De Quito a Cancun, da mesma forma

bf22975c3de71adc510e2f433afa6f2bAlberto Gómez (México Via Campesina), no V Congresso CLOCDa Via Campesina tem-se uma chamado para  «acabar com este sistema de comércio, em  que tem- se tornado as negociações sobre mudança climática», através de protestos e fóruns alternativos a serem realizados em Cancun, no México, em paralelo à COP 16.As organizações de agricultores, ambientalistas e de direitos humanos trabalham intensamente nas semanas antes de uma nova Cúpula Mundial sobre Mudança Climática (COP 16), que terá sua sede em Cancún, no México, em dezembro próximo.

Via Campesina e Amigos da Terra Internacional e outras organizações internacionais preparam uma agenda, onde serão denunciadas as «falsas soluções» para as alterações climáticas, como as monoculturas de árvores, disse à Rádio Mundo Real em video entrevista Alberto Gomes, membro da UNORCA, da Via Campesina México.

Gomes participa em Quito do V Congresso da Coordenadoria Latinoamericana de Organizações Rurais, e também participou de um painel no Fórum Social Mundial sobre Migrações, no qual desenvolveu o conceito de impacto dos Tratados de Livre Comêrcio sobre a vida dos camponeses e seu impacto sobre as Alterações Climáticas.»Cada vez mais têm mais afetados ambientais, afetados no México, e como Via Campesina estamos nos apoiando e em solidariedade com esta luta», disse Alberto Gómez.

Na entrevista disse: «Nós já estamos atuando para Cancun. Propondo alternativas, porque a verdadeira maneira de esfriar o planeta é através da agricultura camponesa».

No dia 30 de novembro haverá um evento comum no El Zócalo, um símbolo das lutas sociais na Cidade do México, onde estará se levantando críticas das ações das grandes potências e transnacionais, no que foi a COP 15 em Copenhague, e será estabelecida a plataforma para as organizações que participarão em Cancun, do Fórum Alternativo paralelo.»Precisamos acabar com este sistema de comerciantes em que se tornaram as negociações sobre mudança climática», finalizou ele.

«Sem terra não temos identidade”

11/10/2010

Painel mostrou testemunhos de mulheres rurais unidas na diversidade

Dolores, Indígena da CLOC-VC  Guatemala, compartilhou sua visão e sentimento sobre a terra «nós somos um elemento espiritual, sem a terra  não temos identidade, a Mãe Terra é sagrada. As mulheres indígenas, vemos a terra como um bem coletivo, que dá alimento aos bons e maus que existem nela. Lutamos pela terra, as sementes que também vem da terra, as populações urbanas também devem fazer sua parte para lutar pela terra, porque daí vem os alimentos que vão para a cidade «. Com respeito à propriedade da  terra, diz:  «Na Guatemala reconhecem a copropriedade da terra de homens e mulheres, mesmo que contrário às leis. As comunidades indígenas defendemos a terra, morros, montanhas, onde estão nossas riquezas que hoje quer nos tirar o capitalismo”.

 

Ionia Segredo, da Ranquil do Chile, falou um pouco da luta das mulheres trabalhadoras em seu país, «Eu sinto inveja pela relação que vocês têm com as plantas, a terra, companheira da Guatemala, porque eu trabalho com as plantas e minha relação é diferente, porque sempre que eu tenho que cortar um galho e que as multinacionais me pagavam para fazer isso uma miséria, eu ficava triste. O capitalismo selvagem, que faz com que vejamos as companheiras de trabalho como inimigas, porque temos de lutar por uma caixa para colher mais, não nos deixa colher e lutar coletivamente. Estamos lutando para que isso acabe «, disse frente a uma assambleia indignada pelo depoimento.

As mulheres empregadas do Chile também são um exemplo das injustiças contra as mulheres, em termos de baixos salários que recebem para trabalhar quase todos os dias, impedindo-as de compartilhar o crescimento e desenvolvimento dos seus filhos.

Socorro Pizo, da FENSUAGRO, Colômbia, uma organização de 34 anos de luta e resistência pela terra de homens e mulheres, disse, «vivemos em uma guerra civil não declarada. Há, também, um aprofundamento das desigualdades sociais, por isso tantos agricultores tem se  levantado e pegado em armas pela transformação social. A FENSUAGRO vem fortalecendo a organização em vários níveis, com ênfase na soberania alimentar, resgatando sementes, produção limpa de alimentos, e as mulheres têm aumentado sua participação nesse processo social, em conjunto, para também lutar contra as políticas que procuram acabar com o campesinato e fortalecer o  agronegócio, contra nossas produções”, concluiu a representante da Colômbia.

Por sua vez, Luz Lanchi, artesã da  FENOCIN,  compartilhou  o trabalho das artesãs da província de Cotacachi, “um trabalho que as mulheres desempenham de forma cooperativa, além do trabalho na agricultura, cuidando da Mãe Terra que nos dá vida e alimento a cada dia «, disse a delegada.

Através deste trabalho de revalorização do artesanato, fazendo treinamento dos grupos em macramê, bordados à mão em camisetas, sandálias, roupas de cama, mantas,  tiveram a experiência de exportar, embora com alguma dificuldade, além de fazer uma feira que envolve as famílias que têm de se organizar com outras tarefas da produção agrícola, como criação e pastoreio de animais.

Maiobi, da ANAP de Cuba, ouviu a realidade das mulheres de outros países que são muito diferentes do que a das mulheres cubanas. «Vivemos em uma revolução em que a mulher é protagonista em tudo, respeitada em todos os cenários, e têm direitos como os homens, a primeira reforma agrária foi assinada por uma mulher, desfrutam deste privilégio mulheres de qualquer idade que desejam e querem trabalhar na terra. Temos esperança de que todas as mulheres do mundo tenham oportunidade de lutar por uma vida melhor, mas que essa luta não tenha que ser ainda por respeito pelas mulheres, porque isso penso que já conquistamos”, destacou.

“Às mulheres cubanas o que mais nos afeta é o bloqueio do imperialismo, que pretende fazer e ter tudo o que não é dele, o bloqueio nos limita a comprar insumos para a produção e torna tudo mais caro», concluiu Maiobi, resgatando a importância da solidariedade e partilhando um poema de uma campesina cubana.

Micheline, do MST no Brasil, socializou o duro trabalho que fazem as mulheres do campo e da cidade, levando o 8 de março como um dia de luta contra o capital e o agronegócio, porque as mulheres são as mais afetadas no presente e na história do patriarcado e do capital.

«Nós fizemos ações públicas, de formação e contra o golpe econômico das multinacionais. Frente a isto, a aliança do campo e da cidade é  importante para a luta de massas. Há ações que nos forçaram a assumir tarefas que realiszvam os homens, nós fomos condicionadas a aprender. Diante de uma grande ação, a repressão também é maior. Mesmo assim, com tudo isso, nos sentimos bem acompanhadas pela solidariedade de todas vocês», concluiu a delegada da  Via Campesina Brasil.

