Nicaragua: Impulsado por la CLOC Via Campesina se realiza encuentro internacional «Por la justicia climática»

Nicaragua es sede del encuentro “Por la Justicia Climática” impulsado por la Vía Campesina, en el que buscan desarrollar radicales transformaciones en agricultura que ayuden hacer frente al cambio climático, en favor de los trabajadores de la tierra y del agua.

Entre los participantes están Carlos Marentes, de la región de norteamericana, Nury Martínez, de Sudamérica, Jean Bautista de la región del Caribe, Silvia Ribeiro, del movimiento progresista académico de la lucha ambiental y en Centroamérica.

«Son treinta y cinco delegados internacionales y diez de Nicaragua, quienes abordarán temas que tienen que ver con no envenenar el agua, proteger los bosques, aprovechar la energía natural y proteger la salud», dijo Edgardo García, representante de Centroamérica.

La representante de Sudamérica, Nury Martínez, dijo que hay que respetar la soberanía alimentaria, ya que es un derecho de todos.

«Los campesinos del mundo deben producir alimentos de forma adecuada, para ello se necesita una reforma agraria integral».

Está organización condenó la intervención que han hecho algunos países, ante la situación política que ha vivido Nicaragua, producto del intento de golpe que ejecutaron a inicios de abril.

Carlos Marentes, representante de América del Norte, habló sobre los miles de inmigrantes y refugiados que han sido expulsados de sus comunidades a consecuencia de la crisis climática.

El representante de los países del Caribe, Chavannes Jean Baptiste, dijo que esperan «reflexionar sobre el papel de las organizaciones campesinas para defender la naturaleza, la cultura campesina y agroecológica porque hoy el planeta está en peligro. Queremos mirar cuáles son las estrategias para defender al medio ambiente a nivel internacional».

Silvia Ribeiro, de Brasil, indicó que la agricultura campesina es fundamental para combatir el cambio climático.

«La siembra con agroquímicos es uno de los grandes problemas que no se está tomando en cuenta para enfrentar el cambio climático, que genera sequía, intensas lluvias y enfermedades como el cáncer».

Recordó que «son empresas, en su mayoría petroleras, las que plantean que en lugar de ver las causas del cambio climático vamos a arreglarlo con tecnologías o soluciones de mercado, pero no es ese el camino».

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Brasil: Grevistas de fome chegam ao 23º dia de resistência

Os militantes em Greve de Fome completam 23 dias de resistência na luta por justiça no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (22). A solidariedade aos grevistas ganhou forte adesão dos movimentos populares do campo e da cidade. Entre as reivindicações apresentadas, os grevistas cobram a inclusão na pauta de votações do STF as ADCs, 43, 44 e 54, que questionam a constitucionalidade da prisão de condenados em 2ª instância. Conforme prevê a lei, nenhum brasileiro pode ser preso ou ter seus direitos políticos caçados, antes que sejam julgados todos os recursos.

Na manhã do 23º dia de greve, o ex-ministro José Dirceu, fez uma visita de apoio e solidariedade aos sete grevistas – Frei Sérgio Görgen e Rafaela Alves (do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA), Luiz Gonzdo aga, o Gegê (da Central dos Movimentos Populares – CMP), Jaime Amorim, Zonália Santos e Vilmar Pacífico (do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST) e Leonardo Soares (do Levante Popular da Juventude).

Em seguida, o pastor evangélico Ariovaldo Ramos, da Comunidade Evangélica Cristã Reformada e líder da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, também ressaltou seu total apoio ao ato dos grevistas. Ariovaldo Ramos leu um trecho do Sermão da Montanha – localizado no evangelho de Mateus 5 – onde o próprio Jesus Cristo disse que são bem-aventurados “os que têm fome e sede de justiça” (Mateus 5:1) e os “perseguidos por causa da justiça” (Mateus 5:10).

“Percebo que essa fome e sede de justiça que vocês têm os levou a se sacrificar, em busca de uma resposta para um povo sofrido. O que vocês estão fazendo é um grito por justiça, liberdade e retomada da democracia. O que acontece hoje com o presidente Lula é uma agressão a todo o povo pobre brasileiro que não tem como se defender. E quando se percebe que o judiciário está tomando decisões ao arrepio da lei, fica a convicção de que não tem saída para o pobre, para o camponês e o proletário, porque não há fidelidade da justiça à lei”, lamentou Ariovaldo Ramos.

O gesto extremo dos grevistas também alcançou repercussão junto aos ministros do STF. Após terem sido recebidos pelo ministro Ricardo Lewandowski e ter um representante presente em diálogo de organizações – sociais, artísticas e intelectuais – com a presidenta do STF, Cármen Lúcia, os grevistas foram recebidos neste 23º dia de greve pela ministra Rosa Weber em seu gabinete. A exceção foi a grevista Zonália Santos, que na noite anterior teve complicações em seu quadro de saúde e foi aconselhada a ficar em repouso. Segundo porta-vozes, a ministra Rosa Weber ouviu atentamente as considerações dos militantes. E, apesar dos grevistas já terem reforçado o pedido para serem recebidos pelo ministro Luis Barrosos anteriormente, foi a chefe de gabinete do ministro, Renata Saraiva, que recebeu os grevistas na antessala do gabinete e acolheu os pleitos apresentados nesta quarta-feira (22). No entanto, os militantes fortaleceram a necessidade do diálogo com o ministro Barroso. 

