Semillas, Saberes y Sabores

feria2Hoy se inaugura la Feria Latinoamericana de Productoras y Productores “Semillas, Saberes y Sabores” en este espacio de  intercambio   y de comercio solidario se han concentrado sectores campesinos, indígenas y afrodescendientes de todo el continente para dar a conocer no solo sus productos sino sus saberes y su arte culinario, es así, que es un espacio  de encuentro  e intercambio entre las diversas culturas que conforman el continente.

Esta Feria se realiza en el marco del V Congreso de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones que se realiza en el centro del mundo, Ecuador, que se extiende hasta el 16 de Octubre.   Este  espacio de debate, discusión y construcción de propuestas busca fortalecer su capacidad de acción continental  conjunta para hacer frente al capital y al imperio, tal como lo dice su consigna “Por la Tierra y Soberanía de los Pueblos. ¡América Lucha!

La Feria “Semillas, Saberes y Sabores” estará  abierta a todo el público en general de 10:00 a 17: 00 hasta el 15 de Octubre en las instalaciones de la Universidad Central del Ecuador, junto a la Facultad de Comunicación Social.

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No âmbito da III Assembleia e do V Congresso da CLOC-VC, se reúne a Comissão Internacional da Juventude da Via Campesina

nota_deo_1A fim de avaliar e monitorar os acordos realizados na Assembleia Internacional da Juventude da Via Campesina, realizada em Aragón, Espanha, uma dúzia de delegados da Via Campesina da Europa, Índia, América Latina e do Caribe, reunidos nas instalações da Coordenadoria Nacional Campesina – Eloy Alfaro (CNC – EA), do Equador.

Os delegados colocaram para a coordenação internacional, o trabalho dos jovens dentro do movimento camponês e compartilharam suas percepções sobre a participação na III Assembleia Continental da Juventude da CLOC-VC.

Irene,  delegada da UNITERRE (Terra Unida), organização membro da Via Campesina na Europa, disse: “para nós foi importante participar da Assembleia, em primeiro lugar, porque na Europa o movimento de jovens campesinos está apenas começando; é interessante ver como é organizado o movimento aqui na América, embora haja diferenças importantes. Além disso, devo dizer que na Europa a população é mais velha que na América Latina, existem muitos jovens aqui. Faz muito bem vê-los unidos, lutando e gritando juntos”, concluiu.  Delegados da Índia sinalizaram que os jovens americanos têm muita energia e que vê esperança para o futuro. “A região América da VC têm um enorme movimento de juventude  e o que mais aprecio são os esforços consistentes para apoiar os processos de formação dos jovens”. Ele indicou, ainda, que este pode ser um modelo para a formação da VC em outras regiões. De fato, no sul e no norte da Índia se está iniciando um esforço para manter um processo de formação de jovens que se materializará no próximo ano, com Escolas de Formação Política e Social  em torno dos objetivos da VC. Além disso, o grupo avaliou, ainda, a importância de tais reuniões e assembleias para fortalecer e apoiar a integração dos jovens na defesa e apoio à agricultura. Por seu lado, a região do Caribe, valorizou o apoio da VC às atividades planejadas e executadas pelos jovens das organizações. Especificamente observou o apoio para o fortalecimento dos sistemas de produção agrícola, processos de formação nas Escolas de Jovens e o impulso à liderança da juventude no âmbito das organizações de luta pela defesa da agricultura, constituindo uma valiosa contribuição para a mudança de gerações, com base na participação ativa dos jovens nas responsabilidades organizacionais.   “Este encontro nos mostrou a diversidade que existe na CLOC-VC, tem sido um trabalho que, através de vários processos nacionais e regionais nos permitiu chegar a esta IV Assembleia com um maior nível de discussão. Vemos que os problemas são comuns, por isso temos que estar treinados e preparados para lidar com eles , puxando eixos de ação comum”, disse um dos delegados da América do Sul.Cynthia, da CONAMURI, organização da VC no Paraguai, disse que ainda há muito a aprender no processo de organização de jovens. Apreciando os resultados alcançados em relação à participação da juventude e a luta pela equidade de gênero no âmbito da Assembleia da Juventude, a delegada do Paraguai foi enfática em apontar os desafios de um novo papel da juventude nas lutas rurais. “Há muito trabalho a fazer como na América do Sul e em cada sub-região e em cada país, há mais organização com a participação da juventude e isso é o sinal que esta luta não para, continua”; disse ela. No que diz respeito aos acordos do Acampamento realizado em Aragón, em 2009, Sayra, da Nicaragua, anunciou que na América Central formou-se uma estrutura organizacional regional na qual participam um homem e uma mulher de diferentes países da região. O Comitê internacional de jovens da Via Campesina é composto de dois delegados ou delegadas por região, que têm a responsabilidade de articular os jovens da mesma área.

V Congresso da CLOC inicia com uma grande marcha pela capital do Equador

MARCHACom um sol radiante e no meio de uma grande festa de cores, mais de mil delegadas e delegados da Coordenadoria Latinoamericana de Organizações do Campo, CLOC, tomaram as principais ruas e avenidas da cidade de Quito, gritando a palavra de ordem “Contra o Capital e o Império, Pela Terra e a Soberania de Nossos Povos, América Luta!”.

Com bandeiras em mãos, mulheres, homens e jovens militantes de diferentes organizações camponesas, indígenas e afrodescendentes do continente americano, foram convocados nesta data emblemática de resistência para o povo indígena, para o V Congresso da CLOC, que teve início ontem, 12 de outubro, nas instalações da Universidade Central do Equador.

