EM DEFESA DA AMAZÔNIA, FORTALECEMOS AGRICULTURA FAMILIAR CAMPONESA

A Amazônia, também chamada de Pan-Amazônia, é um extenso território com uma população estimada em 33.600.000 habitantes, dos quais 2 a 2,5 milhões são indígenas. Esta área composta pela bacia do Rio Amazonas e todos os seus afluentes estende-se por 9 países (Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa e o Brasil).

A região Amazônica é essencial para a distribuição das chuvas nas regiões da América do Sul e contribui para os grandes movimentos de ar ao redor do Planeta. A água e a terra desta região alimentam e sustentam a natureza, a vida e as culturas de inúmeras comunidades indígenas, camponesas, afrodescendentes, caboclas, assentadas e ribeirinhas. Atualmente é a segunda área mais vulnerável do mundo em relação às mudanças climáticas, devido a ação destruidora do Capital.  

A Amazônia hoje é de uma beleza ferida e deformada, um lugar de muita dor, exploração e violência, permanentes ameaças contra a vida: apropriação e privatização dos bens da natureza, como a própria água, concessões florestais, megaprojetos insustentáveis (hidrelétricas), exploração massiva de madeira, monoculturas, hidrovias, ferrovias, e projetos de mineração e petróleo, além da contaminação causada pela indústria extrativista. As consequências sociais são: doenças por contaminação, narcotráfico, grupos paramilitares, violência contra as mulheres, exploração sexual (inclusive infantil), tráfico humano, perda da cultura e da identidade, criminalização e assassinatos. Por trás de tudo isso estão os interesses das classes dominantes que avançam sobre esse território destruindo todos os tipos de vida.  

Essa intervenção do Capital é uma atitude voraz e predatória que espreme a realidade até o esgotamento dos recursos naturais disponíveis e tende a exercer seu domínio também sobre a economia e a política.   

Ações dos camponeses em defesa de seus territórios, abusos de mineradoras, a parcialidade e a ignorância da mídia sobre as complexidades que envolvem as disputas pela terra na região e os recursos nela existentes; as violências protagonizadas por fazendeiros, madeireiros, jagunços, pistoleiros e órgãos de segurança, a parcialidade do judiciário – célere em expedir medidas de reintegração de posse e sempre moroso em apurar chacinas e execuções de camponeses -, e afins dão forma ao cenário de exploração socioambiental, fruto do sistema capitalista, vivido pelas populações neste chão conhecido como Amazônia. 

Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) sobre conflitos no campo de 2019 registraram 1254 conflitos de terra na região Amazônica e 27 assassinatos. Além de o desmatamento atingir em abril deste ano o maior índice dos últimos dez anos, aumento de 171% em relação a abril de 2019, segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento do IMAZON.  

As questões ambientais envolvem decisões políticas, o Estado omisso ou que incentiva esse modelo está indo contra a vida de milhões de pessoas e comprometendo ainda mais o futuro da própria humanidade.   

Muitas organizações sociais que atuam na região denunciam essas agressões há anos, especialmente com a intensificação da exploração predatória da região implementada junto com o Golpe Militar de 64, que tinha o discurso de “integrar para não entregar”. Muitas lideranças e comunidades inteiras foram assassinadas para garantir esse “desenvolvimento”.  Percebemos que o olhar sobre a Amazônia não mudou no presente, a integração desejada é via eixos. Comunicação, transporte e energia são as colunas fundamentais. São diversos projetos já implantados, alguns em andamento e outros ainda em desenvolvimento que geram inúmeros conflitos, pois afetam diretamente o modo de ser e de viver em sintonia com a floresta das populações amazônicas.  

Entre várias ações do governo Bolsonaro, a Medida Provisória nº 910/19 (MP 910) referente a Regularização Fundiária, que virou Projeto de Lei nº 2633, pode privatizar quase 20 milhões de hectares de terras públicas na região Amazônica, à custa de expulsar povos indígenas, quilombolas e até famílias camponesas posseiras ou assentadas de Reforma Agrária.   