No início da noite, foi realizado o ato inter-religioso em frente ao STF para consolidar as atividades do 23º dia da Greve de Fome. Excepcionalmente, o ato aconteceu sem a presença dos grevistas que estavam reunidos, no mesmo momento, com a ministra Rosa Weber e a chefia do gabinete do ministro Luis Barroso. Dentro do STF, a articulação seguiu intensa, enquanto do lado de fora a palavra de ordem seguia aguerrida por democracia e justiça. 

O Frei Wilson Zanatta, Capuchinho, e o Reverendo Luis Sabanay, da Igreja Presbiteriana, conduziram o ato inter-religioso em frente ao STF enquanto os grevistas estavam reunidos com a ministra Rosa Weber e destacaram que a palavra de Deus celebra a vida dos oprimidos. “Que a vida dos pobres seja clareada por Deus e que os homens injustos tenham coração mole para que possam fazer justiça para tanta gente que vive em sofrimento”, pontuou. 

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Ferreira dos Santos, participou do ato para expressar total apoio dos militantes que defendem o Sistema Único de Saúde (SUS), que segundo ele, foi uma importante conquista do povo brasileiro. “É preciso respeitar a soberania da vontade popular, expressada nas pesquisas, em que o Lula tem a maioria dos votos para presidente. Por isso, só existe um caminho, ele é Lula Livre. Essa luta dos grevistas representa a defesa da democracia. Neste tempo em que estamos vivendo, dois elementos são fundamentais: a defesa da vida e da democracia”, ratificou. 

No ato, a professora Cátia Garcia, que trabalha no sistema prisional brasileiro, declamou o poema «Hoje eu durmo no cárcere», que retrata a trajetória do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e as conquistas que ele proporcionou ao país no período de sua gestão. A leitura também trouxe reflexão sobre a denúncia da prisão ilegítima de Lula.

A professora aposentada, Dina Marilene, relatou que todos os dias ao passar pela Esplanada, a caminho da faculdade dos seus filhos, relembra a luta do ex-presidente Lula para transformar o Brasil e pede misericórdia à Deus. “Entre as lutas de Lula, ele só queria que nós, brasileiros, tivéssemos três refeições ao dia. Por isso, neste ato por justiça no STF ressalto a palavra de Isaías 40:31 que fala “…os que esperam no senhor renovarão as suas forças”. Essa é a minha esperança, porque hoje nós sabemos quem são os inimigos do nosso país. Vamos acreditar e tomar as ruas novamente. Acompanhei a luta dos grevistas no sétimo dia e hoje estou aqui novamente. Algumas vezes é preciso radicalizar em defesa de uma causa. Nosso país voltou para o mapa da fome e isso não é de Deus”, ressaltou. 

A militante Irene Madeira ratificou que o momento é de ruptura no país. “Precisamos saber qual é o nosso lado. Se os progressistas ganharem essa vitória e preciso ter claro que esse é apenas um passo e, portanto, precisamos seguir na luta. Com a força de todos juntos, vamos em frente”, enfatizou. 

Apoio por justiça no STF

Em vídeo, movimentos Sociais e Sindicais da América Latina expressam sua solidariedade aos grevistas. Além dos amigos da Terra América Latina e Caribe; Sindicatos Globales (Confederação Sindical de Trabalhadores/ as das Américas, ISP Regional Américas, UNI Américas); FES Sindical e Via Campesina. (https://www.youtube.com/watch?v=YFNVKP3R7t4

Paralelo ao ato inter-religioso, militantes e dirigentes de Belo Horizonte/MG se uniram em ato de solidariedade aos grevistas. Manifestantes estiveram reunidos em frente ao Palácio da Justiça, no Centro da capital mineira, para uma vigília e cerimônia religiosa. Com bandeiras, faixas, velas acesas e música, eles demonstraram apoio e respeito aos militantes. 

Por Comunicação a Greve de Fome 
Fotos: Michelle Calazans

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Mil Voces 348 – Radio Mundo Real

RMR
En esta edición de Mil Voces, la diputada uruguaya Lilián Galán (Frente Amplio) y el dirigente Víctor Báez de la Confederación Sindical de Trabajadores/as de las Américas (CSA) cuentan por qué es necesario implementar un Tratado Vinculante de Empresas Transnacionales y Derechos Humanos, en el marco de la actividad organizada por REDES-AT Uruguay, el PIT-CNT y FES Uruguay. Descargar audio

El médico argentino Damián Verzeñassi, declarante en el Tribunal de la Haya contra Monsanto, analizó el fallo contra esa corporación del veneno, luego de que un jardinero estadounidense le ganara una demanda por los daños que el glifosato causó en su salud.

Desde Valparaíso (Chile), Alicia Muñoz nos detalla los motivos de la Asamblea y Marcha de trabajadoras temporeras agrícolas integradas a la Asociación Nacional de Mujeres Rurales e Indígenas (ANAMURI) realizaron en esa ciudad este 23 de agosto.

