Paraguay: Carta de Solidaridad de la CLOC LVC Sudamerica con los huelguistas brasileños contra el Hambre y por la Libertad de Lula

Reunidos en Paraguay, de 16 a 19 de agosto de 2018, en el encuentro orgánico de la CLOC- LVC Sudamérica, representantes de distintos países, de Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Ecuador, Paraguay, Perú, Uruguay y Venezuela.

Queremos expresar nuestra más profunda solidaridad y decir que no están solos, desde nuestros territorios de lucha y resistencia, estamos con Uds., seguimos acompañando y denunciando el Golpe en Brasil. Que se profundiza con el intento de sacar al expresidente Luis Inácio Lula da Silva de las elecciones de octubre de este año. Al cual el comité de Derechos Humanos de la ONU, ya se pronunció por la garantía del derecho de Lula a ser candidato para ai resguardar los derechos políticos. No en tanto la justicia brasileira nada ha hecho para cumplir con la determinación del órgano al que Brasil suscribe. ¡Nos preocupa mucho la situación de las 2 compañeras y los 5 compañeros que se encuentran ya entrando a 20 días de la huelga de hambre con una firme decisión de ofrecer su propia vida em la defensa de la vida de millones!

La huelga de hambre a que los camaradas se están sometiendo, es por la vuelta a la democracia en Brasil, por la libertad y el derecho de Lula de ser candidato, esta es la más profunda forma de expresar la preocupación con su pueblo, con la vuelta del hambre en su país, el aumento de desempleo, la violencia; y con este acto de amor que un acto pacifico, pero radical por donar sus vidas por el amor a su pueblo.

Exigimos a la Corte Suprema de Brasil coloque la votación de la Declaración de Constitucionalidad (ADC) que podrá garantizar la prerrogativa de la constitución que garantice la libertad de todo Brasilero, con presunción de inocencia, antes de ser juzgado em última instancia.

Mucha Fuerza Camaradas, reciban nuestro abrazo, ¡solidario y revolucionario!

¡Vuestro ejemplo y determinación nos inspiran a seguir firme em la lucha y nos hace reafirmar nuestra consigna “¡Contra la ofensiva del capital y el Imperio, América Unida sigue em Lucha!

Paraguay, 19 de agosto de 2018.

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Brasil: 21º Dia da Greve de Fome por Justiça no STF: em resistência a greve continua

Militantes em Greve de Fome por justiça no Supremo Tribunal Federal (STF) chegam ao vigésimo primeiro dia de resistência com forte apoio. Nessa segunda-feira (20), os grevistas receberam, no Centro Cultural de Brasília (CCB) onde estão desde o dia 31 de julho, visitas de representantes de diversos organismos, pastorais e entidades, e no fim do dia realizaram ato inter-religioso em frente ao STF.

Os grevistas receberam carta de apoio e solidariedades da Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas (CMIR) e a Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina (AMIR). O documento foi assinado pelo Reverendo Chris Ferguson (Secretário Geral) e pelo Reverendo Darío Barolin (Secretário Executivo). 

O vigésimo primeiro dia da Greve de Fome também foi marcado pela visita solidária de representantes da Cáritas Brasileira e do Conselho Nacional do Laicato do Brasil. A visita reforçou a perspectiva da democracia e a luta contra a omissão da justiça praticada na atual conjuntura nacional. Na ocasião, a Cáritas Brasileira entregou uma carta de apoio aos grevistas, fortalecendo assim, a resistência à Greve de Fome. De mãos dadas, os sete militantes em greve se uniram aos visitantes em oração.

O representante da Agência de Solidariedade e Miséria no Brasil, Estefan Cano, também visitou os grevistas para expressar total solidariedade e preocupação aos militantes. “Estamos angustiados com os acontecimentos no Brasil nos últimos dois anos. A greve de fome por democracia e justiça é pautada também no exterior, com forte defesa. Hoje, entregamos um pano da Campanha da Fraternidade 2018 – Fraternidade e superação da violência, realizada em fevereiro deste ano, que tem a figura de dois homens e representa de igual para igual. Além disso, apoiamos o grito da ONU, pelo direito à candidatura de Luís Inácio Lula da Silva”, ressaltou. 

No início da noite, às 18h, foi realizado o ato inter-religioso em frente ao STF para fortalecer a reivindicação por justiça. Mais uma vez, Frei Sérgio Görgen e Rafaela Alves (ambos do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA), Gegê Gonzaga (da Central dos Movimentos Populares – CMP), Zonália Santos e Vilmar Pacífico (ambos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST) e Leonardo Soares (do Levante Popular da Juventude) reforçaram a insensibilidade e ausência de resposta por parte do STF, após o protocolo, no dia 9 de agosto, de 11 pedidos de audiência, com encaminhamento para cada ministro, e o diálogo com o presidente da Casa, Ricardo Lewandowski. O ato inter-religioso reitera a exigência por votação das ações declaratórias de constitucionalidade (ADCs) e revisão do cumprimento de pena após condenação em segunda instância.

No ato, o Frei Wilson Zanatta ratificou que o atual momento de mobilização por transformação social representa o sagrado ao lado do povo, em prol da vida. Para ele, a fé e a vida caminham juntas, não podem se separar. O referendo Luis Sabaray acrescentou: “o clamor é por justiça e democracia. Não podemos permitir que volte à fome e a miséria. Esse ato inter-religioso é de resistência e esperança para transformar o Brasil em um país melhor para todos”. 