O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) resiste e defende a vida e a Soberania dos Povos e seus territórios como garantia da Soberania Alimentar do país. O MPA está presente hoje em dois estados desta grande região, Pará e Rondônia, e se soma àqueles e aquelas que fazem lutas e trabalham para preservar e recuperar a vida nesta região. Defendemos o modelo de agricultura brasileiro baseado na agricultura familiar e camponesa, desta forma, temos produção de alimentos equilibrada com a natureza, desenvolvendo a transição para a Agroecologia, recuperação de nascentes e reservas, defesa de territórios, é a terra para quem trabalha nela e garante a reprodução ampliada da vida.  

Temos que ter ações significativas para reverter esta possibilidade de fim da humanidade, Leonardo Boff diz que a natureza, o planeta Terra, é um organismo vivo, que ao ter ameaçada sua existência busca se refazer, manter sua temperatura e se para isso for preciso expulsar seu “câncer”, o que a ameaça, no caso, os seres humanos podemos ser extintos e a terra se refazer.   

Cuidar do Meio ambiente, preservar os biomas, como a Amazônia é, portanto, preservar e garantir a espécie humana.  

VOZ CAMPESINA 71 – LAS JUVENTUDES Y EL DESAFÍO DE VOLVER AL CAMPO

En distintos países donde está presente la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC-La Via Campesina) hemos visto cómo, en medio de la crisis socioeconómica provocada durante la pandemia, las organizaciones de campesinos y campesinas garantizan, una vez más, el alimento para los pueblos. Alimentos agroecológicos entregados a través de canastas o comercializados en mercados de cercanía, semillas nativas y criollas que se intercambian para sembrar ahora y cosechar en unos meses.

Para que este modelo crezca y sea parte del cambio de sistema por el que los pueblos luchan es necesaria la participación de las juventudes. En este Voz Campesina hablamos con referentes jóvenes de la CLOC para conocer cómo trabajan hoy para que la vuelta al campo sea una realidad.

Participaron, por la región Sudamérica: Augusto Isaac Acuña, de Paraguay, miembro de la Dirección Nacional (Secretaría de Formación y Educación) de la Organización de Lucha por la Tierra (OLT), representante interino de la Juventud Vía Campesina Paraguay, coordinador de la CLOC-Vía Campesina Paraguay, técnico agroecológico formado por el IALA Guaraní de Paraguay; por la región Centroamérica: Enma Elizabeth Catu Raxjal, Maya Kaqchikel de Guatemala, integrante del Movimiento de Jóvenes Mayas MOJOMAYAS, subcoordinadora de la región Centroamérica de la Juventud de CLOC-Vía Campesina; y por la región Caribe: Liezer Inabel Ramírez, de República Dominicana, integrante de la Federación de Caficultores de la región sur (FEDECARES), de la Asociación de Jóvenes Emprendedores «Sembrando para el futuro» (ASOJESF), responsable de la articulación de jóvenes de la CLOC-Vía Campesina Región Caribe, miembro de la Comisión Política CLOC-Via Campesina Caribe, de la comisión política continental y de la secretaria operativa de la CLOC-Vía Campesina Región Caribe.

En el primer bloque del programa reflexionamos sobre por qué la juventud es importante en los procesos de lucha y en la construcción en la CLOC-Vía Campesina. ¿Qué desafíos se presentan para que la juventud se quede o vuelva al campo?

En el segundo bloque hablamos sobre qué papel tienen las y los jóvenes en la agricultura familiar y reconstruimos las experiencias de vida, trabajo y militancia de los tres entrevistados.

A lo largo de esta edición de Voz Campesina citamos el documento «Volver al campo» de la Secretaría Operativa de la CLOC que lo pueden leer completo en este enlace. Aquí destacamos un fragmento:

«El mundo está paralizado, una pandemia antes nunca vista estremece a los pueblos y desnuda al capitalismo salvaje que privatizó los servicios públicos, un virus de clase que ataca millones de familias ricas y pobres. El problema es de todas y todos y es urgente rescatar la solidaridad. (…) Es tiempo de pasar a nuestras tareas urgentes en medio de la cuarentena y del estado de calamidad existente, nos corresponde ahora promover la agricultura familiar campesina. Volver al campo es una tarea urgente frente a la escasez de alimentos sanos y esto solo es posible con la promoción de la agricultura familiar campesina e indígena; un concepto que engloba todas las actividades agrícolas basadas en la familia, como la forma de organizar la agricultura, ganadería, silvicultura, pesca, acuicultura y pastoreo, administrada y operada por una familia y que depende del trabajo familiar. (…) La recuperación de  una agricultura que retoma los conocimientos ancestrales».