A indígena Bora, Irene Pinedo, pescadora da selva amazônica peruana, começou  agradecendo por estar participando da IV Assambleia de Mulheres da CLOC. A organização da qual faz parte, FEMUCARINAP, reúne várias organizações, entre elas a das pescadoras da Amazônia. «Nós usamos canoas, barcos, redes e anzóis para pescar, nossos antepassados usavam uma corneta de tamiza e folhas de palmeira tecidas como armadilhas para pegar os peixes. As mulheres indígenas na Terra Pachamama plantamos bananas, mandioca, fazemos farinha de mandioca para comer com o peixe, para a nossa soberania alimentar diária. Hoje, o pescador sofre pela contaminação pelo petróleo”, socializou Irene.

Depois passaram a compartilhar brevemente o seu testemunho Ranquel Nora Loreto, do distrito Uancamana, que acompanha a luta das comunidades indígenas contra a poluição dos rios pelo petróleo, e Vilma Satamasmana, também do Perú, de uma região onde abundam os golfinhos e peixes, onde fazem artesanato com escamas de  paiche, para suas roupas.

Ao final falaram outras mulheres, entre elas uma Mapuche de Villarica, que trouxe a  luta do povo mapuche, que tem lutado toda a sua vida pela a soberania alimentar, pelo seu território, no qual muitos deram suas vidas. “Os governos e meios de comunicação falam sobre o conflito mapuche e não o é, mas é uma reivindicação legítima do povo mapuche, uma vez que a eles pertence o território».Com o encerramento dos painéis e dos depoimentos que emocionaram a todas, se fortaleceu a energia sentida pelas mulheres na luta pela soberania alimentar, pelo futuro de seus filhos e filhas, com a solidariedade imensa de todos os povos presentes.

Evo Morales e Rafael Correa presentes na abertura do V congresso da CLOC

13/10/2010

evo_y_correaSob gritos de “Evo amigo, o povo está contigo”, delegados e delegadas e presentes na inauguração do V Congresso da CLOC – Via Campesina receberam o presidente Evo Morales, na tribuna de oradores do Congresso.

O presidente boliviano expressou o prazer ao receber a convocação para o V Congresso, na sua qualidade de membro fundador da CLOC. Lembrou, ainda, que a origem da CLOC se remonta à campanha de comemoração dos 500 anos de resistência indígena e popular, em 1992, até sua fundação em 1994. Desde então até hoje, a CLOC vem cumprindo um relevante papel na luta pela defesa da mãe terra e pelos direitos dos povos que a habitam.

Durante sua intervenção, o presidente Evo enfatizou o novo momento que vive a CLOC – VC, ao calor do avanço das lutas camponesas e populares e as alianças que se alcançaram com outros setores da sociedade, como os intelectuais e trabalhadores da cidade. “Nessa época, há uns anos atrás, nos pusemos como tarefa a consígnia ‘Da resistência à tomada do poder’. Companheiros, pelo menos na Bolívia, posso dizer missão cumprida” – expressou Morales, entusiasticamente, frente à massa que assisitiaá abertura do V Congresso de CLOC.

Após expressar sua solidariedade ao presidente equatoriano, Rafael Correa, devido às últimas tentativas de desestabilização no dia 30 de setembro, Evo provocou a todos delegados e delegadas do Congresso da CLOC a debater em profundidade a origem da onda de tentativas de golpes de Estado na América Latina, e sua relação com os interesses do capital e o Império em nossas diversas regiões.

Acrescentou, ainda, que a tarefa para os governos progressistas e os movimentos sociais é fortalecer a capacidade dos povos para dizer não ao saque de nossos recursos pelos norteamericanos, e transformar radicalmente toda a institucionalidade de nossos países, que até agora se comportou de maneira servil com os interesses norteamericanos.

Para Evo, a presente fase na América Latina, nos leva muito além da resistência. “Da rebelião à revolução, e da revolução à descolonização da América Latina”, concluiu.

“Palabra Suelta” dialogó con Luis Andrango Cadena, Secretario Operativo de la CLOC y Joao Pedro Stedile, líder histórico del MST

13/10/2010

DibujoEl día de ayer el programa “Palabra Suelta” dirigido por el Lcdo. Xavier Lasso recibió en su set al Ing. Luis Andrango Cadena, Secretario Operativo del V Encuentro Continental de la CLOC/Vía Campesina y a Joa Pedro Stedile, uno de los Fundadores y líderes históricos del MST -Movimiento Sin Tierra del Brasil y de la CLOC/Vía Campesina-; para analizar temas referentes de la CLOC/VC, como son la Soberanía Alimentaria, las propuestas Agro ecológicas, la relación campo – ciudad, la democracia y el intento de golpe de Estado del pasado 30 de Septiembre.

 

 

 

Luis Andrango Cadena, secretario operativo de este V encuentro Continental informó que asistieron un centenar de Organizaciones Campesinas, con presencia de líderes históricos hombres y mujeres y con la participación de jóvenes. Saludo la presencia del Presidente de Bolivia Evo Morales y de Joao Pedro ideólogos y fundadores/as de la CLOC/VC y del Presidente del Ecuador Ec. Rafael Correa quién durante la inauguración del V Congreso Continental señaló que había que profundizar los cambios en el sector agrario a través de una verdadera Revolución Agraria.

Joao Pedro mencionó que “…los partidos ya no juegan, ahora juegan clases, la misma burguesía ya no hace la lucha política por los partidos, el mismo Presidente de la poderosa Federación de la Industria Brasileña, que son los millonarios, se lanzó de candidato a Gobernador de Sao Paulo por el Partido Socialista y aparecía en la TV como socialista !!!,…eso es revelador, los partidos burgueses, el sistema partidario está en crisis y entonces la burguesía hace la disputa ideológica en la sociedad por la TV, la TV se convirtió en el gran partido de la burguesía en todo el mundo. Los medios son ahora la gran expresión política de la burguesía, las masas empobrecidas llegan a la noche cansadas y su único placer es prender la TV como un espectador idiota que no tiene idea de lo que pasa, porque su única chance es guardarse en la silla agotado…y por ahí la burguesía reproduce su manera de ver el mundo y los Gobiernos quedan rehenes de esta cosa de la opinión pública…lo cual deja en claro que los medios no son neutros…”

Declaração da III Assembleia Latinoamericana da Juventude Camponesa, Quito – Equador, 8 e 9 de Outubro de 2010

Nos dias 8 e 9 de outubro de 2010 na cidade de Quito – Equador, onde comemoramos o aniversário da morte do comandante Che Guevara, e o Dia Internacional da Juventude Rural, nos reunimos 172 delegados e delegadas de 52 organizações de 17 países membros de toda a América Latina, membros da CLOC VC, convidados e representantes da Ásia e da Europa, totalizando cerca de 250 participantes para trocar diferentes experiências de lutas dos jovens rurais, indígenas e de ascendência africana em cada um dos nossos países, que nos permitiu construir propostas e medidas específicas para o fortalecimento da articulação da juventude em nível continental.

 

Vivemos em uma época de crise global, onde existem três projetos diferentes de caráter político, social e econômico em disputa. Um deles é o projeto imperialista que se caracteriza pela presença das multinacionais, a criminalização da pobreza e das lutas sociais, a promoção do agronegócio. Outra é a Unasul, que opera sob o discurso da conciliação de classes com ações concretas de integração e desenvolvimento continental, mas não faz o confronto direto ao imperialismo. Finalmente, há o projeto da ALBA, que se manifesta como uma estratégia de construção e fortalecimento do poder do povo, sob os princípios da integração regional dos povos.