Marcha ANAMURI 23/08/18

Recordamos que continúa la Huelga de Hambre de luchadores y luchadoras populares del Brasil que piden la libertad de Lula Da Silva y denuncian la situación de miseria que viven en el país. Pueden seguir nuestra cobertura de la huelga aquí.

Y repasamos los principales puntos de la conferencia de prensa que el COPINH dio esta semana para denunciar que el Ministerio Público Fiscal informó que no ha analizado las pruebas que tiene para juzgar a ocho imputados por el crimen de Berta Cáceres, a tres semanas de comenzar el juicio oral y público por el femicidio de la defensora.

Noticias y comentarios al compás de la cantaora catalana Rosalía.

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Brasil: Zonalia Ferreira: mãe e avó em greve de fome pela liberdade de Lula

Conheça uma das seis manifestantes que estão em greve de fome em defesa da democracia e do Brasil

Única representante da região Norte entre os seis militantes que entraram em greve de fome nesta terça-feira (31), Zonalia Neres dos Santos Ferreira nasceu no Mato Grosso do Sul, mas vive em Rondônia há mais de 30 anos. 

“Eu nasci em Mato Grosso do Sul e moro em Rondônia. Sou camponesa e filha de camponês nordestino. Eu fui para Rondônia em 1987. Estou na luta junto ao MST desde os anos 90. Eu sempre fui camponesa. No Mato Grosso do Sul, os fazendeiros foram imprensando até que meu pai teve que vender o restinho de terra que a gente tinha”, diz.

Logo após ir para Rondônia atrás de um lugar para viver e trabalhar, a família de Zonalia foi tomada pela “frustração”. Na madrugada entre os dias 24 e 25 de julho de 1990, entretanto, viveu um momento “muito prazeroso”: sua primeira ocupação de terras improdutivas. Após rodar o estado “de despejo em despejo” – quatro no total – ocupou o local onde hoje vive. Depois de dois anos, em 1992, se tornou assentada da reforma agrária. Não seria sua última ocupação, já que continua participando do Movimento até hoje. 

O assentamento Madre Cristina, onde vive, se localiza no município de Ariquemes (RO), um dos mais violentos do país. Historicamente marcada por conflitos fundiários, o local agora vive outras agruras nos últimos anos. Com o fim das obras da hidrelétrica de Santo Antônio, combinado à crise econômica e o desemprego, a região passa por um momento de ainda maior violência social. 

“Rondônia tem muito minério. As empresas já estão entrando. A chegada da soja é muito grande. O enfrentamento com o capital é muito grande. Ariquemes é uma das regiões em que mais morre gente por conta de conflito por terra. Tem também a questão das periferias das cidades: tem aumentado muito o uso de drogas. As praças estão tomadas. E a gente sabe que eles não são os culpados por isso”, afirma. 

Zonalia é mãe de oito filhos e avó de sete netos. Mesmo com a família numerosa, demonstra um desprendimento incomum ao aderir à manifestação. 

“Foi uma opção minha vir para a greve de fome. Meus netos e filhos são assentados e tem a terra para produzir. Minha preocupação é pelos outros que não têm. Não é filho e neto de sangue mas é filho do mesmo jeito: todos os brasileiros, né? Jovens, crianças. Isso também é minha família. É esse povo que estou defendendo nessa luta”, afirma. 

O perfil de Zonalia é o primeiro de uma série que o Brasil de Fato produzirá sobre todos os participantes da greve de fome pela liberdade de Lula. 

Edição: Juca Guimarães

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Haití: Declaración de la CLOC – Via Campesina, movimientos sociales y Alba capítulo nacional ante el encarcelamiento de Lula da Silva

La Escuela de Formación Política Charlemagne Peralte, los Movimientos sociales del capítulo ALBA-Haití y de la CLOC -Vía Campesina-Haití, enviamos un saludo con fuerza y coraje a los movimientos sociales de Brasil en la lucha que desarrollan cada día para exigir la liberación del ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Levantamos nuestros puños bien en alto para apoyar la lucha de la clase trabajadora brasilera que pelea por esa reivindicación. La prisión de Lula es una estrategia de la derecha retrógrada que actúa bajo los intereses imperialistas, principalmente de los Estados Unidos. Las organizaciones haitianas que luchamos por acabar con el sistema de dominación, explotación y exclusión de las masas populares, declaramos:

  • El encarcelamiento de Lula es una operación política de la derecha para impedir que la lucha por la democracia popular avance en Brasil.
  • Todas las mentiras que la prensa dominante hace sobre las espaldas de Lula no tienen ningún fundamento ni prueba. Por el contrario, son una maniobra de los países imperialistas para impedir la emancipación y la lucha popular en América Latina.

Decidimos ponernos de pie junto a toda forma de resistencia para la liberación del líder político del pueblo brasilero. Por esto, los movimientos sociales del ALBA y la Vía Campesina hemos realizado una movilización para solidarizarnos con la clase trabajadora brasilera y pedir a la justicia por la liberación de Lula.

¡GLOBALICEMOS LA LUCHA!

¡GLOBALICEMOS LA ESPERANZA!