Escucha las entrevistas aquí:

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¿Qué es la CLOC-Vía Campesina?

La Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC-Vía Campesina) es una instancia de articulación continental con más de 30 años de compromiso constante con la lucha social, representando a movimientos campesinos, de trabajadores y trabajadoras, indígenas y afrodescendientes de toda América Latina. También lucha por los derechos humanos, económicos, culturales, sociales y políticos de los pueblos en la defensa de la producción y vida campesina. Asumiendo la lucha de clases como un medio para lograr una sociedad democrática y plural sin explotados ni explotadores, soberana e independiente.

Logo de la CLOC

Al presente, contamos con 84 organizaciones en 18 países de América Latina y el Caribe, las cuales constituyen una fuerza social y movilizadora presente en todos los espacios que ofrezcan propuestas, alternativas y acciones a nivel de nuestro continente. Las organizaciones miembros de la CLOC-LVC estamos comprometidas desde nuestro carácter anticapitalista, antineoliberal y anti-imperialista, en la construcción de movimientos de masas y de lucha, en  solidaridad permanente y sostenida con la Revolución Cubana y los procesos populares que avanzan en el continente; así como el compromiso con el debate permanente que nos lleve a construir las bases teóricas y programáticas desde las organizaciones del campo para la construcción de un proyecto socialista en el continente americano.

La CLOC es el referente directo de La Vía Campesina Internacional en nuestro continente, siendo que a través de nuestras banderas de lucha, temas de trabajo, acciones, ejes y espacios de articulación y movilización, lucha contra el sistema patriarcal y capitalista que destruye la vida de campesinas y campesinos. La CLOC impulsa la lucha contra las transnacionales, el agronegocio, los modelos extractivistas y la explotación agrícola que atentan contra la vida, los derechos campesinos y nuestra madre naturaleza.

¿Cómo fue creada la CLOC?

Si bien la CLOC nace formalmente en el I Congreso realizado en Lima, Perú, del 21 al 25 de febrero de 1994, con la participación 238 delegadas y delegados de 84 organizaciones a nivel continental, su caminata arrancó años atrás, bajo el impulso de organizaciones no afiliadas internacionalmente que habían coincidido en la necesidad de articular un espacio propio y autónomo,  impulso que fue potenciado por la realización de la «Campaña Continental 500 Años de Resistencia Indígena, Negra y Popular» (1989-1992, con encuentros en Colombia, Guatemala y Nicaragua), que en un momento gravemente adverso para las organizaciones populares no sólo permitió abrir una trinchera de resistencia, sino que además terminó siendo un laboratorio para la formulación de planteamientos políticos y organizativos de cara a los nuevos tiempos.

1994 fue un año emblemático para los movimientos populares de la región, por los signos de reactivación de las luchas sociales, particularmente en el campo contra las políticas neoliberales. Se inicia con el levantamiento zapatista en Chiapas, México, para luego registrar el segundo levantamiento indígena en Ecuador, las marchas de los cocaleros en Bolivia, las movilizaciones por la reforma agraria en Paraguay, Guatemala y Brasil, entre otras manifestaciones y acciones de lucha.

¿Qué defendemos?

Luchamos juntas y juntos a La Vía Campesina para desarrollar la solidaridad, cooperación,  la unidad en la diversidad entre las organizaciones miembros, para promover las relaciones económicas de igualdad, paridad de género, justicia social, la preservación, recuperación y conquista de la tierra, el agua, las semillas y otros recursos naturales, la soberanía alimentaria con base en la agroecología, la producción agrícola sostenible y una igualdad basada en la producción a pequeña y mediana escala. 

Nuestras banderas de lucha:

  • Reforma agraria integral y popular
  • Soberanía alimentaria con base en la agroecología
  • Defensa de los derechos humanos en los territorios y la implementación de la Declaración de Derechos Campesinos
  • Protagonismo de las mujeres campesinas y el feminismo campesino y popular
  • Construcción de alianzas de organizaciones de otros sectores
  • Solidaridad militante e internacionalista
  • Juventud
  • Formación política, ideológica y técnica

Conversatorio: Criminalización en tiempos de pandemia

Las luchas territoriales son criminalizadas de manera brutal a través de las más diversas formas: asesinato de dirigentes comunitarios, la estigmatización, la judicialización por causas prefabricadas, encarcelamiento y hasta la persecución de quienes nos defienden en estos casos.