O percurso da marcha durou mais de uma hora e partiu do parque Arbolito, berço de resistência das organizações camponesas e indígenas equatorianas, em direção ao centro histórico, concentrando-se na Praça de Santo Domingo, onde culminou com a intervenção de porta-vozes da CLOC e um ato de expressões culturais.Leonidas Zurita, dirigente da Organização Bartolina Sisa, participou como porta-voz da CLOC nesta marcha, em sua fala, ela convidou às e os militantes a seguir gerando propostas que sirvam como insumo para o debate no V Congresso da CLOC.Desta maneira avança o V Congresso da CLOC, este encontro continental que iniciou no último dia 8 de outubro e vai até o 16.

Muchos colores, un solo objetivo

9f8e3807d46072b0d8054d022038af70Marcha y desafíos conjuntos de CLOC-Vía Campesina y el Foro Social de Migraciones por el Centro Histórico de Quito

Con una ciudad de Quito aún en estado de excepción, al igual que el resto de Ecuador tras los sucesos pre golpistas del pasado 30 de setiembre, la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC)-Vía Campesina y el Foro Social Mundial de las Migraciones realizaron este martes 12, día de la resistencia de los pueblos contra la dominación, una marcha conjunta por su centro histórico.

En la larga recorrida que se inició en horas de la mañana en el parque quiteño El Arbolito se escucharon consignas en portugués e inglés, japonés y kechwa, aymara y alemán… pero sobre todo en la amplísima gama de castellano de los pueblos latinoamericanos: de la costa pacífica y de la sierra, del sur pampeano y de la centroamérica caliente.

 

La marcha conjunta entre los participantes del FSMM, que culminaba y del V Congreso de CLOC que se iniciaba formalmente en esa jornada desembocó en la plaza Santo Domingo, tradicional punto de convergencia de las luchas sociales ecuatorianas.

Atuendos de pueblos originarios, banderas y carteles multicolores pintaron el colonial Centro Histórico quiteño de colores inusitados. El sol pega fuerte en el mediodía ecuatorial, pese a lo cual unas tres mil personas asistieron a las demostraciones culturales y mensajes de los representantes de ambos eventos que concidieron en la capital ecuatoriana, que se eleva sobre los 2800 metros de altura sobre los Andes.

Rechazos al golpismo y la represión política que sufren varios países de latinoamérica, así como el reclamo de una “ciudadanía universal” dado que “ninguna persona es ilegal” sino que la ilegalidad proviene del capitalismo y sus empresas trasnacionales, se ecucharon desde el estrado.

La marcha fue el preámbulo a la apertura formal del V Congreso de CLOC que cuenta con una densa agenda de la cual surgirán los acuerdos de las organizaciones campesinas, índígenas y afrodescendientes en el arco de alianzas más importante con que cuenta el subcontinente en estos sectores.

Incrementar la incidencia hacia los gobiernos en reclamo de una reforma agraria integral, en el fomento y protección de la agricultura capesina, en la detención de los megaproyectos de represas hidroeléctricas y de privatización de bienes comunes como la tierra, el agua y la biodiversidad, forman parte de los objetivos a articularse en este encuentro continental con más de 1500 participantes.

La parte oratoria en la plaza Santo Domingo precisamente se iniciaba con una representación mística de la disputa que los pueblos originarios y campesinos realizan con las grandes trasnacionales y sus representantes (banqueros, políticos y fuerzas armadas) por el derecho al “sumak kausay” o buen vivir, con derechos y necesidades básicas garantizadas para todas y todos.

Entre los mensajes también se esuchó el del “Grito de los Excluídos”, red de organizaciones que se reunieron en Quito por estos mismos días.

La encargada de dar la bienvenida a nombre de CLOC-Vía Campesina fue Leonilda Surita, quien recordó la fecha 12 de octubre como “Día de las Resistencias” en el cual todas las luchas contra la opresión de los imperios se unen y articulan.

La integrante de la Organización de Mujeres Bolivianas “Bartolita Sisa” dijo que los campesinos organizados son quienes defenderán la democracia frente a intentos golpistas e intromisiones imperialistas y señaló asimismo la importancia de incidir en las decisiones de los Estados para cambiar las políticas de despojos tanto en materia de migración como de derechos de las comunidades y soberanía alimentaria.

Espacios de no-derechos

En tanto que desde el Foro Social Mundial de Migraciones se denunció esta problemática como parte del mismo proceso de mercantilización de vidas humanas a que conlleva el sistema capitalista.

Patricia Gainza y Leonardo Cerdas dieron lectura en la plaza Santo Domingo a la Declaración Final del Foro que durante casi una semana discutió los distintos aspectos de las migraciones, los derechos de los llamados “indocumentados” y las políticas de frontera como nueva forma de explotación y sometimiento global.

“Dado que las fronteras se han transformado en espacios de no-derechos, nos pronunciamos en favor de una nueva convención en las Naciones Unidas que establezca el respeto del derecho de los migrantes y las migrantes en todas las fronteras”, se señala en la declaración leída.

Tras la marcha comenzaron en el estadio de la Universidad Central de Ecuador los preparativos para el acto de apertura del congreso campesino con la presencia de Evo Morales y Rafael Correa, además de dirigentes de la Vía Campesina latinoamericana e internacional para dar inicio a seis jornadas de de liberaciones, en clave de futuro dada la importancia estratégica de las mismas.