¡LOS PUEBLOS QUE LUCHAN JAMAS PERDERÁN LA BATALLA!

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Paraguay: Carta de Solidaridad de la CLOC LVC Sudamerica con los huelguistas brasileños contra el Hambre y por la Libertad de Lula

Reunidos en Paraguay, de 16 a 19 de agosto de 2018, en el encuentro orgánico de la CLOC- LVC Sudamérica, representantes de distintos países, de Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Ecuador, Paraguay, Perú, Uruguay y Venezuela.

Queremos expresar nuestra más profunda solidaridad y decir que no están solos, desde nuestros territorios de lucha y resistencia, estamos con Uds., seguimos acompañando y denunciando el Golpe en Brasil. Que se profundiza con el intento de sacar al expresidente Luis Inácio Lula da Silva de las elecciones de octubre de este año. Al cual el comité de Derechos Humanos de la ONU, ya se pronunció por la garantía del derecho de Lula a ser candidato para ai resguardar los derechos políticos. No en tanto la justicia brasileira nada ha hecho para cumplir con la determinación del órgano al que Brasil suscribe. ¡Nos preocupa mucho la situación de las 2 compañeras y los 5 compañeros que se encuentran ya entrando a 20 días de la huelga de hambre con una firme decisión de ofrecer su propia vida em la defensa de la vida de millones!

La huelga de hambre a que los camaradas se están sometiendo, es por la vuelta a la democracia en Brasil, por la libertad y el derecho de Lula de ser candidato, esta es la más profunda forma de expresar la preocupación con su pueblo, con la vuelta del hambre en su país, el aumento de desempleo, la violencia; y con este acto de amor que un acto pacifico, pero radical por donar sus vidas por el amor a su pueblo.

Exigimos a la Corte Suprema de Brasil coloque la votación de la Declaración de Constitucionalidad (ADC) que podrá garantizar la prerrogativa de la constitución que garantice la libertad de todo Brasilero, con presunción de inocencia, antes de ser juzgado em última instancia.

Mucha Fuerza Camaradas, reciban nuestro abrazo, ¡solidario y revolucionario!

¡Vuestro ejemplo y determinación nos inspiran a seguir firme em la lucha y nos hace reafirmar nuestra consigna “¡Contra la ofensiva del capital y el Imperio, América Unida sigue em Lucha!

Paraguay, 19 de agosto de 2018.

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Brasil: 21º Dia da Greve de Fome por Justiça no STF: em resistência a greve continua

Militantes em Greve de Fome por justiça no Supremo Tribunal Federal (STF) chegam ao vigésimo primeiro dia de resistência com forte apoio. Nessa segunda-feira (20), os grevistas receberam, no Centro Cultural de Brasília (CCB) onde estão desde o dia 31 de julho, visitas de representantes de diversos organismos, pastorais e entidades, e no fim do dia realizaram ato inter-religioso em frente ao STF.

Os grevistas receberam carta de apoio e solidariedades da Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas (CMIR) e a Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina (AMIR). O documento foi assinado pelo Reverendo Chris Ferguson (Secretário Geral) e pelo Reverendo Darío Barolin (Secretário Executivo). 

O vigésimo primeiro dia da Greve de Fome também foi marcado pela visita solidária de representantes da Cáritas Brasileira e do Conselho Nacional do Laicato do Brasil. A visita reforçou a perspectiva da democracia e a luta contra a omissão da justiça praticada na atual conjuntura nacional. Na ocasião, a Cáritas Brasileira entregou uma carta de apoio aos grevistas, fortalecendo assim, a resistência à Greve de Fome. De mãos dadas, os sete militantes em greve se uniram aos visitantes em oração.

O representante da Agência de Solidariedade e Miséria no Brasil, Estefan Cano, também visitou os grevistas para expressar total solidariedade e preocupação aos militantes. “Estamos angustiados com os acontecimentos no Brasil nos últimos dois anos. A greve de fome por democracia e justiça é pautada também no exterior, com forte defesa. Hoje, entregamos um pano da Campanha da Fraternidade 2018 – Fraternidade e superação da violência, realizada em fevereiro deste ano, que tem a figura de dois homens e representa de igual para igual. Além disso, apoiamos o grito da ONU, pelo direito à candidatura de Luís Inácio Lula da Silva”, ressaltou. 

No início da noite, às 18h, foi realizado o ato inter-religioso em frente ao STF para fortalecer a reivindicação por justiça. Mais uma vez, Frei Sérgio Görgen e Rafaela Alves (ambos do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA), Gegê Gonzaga (da Central dos Movimentos Populares – CMP), Zonália Santos e Vilmar Pacífico (ambos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST) e Leonardo Soares (do Levante Popular da Juventude) reforçaram a insensibilidade e ausência de resposta por parte do STF, após o protocolo, no dia 9 de agosto, de 11 pedidos de audiência, com encaminhamento para cada ministro, e o diálogo com o presidente da Casa, Ricardo Lewandowski. O ato inter-religioso reitera a exigência por votação das ações declaratórias de constitucionalidade (ADCs) e revisão do cumprimento de pena após condenação em segunda instância.