Durante la pandemia, vemos que muchos estados, grupos de crimen organizado y paramilitares han aprovechado del crisis para implementar aun mas serias reglas de militarización en los paises y asesinar liderxs campesinxs, con impunidad completa.

En este conversatorio, escucharemos las voces de representantes del movimiento campesinos que informarán sobre estas injusticias aumentadas en el contexto de COVID-19.

Participantes:

Moderación Elsa Sánchez, FEDECARES Rep. Dominicana

Rosalina Tuyuc, CONAVIGUA Guatemala

Adalberto Blanco, Mesa de Soberanía Alimentaria de El Salvador

Franklin Almendrades, CNTC Honduras

Aidée Moreno, FENSUAGRO Colombia

Conversatorio especial con fundadores del movimiento campesino: «Volver al Campo»

“Volver al campo” fue el tema central de nuestro tercer conversatorio de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo – CLOC-Vía Campesina, en el que participaron compañeros y compañeras históricas del movimiento campesino internacional. Dicho espacio reconoció el papel importante de la CLOC-Vía Campesina, la cual aglutina a millones de familias en el mundo y que a lo largo de 28 años ha logrado grandes victorias, una de ellas, que las Naciones Unidas aprobara la Declaración los Derechos de las y los campesinos y de otras personas que trabajan en las zonas rurales.

Las y los panelistas señalaron que la pandemia del COVID-19 es el resultado del modelo económico que impera en el mundo, del neoliberalismo, donde el gran capital evidencia la pretensión de apoderarse y controlar las riquezas de nuestros pueblos, de la tierra, de los bienes comunes, del agua, la salud, la agricultura. De igual forma, expresaron que el mundo está sufriendo varias crisis simultáneas, la sanitaria, la crisis ambiental, la económica y por ende la crisis política. Para ellos, en los meses venideros nos encontraremos frente a una pos-pandemia donde el desempleo, el hambre y la miseria se profundizarán mientras el capital intentara consolidar su poder.

Por eso la CLOC-Vía Campesina en este conversatorio pone en el debate estos tareas centrales:

1. Contra el hambre y el desempleo hay que colocar nuestras banderas de lucha: la reforma agraria integral y popular y la soberanía alimentaria con base agroecológica. Un pueblo sin alimentación pierde de capacidad de lucha de construcción de otra sociedad.

2. Nuestra tarea es producir alimentos para los pueblos, recordando que la agricultura campesina es parte del patrimonio de cada país y según la FAO 70% de los alimentos son producidos al nivel local con el modelo campesino. Dentro de eso, debemos colocar la solidaridad como principio fundamental, que lo que produzcamos lo pongamos al servicio de la humanidad.

3. Las y los campesinos, con nuestra agroecología, podemos enfriar el planeta y producir alimentos que son sanos.

4. Hay que dar lugar a las alianzas estratégicas. Tenemos la gran responsabilidad de reconectar el campo con la ciudad. Es fundamental buscar unidad de las acciones que tomamos frente a las múltiples crisis que estamos enfrentando.

Gracias por acompañarnos en estos debates de suma importancia para el mundo, esté pendiente de nuestros próximos conversatorios.

¡Globalicemos la lucha, Globalicemos la Esperanza!

¡VIVA LA REFORMA AGRARIA CUBANA!

CLOC – VIA CAMPESINA                        

¡Viva la Reforma Agraria Cubana!

La Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC), miembro de La Vía Campesina, saludamos a la Asociación Nacional de Agricultores Pequeños en sus 59 años de fundación y celebramos los 61 años de la promulgación de la Primera Ley de Reforma Agraria, ambos aniversarios coincidiendo este 17 de mayo. Con la firma del comandante Fidel Castro, la reforma agraria sellaba la consolidación del primer territorio liberado de América Latina, Cuba revolucionaria.