A grevista Rafaela Alves, do Movimento dos Pequenos Agricultores, reitera que o momento é de luta e sacrifício até que as grandes transformações sejam conquistadas. “Estamos construindo neste momento difícil da história o reino de Deus, do céu na terra, que é o esforço cotidiano, que se coloca como cristão e cidadão, que assina seu nome nas páginas da história. Falamos de um evangelho vivo, um Deus vivo e de um povo vivo que se dispõe à luta no nível que é necessária. E as vezes é o sacrifício que é necessário. Esperamos seguir firmes na nossa tarefa que é de lutar e ensinar os irmãos à lutarem. E até que conseguimos fazer grandes transformações, nossa tarefa é lutar e morrer feliz porque lutamos até o fim. Sejamos firmes e incansáveis”, completou. 

Após o ato inter-religioso, as atividades do 21º dia de greve por justiça no STF foram encerradas com a visita dos violeiros Zé Mulato e Cassiano, que se apresentaram em apoio ao movimento.

Por Michelle Calazans | CIMI

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Brasil: Ativistas estão há três semanas em greve de fome para denunciar a ruptura democrática, o desrespeito à constituição, o desmonte de políticas públicas e a volta do Brasil ao “mapa da fome”

Sete trabalhadores e trabalhadoras que vem dos quatro cantos do país firmam pé em Brasília, nestes dias de instabilidade política e social. Desde o dia 31 de julho estão em Greve de Fome, pedindo por justiça no Supremo Tribunal Federal. O ato denuncia a situação caótica em que os artífices do golpe – que derrubou a presidenta Dilma Rousseff sem crime e condenou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva sem provas -, colocaram o país. Parlamento, mídia, capital financeiro e setores da justiça são responsabilizados pelos grevistas pela situação de crise econômica, caos político e total descrédito das instituições jurídicas frente a opinião pública.

Fome contra a fome

Homem de fé e luta, Frei Sérgio Görgen, 62 anos, gaúcho, é dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Relembra com indignação os tempos em que era quase uma rotina sepultar crianças que morriam vítimas da desnutrição. “Não podemos admitir que um país como o Brasil corra o risco de retornar ao mapa da fome”. Para ele, os Ministros do STF precisam voltar a ter algum tipo de conexão com a população brasileira. No mesmo sentido se manifesta Rafaela Alves, militante e poeta, através de versos: A situação está extrema / Para onde vai a nação? / Com epidemias, desemprego / Sem saúde, educação / Políticas Sociais extintas / Resta abandono destruição. / Contra negros, jovens, mulheres / A violência só alimenta / Os preços desenfreados / O povo já não aguenta / A mídia segue mentindo / Nossas redes a enfrenta”.
Completando 68 anos em meio à Greve de Fome, Gegê Gonzaga, paraibano radicado em São Paulo, representa a Central dos Movimentos Populares (CMP), tendo uma vida inteira dedicada à luta social: “A resposta precisa começar de baixo pra cima e não de cima para baixo, somente assim o pobre, o trabalhador, o negro, o indígena, o camponês vão ter espaço de representação”. Já a avó-coragem, Zonália Santos, 48 anos, assentada da reforma agraria em Rondônia, não exitou deixar sua a rotina junto dos filhos e netos para agregar a força e a garra da mulher sem-terra na Greve de Fome. “Nós não estamos aqui nos manifestando apenas pelo direito do presidente Lula em ter um julgamento justo, nós estamos manifestando nossa contrariedade com a volta da fome, da miséria da exploração”.

Justiça para quem?

O pernambucano Amorim, 58 anos, dirigente do MST e da Via Campesina, diz que o ato  reafirma sua opção política e coloca em destaque denúncias que tem sido ignoradas pelo poder judiciário, que tem se mostrado subserviente ao grande capital. De baixa estatura, o ativista torna-se um gigante quando pega o microfone para se manifestar. “Passar fome nesta greve é uma opção militante, colocamos nossas vidas aqui para que se possa evitar que milhões de brasileiros e brasileiras passem fome por não ter comida na mesa, passem fome por não ter opção”, afirmou. Também militante do MST, Vilmar Pacífico, 60 anos, veio do Paraná e trouxe consigo sentimentos contraditórios ao seu sobrenome, mostrando a indignação de um povo que enfrenta diariamente a pressão e a agressão por parte das forças do estado. “A justiça deveria servir ao povo, deveria ser o lugar onde pudéssemos nos socorrer, mas a verdade que temos observado a cada dia é que ela também está se prestando ao serviço do capital e virando as costas para aqueles a quem deveria cuidar”.
Por fim, Leonardo Soares, 22 anos, agregado ao grupo em 6 de agosto. Traz o vigor característico do seu movimento, o Levante Popular da Juventude. “Essa greve de fome tem a função de fomentar a participação e a organização do povo”, explicou, acrescentando ainda que a luta que empreendem é por uma causa justa, que aglutina o povo e propõe a organização como ferramenta principal na disputa que se configura no atual processo.