No ato, o Frei Wilson Zanatta ratificou que o atual momento de mobilização por transformação social representa o sagrado ao lado do povo, em prol da vida. Para ele, a fé e a vida caminham juntas, não podem se separar. O referendo Luis Sabaray acrescentou: “o clamor é por justiça e democracia. Não podemos permitir que volte à fome e a miséria. Esse ato inter-religioso é de resistência e esperança para transformar o Brasil em um país melhor para todos”. 

A grevista Rafaela Alves, do Movimento dos Pequenos Agricultores, reitera que o momento é de luta e sacrifício até que as grandes transformações sejam conquistadas. “Estamos construindo neste momento difícil da história o reino de Deus, do céu na terra, que é o esforço cotidiano, que se coloca como cristão e cidadão, que assina seu nome nas páginas da história. Falamos de um evangelho vivo, um Deus vivo e de um povo vivo que se dispõe à luta no nível que é necessária. E as vezes é o sacrifício que é necessário. Esperamos seguir firmes na nossa tarefa que é de lutar e ensinar os irmãos à lutarem. E até que conseguimos fazer grandes transformações, nossa tarefa é lutar e morrer feliz porque lutamos até o fim. Sejamos firmes e incansáveis”, completou. 

Após o ato inter-religioso, as atividades do 21º dia de greve por justiça no STF foram encerradas com a visita dos violeiros Zé Mulato e Cassiano, que se apresentaram em apoio ao movimento.

Por Michelle Calazans | CIMI

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Brasil: Ativistas estão há três semanas em greve de fome para denunciar a ruptura democrática, o desrespeito à constituição, o desmonte de políticas públicas e a volta do Brasil ao “mapa da fome”

Sete trabalhadores e trabalhadoras que vem dos quatro cantos do país firmam pé em Brasília, nestes dias de instabilidade política e social. Desde o dia 31 de julho estão em Greve de Fome, pedindo por justiça no Supremo Tribunal Federal. O ato denuncia a situação caótica em que os artífices do golpe – que derrubou a presidenta Dilma Rousseff sem crime e condenou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva sem provas -, colocaram o país. Parlamento, mídia, capital financeiro e setores da justiça são responsabilizados pelos grevistas pela situação de crise econômica, caos político e total descrédito das instituições jurídicas frente a opinião pública.

Fome contra a fome

Homem de fé e luta, Frei Sérgio Görgen, 62 anos, gaúcho, é dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Relembra com indignação os tempos em que era quase uma rotina sepultar crianças que morriam vítimas da desnutrição. “Não podemos admitir que um país como o Brasil corra o risco de retornar ao mapa da fome”. Para ele, os Ministros do STF precisam voltar a ter algum tipo de conexão com a população brasileira. No mesmo sentido se manifesta Rafaela Alves, militante e poeta, através de versos: A situação está extrema / Para onde vai a nação? / Com epidemias, desemprego / Sem saúde, educação / Políticas Sociais extintas / Resta abandono destruição. / Contra negros, jovens, mulheres / A violência só alimenta / Os preços desenfreados / O povo já não aguenta / A mídia segue mentindo / Nossas redes a enfrenta”.
Completando 68 anos em meio à Greve de Fome, Gegê Gonzaga, paraibano radicado em São Paulo, representa a Central dos Movimentos Populares (CMP), tendo uma vida inteira dedicada à luta social: “A resposta precisa começar de baixo pra cima e não de cima para baixo, somente assim o pobre, o trabalhador, o negro, o indígena, o camponês vão ter espaço de representação”. Já a avó-coragem, Zonália Santos, 48 anos, assentada da reforma agraria em Rondônia, não exitou deixar sua a rotina junto dos filhos e netos para agregar a força e a garra da mulher sem-terra na Greve de Fome. “Nós não estamos aqui nos manifestando apenas pelo direito do presidente Lula em ter um julgamento justo, nós estamos manifestando nossa contrariedade com a volta da fome, da miséria da exploração”.

Justiça para quem?

O pernambucano Amorim, 58 anos, dirigente do MST e da Via Campesina, diz que o ato  reafirma sua opção política e coloca em destaque denúncias que tem sido ignoradas pelo poder judiciário, que tem se mostrado subserviente ao grande capital. De baixa estatura, o ativista torna-se um gigante quando pega o microfone para se manifestar. “Passar fome nesta greve é uma opção militante, colocamos nossas vidas aqui para que se possa evitar que milhões de brasileiros e brasileiras passem fome por não ter comida na mesa, passem fome por não ter opção”, afirmou. Também militante do MST, Vilmar Pacífico, 60 anos, veio do Paraná e trouxe consigo sentimentos contraditórios ao seu sobrenome, mostrando a indignação de um povo que enfrenta diariamente a pressão e a agressão por parte das forças do estado. “A justiça deveria servir ao povo, deveria ser o lugar onde pudéssemos nos socorrer, mas a verdade que temos observado a cada dia é que ela também está se prestando ao serviço do capital e virando as costas para aqueles a quem deveria cuidar”.
Por fim, Leonardo Soares, 22 anos, agregado ao grupo em 6 de agosto. Traz o vigor característico do seu movimento, o Levante Popular da Juventude. “Essa greve de fome tem a função de fomentar a participação e a organização do povo”, explicou, acrescentando ainda que a luta que empreendem é por uma causa justa, que aglutina o povo e propõe a organização como ferramenta principal na disputa que se configura no atual processo.