No escapa a las preocupaciones y a los debates el posicionamiento de los movimientos sociales respecto a los gobiernos y sus ideas de “desarrollo”, sus políticas agrarias y su posicionamiento internacional en el espacio latinoamericano, tradicionalmente hegemonizado económica, política y militarmente -a través de un largo historial de intervenciones directas o veladas- de la Casa Blanca, en Washington.

El carácter progresista de muchos gobiernos no ha logrado de por si cambiar algunas de las trabas estructurales que mantienen dependientes a las economías y sojuzgadas a las poblaciones.

Muy en lo alto, en el Quito cordillerano y colonial, todos estos temas estarán sobre la mesa.

Ecuador: Retos y Desafíos

13/10/2010

AYALAEn el marco del V Congreso de la CLOC, Enrique  Ayala, rector de la Universidad Andina  Simón Bolívar,  analizó  la coyuntura ecuatoriana. Inició su intervención  afirmando que su  exposición sería  forzosamente incompleta debido al tiempo, y que incluso  sería  polémica,  pero que el propósito  final sería  dar insumos a la discusión y al debate al interior del congreso. Saludó la presencia de las delegadas y delegados, afirmó “Ustedes están aquí para organizar la lucha del continente, esa es una actitud militante  no solo expositiva, este es una congreso  de militantes y dirigentes que tienen que ir a  la acción”.

Antecedentes de la Situación Ecuatoriana

En punto de partida es una profunda crisis donde los movimientos   sociales ecuatorianos  fueron protagonistas de la lucha contra el neoliberalismo, las tesis del Fondo Monetario Interna, las propuestas del ALCA y TLC tuvieron efectos muy altos, se vivió tragedias humanas y de empobrecimiento. Desde  inicios de la década en Ecuador se vio vigoroso un movimiento popular ciudadano que reclamo la expulsión del poder de los sectores políticos que se habían sucedido y que habían llevado en adelante los mismos proyectos, con las mismas caras.

En el 2006 el Ecuador le apostó  por un proyecto con tintes revolucionarios, los ecuatorianos dieron su voto a una postura progresista.  Este primer momento fue apoyado principalmente por organizaciones como la FENOCIN (Confederación Nacional de organizaciones Campesinas, Indígenas y Negras del Ecuador). Cabe resaltar, que  este no fue un éxito personal fue resultado de las grandes luchas de los movimientos y de los sectores  populares de izquierda. Este fue un triunfo del pueblo, de quienes lucharon  por décadas contra el neoliberalismo y  las políticas de  derecha.

Sin duda, en el ecuador  y en el continente hay vientos progresistas,  la candidatura de Correa propuso una alternativa  al neoliberalismo, asimismo, una de   independiente respecto a Estados Unidos,  y la defensa de la soberanía. Además, algo fundamental fue la lucha contra la corrupción, “la gente no nace corrupta,  el sistema los hace corruptos, la necesidad de acumular, el bienestar,  es así que la corrupción debe ser cortada desde sus raíces, desde su estructura, desde el sistema que la sostiene, añadió”.

La sociedad ecuatoriana llegó al mayor empobrecimiento, casi comparado con la crisis que se vivió en los  70´s   los signos de la crisis fueron escandalosos.  Cerca de 2 millones pasaron de la pobreza a  una pobreza crítica.  Aproximadamente, 20 grupos económicos concentraban la riqueza del Ecuador.  Con relación a la tierra productiva  el 80% estaba concentrada.  “Esta situación escandalosa solo puede explicarse por la voluntad de vivir de nuestro pueblo, porque en términos económicos era imposible que puedan sobrevivir. Pero además por otro elemento, por la reciprocidad y por la solidaridad regalo del mundo andino” completó Ayala.  

 ¿Cómo caracterizamos al gobierno en su proyecto político?

En estos últimos años, la situación social del Ecuador ha mejorado.  Varias de las crisis antes mencionadas  no existen, pero lo preocupante es que la estructura no ha sido modificada. Según Ayala, “ No ha cambiado la situación estructural de polarización”. En ese contexto, se dice que este gobierno, es un gobierno en disputa. La constitucional aprobada en el 2008  recoge los principios más avanzados como el Sumak Kawsay que es un  rechazo frontal contra  el capitalismo y el abuso de los recursos.

El actual gobierno no puede ser caracterizado de manera simple, pero es claro que este gobierno no es socialista,  ni revolucionario, fue producto de los movimientos, pero hay que considerar que  no se han dado las condiciones para cambios estructurales de fondo.  “Lo que podemos pensar es que gobierno   cree condiciones para un gobierno socialista pero  en un futuro” afirmó el catedrático.

Es así que teniendo en cuenta que este es un gobierno en disputa y con profundas contradicciones internas,  la responsabilidad  de los movimientos es ponerse junto al gobierno para presionar, teniendo  una postura crítica para que el gobierno pueda concretar y avanzar. Finalmente, según Ayala,  sería un error ponerse en oposición , pues eso sería hacerle juego  a la derecha.

 

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“El gobierno debe tomar una decisión”

84258cddb6b28ee619c6784c9c11d670Milton Yulán de la organización Tierra y Vida de Ecuador: la larga lucha por la tierra

Pasado un año desde que se aprobara un mecanismo de distribución de tierras, en Ecuador, aún los desposeídos no han recibido ni “un metro cuadrado” por dicha vía, y urge una decisión política firme del gobierno de Rafael Correa, señaló Milton Yulán en el marco del Foro Social de Migraciones que se realiza en paralelo al V Congreso de CLOC-Via Campesina.