Por esta razão, denunciamos:
• A crise alimentar, econômica, social, gerada pelo capitalismo
• A pilhagem e a privatização dos recursos naturais dos nossos povos.
• A invasão territorial do modelo capitalista, através da implementação de sistemas diferentes de concepção e cosmovisão de nossos povos, com instrumentos como algumas agências de cooperação que servem ao império.
• O uso dos meios de comunicação como um instrumento de dominação que restringe a liberdade de pensamento.
• A imposição sobre a cultura imposta aos jovens através da mídia, que promove um modelo de vida baseado no consumismo, individualismo, machismo e outros vícios do sistema capitalista
• O agronegócio como um resultado da aliança entre as multinacionais, os latifundiários e as instituições financeiras, com os mega projetos de infra-estrutura, como a IIRSA e outros projetos da mesma natureza, que foram feitos pelos estados para impor a sua proposta de fusão da terra, produção de monocultura para exportação e de normalização de alimentos.
• Implementação de políticas e programas de assistência na América Latina que não resolvem os problemas, ocultando as políticas neoliberais e gerando fragmentação, conformidade, criação de dependência das comunidades.
• A adequação das leis promovidas pelos governos ao serviço de corporações multinacionais e os interesses do capital.
• O aumento da concentração da propriedade da terra, que está ficando em poucas mãos.
• A produção de alimentos, que são basicamente para exportação e que andam de mãos dadas com o desenvolvimento de monoculturas e o uso de sementes transgênicas que envolvem o uso pesado de agrotóxicos.
• As ações repressivas dos estados capitalistas através da militarização do povo, sob a suposta proteção da segurança nacional contra o terrorismo, o tráfico de drogas e outros slogans, que justificam a imposição das bases militares e o ingresso obrigatório dos jovens no serviço militar, assim como o  controle dos povos e territórios.
• A violação e manipulação dos Direitos Humanos pelo capitalismo, mediante estados servis que não zelam pelo desenvolvimento integral da população em geral. Neste contexto, destacamos a falta de acesso à saúde, educação e terra.
• As empresas privadas não permitem o desenvolvimento local de pequenos e médios produtores, uma vez que têm vindo a promover o consumismo que faz nossas culturas e identidades desaparecem.
• Violência sobre a liberdade de expressão através dos diversos processos de criminalização dos protestos e da pobreza. Também condenamos todas as formas de discriminação contra as classes sociais, gênero, credos, entre outros.
• A ação das empresas transnacionais de mineração, hidrelétricas e do agronegócio, que saqueiam nossos recursos naturais.
•Os tratados de livre comércio como uma forma de submissão dos nossos países ao imperialismo.

Diante desses problemas, os jovens rurais, indígenas, urbanos, internacionalistas, afro descendentes e combativos; participantes do Congresso da CLOC / VC declaramos:
• Continuar a defender a vida, justiça e soberania de nossos povos.
• Continuar em pé na luta por mudanças em nossa sociedade que devem passar pela reforma agrária integral, construção da soberania alimentar e do poder popular, a partir de processos que gerem uma consciência coletiva entre nossos povos.
• Assumimos como militantes, sujeitos transformadores da realidade, que vivemos com a necessidade de nos formar para ser parte da construção de uma sociedade justa e igualitária.
• Incentivar a rebeldia e a indignação desta sociedade que nos oprime e impede canalizar os processos de luta e transformação.
• Defender os valores e princípios que nos identificam como jovens na luta contra o imperialismo, como a solidariedade, a autonomia, a integração, a construção da unidade e a diversidade, a pluralidade, o comprometimento, o respeito e a dedicação como mais importantes.
• O respeito pela Mãe Terra e seus recursos naturais, de modo a manter a produção de alimentos saudáveis.
• Promover a agroecologia e as formas de produção dos camponeses e dos povos indígenas e afro descendentes como alternativas para a crise alimentar e os preços elevados no mercado mundial.
• A terra e território são os direitos coletivos e não existe soberania sem a organização popular.
• Fortalecer o desempenho da CLOC VC desde nossas organizações de base.
• Enquanto jovens vemos a ALBA como um projeto estratégico para desenvolver uma ligação entre as áreas rural e urbana pelo que devemos massificar a compreensão e as ações deste projeto.

Por tudo isto resolvemos:

• Avançar nos processos de formação ideológicas, políticas e tecnológica, sendo os sujeitos protagonistas dos mesmos, as mulheres, jovens e crianças, bem como buscar e chegar a acordos de formação em nível latinoamericano, que se complementem nas formas e métodos, tendo em conta a pluralidade do continente no caminho certo para formar nossos próprios técnicos e formadores.
• Construir, melhorar e reforçar os mecanismos de comunicação internos das nossas organizações e externos com outras organizações, que nos permita gerar canais de comunicação mais objetivos, democráticos e participativos, a fim de desenvolver uma agenda de ação comum.
• Para a realização desses acordos, formamos durante a Assembleia uma coordenação continental para articular os jovens da CLOC / VC, composta por duas organizações representantes de cada sub-região, que devem garantir e potencializar os processos de articulação dos jovens a nível regional e continental, no intuito de elaborar uma agenda de ação conjunta.

Diante do exposto, a III Assembleia Continental da Juventude da VC/CLOC dizemos:

• Pelo retorno imediato dos 5 heróis cubanos prisioneiros na prisão dos EUA por mais de 12 anos, e contra o bloqueio econômico que persiste a mais de 50 anos com a república irmã de Cuba.
• Contra a contínua perseguição e assédio contra os / as dirigentes e militantes dos movimentos sociais de nossos povos, como no caso da Colômbia com Piedad Córdoba, Honduras, Haiti, Guatemala e todos os povos que lutam.
• Da mesma forma, rejeitamos o golpe em Honduras e a tentativa de golpe no Equador e a todos os governos que tentam se impor pela força, bem como a instalação de bases militares dos EUA na Colômbia e em todos os países do continente que promovam estes processos de dominação
• Finalmente, oferecemos nossa solidariedade a todos os povos que lutam por um modelo de sociedade justo e soberano.

 JOVENS RURAIS, INDIGENAS, URBANOS, INTERNACIONALISTAS, COMBATIVOS PELA VIDA A JUSTIÇA E A SOBERANIA DE NOSSOS POVOS

 GLOBALIZEMOS A LUTA, GLOBALIZEMOS A ESPERANÇA!

Dominación de espectro completo, una amenaza para la vida y la soberanía

14/10/2010

1-cartel_principalEsta nueva estrategia militar de los EE.UU. asegura el control total de nuestros territorios, recursos y bienes naturales. Hacerle frente es defender la vida de cada ciudadana y ciudadano de Nuestra América.