Nos orgullece que nuestra Cuba siga siendo la estrella de la dignidad rebelde. En el contexto actual de la pandemia, el trabajo humanista de la Brigada Internacional Henry Reeve no solamente es un ejemplo de heroísmo y altruismo, sino también la labor de estos médicos y enfermeras especializadas está salvando innumerables vidas en dos docenas de países. Hoy, que tantos pueblos en el mundo entero, incluyendo a los más fuertes países capitalistas, están sufriendo las trágicas consecuencias de las políticas neoliberales, el pueblo cubano está escribiendo una vez más la poesía de la historia con sus consecuentes obras de solidaridad e internacionalismo. 

A la vez que celebramos con el campesinado cubano las fortalezas de su revolución, expresamos nuestro enérgico rechazo a las agresiones terroristas a la Embajada de Cuba en Estados Unidos y la fragrante falta de transparencia acerca de las circunstancias del ataque con un fusil de asalto. ¿Cuántas veces se repetirá la escena de doble moral, en que Estados Unidos ignora e incluso incita a la violencia terrorista contra Cuba que se gestiona desde su territorio?

Rechazamos la política hostil y agresiva del Gobierno de Estados Unidos contra Cuba y apoyamos la justa demanda del pueblo cubano y su Gobierno para que se aclare este gravísimo hecho a su sede diplomática en Washington y se sancionen los culpables. Los tiempos que vivimos son de solidaridad y cooperación, no de guerras, bloqueos y agresiones.

Nosotros campesinas y campesinos, indígenas, pescadores, trabajadores migrantes y otros trabajadores del campo organizados en la CLOC ratificamos nuestra solidaridad con la Revolución Cubana y convocamos a todas las fuerzas de progresistas del mundo a pronunciarse solidariamente con el pueblo cubano. ¡Cuba no está sola!

Managua, Nicaragua a los 15 días del mes de mayo de 2020

¡Globalicemos la lucha, Globalicemos la esperanza!

Secretaria Operativa
CLOC- Vía Campesina

brasil

Comités Territoriales de Solidaridad: La Propuesta Organizativa del MPA Brasil Frente al COVID-19

Comités Territoriales de Solidaridad: conozca la propuesta organizativa del MPA Brasil para enfrentar la crisis social y sanitaria causada por el COVID-19

Una de las formas de organización de la campaña es la formación de Comités Territoriales de Solidaridad, formados por los movimientos sociales del campo y de la ciudad que realizan la distribución de donaciones de alimentos agroecológicos, fortaleciendo los procesos organizativos de los territorios.

En la época de COVID-19, un conjunto diverso de organizaciones de la sociedad civil ha iniciado campañas de recolección de alimentos. Incluso empresas que tienen prácticas depredadoras en relación con la vida humana han aprovechado el momento de vulnerabilidad social para diseñar campañas caritativas.

Sin embargo, estas campañas refuerzan la bioprogramación alimentaria de las poblaciones donando productos industrializados y procesados, y ayudan en última instancia la distribución de mercancías del agronegocio en este momento de la crisis. Pero además, estas acciones ocultan la responsabilidad del Estado de llevar a cabo un Plan de Cosecha de Emergencia que, pueda de hecho, mitigar a nivel nacional el problema del hambre en Brasil.

En oposición a este tipo de iniciativas, el MPA ha unido esfuerzos para promover a nivel nacional los Comités Territoriales de Solidaridad, que organizan al pueblo poniendo en marcha las Mingas contra el Hambre (Mutirão contra a Fome). Una iniciativa que satisface las necesidades de la población al mismo tiempo que estimula valores de solidaridad de clase y organización popular.

Por lo tanto, se espera que, “además de garantizar la distribución de alimentos agroecológicos, se creen espacios de diálogo y debates políticos mediante el fortalecimiento de los procesos organizativos entre los movimientos sociales y territoriales del campo y la ciudad. Después de todo, el significado de nuestra solidaridad no es donar lo que nos sobra, sino donar lo que también necesitaríamos. ¡Es hora de reflexionar sobre lo que es la solidaridad! Nuestra tarea principal es la lucha por la vida», destaca la coordinadora nacional de la MPA, Rafaela Alves

Los comités están formados por grupos de militantes y activistas que organizan la distribución de alimentos en ciertos territorios y busca consolidar el vínculo y la unidad entre organizaciones, permitiendo la construcción de acciones permanentes durante todo el tiempo de aislamiento social.