Risco iminente à saúde

Deflagrada no dia 31 de julho, a greve de fome já atinge três semanas sem que nenhum dos grevistas tivesse acesso a qualquer tipo de alimentação. A ingestão que aceitam é apenas de água e soro de reidratação. A equipe de saúde mantém-se em alerta 24 horas por dia, e registra em prontuários a evolução do quadro de cada grevista. Sintomas como dores musculares e cefaleia são constantes, acompanhados pontualmente por queda da pressão arterial, queda da temperatura corporal, desidratação e hipoglicemia. Um dos médicos responsáveis pelo acompanhamento, Ronald Wolff relata a experiência de já ter acompanhado outras três greves de fome, destacando que o período prolongado sem alimentação acarreta riscos severos e imprevisíveis para os sete. Porém, se por um lado os médicos acenam com a possibilidade de interrupção do ato, os grevistas não cogitam essa possibilidade e reafirmam diariamente que seguirão até “as últimas consequências”.

Pauta de reivindicações

Os grevistas são unânimes em apontar que recai sobre os Ministros do STF a responsabilidade pelo agravamento das condições de saúde de cada um deles. Até o momento foram atendidos pela ministra presidente, Carmen Lúcia (que ouviu um dos grevistas), pelo ministro Lewandovski, que recebeu a todos, e pelos funcionários do ministro Gilmar Mendes. Aguardam para os próximos dias a possibilidade de audiências com os demais. Entre os atos públicos realizados estão celebrações inter-religiosas realizadas duas vezes em frente ao prédio onde mora o ministro Edson Fachin, que recebeu ainda ação dos integrantes do Levante Popular da juventude, que estenderam uma faixa na sua via de acesso ao prédio.
O manifesto apresentado pelos grevistas indica que a “opção por esse gesto extremo de luta decorre da situação extrema na qual se encontra nossa Nação, com a fome e as epidemias retornando e o desemprego desgraçando a vida de nosso povo”.  Segundo os grevistas, sua decisão é motivada pela dor e o sofrimento dos brasileiros e brasileiras, porém têm consciência de que o poder Judiciário viola a Constituição e impede o povo de escolher pelo voto, soberanamente, o seu Presidente e o futuro do país.
 

Denúncia, defesa e apelo

Por meio do seu manifesto, os grevistas denunciam a volta da fome, o sofrimento dos mais pobres, o aumento da violência, o abandono de setores públicos essenciais como a saúde e a educação, a volta das epidemias e da mortalidade de crianças. Também expressam sua denúncia frente a volta da carestia, o aumento do preço de produtos básicos (como gás de cozinha, comida e combustíveis). As tentativas de aniquilamento da soberania nacional, através da entrega ao capital estrangeiro de recursos naturais importantes (Amazônia, terras cultiváveis, petróleo, energia, biodiversidade, água e minérios) também estão contempladas, assim como as ações criminosas de privatização do patrimônio público representado pelas empresas estatais essenciais à geração de emprego e ao bem-estar do povo. “Nos indignamos e não aceitamos o sacrifício anunciado de duas gerações: as crianças e os jovens”, expressa o documento.
Por meio do texto, tornado público no dia 31 de julho, quando grevistas e imprensa presente foram agredidos pela polícia judiciária e por seguranças privados que prestam serviço ao STF, reafirmam a defesa do direito do povo escolher livremente – pelo voto – seu próprio destino, elegendo à Presidência o candidato de sua preferência. Defendem a volta da plenitude da democracia e a vigência integral dos direitos fundamentais presentes na Constituição Federal, “hoje negada e pisoteada”. Por fim, apelam aos ministros e ministras do Supremo Tribunal Federal pelo fim das condenações sem crime, das prisões ilegais sem amparo na Constituição e pela libertação imediata do ex-Presidente Lula, para que possa ser votado pelo povo brasileiro.
 

Responsabilidades

– A situação de desespero do povo tem muitas causas – explica Jaime Amorim. “Neste momento, entretanto, os agentes diretos pelo massacre, pela injustiça e pela destruição da Constituição, têm nome e sobrenome: são donos da rede globo, os promotores e juízes que estão nos tribunais em Curitiba e Porto Alegre”, acrescenta, fazendo menção aos irmãos Marinho, o promotor Deltan Dallagnol, o juiz federal e primeira instância Sérgio Moro e os desembargadores da 8ª turma do Tribunal Regional Federal – João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Luis dos Santos  Laus -, bem como o presidente daquela casa, Carlos Eduardo Tompson Flores Lenz, por qualquer intercorrência que venha a acontecer com a saúde dos grevistas. 
Frei Sérgio por sua vez destacou atenção aos ministros do STF que votaram contra a constituição e desestruturaram o direito básico da presunção da inocência, permitindo que pessoas inocentes sejam encarceradas sem direito a um julgamento justo e acesso à todas as instâncias de defesa previstas na carta magna brasileira. “Apelamos aos ministros Luiz Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Alexandre de Moraes para que respeitem a Constituição, garantam o retorno à normalidade democrática, anulem a condenação sem crime do presidente Lula, reponham o direito à presunção de inocência e o direito do povo de escolher seu presidente de forma livre e democrática”. Para Görgen, estes são também responsáveis caso algo grave aconteça aos que estão em greve de fome.
– Essa é uma escolha livre e consciente, onde optamos por passar fome para evitar que nosso povo volte a passar fome por imposição -, acrescenta Gegê Gonzaga. “Tomamos a decisão de iniciar esta Greve de Fome e estamos dispostos a ir até as últimas consequências”, acrescenta. Para o grupo, as decisões dos ministros são condicionantes para o encerramento da greve, atendendo aos clamores da maioria do povo brasileiro.
– Acreditamos no povo brasileiro, nas possibilidades de nossa Nação e temos a firme esperança de que vamos superar este momento grave de nossa história para inaugurar uma nova fase de justiça e fraternidade na vida das brasileiras e dos brasileiros -, finaliza Rafaela Alves.

