplos

A modo de ejemplo de la violación de las garantías contra Rubén Villalba y otros campesinos acusados, el jurista indica que una apelación presentada a nombre de su defendido lleva año y medio sin merecer decisión del tribunal de apelaciones, cuando los plazos legales establecen para un trámite similar un plazo de veinte días como máximo.

«Se fabricó una historia y se acomodó el juicio a esa historia», señaló Noguera. Y agregó que las tres armas de fuego antiguas presentadas como evidencias «quedó demostrado que nunca se dispararon (…); se negó la necropsia a las víctimas para obtener información de las causas y circunstancias de su muerte, se alega que un grupo de mujeres, niños con algunos varones adultos fueron capaces de emboscar a 320 policías, es imposible de sostener eso racional o irracionalmente».

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El Foro de Comunicación para la Integración Nuestramérica entrega carta al Parlatino por atropellos a la libertad de expresión en Argentina y Brasil

14 de julio de 2016

logoforointegracion.jpgEn la tarde de ayer (13/07/2016), el Foro de Comunicación para la Integración de NuestrAmérica (FCINA) entregó una carta a la presidenta del Parlamento Latinoamericano (Parlatino), Gabriela Rivadeneira, en la cual expresa su rechazo a los atropellos a disposiciones legislativas en materia de comunicación que se están registrando en Argentina y Brasil.

En Argentina, debido a la modificación de la Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual y, en particular, la suspensión del Fondo de promoción de Medios Comunitarios (FOMECA); en Brasil, por la arremetida contra la comunicación pública y, específicamente, la Empresa Brasileña de Comunicación (EBC).

La presidenta del Parlatino, como también de la Asamblea ecuatoriana, anticipó que pondrá en consideración de la Junta Directiva, a realizarse el día 29 de este mes, la carta entregada por el FCINA para que se le dé el trámite correspondiente. «Independientemente del resultado, es bueno que se pronuncien, porque hay que marcar precedentes de que hay una observación, hay una veeduría, que no estamos cruzados de brazos, de que haya una acción», señaló.

Este es el texto de la carta entregada a la presidenta del Parlatino:

Quito, 04-07-2016

Ciudadana
Gabriela Rivadeneira
Presidenta del PARLATINO
Presente.-

Estimada Presidenta:

El Foro de Comunicación para la Integración de NuestrAmérica (FCINA) en reunión realizada en la ciudad de Quito, los días 26 y 27 de junio del presente año -como actividad preparatoria al «Foro Latinoamericano y Caribeño de Comunicación Popular y Comunitaria», convocado conjuntamente con CIESPAL, FLACSO y ALAI- analizó las violaciones a disposiciones legislativas que se vienen registrando en diversos países de la región en materia de comunicación.

De manera particular, queremos expresarle, y por su digno intermedio al PARLATINO, nuestro rechazo a los atropellos que se están dando en dos queridos países de NuestrAmérica: Argentina y Brasil.

En Argentina, por los retrocesos a la Libertad de Expresión que sufre por la modificación de la Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual y particularmente por la suspensión de las políticas de fomento de medios comunitarios e indígenas, reclamando el cumplimiento de la Ley con la continuidad en la asignación del Fondo de promoción de Medios Comunitarios (FOMECA)

Desde las redes y organizaciones de comunicación popular y comunitarias de América Latina y Caribe vimos con beneplácito la creación e implementación del FOMECA, en el marco de la Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual, como una política pública en favor de la diversidad y pluralidad de voces y por tanto de la Libertad de Expresión.

Con profunda decepción y preocupación recibimos la noticia de la suspensión de los desembolsos de recursos ya comprometidos y de nuevos concursos que deberían haber sido llamados para la asignación del Fondo correspondiente a este año de acuerdo a lo que establece la Ley.

Por lo mismo, reclamamos un llamado a las autoridades del área en Argentina para que se dé continuidad en forma inmediata a la implementación del Fondo de Promoción de Medios Comunitarios (FOMECA). Igualmente comunicamos que daremos seguimiento a este tema y lo plantearemos ante organismos internacionales como una regresión a un Derecho legítimamente conquistado.

En Brasil, el gobierno interino pretende afectar disposiciones legislativas para afectar la comunicación pública y, específicamente, la Empresa Brasileña de Comunicación (EBC), que fue creada en 2008 por la ley11.652., y está constituida por 9 emisoras de radio, Brasil TV, Brasil TV International y Agência Brasil. Esta empresa pública fue establecida para garantizar la disposición de la Constitución federal de 1988 que señala en su artículo 223 que es necesario preservar la complementariedad entre los sistemas público, privado y estatal en la transmisión brasileña.

Con la ley nace el sistema público nacional de comunicación. La EBC tiene un mecanismo que garantiza su autonomía e independencia, elementos indispensables para garantizar su carácter público. El director-presidente tiene un mandato de 4 años previsto por la ley, un consejo curador que tiene participación de organizaciones de la sociedad civil, representando la pluralidad y diversidad del pueblo brasileño y una auditora que recibe las demandas de la sociedad.

No obstante, la primera medida del presidente provisorio Michel Temer fue despedir al director-presidente. El Tribunal Supremo Federal revirtió tal decisión, al tiempo que se mantiene un gran movimiento de la sociedad para impedir que se cierre la EBC, o la captura por el gobierno provisorio, lo que acabaría con una novedosa experiencia de comunicación pública iniciada en Brasil. Por lo mismo, persiste una amenaza a esta conquista ciudadana.

Confiamos que el PARLATINO tome cartas en el asunto para que impida que prosperen estos atropellos a disposiciones legislativas adoptadas democráticamente en tales países para promover la democratización de la comunicación.

Tan solo acotar que el Foro de Comunicación para la Integración de NuestrAmérica (FCINA) congrega a movimientos sociales continentales, plataformas y redes de medios de comunicación de América Latina y Caribe.

Fraternalmente, por la Secretaría Operativa del Foro de Comunicación para la Integración de NuestrAmérica.

Osvaldo León                                       Hugo Ramírez                                    Nelsy Lizarazo
      ALAI                                                     ALER                                                PRESSENZA

Ver este documento en: http://integracion-lac.info/es/node/37178

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