Risco iminente à saúde

Deflagrada no dia 31 de julho, a greve de fome já atinge três semanas sem que nenhum dos grevistas tivesse acesso a qualquer tipo de alimentação. A ingestão que aceitam é apenas de água e soro de reidratação. A equipe de saúde mantém-se em alerta 24 horas por dia, e registra em prontuários a evolução do quadro de cada grevista. Sintomas como dores musculares e cefaleia são constantes, acompanhados pontualmente por queda da pressão arterial, queda da temperatura corporal, desidratação e hipoglicemia. Um dos médicos responsáveis pelo acompanhamento, Ronald Wolff relata a experiência de já ter acompanhado outras três greves de fome, destacando que o período prolongado sem alimentação acarreta riscos severos e imprevisíveis para os sete. Porém, se por um lado os médicos acenam com a possibilidade de interrupção do ato, os grevistas não cogitam essa possibilidade e reafirmam diariamente que seguirão até “as últimas consequências”.

Pauta de reivindicações

Os grevistas são unânimes em apontar que recai sobre os Ministros do STF a responsabilidade pelo agravamento das condições de saúde de cada um deles. Até o momento foram atendidos pela ministra presidente, Carmen Lúcia (que ouviu um dos grevistas), pelo ministro Lewandovski, que recebeu a todos, e pelos funcionários do ministro Gilmar Mendes. Aguardam para os próximos dias a possibilidade de audiências com os demais. Entre os atos públicos realizados estão celebrações inter-religiosas realizadas duas vezes em frente ao prédio onde mora o ministro Edson Fachin, que recebeu ainda ação dos integrantes do Levante Popular da juventude, que estenderam uma faixa na sua via de acesso ao prédio.
O manifesto apresentado pelos grevistas indica que a “opção por esse gesto extremo de luta decorre da situação extrema na qual se encontra nossa Nação, com a fome e as epidemias retornando e o desemprego desgraçando a vida de nosso povo”.  Segundo os grevistas, sua decisão é motivada pela dor e o sofrimento dos brasileiros e brasileiras, porém têm consciência de que o poder Judiciário viola a Constituição e impede o povo de escolher pelo voto, soberanamente, o seu Presidente e o futuro do país.
 

Denúncia, defesa e apelo

Por meio do seu manifesto, os grevistas denunciam a volta da fome, o sofrimento dos mais pobres, o aumento da violência, o abandono de setores públicos essenciais como a saúde e a educação, a volta das epidemias e da mortalidade de crianças. Também expressam sua denúncia frente a volta da carestia, o aumento do preço de produtos básicos (como gás de cozinha, comida e combustíveis). As tentativas de aniquilamento da soberania nacional, através da entrega ao capital estrangeiro de recursos naturais importantes (Amazônia, terras cultiváveis, petróleo, energia, biodiversidade, água e minérios) também estão contempladas, assim como as ações criminosas de privatização do patrimônio público representado pelas empresas estatais essenciais à geração de emprego e ao bem-estar do povo. “Nos indignamos e não aceitamos o sacrifício anunciado de duas gerações: as crianças e os jovens”, expressa o documento.
Por meio do texto, tornado público no dia 31 de julho, quando grevistas e imprensa presente foram agredidos pela polícia judiciária e por seguranças privados que prestam serviço ao STF, reafirmam a defesa do direito do povo escolher livremente – pelo voto – seu próprio destino, elegendo à Presidência o candidato de sua preferência. Defendem a volta da plenitude da democracia e a vigência integral dos direitos fundamentais presentes na Constituição Federal, “hoje negada e pisoteada”. Por fim, apelam aos ministros e ministras do Supremo Tribunal Federal pelo fim das condenações sem crime, das prisões ilegais sem amparo na Constituição e pela libertação imediata do ex-Presidente Lula, para que possa ser votado pelo povo brasileiro.
 

Responsabilidades

– A situação de desespero do povo tem muitas causas – explica Jaime Amorim. “Neste momento, entretanto, os agentes diretos pelo massacre, pela injustiça e pela destruição da Constituição, têm nome e sobrenome: são donos da rede globo, os promotores e juízes que estão nos tribunais em Curitiba e Porto Alegre”, acrescenta, fazendo menção aos irmãos Marinho, o promotor Deltan Dallagnol, o juiz federal e primeira instância Sérgio Moro e os desembargadores da 8ª turma do Tribunal Regional Federal – João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Luis dos Santos  Laus -, bem como o presidente daquela casa, Carlos Eduardo Tompson Flores Lenz, por qualquer intercorrência que venha a acontecer com a saúde dos grevistas. 
Frei Sérgio por sua vez destacou atenção aos ministros do STF que votaram contra a constituição e desestruturaram o direito básico da presunção da inocência, permitindo que pessoas inocentes sejam encarceradas sem direito a um julgamento justo e acesso à todas as instâncias de defesa previstas na carta magna brasileira. “Apelamos aos ministros Luiz Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Alexandre de Moraes para que respeitem a Constituição, garantam o retorno à normalidade democrática, anulem a condenação sem crime do presidente Lula, reponham o direito à presunção de inocência e o direito do povo de escolher seu presidente de forma livre e democrática”. Para Görgen, estes são também responsáveis caso algo grave aconteça aos que estão em greve de fome.
– Essa é uma escolha livre e consciente, onde optamos por passar fome para evitar que nosso povo volte a passar fome por imposição -, acrescenta Gegê Gonzaga. “Tomamos a decisão de iniciar esta Greve de Fome e estamos dispostos a ir até as últimas consequências”, acrescenta. Para o grupo, as decisões dos ministros são condicionantes para o encerramento da greve, atendendo aos clamores da maioria do povo brasileiro.
– Acreditamos no povo brasileiro, nas possibilidades de nossa Nação e temos a firme esperança de que vamos superar este momento grave de nossa história para inaugurar uma nova fase de justiça e fraternidade na vida das brasileiras e dos brasileiros -, finaliza Rafaela Alves.