ADCs podem ser decisivas

Existem pelo menos três Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) no Supremo Tribunal Federal (STF). As ações questionam a jurisprudência da Corte sobre a execução provisória da pena (prisão) após a condenação em segunda instância. Para o STF, um condenado em segundo grau deve já começar a cumprir pena antes do término do trânsito em julgado, o que fere a Constituição Federal. Os grevistas têm reiterado que caso a ministra presidente Carmen Lúcia coloque as ADCs em pauta – o que já poderia ter feito há bastante tempo – poderão considerar a hipótese de encerrar a greve. Foi com essa jurisprudência que o STF negou ao ex-presidente Lula, pedidos de habeas corpus preventivos – o que permitiu que sua pena começasse a ser executada antes do término do trânsito em julgado, cerceando a presunção de inocência ao maior líder popular do país, bem como a dezenas de milhares de outros homens e mulheres que podem estar presos indevidamente em decorrência deste entendimento. Caso o STF julgue as Ações Declaratórias e mude seu entendimento sobre prisão após condenação em segunda instância, Lula deverá ser libertado.

Decisão da ONU

Os grevistas de fome também estão atentos para outro fator que poderá dar uma guinada à situação. Trata-se da concessão de liminar emitida pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), acolhendo pedido da defesa do ex-presidente Lula, determinando ao Estado Brasileiro que “tome todas as medidas necessárias para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido político” e, também, para “não impedir que o autor [Lula] concorra nas eleições presidenciais de 2018 até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final”.
A decisão reconhece a existência de violação ao artigo 25 do Pacto de Direitos Civis da ONU e a ocorrência de danos irreparáveis a Lula na tentativa de impedi-lo de concorrer nas eleições presidenciais ou de negar-lhe acesso irrestrito à imprensa ou a membros de sua coligação política durante a campanha. Por meio do Decreto Legislativo 311 o Brasil incorporou ao ordenamento jurídico pátrio o Protocolo Facultativo que reconhece a jurisdição do Comitê de Direitos Humanos da ONU e a obrigatoriedade de suas decisões. 
Os advogados Valeska Teixeira Zanin Martins e Cristiano Zanin Martins – responsáveis pela defesa do ex-presidente – expressaram em nota que “diante dessa «nova decisão, nenhum órgão do Estado Brasileiro poderá apresentar qualquer obstáculo para que o ex-Presidente Lula possa concorrer nas eleições presidenciais de 2018 até a existência de decisão transitada em julgado em um processo justo, assim como será necessário franquear a ele acesso irrestrito à imprensa e aos membros de sua coligação política durante a campanha”. 

Informações para imprensa:

(61) 999 964 391 (49) 99160 5897 – Adi | MPA
(11) 948 172 567 – Neudi | MAB

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Paraguay: Solidaridad de Conamuri con los huelguistas en Brasil contra el Hambre y por la libertad de Lula

Desde la Organización de Mujeres Campesinas e Indígenas Conamuri manifestamos nuestra solidaridad con las y los huelguistas que se encuentran desde el 31 de julio asumiendo una medida de protesta que pone en riesgo sus vidas, pero que a la vez es la expresión supina del deseo de justicia y libertad para con el compañero presidente Lula da Silva.

Nos sumamos al reclamo de las compañeras y los compañeros, integrantes de movimientos populares de Brasil, dirigido al Supremo Tribunal Federal, convencidas de que el encarcelamiento de Lula forma parte de una macabra red tejida por la oligarquía para frenar su regreso a la presidencia del Brasil.

Desde Paraguay extendemos nuestro abrazo solidario al pueblo brasileño que quiere decidir su destino de emancipación lejos de la mafia incrustada en la estructura de los poderes fácticos. La historia paraguaya contemporánea también está dolida por la existencia de presos políticos, presos de conciencia y presos de la Reforma Agraria, que han tenido que ceder el bien más valioso de un ser humano después de la vida, que es su libertad, por no doblegar su espíritu ni dejar que nada haga mella sobre sus convicciones políticas.

En esta mala hora de la historia de Latinoamérica, donde hay presos por luchar, donde hay asesinato impune de dirigentes políticos, necesitamos fortalecer la solidaridad internacionalista para hacer frente a la criminalización de las luchas sociales.