El proceso de contra-reforma agraria en los países latinoamericanos ha sido evidente, visualizado genéricamente, dice Milton de la organización Tierra y Vida que trabaja en la zona de costa ecuatoriana acompañando el reclamo de las poblaciones por tierras.

Actualmente en Ecuador el 60 por ciento de la canasta alimenticia que consumen las familias proviene de la agricultura campesina y de escala familiar, señala Yulán, quien afirma asimismo que en materia de tierras el proceso de legislación y reglamentación de la nueva Constitución.

“Esto de la ley de tierras puede ser un proceso interesante con participación de todos los actores no solamente del campo, porque concierne a toda la sociedad, para ir hacia una reforma agraria como se plantea desde las organizaciones, desde la CLOC, desde la Vía Campesina”, dijo Yulán.

Su intervención tuvo lugar en el panel que la Vía Campesina realizó en el Foro Social Mundial de las Migraciones, en la Universidad Salesiana de Quito, este día domingo 10 de octubre.

Yulán señaló que la ley que establece una limitante a la tenencia de la tierra generó una furibunda reacción de los sectores terratenientes lo cual podría haber condicionado la determinación oficial en ese sentido.

Asimismo, denuncia la demora en un año completo en la implementación de la ley de distribución de tierras, que alcanzaría a los dos millones y medios de hectáreas. “El gobierno debe tomar una decisión política, más aún despues de los hechos de pública notoriedad”, dijo Milton Yulán en referencia al motín policial e intento de golpe del 30 de setiembre último.

“Estamos dispuestos a ayudar como organización campesina con un decreto que habilite y finalmente permita el acceso a tierras”, agregó. Asimismo, denunció que muchas veces a pesar de las decisiones que toma el gobierno central ecuatoriano, las mismas no se llegan a aplicar íntegramente ya que “los mandos medios pertenecen al antiguo régimen” y responden, por ello a los intereses dominantes de los banqueros y terratenientes.

Las tierras estatales fueron confiscadas tras la crisis financiera y bancaria que atravesara el país en 1999-2000 y alcanzan según Yulán las 170 mil hectáreas. “Si el gobierno no logra distribuir las tierras que están bajo su mando, ¿cómo esperar que sí pueda entregar las dos millones y medio de hectáreas que abarca la ley?”, se preguntó.

Este martes 12, el V Congreso de CLOC con sus 1.500 delegados junto al Foro de Migraciones marcharán conjuntamente por el centro histórico quiteño hasta la Universidad Central donde se efectúan las deliberaciones para dar inicio formal al cónclave latinoamericano.

IV Asamblea de Mujeres de la CLOC discute la convergencia entre patriarcado y capitalismo

11/10/2010

nota_crisLa IV Asamblea inició con una emotiva mística que destacó a las luchadoras y mártires  del continente latinoamericano y reseñó sus  enseñanzas para la lucha de hoy.  Por la comisión de organización del V Congreso de la   CLOC,  Diego Montón, saludó  a todas y todos los  participantes de la Asamblea de Mujeres,  al tiempo que  transmitió los saludos de la Comisión Continental del Congreso. De acuerdo a  Montón, el V Congreso de la CLOC se caracterizará por una participación de mujeres que supera por primera vez en número la de hombres. “Las mujeres están asumiendo ese protagonismo  que necesitamos,  que los pueblos tanto necesitan. El cuidado de  las semillas y  las plantas, que garantizan la alimentación del mundo, se debe a las mujeres. Así como estamos avanzando en la lucha contra el capital, estamos avanzando en la lucha contra ese mal que es el machismo”, remarcó el delegado político en su intervención.

Montón, recordó a  las Madres de la Plaza de Mayo quienes, durante la época más terrorífica de la dictadura argentina, se organizaron y decidieron enfrentar a  la represión que se ensañó con sus hijos. Las madres fijaron como punto de concentración y encuentro a la Plaza de Mayo, desde donde denunciaron al mundo la desaparición forzada de sus hijos y los crímenes de lesa humanidad que cometía la sangrienta dictadura de Videla. Muchas sufrieron represión, algunas incluso engrosaron la larga lista de desaparecidos,  y sin embargo,  aún hoy, más de 30 años más tarde, aún continúan su heroico peregrinar por la Plaza de Mayo para exigir sanción y castigo a los responsables de la dictadura y sus beneficiarios económicos y políticos.

Tras recordar la valiente experiencia de las madres, invitó a los asistentes a mirar en el machismo patriarcal un enemigo que debe ser combatido con la misma tenacidad. “Todavía tenemos mucho a avanzar con toda la violencia que es emprendida en América Latina contra las mujeres. Pero seguimos y todavía tenemos muchos retos,  dentro de las organizaciones, donde por muchas veces la participación de las mujeres no es garantizada. Debemos transmitir todo ese debate a nuestras organizaciones, comprometiendo a todos los compañeros a llevar ese discurso, combatiendo el machismo y el patriarcado”, dijo Montón y  concluye, “cuando una mujer avanza, ningún hombre retrocede. La lucha por el feminismo no es sólo de las mujeres, es de toda nuestra sociedad”.

Por otra parte, Juscilene, representante de la juventud  de Haití, saludó la todas las participantes de la IV Asamblea de Mujeres, en nombre de la juventud combativa. “Sin una juventud combativa, no hay una lucha constante contra la opresión, por la justicia y contra la desigualdad. Debemos luchar juntos para un mundo socialista, donde hay vida para todos, sin exclusión social”, finalizó ella.