“Ustedes son un auditorio muy especial, pues aunque provengo del mundo de la academia, del mundo de la investigación estoy consciente que en los últimos años en América Latina se están recuperando muchos saberes, muchos conocimientos que han estado resguardados por los campesinos, por los pueblos originarios, y en estos conocimientos y esos saberes, está la alternativa, la esperanza y la posibilidad de poder contrarrestar lo que en muchos casos, como está pasando en México, parece ser un abismo en el que estamos cayendo”, expresó el profesor David Barrios, de la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM) y del Observatorio Latinoamericano de Geopolítica al intervenir en el primer día de sesiones del V Congreso de la CLOC-Vía Campesina, e introducir el tema de la militarización en el continente, una problemática a la que también el movimiento campesino latinoamericano debe hacer frente. 

 

En los últimos años hemos asistido a un momento donde la región ha recuperado un papel político preponderante y esto intranquiliza a la extrema derecha norteamericana que ha puesto a trabajar sus equipos de inteligencia para concebir una agenda de seguridad de los Estados Unidos que garantice “orden y tranquilidad” en su histórico patio trasero. ¿Cómo hacerlo? Invirtiendo en planes militares. De ahí que en estos diez últimos años la penetración militar de los Estados Unidos ha aumentado no sólo en términos cuantitativos sino también de la manera en que se lleva a cabo esta militarización. 

“Es importante advertir, comentó Barrios, que esta nueva ofensiva militarista estadounidense se lleva a cabo en distintos terrenos y niveles con las más disímiles justificaciones, algunas de ellas expresadas de manera abierta y pública, mientras que otras se mantienen veladas. Entre estas se pueden mencionar, la lucha contra el narcotráfico y el crimen organizado, la supuesta ayuda humanitaria, el combate al terrorismo y la aparición de los denominados «gobiernos antinorteamericanos», tal y como ellos mismos lo han definido”.

Pero en esencia, ¿qué persigue esta nueva ofensiva militarista en nuestra región? A juicio del investigador mexicano, se trata de controlar mediante operativos y acciones militares los recursos naturales de nuestra región como son el agua, el petróleo, las minas, la madera, el suelo, las semillas y una larga listas de bienes,

Ahora bien, especialmente ha resultado importante un documento elaborado por el Estado Mayor Conjunto de las Fuerzas Armadas que lleva por título Misión conjunta 2020, en el cual los altos mandos militares de EE.UU. califican los conflictos bélicos como una respuesta hasta el 2020. Esto daría la oportunidad a esas fuerzas para entrenarse, adiestrarse en el manejo de nuevos armamentos y así reproducir su industria militar.

Según el profesor Barrios, EE.UU. ha desarrollado un nuevo concepto llamado «dominación de espectro completo» que no es otra cosa que la capacidad que han desarrollado las fuerzas militares estadounidenses para operar de modo unilateral o con socios multinacionales y lograr derrotar mediante acciones militares a cualquier adversario.

Esta nueva concepción está sustentada en las capacidades desarrolladas por EE.UU. desplegadas en acciones militares en el golfo pérsico, la guerra en Afganistán, Irak y otros sitios, unas veces de manera abierta, y otras bajo el manto de la llamada “lucha contra el terrorismo y el narcotráfico”.

Pero a juicio de Barrios, “lo más novedoso de este nuevo enfoque de espectro completo radica en la capacidad de maniobra y movilidad de sus fuerzas para hacer uso de sus instalaciones, bases y aeronaves militares en situaciones complejas, además de contar con un complejo y sofisticado sistema de información y comunicación. A ello habría que agregar un conocimiento del terreno de operaciones proporcionado por la realización permanente de ejercicios que están en el área de influencia del Comando Sur”.

El área geográfica que abarca esta estrategia se extiende desde el sur de México hasta el Cono Sur de nuestra América, incluyendo las zonas oceánicas y también los ríos, además de todo el Caribe insular.

Entre los aspectos que incluye esta estrategia se encuentran el desarrollo de capacidades de disuasión y confrontación bélica pero también la posibilidad de intervenir en situaciones ambiguas, en acciones de “mantenimiento de la paz” como ellos mismos argumentan.

Pero más allá del concepto militar, ¿qué significa la dominación de espectro completo? En opinión de Barrios “se trata de tener acceso completo para operar en todos los ámbitos físicos: el mar, la tierra, el aire pero también para tener un control total de la información, tanto para proveerse en tiempo real de ésta, como para realizar operaciones de contrainformación para destruir al enemigo”.

La dominación estadounidense sobre nuestra área crea las condiciones para asegurar no sólo el control militar y el sofocamiento de cualquier conflicto en su traspatio, incluyendo la criminalización de los movimientos y organizaciones que se le oponen, sino que es una vía para proveer al imperio de recursos naturales como el agua, los minerales, los alimentos que necesitan para sustentar su carrera armamentista y su industria de guerra.

Como ejemplo de ello, el académico apuntó cómo entre 2000 y 2010 han tenido lugar unos seis eventos que han socavado la soberanía de nuestros territorios y han promovido la violación de los derechos humanos de sus habitantes. “El referente por excelencia de estos eventos es el Plan Colombia con la instalación de siete bases militares, la iniciativa ASPAN, las bases militares proyectadas en Panamá, la iniciativa de seguridad del Caribe, y finalmente otro elemento nuevo es la aprobación del ingreso en Costa Rica de siete mil marines y 46 naves artilladas”.

Otra manifestación de esta escalada militarista en nuestra región es la ocupación de territorios con el pretexto de las supuestas “ayudas humanitarias”. “Ahí tenemos el caso de Haití, refiere Barrios, que cuando el terremoto se movilizaron miles de efectivos, portaviones y barcos de la flota del Comando Sur. Respecto a esta nación caribeña valdría la pena señalar que la militarización se expresa, desgraciadamente, por la imposición de una fuerza multinacional integrada por tropas de varios países latinoamericanos”.

El argumento del combate al narcotráfico es una argucia esgrimida por el aparato militar y de inteligencia estadounidense para penetrar en nuestras naciones y hacer labor de espionaje, explorar nuestros recursos e ir posicionándose en zonas estratégicas donde están las más grandes reservas de agua, minerales y bienes naturales. “Tenemos que tener cuidado con este argumento porque resulta poderoso y sensibiliza a buena parte de la opinión pública”, advirtió Barrios.

“Cada uno de los pasos de la escalada militarista en América Latina no se pueden entender de manera aislada pues en su conjunto prefiguran una ofensiva de espectro completo sobre el territorio y la autodeterminación de nuestros pueblos”, concluyó finalmente el profesor de la UNAM y del Observatorio Latinoamericano de Geopolítica.

Fortalecer la lucha latinoamericana frente a la contraofensiva del Imperio

13/10/2010

En el marco del análisis de contexto internacional, la dirigenta del Movimiento Sin Tierra y también integrante de la Comisión Política del V Congreso de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC),  Itelvina Massioli remarcó que este encuentro en la mitad del mundo en Ecuador, es el resultado de un gran proceso de articulación, resaltando la importancia de poder reconocerse en los distintos procesos de lucha, como también destacar  la gran participación de jóvenes que viene a oxigenar el movimiento y posibilita nuevos liderazgos de hombres y mujeres en el continente.