¡No pasarán!

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Venezuela: Provocaciones militares desde Colombia, nueva fase de agresiones – Nota Análisis CRBZ

Según el patrón reciente del conflicto político en Venezuela, cobra relevancia nuevamente el frente internacional, ante la incapacidad de la oposición local venezolana por inclinar la balanza a su favor, bien sea capitalizando el descontento popular, logrando el quiebre de la unidad de la Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB) o por la vía de la violencia abierta, como lo evidenció el reciente fracaso en el intento de asesinar al presidente Nicolás Maduro.

En este contexto se da la gira del Secretario de Defensa de EEUU James Mattis, el principal jefe militar del imperialismo estadounidense, por América Latina para visitar Brasil, Argentina, Chile y Colombia. Otros hechos recientes se inscriben también en la reactivación del frente internacional: 1) El planteamiento del gobierno colombiano de retirarse de UNASUR, 2) Una institución ilegal e ilegítima que pretende sustituir al Estado venezolano constitucional y legal, como el falso Tribunal Supremo de Justicia, sentencia al presidente Nicolás Maduro y dicta una espuria orden de captura en su contra.

La gira de Mattis es la tercera de funcionarios del más alto gobierno de EEUU en lo que va de año: primero fue el Secretario de Estado y después el Vicepresidente. En todos los casos, en las sesiones de trabajo con los gobiernos latinoamericanos se trataron temas no solo económicos sino también de cooperación militar, y en todos estuvo el tema de Venezuela presente en la agenda, siempre encubierto bajo el disfraz de la preocupación por la ausencia de democracia, por la migración de venezolanos(as) y por la supuesta crisis humanitaria venezolana.

Otro tema que ocupó la agenda fue el tratamiento de China y Rusia, aliados políticos y comerciales de Venezuela, como amenzas para la paz y la estabilidad del continente, lo que deja claro que la gira se enmarca en la disputa geopolítica global entre EEUU y otras potencias económicas y militares. Un hecho queda nuevamente a la luz: la injerencia de EEUU contra Venezuela tiene como marco el conflito geopolítico global por la disputa de los mercados, las reservas energéticas, las riquezas y la mano de obra de nuestros pueblos.

En plena ejecución de sanciones económicas contra nuestro país, habiendo ocurrido abiertas amenazas militares emitidas por el propio presidente de EEUU Donald Trump, que sea el turno del más alto jefe militar de EEUU implica que se enciendan en nuestra patria todas las alarmas, más aún a pocos días de un intento falido de asesinar al presidente Maduro. Y sobre todo, en un momento clave: el gobierno venezolano adelanta un conjunto de acciones económicas que podrían significar el comienzo de la salida de la grave situación en que actualmente se encuentra la economía.

La agresión a venezolanos y venezolanas en Brasil cerca de la frontera con Venezuela, hecho en el cual no sólo se agredió físicamente a nuestros compatriotas sino que les fueron quemadas sus pertenencias, podría tener vinculación con la visita de Mattis en la medida en que implica una intensificación de la campaña xenofóbica contra los venezolanos y venezolanas que han salido del país en el último tiempo y en la medida en que sirvió como disparador para que se activaran las vocerías políticas que desde fuera de Venezuela claman y trabajan por una intervención militar a Venezuela encubierta bajo la máscara de “ayuda humanitaria”.

El envío de un buque hospital del Comando Sur a Colombia supuestamente portador de ayuda humanitaria con la finalidad de contribuir a la atención de la población venezolana que se encuentra actualmente en Colombia es el otro hecho derivado inmediatamente de la gira de James Mattis, hecho que se suma a la ya activa presencia de Cascos Blancos argentinos en el territorio colombiano desde mediados de julio. Esto, sin duda, debe ser leído como una provocación militar desde el vecino país, y una nueva evidencia de que Colombia está siendo usado por EEUU como cabeza de playa de cara a una posible acción militar contra Venezuela.

Ante estas nuevas amenazas contra la paz de nuestra patria, contra nuestra democracia y contra nuestras instituciones, es necesario avanzar y consolidar la más férrea unidad popular y la más sólida imbricación cívico-militar. Para ello no es suficiente con declaraciones políticas ni manifestaciones de voluntad, sino que se requieren acciones concretas: fortalecimiento de la Milicia Bolivariana, activación de la militancia del Psuv en tareas y articulaciones vinculadas a la política de Defensa Integral del Territorio, y activación de todos los sectores sociales, organizaciones políticas y sociales, comunas y consejos comunales en dichas tareas.

La Corriente Revolcuionaria Bolívar y Zamora viene impulsando desde el año pasado las Brigadas de Defensa Popular Hugo Chávez como instrumento integrador de la militancia patriota en los territorios para nuclearse y prepararse en torno a la necesidad de defender nuestra soberanía, nuestra democracia, nuestra dignidad y nuestra paz. Es un modesto aporte que proponemos al chavismo de base de nuestro país y a la institucionalidad del gobienro bolivariano. ¡Aquí estamos y aquí seguiremos, rodilla en tierra!

 

Coordinación Nacional Corriente Revolucionaria Bolívar y Zamora

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