En este sentido, más que una acción puntual de donación de alimentos, las iniciativas fortalecen espacios de encuentro, debate y aproximación. Según la coordinadora estatal del MPA de Río de Janeiro, Leile Teixeira, los Comités de Solidaridad pueden tomar diferentes formas y organizarse en los más diversos lugares, adaptándose a la realidad de cada territorio.

«Pueden y deben expresar la diversidad de experiencias organizativas de cada territorio y región. En lugares donde ya hay acciones de movimientos e instituciones, el MPA fortalece y apoya las actividades locales. Después de todo, quien está en el territorio es quien sabe y puede indicar las familias de mayor vulnerabilidad. Son las personas que se conocen, que saben cuáles son las condiciones de vida, saben quién está desempleado y necesita de estos alimentos», destaca la Coordinadora Estatal de la MPA en Río de Janeiro, Leile Teixeira.

Otra dimensión del Comité es la de la comunicación, se está dando una gran batalla de ideas, y por eso los comités presentan, explícitamente, la perspectiva y el proyecto político del MPA.

Max Alvim, cineasta, refuerza que «el significado político de las acciones de los comités debe llegar a los corazones y mentes del mayor número de brasileñas y brasileños. Necesita llegar con mensajes claros y propositivos para la construcción del país más justo por el que estamos luchando, y esta lucha debe ser conocida».

En este sentido, cuando la comunicación no llega a través de las redes sociales, el MPA busca crear otras estrategias comunicativas y hacer que las ideas del proyecto lleguen junto con la alimentación. «Necesitamos construir las formas más diversas posibles, y construir esto creativamente. Donde no podemos llegar con el texto escrito, debemos producir teatros grabados, hacer poemas, articular a través de comités locales o el internet compartido. Comunicarnos con aquellos que saben leer, con los que no saben, crear idiomas para comunicarnos con todos aquellos que necesitan recibir nuestro mensaje. La alimentación es la base de nuestra comunicación», comenta Rafaela.

La alimentación y las ideas de un proyecto popular para Brasil son parte de lo que el MPA pretende consolidar con la campaña de Minga contra el Hambre, a través de los Comités Territoriales de Abastecimiento.

El Sindicato de Petroleros, el Movimiento de Trabajadores sin Techo, Comisiones Pastorales, Asociaciones de Vecinas y Vecinos, la Coordinación de Servicios Ecuménicos (CESE), y el Sindicato de Profesores de Instituciones Federales de Educación Superior de Bahía (APUB), son algunas de las organizaciones que ya se han unido a este proyecto del MPA, asegurando una salida colectiva al proyecto de hambre que azota las periferias urbanas de Brasil.

Además, la construcción de este Sistema Popular de Abastecimiento de Alimentos ha mejorado y ampliado la distribución de alimentos de los agricultores que han sufrido el declive de las ferias, fortaleciendo la transición agroecológica de las unidades de producción.

¡Ni caridad ni venganza, es lucha popular organizada!

POR: Bruna Távora y Victoria dos Santos, Brigada de Comunicación Popular de MPA-RJ

FOTO: Colectivo de Comunicación MPA-RJ

Conversatorio: Propuesta de la CLOC-Vía Campesina frente a la Pandemia

La Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC-Vía Campesina) ha venido desarrollando distintos conversatorios de manera virtual. El anterior se realizó en conmemoración al 1 de mayo. Esta vez el tema que nos juntó nuevamente el 08 de mayo fue para realizar un análisis de la crisis que hay en América Latina y el mundo y sobre las propuestas que tiene la CLOC-Vía Campesina frente a la pandemia, moderado por la compañera Nury Martínez del Federación Nacional Sindical Unitaria Agropecuaria FENSUAGRO – Colombia.

Participaron en este espacio las compañeras Francisca Rodríguez (Asociación Nacional de Mujeres Rurales e Indígenas ANAMURI – Chile), Yasmin López (Consejo para el Desarrollo Integral de la Mujer Campesina CODIMCA – Honduras), y Rilma Román (Asociación Nacional de Agricultores Pequeños ANAP – Cuba). También participó como invitado Lolo López (Central Independiente de Obreros Agrícolas y Campesinos CIOAC – México).