ADCs podem ser decisivas

Existem pelo menos três Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) no Supremo Tribunal Federal (STF). As ações questionam a jurisprudência da Corte sobre a execução provisória da pena (prisão) após a condenação em segunda instância. Para o STF, um condenado em segundo grau deve já começar a cumprir pena antes do término do trânsito em julgado, o que fere a Constituição Federal. Os grevistas têm reiterado que caso a ministra presidente Carmen Lúcia coloque as ADCs em pauta – o que já poderia ter feito há bastante tempo – poderão considerar a hipótese de encerrar a greve. Foi com essa jurisprudência que o STF negou ao ex-presidente Lula, pedidos de habeas corpus preventivos – o que permitiu que sua pena começasse a ser executada antes do término do trânsito em julgado, cerceando a presunção de inocência ao maior líder popular do país, bem como a dezenas de milhares de outros homens e mulheres que podem estar presos indevidamente em decorrência deste entendimento. Caso o STF julgue as Ações Declaratórias e mude seu entendimento sobre prisão após condenação em segunda instância, Lula deverá ser libertado.

Decisão da ONU

Os grevistas de fome também estão atentos para outro fator que poderá dar uma guinada à situação. Trata-se da concessão de liminar emitida pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), acolhendo pedido da defesa do ex-presidente Lula, determinando ao Estado Brasileiro que “tome todas as medidas necessárias para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido político” e, também, para “não impedir que o autor [Lula] concorra nas eleições presidenciais de 2018 até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final”.
A decisão reconhece a existência de violação ao artigo 25 do Pacto de Direitos Civis da ONU e a ocorrência de danos irreparáveis a Lula na tentativa de impedi-lo de concorrer nas eleições presidenciais ou de negar-lhe acesso irrestrito à imprensa ou a membros de sua coligação política durante a campanha. Por meio do Decreto Legislativo 311 o Brasil incorporou ao ordenamento jurídico pátrio o Protocolo Facultativo que reconhece a jurisdição do Comitê de Direitos Humanos da ONU e a obrigatoriedade de suas decisões. 
Os advogados Valeska Teixeira Zanin Martins e Cristiano Zanin Martins – responsáveis pela defesa do ex-presidente – expressaram em nota que “diante dessa «nova decisão, nenhum órgão do Estado Brasileiro poderá apresentar qualquer obstáculo para que o ex-Presidente Lula possa concorrer nas eleições presidenciais de 2018 até a existência de decisão transitada em julgado em um processo justo, assim como será necessário franquear a ele acesso irrestrito à imprensa e aos membros de sua coligação política durante a campanha”. 

Informações para imprensa:

(61) 999 964 391 (49) 99160 5897 – Adi | MPA
(11) 948 172 567 – Neudi | MAB

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Paraguay: Solidaridad de Conamuri con los huelguistas en Brasil contra el Hambre y por la libertad de Lula

Desde la Organización de Mujeres Campesinas e Indígenas Conamuri manifestamos nuestra solidaridad con las y los huelguistas que se encuentran desde el 31 de julio asumiendo una medida de protesta que pone en riesgo sus vidas, pero que a la vez es la expresión supina del deseo de justicia y libertad para con el compañero presidente Lula da Silva.

Nos sumamos al reclamo de las compañeras y los compañeros, integrantes de movimientos populares de Brasil, dirigido al Supremo Tribunal Federal, convencidas de que el encarcelamiento de Lula forma parte de una macabra red tejida por la oligarquía para frenar su regreso a la presidencia del Brasil.

Desde Paraguay extendemos nuestro abrazo solidario al pueblo brasileño que quiere decidir su destino de emancipación lejos de la mafia incrustada en la estructura de los poderes fácticos. La historia paraguaya contemporánea también está dolida por la existencia de presos políticos, presos de conciencia y presos de la Reforma Agraria, que han tenido que ceder el bien más valioso de un ser humano después de la vida, que es su libertad, por no doblegar su espíritu ni dejar que nada haga mella sobre sus convicciones políticas.

En esta mala hora de la historia de Latinoamérica, donde hay presos por luchar, donde hay asesinato impune de dirigentes políticos, necesitamos fortalecer la solidaridad internacionalista para hacer frente a la criminalización de las luchas sociales.

¡No pasarán!

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Venezuela: Provocaciones militares desde Colombia, nueva fase de agresiones – Nota Análisis CRBZ

Según el patrón reciente del conflicto político en Venezuela, cobra relevancia nuevamente el frente internacional, ante la incapacidad de la oposición local venezolana por inclinar la balanza a su favor, bien sea capitalizando el descontento popular, logrando el quiebre de la unidad de la Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB) o por la vía de la violencia abierta, como lo evidenció el reciente fracaso en el intento de asesinar al presidente Nicolás Maduro.