 

Itelvina Massioli, puso en el debate, en la reflexión del V Congreso de la CLOC, una lectura colectiva  sobre los últimos hechos acontecidos en el continente.  Según manifestó, nos encontramos viviendo un nuevo siglo de la lucha en nuestro continente “Partimos comprendiendo que las victorias electorales de la izquierda progresista en el continente, en 1998 con Chávez, creó una nueva correlación de fuerzas en América Latina. Con los demás gobiernos progresistas podemos hacer un balance crítico de la acumulación de fuerzas y sus limitaciones”.

A partir de 1988, la derecha latinoamericana comienza una evaluación en este proceso de  derrotas electorales e inicia una contraofensiva  buscando recuperar los espacios perdidos, que se puede analizar en tres aspectos. Primero en términos económicos, Itelvina Massioli señala, “la élite latinoamericana intenta mantener sus tasas de ganancia, el lucro, y en base a eso todo lo transforma en mercancía. Por eso tenemos esta consigna en nuestro Congreso, porque hemos vivido en nuestra vida diaria lo que es el saqueo del capital. Nuestro continente ofrece las mejores condiciones para la acumulación del capital, hemos visto un acaparamiento de la naturaleza, las empresas transnacionales han acaparado el agua, la energía, la biodiversidad”.

Este es un periodo, que los analistas políticos han definido como la “recolonización del mundo”  que se aprecia con la imposición de los Tratados de Libre Comercio (TLC) y el IIRSA en nuestro continente. Está claro para nosotros. En este periodo, las corporaciones y los grupos financieros detentan el poder en el continente. Por eso, la CLOC declara en este V Congreso, a las multinacionales como enemigas de la humanidad. Al respecto, la dirigenta destacó las palabras del presidente Evo Morales en la inauguración del Congreso, “por eso es importante lo que dijo Evo Morales. Planeta o muerte. Esa es una lucha enorme de enfrentamiento de los movimientos continentales”.

El Segundo aspecto es político, en esta ofensiva de la derecha  por la toma del poder, que se ve en casos como Chile, donde triunfa en las últimas elecciones presidenciales el empresario de derecha Sebastián Piñera, significa el regreso de la extrema derecha al poder,  que también lo vemos en ejemplos como Colombia y México.  Este componente político viene acompañado de una fase militar. La ofensiva militar es parte de la estrategia del imperio para retomar espacios en el continente, reflejado en casos como Honduras, que ha recibido la solidaridad de todo el continente, la militarización en Haití y la asonada de golpe en Ecuador; por su parte Venezuela, Bolivia y Paraguay son países que viven con la constante amenaza de un golpe de Estado.

“No podemos dejar de comprender la estrategia norteamericana del imperio, sabemos que  está detrás de todo esto. Los EEUU perdieron terreno ideológico, político y económico en la región y en el mundo, pero su fuerza militar es incomparable. Les interesa llevar toda disputa en el terreno militar. Todos entendemos que detrás de los golpes y los intentos, están los intereses políticos y económicos de EEUU para dividir los movimientos sociales y desestabilizar los gobiernos progresistas, por ello existe una reactivación de la IV Flota”, señaló la integrante de la comisión política del V Congreso de la CLOC.

El tercer elemento en la evaluación de la campaña ideológica desatada por el imperio, a través  de los medios de comunicación, que hoy cumplen un rol fundamental en los cambios culturales de los pueblos y en la pérdida de identidad “los medios están llevando a cabo todo tipo de terrorismo ideológico frente a los procesos políticos más avanzados, Bolivia, Cuba, Venezuela, contra cualquier proceso social de cambio. Sobre nuestra lucha de movimientos sociales han criminalizado los movimientos y la pobreza. Ellos han cumplido un papel determinante” afirma Itelvina.

Si el imperio ha lanzado una campaña para criminalizar las luchas de los movimientos sociales, es una señal que los movimientos están activos y existe un temor frente a las luchas que se articulan en el continente.  Por otra parte los medios de comunicación masivos, han logrado generar la estrategia de convertir todos los desastres, todos los dramas humanos, en un espectáculo, como es el caso de los trabajadores mineros en Chile, donde nadie discute las causas de la precarización del trabajo.  Si bien los pueblos del mundo se alegran de poder llevar adelante el rescate, Itelvina Massioli afirma, “estamos contentos de sacar a nuestros compañeros de ahí. Pero la sociedad del espectáculo hace que los grandes medios de comunicación transformen el  sufrimiento y miseria de los trabajadores, en otro show más, que son parte de esta sociedad de consumo y frivolidad”.

Los desafíos planteados para este V Congreso son políticos y orgánicos.  Al respecto, la dirigente de MST manifiesta: “En cuanto a los desafíos políticos,  está la internacionalización del capital en el continente y el mundo, el proceso de ofensiva del modelo neoliberal del imperio, y hace falta mucha claridad para señalar que el socialismo es nuestro proyecto estratégico. Por ello, es preciso avanzar en la construcción de alianzas que permitan la construcción del proyecto popular; este Congreso debe discutir cómo la CLOC-VC  se involucra en el proceso del ALBA como estrategia para acumular fuerzas”.

La dirigenta campesina enfatizó en la necesidad de hacer un camino de construcción para romper la democracia representativa y construir una participativa; según ella es necesario romper el verticalismo, multiplicar la participación, las tareas y el ejercicio de la democracia desde las organizaciones, bajo los valores socialistas, recuperando un parámetro de acción de los dirigentes y militantes, y agrega: “frente a la situación en nuestro continente, se precisa avanzar en la formación de cuadros, que dominen el conocimiento científico para interpretar y transformar la realidad. Hemos dado pasos importantes, tenemos una red de formación como son los IALAs, hay mucho por  avanzar. No es solo comunicación, es política, estrategia para disputar la batalla de ideas”.

Otro  de los desafíos político-organizativos, es la necesidad de fortalecer y avanzar  en el trabajo con la juventud del campo y la ciudad. Hoy se constata que se cuenta con una juventud que ha perdido la rebeldía en esta sociedad de consumo. Otro elemento es la organización y participación política de las mujeres, como sujetas políticas del proceso.  También es necesario según lo manifestado por Itelvina Massioli “acompañar los procesos más avanzados en el continente, con una mirada crítica; pero no podemos dejar que el imperio siga dando golpes, dividiendo, impidiendo la construcción de los procesos populares”.

Recuperar la solidaridad internacional como un valor, como un principio político, tener mayores espacios de participación democrática, resignificar el rol de las comunicaciones al interior de las organizaciones, dar la batalla frente a esta contraofensiva de la derecha más recalcitrante, fortalecer lo político y lo orgánico, y dar respuestas contundentes y articuladas desde todo el continente, son parte del debate y la reflexión de este V Congreso de la CLOC, y también parte de los desafíos que enfrenta para el nuevo periodo de construcción y luchas.

Síntesis de las declaraciones de los presidentes de Ecuador y Bolivia en la inauguración del V Congreso de la CLOC

13/10/2010

evo_y_correaCon un atronador recibimiento bajo la consigna de Evo amigo el pueblo está contigo,   de los delegados y asistentes a la inauguración del V Congreso de la CLOC – Vía Campesina saludaron la presencia del presidente Evo Morales en la tribuna de oradores del Congreso. 