Yasmin López, CODIMCA Honduras, mencionó que la crisis actual agudiza los problemas sociales en los países creados por el sistema neoliberal que ha venido privatizando sistemas de salud, educación y bienes comunes como la tierra. Muchas personas han perdido sus trabajos, hay despojos de pueblos originarios y campesinos, y los gobiernos como Honduras, El Salvador y Guatemala están aprovechando de la crisis para violar derechos humanos y acabar con el movimiento campesino; por ejemplo en el caso de Honduras está aprobado un nuevo código penal que quita la libertad de expresión y manifestación del pueblo.

A la misma vez, en los países hay un efecto más fuerte hacia las mujeres campesinas, un aumento de trabajo, empeoramiento de salud mental y aumento de la violencia domestica. Frente a esta situación, las mujeres no paran; hacen denuncias, siguen produciendo alimentos y trabajando modelos de salud comunitaria y usando medicinas tradicionales. Exigen un reconocimiento de la mujer campesina en el trabajo productivo y reproductivo y la reactivación de la campaña No Violencia Hacia las Mujeres de la CLOC-Vía Campesina, recalcó.

Desde México, Lolo López de la CIOAC, compartió varias cifras del caso de México. La pandemia ha traído un impacto negativo económico preocupante, con muchos despidos de empleados (sobre todo de las grandes empresas). Esto ha afectado el sector agrícola, con un aumento en el precio de los insumos y se pronostica una caída en la producción de granos básicos, un área donde México todavía tiene poco autosuficiencia alimentaria. Las organizaciones campesinas en este contexto están planteando mas dialogo con el gobierno para lograr un reconocimiento de las organizaciones sociales y campesinas, el fortalecimiento de mercados locales del productor al consumidor, la producción de alimentos sanos y nutritivos con la agroecología, y acceso a tierra para jóvenes.

Rilma Román de la ANAP compartió que Cuba, a pesar del criminal bloqueo de Estados Unidos, ha demostrado ser solidario, enviando más que 25 brigadas internacionalistas de salud por todo el mundo. En este país caribeño, las y los campesinos se han mantenido trabajando en la producción de alimentos sanos para el pueblo con el apoyo del Ministerio de Agricultura. Han optado por la siembra de cultivos de ciclos cortos, siembras con sistemas de riego, por sembrar todas las aéreas con semillas propias de las y los campesinos y por supuesto que está garantizada la comercialización de toda la producción.

Recalcó que Cuba, la luz que ilumina América Latina, está preparado para enfrentar la crisis de la pandemia con la construcción de soberanía alimentaria. Francisca Rodríguez, ANAMURI Chile, finalizó el panel expresando que actualmente el continente se debate entre el miedo y la esperanza. La CLOC-Vía Campesina sigue siendo la esperanza. Aquella consigna histórica del movimiento campesino mundial “Globalicemos la Lucha, Globalicemos la Esperanza” en esta coyuntura de pandemia recobra mayor fuerza y la población ahora está mirando hacia el campo y nos espera para una solución.

Las propuestas de la CLOC-Vía Campesina no son nuevas: la reforma agraria popular e integral, la soberanía alimentaria, derechos de los pueblos, etc. No podemos dejar que el capital aproveche y salga mas fortalecido después de la crisis. A pesar de la pandemia, los campesinos están haciendo el esfuerzo para salir de sus casas para producir alimentos. Es fundamental articular las nuevas políticas agrícolas que apoyan a los campesinos, fortalecer el movimiento campesino, y llamar a la unidad de los pueblos.

Leer en detalle las propuestas de la CLOC:

1. “Volver al campo”: https://viacampesina.org/es/cloc-via-…

2. Comunicado: los desafíos durante y después de la pandemia: http://www.cloc-viacampesina.net/noti…

cuba

Comunicado: ¡Cuba no está sola!

La Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC), la expresión de La Vía Campesina en América Latina y el Caribe, condenamos el acto terrorista efectuado la madrugada del 30 de abril pasado, por un individuo armado con un fusil de asalto contra la Embajada de Cuba en Estados Unidos.