En este contexto se da la gira del Secretario de Defensa de EEUU James Mattis, el principal jefe militar del imperialismo estadounidense, por América Latina para visitar Brasil, Argentina, Chile y Colombia. Otros hechos recientes se inscriben también en la reactivación del frente internacional: 1) El planteamiento del gobierno colombiano de retirarse de UNASUR, 2) Una institución ilegal e ilegítima que pretende sustituir al Estado venezolano constitucional y legal, como el falso Tribunal Supremo de Justicia, sentencia al presidente Nicolás Maduro y dicta una espuria orden de captura en su contra.

La gira de Mattis es la tercera de funcionarios del más alto gobierno de EEUU en lo que va de año: primero fue el Secretario de Estado y después el Vicepresidente. En todos los casos, en las sesiones de trabajo con los gobiernos latinoamericanos se trataron temas no solo económicos sino también de cooperación militar, y en todos estuvo el tema de Venezuela presente en la agenda, siempre encubierto bajo el disfraz de la preocupación por la ausencia de democracia, por la migración de venezolanos(as) y por la supuesta crisis humanitaria venezolana.

Otro tema que ocupó la agenda fue el tratamiento de China y Rusia, aliados políticos y comerciales de Venezuela, como amenzas para la paz y la estabilidad del continente, lo que deja claro que la gira se enmarca en la disputa geopolítica global entre EEUU y otras potencias económicas y militares. Un hecho queda nuevamente a la luz: la injerencia de EEUU contra Venezuela tiene como marco el conflito geopolítico global por la disputa de los mercados, las reservas energéticas, las riquezas y la mano de obra de nuestros pueblos.

En plena ejecución de sanciones económicas contra nuestro país, habiendo ocurrido abiertas amenazas militares emitidas por el propio presidente de EEUU Donald Trump, que sea el turno del más alto jefe militar de EEUU implica que se enciendan en nuestra patria todas las alarmas, más aún a pocos días de un intento falido de asesinar al presidente Maduro. Y sobre todo, en un momento clave: el gobierno venezolano adelanta un conjunto de acciones económicas que podrían significar el comienzo de la salida de la grave situación en que actualmente se encuentra la economía.

La agresión a venezolanos y venezolanas en Brasil cerca de la frontera con Venezuela, hecho en el cual no sólo se agredió físicamente a nuestros compatriotas sino que les fueron quemadas sus pertenencias, podría tener vinculación con la visita de Mattis en la medida en que implica una intensificación de la campaña xenofóbica contra los venezolanos y venezolanas que han salido del país en el último tiempo y en la medida en que sirvió como disparador para que se activaran las vocerías políticas que desde fuera de Venezuela claman y trabajan por una intervención militar a Venezuela encubierta bajo la máscara de “ayuda humanitaria”.

El envío de un buque hospital del Comando Sur a Colombia supuestamente portador de ayuda humanitaria con la finalidad de contribuir a la atención de la población venezolana que se encuentra actualmente en Colombia es el otro hecho derivado inmediatamente de la gira de James Mattis, hecho que se suma a la ya activa presencia de Cascos Blancos argentinos en el territorio colombiano desde mediados de julio. Esto, sin duda, debe ser leído como una provocación militar desde el vecino país, y una nueva evidencia de que Colombia está siendo usado por EEUU como cabeza de playa de cara a una posible acción militar contra Venezuela.

Ante estas nuevas amenazas contra la paz de nuestra patria, contra nuestra democracia y contra nuestras instituciones, es necesario avanzar y consolidar la más férrea unidad popular y la más sólida imbricación cívico-militar. Para ello no es suficiente con declaraciones políticas ni manifestaciones de voluntad, sino que se requieren acciones concretas: fortalecimiento de la Milicia Bolivariana, activación de la militancia del Psuv en tareas y articulaciones vinculadas a la política de Defensa Integral del Territorio, y activación de todos los sectores sociales, organizaciones políticas y sociales, comunas y consejos comunales en dichas tareas.

La Corriente Revolcuionaria Bolívar y Zamora viene impulsando desde el año pasado las Brigadas de Defensa Popular Hugo Chávez como instrumento integrador de la militancia patriota en los territorios para nuclearse y prepararse en torno a la necesidad de defender nuestra soberanía, nuestra democracia, nuestra dignidad y nuestra paz. Es un modesto aporte que proponemos al chavismo de base de nuestro país y a la institucionalidad del gobienro bolivariano. ¡Aquí estamos y aquí seguiremos, rodilla en tierra!

 

Coordinación Nacional Corriente Revolucionaria Bolívar y Zamora

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Brasil: Com saúde fragilizada, grevistas de fome passam a fazer uso de camas hospitalares e cadeiras de roda

Ao 19º dia em Greve de Fome por Justiça no STF, os sete grevistas – Frei Sérgio Görgen e Rafaela Alves (do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA), Luiz Gonzaga, o Gegê (da Central dos Movimentos Populares – CMP), Jaime Amorim, Zonália Santos e Vilmar Pacífico (do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST), Leonardo Soares (do Levante Popular da Juventude) – se encontram com a saúde bastante fragilizada e passam a fazer uso de camas hospitalares para seu repouso e de cadeiras de rodas nos deslocamentos.