 

 

Patriarcado y capitalismo, versus feminismo y socialismo

Nalu  Farías, representante de la Marcha Mundial de Mujeres y de la SOF, y Eliana Moura, del Movimiento de los Trabajadores Desempleados (MTD), integraron la primera mesa del día para debatir los temas del patriarcado y capitalismo versus  feminismo y socialismo.

Siempre cuando hablamos de ese tema, patriarcado y machismo, intentamos remitirnos a nuestro cotidiano, como si eso configurara  nuestro día a día. En el cotidiano de las mujeres, muchas veces, eso aparece como una cosa más natural, siendo que no lo es.  Muchas se conforman delante de las opresiones por creer que eso es normal, que siempre fue así. De la misma forma, parece natural, que el espacio que tengamos para plantar en las tierras sea el espacio que el  hombre no quiere. De la misma forma, parece normal que los hombres ataquen  a sus mujeres cuando están irritados o nerviosos, y de la misma forma parece normal que los hombres determinen como se dará la sexualidad de la mujer en el acto conjunto”, dijo Nalu  Farías.

De acuerdo a  Farías, el capitalismo profundizó la división sexual de trabajo. “No podemos entender cómo funciona una sociedad capitalista, sino comprendemos como se  da esa división sexual de trabajo. El capitalismo profundizó la idea de división entre una esfera pública y una esfera privada de trabajo, la pública sería el trabajo, la investigación, el estudio, la prestación de servicios, y el trabajo privado no es reconocido como trabajo, y se considera que esa actividad es característica de las mujeres. Cuando las mujeres entran en el mundo del trabajo público, entra en esa división, teniendo empleos menores, menores sueldos, menos cargos de mando, entre otros”.

Nalú Farias, señaló la existencia de corresponsabilidades en el marco de una sociedad estructurada desigual e inequitativamente en el ámbito del género, Fue dado al hombre un poder del  cual él tiene total consciencia. Muchos dicen que es involuntario, pero no es verdad, señaló Nalu.  Con eso, las/os  hijos, también perciben que la voz fuerte, los más importantes en el mundo son los hombres. “Lo que puede explicar que un hombre ataque a su compañera, que un hombre violente a su hija, esa  es la idea de poder total que los hombres poseen”, dijo ella. Esa  idea naturalista de que los hombres son así, debe ser derrumbada. “Eso también se remite  en la sexualidad. Cuando se dice que la sexualidad de las mujeres es diferente que  la de los hombres, porque los hombres poseen más deseo y las mujeres menos, entre otras cosas, se va construyendo normas  en el modelo masculino y heterosexual”, completó Nalu.

Así mismo, la lúcida intervención de Nalú, destacó la complejidad que reviste la hoy la relación entre capitalismo y patriarcado. De acuerdo a lo expuesto, las mujeres que acceden a lugares de privilegio en la estructura social como poseedoras de capital tienden a reproducir los comportamientos patriarcales generando relaciones de explotación y opresión sobre las demás mujeres.  En este sentido,  pensar que  el acceso a derechos  garantiza la igualdad entre hombres y mujeres, significa olvidar que el capitalismo  requiere forzar la explotación del trabajo de las mujeres aprovechando  la imposición de los hombres sobre las mujeres.  

Quiero destacar la importancia de que las mujeres estén organizadas como mujeres. Si no fuese por los movimientos de mujeres, las luchas seguirían siendo llevadas y divulgadas como luchas de hombres. En América Latina está en camino un movimiento de mujeres cada vez más feministas, por más que no se digan feministas. El nombre no es un problema,  pero la práctica cuestiona en la base a las relaciones”, finalizó Nalu.

Sin feminismo no hay socialismo

Eliana Moura, representante del MTD,  inició su exposición caracterizando la situación de los centros urbanos. “Vivimos en los centros urbanos una lucha por trabajo y por comida saludable. En los centros urbanos comemos un alimento que es la basura que el agronegocio  reparte  sobre la población. Un alimento que molesta y que envenena mujeres y niños/as”, analizó ella.

De acuerdo a la militante de MTD, la frase “Sin feminismo no hay socialismo” es más que una consigna, debido a la ineluctable necesidad de  vencer y superar profundamente la visión de propiedad privada, en torno a  la vida, el cuerpo y el espíritu de los seres humanos. La producción de la propiedad privada es organizada socialmente y justificada bajo argumentos pseudocientíficos.  “Tenemos que vencer el patriarcado, que es más antiguo que el capitalismo, que tiene más de 10 mil años y surgió justamente con la propiedad privada cuando algunos hombres se apropiaron del trabajo de las personas por la violencia. Tenemos que vencer la alienación sobre nuestro cuerpo, sobre nuestra naturaleza, sobre nuestra clase,  porque el capitalismo y el  patriarcado se basan en una sociedad que fragmenta toda la vida. No comprendemos cómo funcionan las cosas y, muchas veces, no comprendemos nuestro cuerpo. Somos educadas en un formato fragmentando, donde aprendemos pedazos del conocimiento.  Pues comprendemos el conocimiento, la historia y el mundo como un todo, no lo concebimos como dominación y eso no interesa al capital”, analizó Eliana.

La representante del MTD analizó, que la igualdad que poseemos actualmente no es formal, ella tiene que ser sustantiva, tiene que tener contenido y aplicabilidad. “No basta para nosotros la libertad del capitalismo, ella es sólo aparente, sustancial. Pues lo que determinan las cosas, en ese sistema, es la vida material”, dijo ella.