El presidente boliviano expresó el regocijo que le causó el recibir la convocatoria  al V Congreso en  su calidad de miembro fundador de la CLOC. Recordó que el origen de la CLOC se remonta a la campaña de celebración de los 500 años de resistencia indígena y popular en 1992 hasta su fundación en 1994. Desde entonces hasta hoy, la CLOC ha  al cumplido un relevante papel en la lucha por la defensa de la madre tierra y por los derechos de los pueblos que habitan en ella.   

 

Durante su intervención, puso énfasis en el nuevo momento que vive la CLOC – VC  al calor del avance de las luchas campesinas y populares y las alianzas que se han logrado con otros sectores de la sociedad como los intelectuales, trabajadores de la ciudad y capas medias. “En esa época, hace unos años atrás, nos pusimos como tarea la consigna “De la resistencia a la toma del poder”. Compañeros, al menos en Bolivia, Misión Cumplida” – expreso un Morales entusiasta frente a la masiva asistencia al V Congreso de CLOC.   

Tras expresar su solidaridad con el Presidente ecuatoriano Rafael Correa debido a los últimos intentos de desestabilización del pasado 30 de septiembre, Evo conminó al V Congreso a debatir en profundidad el origen de la ola de intentos de  golpes de Estado en Latinoamérica y  su relación  con los intereses del Capital y el Imperio en nuestras diversas regiones.   

Añadió que las tareas para los gobiernos progresistas y los movimientos sociales es fortalecer la capacidad de los pueblos para decirle no al saqueo de nuestros recursos por los norteamericanos y transformar radicalmente toda la institucionalidad de nuestros países que hasta ahora se ha comportado de manera servil con los intereses norteamericanos. 

Para Evo, la presente fase en América Latina, nos lleva mucho más allá de la resistencia.  “De la rebelión a la revolución y de la revolución a la descolonización de América Latina”  – concluyó.

V Congreso de la CLOC se inaugura con la presencia de dos presidentes de América Latina

13/10/2010

correa_y_evoCerca de mil delegados y delegadas, representantes de  84 organizaciones pertenecientes a 18 países de América Latina, llenaron el  Coliseo de la Universidad Central de Ecuador, durante la inauguración del  V Congreso de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC). 

Consignas, banderas, lienzos y canciones rebozaron el espacio del Coliseo y anunciaron la  llegada de los dos presidentes de América Latina, quienes presentaron sus saludos y ratificaron el compromiso de sus gobiernos para responder a las demandas de las luchas campesinas, indígenas y afrodescendientes del continente. 

 

 

Al comenzar la noche, en medio de los acordes de la canción “Patria” – un himno patriótico del Ecuador –  hizo su aparición el  Presidente del Ecuador Rafael Correa acompañado del Presidente de la República de Bolivia y miembro  fundador de la CLOC, compañero Evo Morales Ayma. Ambos presidentes recibieron muestras de afecto y respaldo por partes de los delegados y delegadas al V Congreso de la CLOC. Sin duda, Morales fue el presidente más aplaudido debido a su condición de militante orgánico de CLOC. 

Tras la mística de rigor, que en esta ocasión representó la lucha entre las aspiraciones populares y los mecanismos imperiales de saqueo con que se esclavizan a los pueblos de América, se entonaron vibrantes cantos e himnos tales como el Pueblo Unido o la Internacional que los presentes corearon de pie, visiblemente emocionados por el espectáculo de las banderas de todos los países cubriendo por completo el escenario del Coliseo.  

Los saludos al Congreso, corrieron a cargo de los anfitriones y delegados de las organizaciones regionales e internacionales. La comisión política estuvo representada en el Congreso por los compañeros y compañeras Luis Andrango, secretario operativo de la CLOC, Rafael Alegría de la  Comisión Coordinadora Vía Campesina (VC), María del Carmen Barroso de ANAP – Cuba, Itelvina Mazioli del MST de Brasil, Alberto Gómez de  México y Francisca Rodríguez de ANAMURI, Chile. 

Unidad en la lucha por la transformación 

Yudhvir Singh, Coordinador de la Vía Campesina mundial, señaló que los pueblos agrupados en la Vía Campesina  “estamos peleando contra el capitalismo, contra la OMC, el FMI, nuestra causa es  común. Estamos luchando por la tierra, los bosques, los recursos naturales, el agua, los derechos de las mujeres. Estamos luchando por los pescadores, los pueblos indígenas. Nuestra causa es común, y nuestro enemigo también. Luchando todos juntos nadie nos vencerá” 

El coordinador de Vía Campesina finalizó su intervención saludando la lucha y presencia  de las mujeres rurales, quienes representan el sostén de la agricultura y por lo tanto juegan un rol esencial para el futuro de millones de personas en el mundo. 

Por su parte, el   Premio  Nobel de la Paz, Adolfo Pérez Esquivel, saludo la realización del Encuentro en Ecuador y se refirió a los difíciles momentos vividos por esta nación andina el pasado 30 de septiembre, cuando un motín policial coaligado con sectores de ultra derecha intentaron generar un proceso de desestabilización democrática.   “Tenemos que desterrar para siempre estas prácticas que no  son sino imposiciones de dominación para nuestros nuestros pueblos. Lo intentaron con el compañero Chávez, en Venezuela, con Evo Moralesy con el compañero Correa y creo que esto demuestra la capacidad de impunidad en todo el continente. Por primera vez en el continente, todos los presidentes se unieron para decirle no al golpe, lo que representa un avance significativo en la consolidación de los procesos democráticos en América Latina”. 

Enviaron sus saludos al V Congreso, a nombre de la Asamblea Nacional del Ecuador (Poder Legislativo del Estado), Silvia Salgado, asambleísta socialista, y Fernando Cordero, Presidente de la Asamblea Nacional, quien entregó a la Secretaría Operativa de CLOC, la resolución que saluda y compromete el apoyo legislativo de la Asamblea Nacional a las decisiones tomadas durante el V Congreso de CLOC – VC.  

“Seguiremos cultivando la esperanza, incentivando la crítica y mantendremos la ira ante lo injusto”. 

El secretario operativo de la CLOC, Luis Andrango, presidente de  la FENOCIN – Ecuador, tuvo a su cargo la apertura   del V Congreso de la Coordinadora, saludando a todos y todas las representantes e invitados/as a este evento “desde Ecuador, tierra de luchadores y luchadoras, pueblo heredero de profundas luchas sociales y desde América Latina, madre de raíces, continente de esperanza, tierra de frutos, de Martí, Mariátegui, Bartolina y otros luchadores y luchadoras de los pueblos mestizos a quienes hoy rendimos homenaje aquí y con quienes abrimos este V Congreso de la CLOC”. 