Entre os grevistas há os que já perderam 10 kg nestes dezenove dias sem se alimentar. A glicemia, que é o açúcar no sangue tem tido alterações constante, assim como tem sido frequente quedas da pressão arterial e da temperatura corporal, fatores que tem deixado a Equipe de Saúde da Greve de Fome em alerta permanente. 

“Os sete grevistas estão cada vez mais debilitados, vulneráveis a qualquer tipo de infecção viral ou bacteriana, pois a imunidade em todos eles, está bastante baixa”, explica a Médica de Família e Comunidade, Maria da Paz Feitosa Sousa que integra a equipe de saúde da Greve de Fome. “Devido a estas fragilidades é que os manifestantes passam a fazer uso das cadeiras de rodas e das camas hospitalares”, completa a médica.  

“As dores musculares tem aumentado de forma constante, e aqui, é preciso lembrar que o coração, estomago e intestinos também são considerados músculos. Ontem mesmo, todo os grevistas receberam cuidados como a acupuntura, por conta destas dores”, relata o Dr. Ronald Wolff, integrante da equipe especializada que acompanha os grevistas. “Conseguimos reverter a questão da pressão e a partir de agora, mais ainda, a imunidade deles ficara mais baixa, então aumenta o risco de infecções, por esta questão estamos restringindo ainda mais o contato físico com muitas pessoas”, lembra a profissional. 

Conforme Wolff, “a fadiga, cansaço, cefaleia e a perda de peso continuam aumentando. Todos já apresentam quadros de hipotensão que é a diminuição da pressão arterial, e alguns, começam a apresentar sintomas de hipotermia, ou seja, começamos a senti-los mais frios, isso é um forte sinal dos 19 dias sem se alimentar”, alerta o médico que está acompanhando a quarta greve de fome em sua carreira profissional. 

A equipe saúde da Greve de Fome por Justiça no STF é composta por profissionais da Rede de Médicos e Médicas Populares, fitoterapeutas, psicólogos, massagistas, massoterapeutas, acupunturistas, fisioterapeutas e reikianos todos tem acompanhados os sete grevistas de forma voluntária. 

Por Adilvane Spezia | MPA e Rede Soberania 
Equipe de Comunicação da Greve de Fome   

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Declaración de la ONU sobre Derechos de lxs Campesinos en proceso de votación final y de adopción.

¡Al campo con derechos! ¡Nos movilizamos por una declaración en la ONU!

Después de diez largos años de negociaciones en Ginebra, actualmente, está a  punto de finalizarse la “Declaración de las Naciones Unidas sobre los derechos de lxs campesinxs y otras personas que trabajan en las zonas rurales”.

El borrador de la declaración fue debatido durante la quinta sesión del Grupo de trabajo intergubernamental de composición abierta (GTA) entre el 9 y el 13 de abril de 2018 en el Consejo de Derechos Humanos de la ONU (ACNUDH). Según el Presidente-Relator de la sesión, “los Estados se comprometen a la mayor relevancia y voluntad política para la rápida adopción del proyecto de Declaración de las Naciones Unidas sobre los derechos de lxs campesinxs y otras personas que trabajan en las zonas rurales”.

El Presidente también afirmó que “sobre la base de la labor realizada en la quinta sesión y las consultas oficiosas y bilaterales, el Presidente-Relator preparará una versión final del proyecto de declaración y [esta versión] se presentará al Consejo de Derechos Humanos para su adopción”.

En la sesión de septiembre de 2018  del Consejo de Derechos Humanos de la ONU, los países votarán la adopción del texto. Tras lo cual el texto se presentará para su votación final y su adopción en la Asamblea General de la ONU.

Llegó la hora: ¡Al campo con derechos!

Hoy, más de 1.200 millones de campesinxs y sus familias, los cuales representan un tercio de la población mundial, se enfrentan a una violación sistemática de sus derechos  bajo diferentes formas: desalojo de sus tierras y territorios, políticas de producción y de mercado desfavorables, malas condiciones de trabajo, así como criminalización y asesinatos constantes, entre otros. Esta es una situación muy inquietante, si tenemos en cuenta que lxs campesinxs y otras personas que trabajan en áreas rurales son la lave para alcanzar la seguridad alimentaria y la soberanía alimentaria, hacer realidad el derecho a la alimentación saludable, luchar contra el cambio climático, conservar la biodiversidad y revitalizar las zonas rurales.

La Declaración establecerá un nuevo estándar para los derechos humanos. La misma promueve la soberanía alimentaria y apoya el desarrollo y la implementación de políticas socioeconómicas que mejorarán el sistema alimentario y agrícola, como resultado allanará el camino para la creación de políticas públicas a favor de lxs campesinxs y lxs trabajadorxs rurales en países donde tales políticas no existen. La Declaración de la ONU se convertirá en una herramienta política para mejorar aún más las políticas existentes y dar una voz internacional a millones de comunidades campesinas y trabajadorxs rurales.

Es indispensable persuadir a nuestros gobiernos para que voten a favor del texto final de la declaración en la próxima sesión del Consejo de Derechos Humanos de la ONU en septiembre de 2018 y durante la Asamblea General de la ONU en Nueva York.