La lucha feminista tiene que enfrentar esos y otros tantos desafíos. El capitalismo se desplegó en el mundo a inicios del siglo XX. La hegemonía de EE.UU  sobre América Latina y el mundo, instituyó como universal su modo de vida americano. Capitalistas  como Henry Ford crearon sistemas de producción material que aceleraban y fragmentaban por igual el ritmo de la producción de objetos útiles. Crearon y exigieron un tipo de ser humano rápido, ágil, cronometrado. Ford entonces concibió la  idea de contratar hombres casados, por creer que ellos son más disciplinados y sumisos. Ese modelo de producción enfatiza, alimenta y fortalece, por lo tanto, un modelo de matrimonio monogámico, con una mujer contenida, disciplinada, cabizbaja y obediente.

Todo modo de producción organiza  una moral. El modo de producción esclavo produjo una moral de obediencia. La moral de la obediencia tiene en nuestras vidas una construcción esclavizante. Los colonizadores europeos trajeron, también, otra moral, la moral del sistema feudal, la honestidad. En el capitalismo la moral es que sólo se es gente quien trabaja, quien no trabaja está fuera del sistema, es un inútil. Esa moral fue  implantada, ninguna fue derrumbada para construirse otra. La revolución socialista para las mujeres, por lo tanto, es dual, pues tiene que ser contra el patriarcado y contra el sistema. Según Moura, “el feminismo no significa la división de la clase jamás, pues el feminismo es una visión de totalidad y no solamente de una parte pequeña”.

V Congreso de la CLOC inicia con una fiesta de mil colores

MARCHACon un sol radiante y  en medio de una gran fiesta de colores más de mil delegadas y delegados de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo, CLOC, se tomaron las principales calles y avenidas de la ciudad de Quito bajo la consiga “Contra el Capital y el Imperio, Por la Tierra y la Soberanía de Nuestros Pueblos, ¡América Lucha!”.

Con banderas en mano, mujeres, hombres y jóvenes militantes  de distintas organizaciones campesinas, indígenas y afrodescendientes del continente   se convocaron en esta fecha emblemática de resistencia para el pueblo indígena en el marco del V Congreso de la CLOC que se inaugura hoy   en las instalaciones de la Universidad Central del Ecuador.

El recorrido de la marcha duró más  de una hora  y partió desde el parque El Arbolito, cuna de resistencia de las organizaciones campesinas e indígenas y llegó hasta el  casco histórico, concentrándose  en la Plaza de Santo Domingo, donde culminó con la intervención de voceros de la CLOC y un acto de expresiones culturales.

Leonidas Zurita, dirigente de la Organización Bartolina Sisa, participó como vocera de la CLOC en esta marcha, ella  invitó  a las y los militantes a seguir generando propuestas que sirvan como insumo para el debate en el interior del V Congreso  de  la CLOC.

De esta manera avanza el V Congreso de la CLOC  este encuentro  continental que  inició el pasado 8 de octubre y va hasta el 16.

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Mujeres de la CLOC fugitivas del patriarcado

DSC_0675Con una mística simbolizando los cuatro elementos de la naturaleza, el agua que da vida, la tierra que la germina, el viento que dispersa las semillas por el mundo y la luz necesaria para iluminar los procesos, mujeres delegadas de todas las regiones de América Latina, formaron el símbolo de la mujer con semillas y flores, para celebrar la vida y la posibilidad de encontrarse en el centro del mundo, para continuar con su segunda jornada de discusión en el contexto de la IV Asamblea de Mujeres de la CLOC, en Ecuador.

Cada representante de los distintos países ingresó a la Asamblea con la bandera nacional y la seguían las banderas de sus respectivas organizaciones campesinas, indígenas y afrodescendientes, dando cuenta del espíritu de integración y fortaleza que rige este encuentro de mujeres que se declaran “fugitivas del patriarcado y del capital”.

A continuación de la mística de inicio de este segundo día, todas las regiones entregaron un informe con sus balances y propuestas, para seguir reflexionando y articulando la lucha continental.

BALANCE DE LAS SUBREGIONES

DSC_0594Centroamérica, el camino de la formación y el trabajo de alianzas

Centroamérica, dio a conocer que cuenta con una comisión regional consolida y con comisiones de mujeres en los países centroamericanos, incorporando a todas las organizaciones y un plan estratégico, que define las líneas de acción a nivel centroamericano y nacional para los próximos 5 años, en temas como la Lucha por la tierra; Campaña de la No Violencia contra las mujeres del campo; Defensa de las semillas nativas; Defensa y lucha del territorio; Visibilización del aporte de las mujeres en las luchas reivindicativas; Mayor fluidez de información a las mujeres de base, sobre las diferentes acciones que realizan a nivel regional y nacional; Reivindicación de los derechos económicos, sociales, culturales y políticos de las mujeres campesinas e indígenas; Incorporación de las mujeres jóvenes a todas las acciones.

Entre los logros, destacan la paridad de género en la comisión política regional de la CLOC-Vía Campesina Centro América, incorporando a un hombre y una mujer, en las instancias de decisión política; lentamente acceden a los recursos económicos para el fortalecimiento de las acciones; han concretizado acciones de solidaridad en la defensa del territorio y la reivindicación de los derechos de los pueblos; finalmente destacan el trabajo realizado en torno a incorporar campesinos/as de otros países como es el caso de Panamá.

En el plano de la formación cuentan con la Escuela de Formación Campesina e Indígena “Francisco Morazán” con una orientación política e ideológica, con la participación de jóvenes y con una participación del 50% mujeres, donde estudian temas como Tierra y territorio, cosmovisión indígena, agricultura sostenible, articulación de la movilización, derechos constitucionales, entre otros.