Luis Andrango, saludó la presencia de los dos presidentes de las repúblicas del Ecuador y Bolivia, señalando “el compañero Evo Morales es un militante más de la CLOC y un símbolo universal de nuestras luchas, y  hoy Presidente de la República Plurinacional de Bolivia. Vivimos momentos en que se hace necesaria la lucha organizada para echar el modelo neoliberal. Vivimos también una profunda crisis de la humanidad. Hay un claro proyecto de dominación y despojo de nuestros bienes naturales. Las victorias electorales han significado el inicio de la derrota de las élites” 

El secretario operativo de la CLOC, destacó también la necesidad de mantener la independencia y autonomía de los gobiernos, y enfatizó que los gobiernos deben dar pasos necesarios hacia una verdadera transformación, Andrango agregó “Necesitamos fortalecer los procesos de unidad en los países, los continentes, el mundo. Uno de los espacios será la ALBA, Carta de la Madre Tierra. Emprender un proceso de reforma agraria integral para instalar el Sumak kawsay de nuestros pueblos. Sin feminismo no hay socialismo. Es necesario enfrentar la lógica perversa del patriarcado y construir nuevas formas de relación basadas en la reciprocidad y la justicia, Seguiremos cultivando la esperanza, incentivando la crítica y mantendremos la ira ante lo injusto”. 

La CLOC resiste y lucha 

Una de las dirigentas campesinas y también fundadora de la CLOC, Francisca Rodríguez  de CLOC-VC-Chile, manifestó su emoción por la presencia de dos presidentes en la inauguración de un Congreso de la CLOC a 16 años de su creación añadiendo que esto es  “el resultado de la lucha de nuestros pueblos. Somos  nosotros y  nosotras,  los que les dimos la tarea de dirigir nuestro continente”.

Francisca Rodríguez agregó que valora la respuesta del compañero Evo Morales ante la convocatoria que se le hizo llegar para estar presente en este V Congreso de la CLOC, añadiendo que “hoy está de servicio, pero mañana lo recibiremos nuevamente para estar en la lucha. También queremos decirles a nuestros presidentes, que después de un año de trabajo, después de miles de congresos en todo el continente, aquí están los campesinos, los indígenas, los/las pescadoras de la sierra, la selva. En este momento damos un paso importante en nuestro debate al afirmar que sin feminismo no hay socialismo y recogemos la enseñanza de la historia, las luchadoras”.

Evo Morales  responde a la convocatoria de la CLOC 

En medio de los gritos y consignas de apoyo al pueblo de Bolivia, el presidente Evo Morales, fundador de la CLOC,  manifestó su alegría de encontrarse presente en este histórico encuentro y entregó su saludo revolucionario a todos los delegados y delegadas de América Latina, recordando que la coordinadora nace al calor de la Campaña de los 500 años de resistencia indígena y popular. En un análisis sobre el contexto latinoamericano, señaló “estamos viendo en América Latina que la derecha vendepatria, traidora todavía sobrevive. Vengo primero por invitación de ustedes, pero también vengo a expresar mi respeto, admiración, solidaridad con el hermano presidente Rafael Correa. Al gobierno de Ecuador y a la revolución ciudadana de Ecuador, a las fuerzas sociales del campo y la ciudad, defensores de los derechos humanos y la democracia”.

El presidente de Bolivia, también aprovechó de entregra  una cuenta política sobre su labor al frente de su país, señalando que está feliz con la nueva Ley promulgada en contra de la discriminación, agregando “tenemos otra responsabilidad. Al margen de las reivindicaciones, soberanía alimentaria, reforma agraria, poder comentarles cómo avanzamos en nuestra revolución agraria. Cómo fortalecer la producción. Tenemos una responsabilidad como movimiento. Cómo salvar a la humanidad es otra tarea. Nuestro grito de guerra de patria o muerte pasa a planeta o muerte. Tenemos que salvar al planeta para salvar la humanidad”.

Evo Morales, sostiene que estos eventos deben dar origen a nuevas ideas, manifestando finalmente que está orgulloso de pertenecer a  la CLOC, e hizo un llamado a seguir construyendo nuevas políticas para el  bien de las bases y la humanidad, finalizando “Quiero que me convoquen, ahí estaré, no quiero recibir invitación. Quiero que me sigan enseñando. ¡Planeta o muerte, venceremos! ¿Cuándo? ¡Hoy!” 

“Radicalizaremos la revolución ciudadana” 

El presidente del Ecuador, Rafael Correa, agradeció la invitación a participar del V Congreso de la CLOC, y saludó la presencia de todas las representaciones presentes, y expresó que el  V Congreso de la CLOC tiene lugar en una hora histórica de la humanidad, añadiendo que la actual situación no precisa una reforma agraria, sino una revolución agraria.

Rafael Correa se disculpó con los campesinos, “hemos hecho mucho, pero no todo. No ha sido fácil, luchamos contra la crisis política, económica. Casi tuvimos un golpe de estado, para quienes creen que esto es montado, ahí está el carro presidencial con balazos. Después del intento, se reunió el buró del gobierno y radicalizamos la revolución ciudadana. No ha sido fácil, pero estamos en el camino de la revolución agraria”.

Correa expresó la necesidad de defender la soberanía nacional y alimentaria y llamó a seguir la lucha por una sociedad equitativa, incluyente y solidaria, también dijo que cuenta con los campesinos e indígenas  en esta lucha,  y que el movimiento campesino e indígena cuenta con su  gobierno, que está basado en la Revolución Ciudadana.

 Con la intervención final  del presidente del Ecuador, se dio por inaugurado el V Congreso de  la CLOC, que resiste y lucha, donde se debatirán temas diversos y que afectan a los y las campesinos/as, indígenas y afrodescendientes del Continente.  El debate, centrado en los acuerdos tomados en los últimos Congresos, y también en los acuerdos de Cochabamba, consolidará este proceso de poder popular incluyente y popular, donde se proponen fortalecer las organizaciones locales como alternativa al capital. 

Aquí están  los de ayer, hoy y mañana, también están presentes los hijos de aquellos que hoy siguen en nuestra memoria, el recambio generacional,  la continuidad de la vida está garantizada. La lucha  contra el saqueo del capital y del imperio, por la tierra y la soberanía de nuestros pueblos y la plena conciencia que sin feminismo no hay socialismo, está de pie,  América Latina sigue avanzando.

Declaración de la III Asamblea Latinoamericana de la Juventud Campesina CLOC/VC, Quito – Ecuador, 8 y 9 de Octubre del 2010

10/10/2010

Los días 8 y 9 de octubre de 2010 en la Ciudad de Quito – Ecuador, siendo que se conmemora el aniversario de la muerte del Comandante Che Guevara, y el día internacional de La Juventud Campesina; nos reunimos 172 delegadas y delegados de  52  organizaciones procedentes de 17 países de toda Latinoamérica miembros de la CLOC/VC,  invitados y representantes de Asia y Europa llegando a un total de alrededor de 250 participantes, para intercambiar las diversas experiencias de lucha de la juventud campesina, indígena y afrodescendientes en cada uno de nuestros países, que nos permitieron construir propuestas y acuerdos concretos de cara al fortalecimiento de la articulación juvenil a nivel Continental. 

 

Vivimos un momento de crisis globalizada en donde se encuentran tres proyectos distintos de carácter político, social y económico en disputa. Uno de ellos es el proyecto imperialista que se caracteriza por la presencia de las trasnacionales, la criminalización de la pobreza y las luchas sociales, el fomento a los agronegocios. Otro de ellos, es el UNASUR el cual se desenvuelve bajo el discurso de la conciliación de clases  con acciones concretas de integración y desarrollo continental  pero que no hace enfrentamiento directo al imperialismo. Finalmente está el proyecto del ALBA,  que se manifiesta como una estrategia de construcción y fortalecimiento del poder popular, bajo principios de integración regional de los pueblos. 