En ese sentido, como La Vía Campesina, organización que representa a campesinxs, indígenas, sin tierras, asalariadxs agrícolas, mujeres, jóvenes, hacemos un llamado global  a todos nuestros miembros y aliados para que se movilicen y lleguen a sus respectivos gobiernos, para exigir y convencer sobre la importancia de que voten a favor de esta iniciativa a favor de la humanidad. Alentamos a todxs a crear estrategias de acción descentralizadas a nivel territorial, local, regional, etc., para llevar el mensaje de la Declaración a las comunidades en el campo.

¡Globalicemos nuestra lucha!

Para visibilizar todas estas actividades, envíennos los detalles a lvcweb@viacampesina.org y también difunda el mensaje lo más ampliamente posible en su espacios de comunicación y en las redes sociales. ¡Esta es la oportunidad del campesinado de hacerse oír, alto y claro!

  • Descargue nuestro afiche y banners desde este link
  • Para redes sociales usa nuestro hashtag  #PeasantsRightsNow #LaViaCampesina #SoberaníaAlimentaria
  • Envien fotos/videos  de sus acciones: Email: lvcweb@viacampesina.org
  • Telegram/Whatsapp: Nyoni/Andres – +263 772 441 909 and +32 489 55 22 97

¡Derechos Campesinos, Ya!

Llegó la hora: ¡Al campo con derechos!

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Brasil: 17º Dia da Greve de Fome por Justiça no STF: grevistas seguem convictos em sua causa

Se o dia anterior foi de fortes emoções e muita atividade – com a visita de lideranças, artistas, delegações parlamentares e até um prêmio Nobel – o dia seguinte foi mais calmo para Jaime Amorin, Sérgio Görgen, Gegê Gonzaga, Zonália Santos, Rafaela Alves e Vilmar Pacífico (ambos há 17 dias sem alimentação) e Leonardo Soares (há 9 dias sem alimentação). A exceção foi o ato inter-religioso do dia, que passou a ser realizado no final da tarde, em frente ao Supremo Tribunal Federal.
Logo cedo a professora e presidenta licenciada da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Minas Gerais, Beatriz Serqueira, fez uma visita aos grevistas. “Estou aqui para trazer todo nosso apoio e afeto político aos grevistas de fome e à sua decisão de colocar a vida na pressão e na luta para que esse golpe de estado se interrompa”, afirmou. A dirigente, vinculada à Frente Brasil Popular, que acompanhou a audiência com a ministra presidenta do STF, Cármen Lúcia, dois dias antes, voltou a cobrar publicamente do poder judiciário uma postura de isenção, voltada ao seu real papel de resguardar a constituição e defender o povo: “Pedimos apenas que os ministros se pautem de forma justa, que o poder judiciário atue como precisa atuar e não como partícipe do golpe como tem feito desde 2016”, acrescentou.
Durante o dia foram intensificadas por parte da equipe de apoio os contatos com autoridades vinculadas ao poder judiciário, no sentido de reforçar os pedidos de audiência protocolados pelos grevistas junto à cada gabinete individualmente. Até o momento apenas o ministro Lewandowski recebeu o grupo todo e Cármen Lúcia recebeu uma delegação de lideranças na qual estava Frei Sérgio. Espera-se que outros dois ministros possam receber os grevistas nesta sexta-feira (17), mas ainda não há confirmação destas agendas. 
A mobilização popular tem crescido, assim como a vinculação de pessoas públicas, lideranças populares e artistas por todo o Brasil. O cantor Pero Munhoz – criador da “Canção da Terra” publicou um vídeo em que manifesta seu apoio e reforça as fileiras de trabalhadores e trabalhadoras que se sentem representados pelo ato de resistência praticado pelos sete. “Manifesto meu apoio aos grevistas de fome, reforço a posição destes guerreiros e guerreiras que pedem por justiça ao STF, pela defesa da soberania nacional, pelos direitos básicos como educação e saúde, bem como pela libertação do presidente Lula”, afirmou. Para Munhoz esse momento histórico requer engajamento de todos os setores populares: “Digo a todos e todas que neste momento nós não podemos nos omitir”.
O poeta e escritor Pedro Tierra também se manifestou, através de uma carta pública, onde afirma que “o Brasil tem a alma encarcerada” a partir das decisões que tem sido tomadas depois que se conduziu o processo de judicialização da política e politização do judiciário: “Nunca como nestes dias a infâmia vestiu a toga para iludir os olhos da gente comum e fazer-se passar por Justiça”, expressa no texto. Nunca um divórcio tão profundo separou o pesado aparato concebido para prestar o serviço judiciário, dessa noção elementar que nos diferencia dos animais e funda as sociedades humanas: a noção de Justiça”. 
No final da tarde os grevistas se deslocaram até a frente do STF onde realizaram ato inter-religioso celebrado pelo frei capuchinho Vilson Zanatta, encerrado à luz de velas, representando o início de uma espécie de vigília que deverá se repetir ao longo dos próximos dias, sempre às 18 horas, na Praça dos Três Poderes. A Polícia militar tentou impedir a realização do ato, alegando que a orientação que haviam recebido dos seus superiores indicava o impedimento da instalação de barracas no local. Depois de uma negociação entre representantes dos grevistas, acompanhados por uma advogada que estava à serviço no STF e somou-se aos esforços do grupo, se construiu um acordo para que o ato fosse realizado e os grevistas pudessem ficar abrigados sob duas tendas que já haviam sido instaladas ali.