Cuba es un ejemplo de que otro mundo mejor es posible: su sistema socialista es el modelo alternativo al neoliberalismo imperante en muchos países de nuestro continente, coopera con otros pueblos, es internacionalista, se respetan los derechos humanos de todos por igual, el pueblo cubano está estrechamente unido con su Gobierno, a pesar de todas las trabas y obstáculos que les impone las incesantes agresiones y el injusto bloqueo del Gobierno de Estados Unidos. Cuba resiste victoriosamente y avanza en su desarrollo. ¡Eso molesta al imperio! ¡Eso molesta a Trump y su camarilla!  Y ellos incitan al odio, estimulan la violencia y apelan a cualquier recurso para tratar de empañar el brillo que emana para todos la Revolución Cubana.

Rechazamos esta política hostil y agresiva del Gobierno de Estados Unidos contra Cuba y apoyamos la justa demanda del pueblo cubano y su Gobierno para que se aclare este gravísimo hecho a su sede diplomática en Washington y se sancionen los culpables, que se respete su soberanía, cesen las agresiones  y el injusto e inhumano bloqueo. 

Los tiempos que vivimos son de solidaridad y cooperación, no de guerras y conflictos. Hacemos un llamado a preservar la paz y la hermandad.

Nosotros campesinas y campesinos, indígenas, pescadores,  trabajadores migrantes  y otros trabajadores del campo organizados en la CLOC ratificamos nuestra solidaridad con la Revolución Cubana y convocamos a todas las fuerzas de progresistas del mundo a pronunciarse solidariamente con el pueblo cubano. ¡Cuba no está sola!

Managua, Nicaragua a los dos días del mes de mayo de 2020

¡Globalicemos la lucha, Globalicemos la esperanza!

Secretaria Operativa
CLOC- Vía Campesina

Conversatorio de la CLOC-LVC: La Clase Trabajadora Luchando por Sus Derechos Laborales y Su Vida

El jueves 30 de abril, en el marco del 1ro de Mayo, Día Internacional de las y los Trabajadores, se desarrolló el Conversatorio de la CLOC-LVC “La Clase Trabajadora Luchando por Sus Derechos Laborales y Su Vida”, con la moderación de Fausto Torrez de la ATC Nicaragua y Secretaría Operativa de la CLOC-Vía Campesina. Durante el panel, Nury Martínez de FENSUAGRO Colombia, resaltó la situación precaria que enfrenta actualmente los trabajadores de salud, pero también las y los campesinos que suministran el pueblo.

El campesino tiene que ser considerado como trabajador y merece condiciones dignas de trabajo; sin embargo, lo que ha ocurrido durante la crisis del coronavirus es mas criminalización de los campesinos y por eso hay que exigir la implementación de la Declaración de los Derechos Campesinos, dijo. Edgardo García de la ATC Nicaragua, recordó el legado del Comandante Tomás Borge Martínez y el 8º aniversario de su paso a la inmortalidad, recordando que el Comandante siempre era una persona que entendía que un verdadero revolucionario siempre está al lado de los trabajadores; y él hizo el mensaje a la izquierda de no caernos en el engaño del financiamiento imperialista y también de nunca rendirnos; hay que siempre estar al lado de la clase trabajadora, luchando por los derechos de los trabajadores y los campesinos.

Islanda Aduel de TET-KOLE Haití, habló en nombre de la juventud que hace parte de la CLOC-Vía Campesina, exigiendo la importancia del estudio de Marxismo. Dijo que tenemos que aprender de Marx de que el proletariado de todos los países tiene que luchar juntos, incluyendo los campesinos, migrantes, y jóvenes.

José Agualsaca Guamán, de la Confederación de Pueblos y Organizaciones Indígenas Campesinos del Ecuador – FEI Ecuador, cumplió el panel con el mensaje que este primero de mayo es un encuentro muy importante, porque estamos viendo el colapso del sistema capitalista neoliberal, Ecuador siendo el primer ejemplo que ahora está siendo gobernado por empresarios y banqueros y adoptando paquetes del FMI. Hizo el llamado a los partidos políticos de la izquierda de volver a los sectores populares y a los trabajadores. ¡Desde nuestros territorios unidad, lucha y resistencia por el socialismo y la soberanía de los pueblos!