También se encuentran trabajando la necesidad de fortalecer el trabajo de alianzas, tanto a nivel nacional como regional que les permite hermanar luchas para reivindicar el derecho al acceso de la tierra y los recursos productivos, o también dar una lucha contra los transgénicos y las corporaciones transnacionales. Entre el trabajo de alianza, se destaca” la campaña de no a la violencia contra las mujeres del campo”

Región Norte, unidad y lucha

Las organizaciones mexicanas de la CLOC han desarrollado un trabajo para construir el poder popular y fortalecer la organización, luchando contra los problemas de la humanidad, la política neoliberal, la crisis climática, la siembra de semillas transgénicas. La lucha por la tierra, pese a la represión que ejerce el gobierno en contra de estos movimientos.

La agenda considera el derecho constitucional a la alimentación sana y suficiente, ello debido a que desde el 2006, el Senado aprobó por unanimidad un texto que modifica la Constitución y que actualmente se encuentra congelado, en la Cámara de Diputados. Asimismo, considera la defensa de la propiedad social y el reconocimiento de los derechos de los pueblos indígenas.

Las organizaciones mexicanas son mixtas, por ello se plantean luchas conjuntas, pese a ello, reconocen que han fallado en la articulación interna con otras organizaciones y que existen problemas en las comunicaciones internas. Por ello, manifiestan su voluntad política de seguir trabajando con estas reuniones de coordinación periódica, de tal forma que no sean reuniones coyunturales, frente a encuentros internacionales. Sobre el tema de la relación de la CLOC con Vía Campesina (VC), reconocen que un importante porcentaje de las organizaciones campesinas militan y respetan a aquellos que militan en una y no quieren militar en ambas.

Región Caribe, solidaridad y fortalezas

En esta región, el análisis de la situación política constata que los derechos de las mujeres no se respetan, pese a contar con leyes que las protegen. Alrededor de un 80% de las mujeres sufren la violencia domestica con resultado de muerte, lo que lleva a fortalecer una lucha por la defensa de la vida.

Con excepción de Cuba, que tiene un sistema político diferente, que tiene a un 43% de las mujeres en los puestos de dirección. el resto de las mujeres en la región no posee ningún tipo de derechos y se agrega a ello que se les niega el acceso a los recursos y no tienen garantizada la atención de salud.

Las mujeres del Caribe, cuentan con una escuela de formación y distintas instancias de capacitación y articulación que reconocen, deben ser reforzadas. Sobre la paridad de género al interior de las organizaciones, evalúan que ha sido un tema difícil de trabajar con los compañeros.

Se enfatiza la situación de Haití, posterior al terremoto, que dejó una grave situación para las mujeres, en el ámbito de la salud y las condiciones de vida, frente a esto, el gobierno no ha generado las medidas necesarias para enfrentar la crisis, pese a la ayuda internacional que ha recibido.

En relación a las propuestas, se considera la necesidad de brindar apoyo a las mujeres para articular acciones conjuntas en fechas específicas, buscando que haya repercusión internacional. 8 de marzo, 15 de octubre, entre otras. Como también reforzar el tema de las comunicaciones entre las mujeres para difundir las luchas y actividades.

Región Cono Sur, capacitación para la transformación

La región que comprende Chile, Paraguay, Brasil y Argentina, evaluan positivo el trabajo de la articulación de mujeres de CLOC. En el ámbito de la capacitación y formación, llevan 5 años desarrollando la Escuela Itinerante de Mujeres del Cono Sur, que ha capacitado a todos los países. También evalúan como positivo los niveles de participación, tanto en la cantidad de participantes, como en los logros obtenidos en el terreno cualitativo, superando las expectativas, y hoy se pueden ver que todas las que han pasado por la escuela, se encuentran en cargos de dirección y son líderesas de sus respectivas organizaciones.

Entre los temas que se han instalado en la escuela de formación, se ha dado prioridad a temas políticos, económicos y de clase. En relación al balancen de la Campaña no a la violencia contra las mujeres del campo, señalan que ha realizado un intenso trabajo de difusión y movilizaciones en los distintos países, sin embargo evalúan negativamente la participación y el compromiso de los compañeros en dicha campaña, agregando que debe existir que esta es una campaña de la articulación continental, no solo de las mujeres de CLOC.

Región Andina, el género y el derecho a paridad

La Región Andina destaca la III Asamblea que se desarrolló en Guatemala, donde primó el espíritu de solidaridad con el pueblo Guatemalteco ante la coyuntura de la emergencia ambiental. Dicha Coordinación delegó a Colombia y Bolivia como responsables de dinamizar el proceso de articulación, tarea que no se llevó a cabo, por motivos de fuerza mayor de las responsables.

Otra de las tareas fijadas por la región fue la implementación del tema de género y paridad de en los países, con el fin de fortalecer los procesos organizativos de las mujeres. En el área de las comunicaciones entre las organizaciones, se constata una debilidad, lo que ha impedido permitido cumplir con las tareas programadas, como el desarrollo de la Escuela Andina para la Formación de Mujeres.

Se destacó la masiva participación de las mujeres en este evento, en referencia a la III Asamblea Latinoamericana de Mujeres del Campo, lo que deja en evidencia el fortalecimiento de los procesos organizativos de las mujeres al interior de cada país.