Por Adilvane Spezia e Marcos Corbari | MPA e Rede Soberania 

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Brasil: Manifesto das comunicadoras populares da Marcha Nacional Lula Livre

Nos comprometemos em lutar para que a comunicação seja uma plataforma de luta em defesa da Reforma Agrária Popular, pela democracia e contra a violência, o racismo, o sexismo, a LGBTfobia e todo tipo de opressão no no campo e na cidade.16 de agosto de 2018 11h39

Nós, mais de 70 comunicadoras e comunicadores populares da Marcha Nacional Lula Livre, viemos por deste manifesto afirmar nosso compromisso na luta por democracia, liberdade e justiça social em nosso país.

Quando nos colocamos em marcha junto com as nossas organizações para caminhar por mais de 50 km em três colunas rumo à capital federal, Brasília, foi por entendermos que a comunicação deve estar a serviço do povo e para o povo, principalmente no atual cenário político.

Durante quatro dias de caminhada, fomos o coletivo que buscou comunicar para toda a sociedade como se materializa essa sede de justiça das trabalhadoras e trabalhadores em marcha. Ao ser parte desse momento, construímos a nossa própria versão das história. Aquela que não é contada pela burguesia e sim pela classe trabalhadora.

A mídia burguesa sempre cumpriu o papel de partido ideológico da classe dominante, que se aprofunda com o golpe de 2016 e com a prisão arbitrária de Lula, em abril deste ano. Nesse sentido, quando nos deparamos com esse ataque a nossa democracia, sentimos ainda mais a necessidade de afirmar que não é possível lutar por um país democrático sem colocar a democratização da comunicação também como pauta política.

Entendemos que no cotidiano da construção da comunicação popular essa luta já é uma prática diária, pois buscamos dar voz e protagonismo para a classe trabalhadora, historicamente excluída na sociedade, a partir dos nossos instrumentos de comunicação.

No entanto, nós sabemos que a liberdade de expressão, por si só, não basta. Comunicar é um direito humano fundamental dentro de uma sociedade democrática, que vai para além do acesso à informação. É preciso que o povo tenha as condições concretas e objetivas de construir sua própria comunicação, baseada em valores como a coletividade, a solidariedade, a fraternidade, a valorização do humano, da igualdade e do internacionalismo.

Assim, nos comprometemos em seguir fortalecendo os meios de comunicação popular já existentes de norte a sul do país, pois entendemos que estes são instrumentos de luta política na batalha das ideias colocada no atual cenário.

Nos comprometemos em lutar permanentemente para que a comunicação seja uma plataforma de luta direta em defesa da Reforma Agrária Popular, pela democracia e contra a violência, o racismo, o sexismo, a LGBTfobia e todo tipo de opressão no campo e na cidade.

Nos comprometemos também com a construção de um país soberano. Por isso, nos comprometemos com a construção da unidade, que é mais que uma aproximação entre os meios de comunicação populares. Precisamos garantir a unidade como um princípio político para que a luta popular se fortaleça nas diversas dimensões de produção e reprodução da vida. A nossa marcha é o primeiro passo para essa construção.

Lutar! Comunicar! Construir o Poder Popular!
Brasília, 15 de agosto de 2018

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Paraguay: La CLOC-Vía Campesina Sudamérica realiza en Asunción su reunión orgánica

La unidad de nuestros pueblos no es simple quimera de los hombres, sino inexorable decreto del destino. Simón Bolívar

Empezó en la siesta de hoy, 16 de agosto, y hasta el 19, la Reunión Orgánica de la CLOC-Vía Campesina Sudamérica, en Asunción. Esta es la máxima instancia política entre Congresos de la CLOC-VC, donde se encuentran representante de las organizaciones integrantes. Están presentes alrededor de 50 personas representantes de al menos 30 organizaciones provenientes de 9 países de la región: Argentina, Brasil, Bolivia, Uruguay, Chile, Perú, Ecuador, Venezuela, Colombia y Paraguay.

Después de una emotiva mística de apertura, a cargo del país anfitrión, se abrió un panel de debates y reflexiones sobre el momento político actual y cómo afecta al campo en los diferentes contextos. En esta parte contribuyeron los compañeros Ernesto Benítez (Partido Convergencia Socialista) y Najeeb Amado (Partido Comunista Paraguayo), además de la compañera Yolanda Areas (ATC, Nicaragua); la moderación estuvo a cargo de Perla Álvarez (Conamuri) y Silvestre Saisari Cruz (MST-SC, Bolivia).

Seguidamente, el debate giró en torno a determinar la articulación de nuestras luchas y cómo el proceso de formación contribuirá a fortalecer la unidad de nuestros pueblos. Esto, por supuesto, se irá profundizando en el correr de los días, con el aporte y las experiencias compartidas y el trabajo encaminado.

En el programa también figuran las reuniones de los colectivos de trabajo para continuar afinando el horizonte de emancipación que recorren las organizaciones integrantes de la CLOC-Vía Campesina.

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