Por tal razón denunciamos: 

  • La crisis alimentaria, económica, social, generada por el capitalismo
  • El saqueo y privatización de los bienes naturales de nuestros pueblos.
  • La invasión territorial del modelo capitalista a través de la implementación de sistemas productivos ajenos a la concepción y cosmovisión de nuestros pueblos, con instrumentos como son algunas agencias de cooperación que están al servicio del imperio.
  • El uso de los medios masivos de comunicación como instrumento de dominación que coarta la libertad de pensamiento.
  • La imposición cultural impuesta a la juventud mediante los medios masivos de comunicación, que promueve un modelo de vida basado en el consumismo, individualismo, machismo y otros vicios del sistema capitalista
  • El agronegócio como resultado de la alianza entre las trasnacionales, los terratenientes y las instituciones financieras, que con los megas proyectos de infraestructura como el IIRSA y otros proyectos del mismo carácter hacen uso de los estados para imponer su proyecto de concentración de la tierra, producción de monocultivos para la exportación y la estandarización de los alimentos.
  • La implementación de políticas y programas asistencialistas en Latinoamérica que no solucionan los problemas, mientras que ocultan las políticas neoliberales y generan fragmentación, conformismo, creando dependencia de las comunidades
  • La adecuación de las leyes impulsadas por los gobiernos al servicio de las empresas transnacionales y de los intereses del capital.
  • El aumento del proceso de concentración de la tenencia de la tierra, la cual va quedando en pocas manos.
  • La producción de alimentos que básicamente son para la exportación y que va de la mano del desarrollo de monocultivos y utilización de semillas transgénicas que implican un alto uso de agro tóxicos.
  • Las acciones represivas de los estados capitalistas a través de los procesos de militarización de los pueblos, bajo la supuesta defensa de la seguridad nacional frente al terrorismo, el narcotráfico y otras consignas por lo que justifican la imposición de bases militares o el ingreso obligatorio de la juventud en los servicios militares, así como el control de los pueblos y territorios.
  • La violación y manipulación de los Derechos Humanos por el capitalismo mediante estados serviles, que no velan por el desarrollo integral de la población en general.  En este marco, resaltamos la falta de acceso a la salud, la educación y la tierra.
  • Las empresas privadas no permiten el desarrollo local de los pequeños y medianos productores, ya que han venido impulsando el consumismo que viene a desaparecer nuestras culturas e identidades.
  • La violencia sobre la libre expresión a través de los distintos procesos de criminalización de la protesta y la pobreza. Así mismo condenamos todo tipo de discriminación de clases sociales, géneros, credos entre otros.
  •  La acción de las empresas trasnacionales de la minería, hidroeléctricas y del agronegócio que vienen saqueando nuestros bienes naturales.
  • Los tratados de libre comercio como forma de sumisión de nuestros países al imperialismo.

 Ante esta problemática, las juventudes campesinas, indígenas, urbanas, internacionalistas, afrodescendientes y combativos; participantes en este Congreso de  la CLOC/VC declaramos: 

  • Continuar defendiendo la vida, la justicia y la soberanía de nuestros pueblos.
  • Seguir en pie de lucha por los cambios de nuestra sociedad que deben pasar por la reforma agraria integral, la construcción de la soberanía alimentaria y del poder popular a partir de procesos que generen una conciencia colectiva entre nuestros pueblos.
  • Nos asumimos como militantes, sujetos transformadores de la realidad, que vivimos con la necesidad de formarnos para ser parte de la construcción de una sociedad justa e igualitaria.
  • Fomentar la rebeldía y la indignación de esta sociedad que nos oprime para canalizar hacia los procesos de lucha y transformación.
  • Defender los valores y principios que nos identifican como jóvenes en pie de lucha contra el imperialismo como la solidaridad, la autonomía, la integración, la construcción de la unidad y la diversidad, la pluralidad, el compromiso, la consagración, el respeto y la dedicación como más importantes.
  • Respetar a la madre tierra y sus bienes naturales de tal forma que nos permita seguir produciendo alimentos sanos.
  • Promover la agroecologia y las formas de producción de los pueblos originarios y campesinas e afrodescendientes como alternativas a la crisis alimentaria y a los altos precios en el mercado mundial.  
  • Que la tierra y el territorio son derechos colectivos y que no existe la soberanía sin la organización popular.
  • Fortalecer el funcionamiento de la CLOC/VC desde nuestras organizaciones de base.
  • En cuanto jóvenes vemos al ALBA como un proyecto estratégico para desarrollar la articulación entre el campo y la ciudad por lo que debemos masificar la comprensión y las acciones de este proyecto.   

Por todo esto resolvemos:

  • Avanzar en los procesos de formación ideológica, política y tecnológica, siendo los sujetos protagonistas prioritarios de la misma las mujeres, jóvenes y niños, así como buscar y consensuar líneas comunes de formación a nivel latinoamericano que se complementen en las formas y los métodos, tomando en cuenta la pluralidad del continente en vías a formar nuestros propios técnicos y formadores.
  • Generar, mejorar y reforzar los mecanismos de comunicación hacia adentro de nuestras organizaciones y hacia afuera que nos permitan generar canales de comunicación más objetivos, democráticos y participativos con el fin de elaborar una agenda de acción común.
  • Para llevar a cabo estos acuerdos, conformamos durante la asamblea una coordinación continental que articula la juventud de la CLOC/VC compuesta por dos organizaciones representantes por sub región, las cuales deberán velar y potencializar los procesos de articulación juvenil regional y continental para darle viabilidad a los compromisos adquiridos.

 Teniendo en cuenta lo anterior, la III Asamblea continental de la juventud de la CLOC/VC nos pronunciamos: 

  • Por el regreso inmediato de los 5 héroes cubanos prisioneros en la cárcel norteamericana por más de 12 años y contra el bloqueo económico por más de 50 años a la hermana república de Cuba.
  • Contra la persecución y acoso continuo en contra de los /las dirigentes y militantes de los movimientos sociales de nuestros pueblos, tal como sucede en Colombia con el caso de Piedad Córdoba, en Honduras, Haití, Guatemala y todos los pueblos que luchan.
  • Así mismo rechazamos el golpe de Estado en Honduras y el intento de golpe de Estado en Ecuador y a todos los gobiernos que intentan imponerse por medio de la fuerza, así como la instalación de bases militares estadounidenses en Colombia y todos los países del continente que propician estos procesos de dominación
  • Por último brindamos nuestra solidaridad a todos los pueblos que luchan por un modelo de sociedad justo y soberano.

 JUVENTUD CAMPESINA, INDIGENA, URBANA, INTERNACIONALISTA, COMBATIVA POR LA VIDA, LA JUSTICIA Y LA SOBERANÍA DE NUESTROS PUEBLOS. 

GLOBALICEMOS LA LUCHA, GLOBALICEMOS LA ESPERANZA!