En general, las mujeres de la articulación CLOC, resaltan el fortalecimiento en lo formativo y organizativo de la región. La fuerza y la claridad de las delegadas se puede palpar en esta IV Asamblea, que cuenta con un debate serio, exhaustivo sobre el contexto de cada país, y las propuestas que comienzan a surgir para los próximos años de lucha en el continente.

A los Pueblos Originarios Hermanos de América Latina

A los Hermanos originarios de Ecuador

 

A todos los Pueblos del Mundo

A las mujeres y hombres que construyen vida con sus acciones, lucha y palabra y que caminan con los más pobres,  con los pueblos indígenas a los que se nos impone una política de exterminio. El Pueblo Triqui les envía un fraternal saludo desde México y agradecemos el espacio que nos brindan para expresar nuestra historia y nuestra palabra.

Compañeras, compañeros, las mujeres triquis de San Juan Copala se dirigen a ustedes para que se conozca por nuestra propia voz  el dolor que el poderoso dicta como destino para los indígenas de este país. Hoy nosotras les queremos decir también a esos señores del dinero que nos rebelamos, que nos levantamos y con coraje denunciamos: Que  el mundo sepa que en este país los indígenas estamos en resistencia; porque el mal gobierno obedeciendo el orden del gran capital ha decidido desaparecer a nuestros pueblos para apropiarse de la gran riqueza natural que por siglos hemos sabido conservar para bien de la humanidad;  porque es este el verdadero motivo de la violencia que hoy vivimos los triquis, es por eso que desde esos palacios de cristal en que hoy despachan los gobiernos de nuestro estado sale la orden criminal de atacarnos con armas de alto poder, no importando que seamos mujeres en su mayoría las victimas.

Somos las mujeres de Copala las más afectadas por la violencia porque aparte de ser esposa, hermana, hija, madre, somos nosotras las que caminando por el monte, por horas llevamos los alimentos para que nuestro pueblo no muera de hambre; por eso queremos decirle a toda la gente humilde y sencilla, y en especial a las valientes mujeres del mundo que las triquis decidimos salir a las calles a pedir su solidaridad, pues por ser indígenas y ser mujeres nuestro dolor es doble y el mal gobierno en lugar de hacer justicia es quien da la orden que seamos masacradas por el sólo hecho de resistir al lado de nuestros compañeros.

Hemos sido agredidas por tratar de defender nuestra libertad  de gobernarnos según nuestra historia y cultura; pero sabemos bien que en toda la región muchas hemos sido agredidas pretextando conflictos internos, han convertido a la mujer Triqi en botín de guerra por eso hoy gritamos YA BASTA. Un ya basta que llegue a toda nuestra región y especialmente al corazón de  nuestras hermanas triques para que según nuestro modo tomemos el destino de nuestros pueblos en nuestras manos, porque somos nosotras las que con nuestra ternura y nuestro amor podremos liberar a nuestro pueblo de la mano extraña que sin conocer nuestra  historia se a dedicado por décadas a pisotear  nuestra dignidad y también ay que decirlo claramente, nos tenemos que liberar de los que siendo indígenas reniegan de su historia o la desconocen y  alquilan sus servicios de sicarios para masacrar a nuestro pueblo, esto quedo demostrado cuando usando como pretexto la mentira que un jefe paramilitar había sido asesinado en nuestra comunidad, cientos de policías entonces si pudieron entrar a San Juan Copala, ¿porque entonces la procuradora no lo considero peligroso?, pero en el colmo del cinismo fueron estos policías al mando de Jorge Quezada quienes tomaron el palacio municipal para darle posesión a los paramilitares de la UBISORT y fueron balas que policías y paramilitares que dispararon, las que hirieron gravemente a nuestras compañeras ADELA y SELENA de 14 y 17 años.

Hoy en respuesta a tantas agresiones  nos plantaremos de manera indefinida en el zócalo capitalino y no nos retiraremos porque si  las condiciones no se dan en nuestra comunidad para  seguir viviendo todas las compañeras y compañeros que estamos siendo desplazados de nuestro pueblo, ocuparemos esta plaza por lo que pedimos el respaldo de  los compañeros de las diferentes organizaciones solidarias, así como también pedimos la observación de todos los compañeros de los organismos de derechos humanos no oficiales pues creemos que la persecución de la que somos objeto por parte del mal gobierno se pueda dar también en  este lugar. Estaremos informando de manera permanente de todo lo que suceda en nuestra región y sólo nos retiraremos cuando los criminales que siembran de dolor nuestro pueblo sean detenidos y en San Juan Copala se pueda caminar libremente.

Nosotras las mujeres no somos un botín de guerra, somos quienes mantenemos y alimentamos la autonomía de nuestro pueblo.

Hacemos un llamado a las organizaciones sociales internacionales a la unidad y solidaridad por la defensa de la autonomía de los pueblos Indígenas de México y del mundo.

Un saludo del pueblo Triqui a los hermanos Mapuches de Chile que están padeciendo la represión en su lucha por sus derechos y a todos los pueblos originarios de Latinoamérica  y de Ecuador que luchan por sus derechos, los invitamos a entablar lazos de amistad y de solidaridad para hermanar nuestras luchas.

“NOS TIENEN MIEDO PORQUE NO TENEMOS MIEDO”

 

¡VIVA LA AUTONOMÍA DE LOS PUEBLOS ORIGINARIOS DEL MUNDO!

 

MUJERES EN RESISTENCIA DE SAN JUAN COPALA.

MUNICIPIO AUTÓNOMO DE SAN JUAN COPALA, OAXACA, MÉXICO.