O MST vem a público expressar sua solidariedade aos militantes palestinos presos na última semana em mais uma operação arbitrária do exército israelense.
Entre as prisioneiras estão Khalida Jarrar, parlamentar de esquerda palestina e advogada dos presos políticos palestinos, e Khitam Saafin, presidente da União dos Comitês de Mulheres Palestinas, duas figuras centrais de resistência e luta pela libertação do povo palestino. Reiteramos nosso repúdio à ocupação de todo o território palestino e também nosso compromisso de seguir em luta e solidariedade por seu povo.
Confira a nota na íntegra
Neste domingo, 2 de julho, as forças de ocupação israelenses realizaram uma operação onde detiveram Khalida Jarrar, parlamentar de esquerda palestina e advogada dos presos políticos palestinos, e Khitam Saafin, presidente da União dos Comitês de Mulheres Palestinas, com pelo menos mais nove outras pessoas, incluindo Ihab Massoud, libertado há menos de seis meses das prisões israelenses e quatro líderes comunitários, no campo de refugiados de al-Aroub.
A prisão de Khalida Jarrar e Khitam Saafin, líderes feministas e progressistas palestinas e lutadoras comprometidas com a liberdade e a libertação de seu povo, é uma evidente iniciativa de ataque aos movimentos populares palestinos, na tentativa de eliminá-los pelo medo, prisões e intimidações realizadas por uma força de ocupação massiva israelense.
O exercito israelense informou que a detenção de Khalida Jarrar se deve às suas atividades como membro da Frente Popular pela Libertação Palestina (FPLP), organização marxista considerada terrorista por Israel, e não por seu cargo de deputada. No entanto, Jarrar já havia sido detida pela última vez em 2 de abril de 2015 e liberada em junho de 2016. Sem acusações ou julgamento, sua prisão foi ordenada como detenção administrativa, prática recorrente quando não há motivos criminais para confinar palestinos. O protesto internacional sobre seu caso fez com que essa detenção administrativa fosse cancelada.
O MST defende a luta do povo palestino e pela sua libertação e do seu território. Eles têm o direito de desfrutar de uma verdadeira situação de soberania, independência e autodeterminação, como orienta a Carta das Nações Unidas. Israel é cobrado internacionalmente pelo processo de desumanização do povo palestino e desvalorização sistemática dos seus direitos básicos e de suas vidas e precisa cumprir a Resolução 194 da ONU, que garante o direito de todos os refugiados palestinos retornarem para suas terras.
Essas prisões representam um ataque à atividade política e à organização popular do povo palestino. Portanto, é necessário que os povos do mundo se solidarizem e exijam a libertação de Khalida Jarrar, Khitam Saafin e de todos os milhares de presos palestinos atrás das grades das prisões israelenses.
O povo palestino tem o direito de lutar contra a ocupação de suas terras, e de usar de todos os meios assegurados pelo direito internacional para garantia das suas vidas e do seu território.
Por uma Palestina Livre!
Solidariedade com as mulheres palestinas e com o povo palestino!
Coletivo de Mulheres da Direção Nacional
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Assine a petição online que pela libertação dos prisioneiros palestinos aqui.