Brasil: Berta Cáceres: um ano de impunidade – MST

Reafirmamos nosso compromisso em honrar as mulheres e homens caídos na luta pela defesa da vida.

Há exatamente um ano, a líder indígena e dirigente do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH), Berta Cáceres, foi brutalmente assassinada dentro de sua própria casa, na capital hondurenha Tegucigalpa.

Lutadora na resistência contra o golpe de estado que derrubou o ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, em 2009, Berta ganhou reconhecimento mundial por sua defesa incansável dos direitos humanos e do ambiente.

Antes de ser assassinada, na véspera do seu aniversário de 43 anos, a vencedora do Prêmio Ambiental Goldman, travava uma verdadeira batalha contra a construção de uma barragem em um local sagrado para o povo Lenca.

As autoridades hondurenhas já reconheceram a relação direta da luta de Berta Cáceres contra a instalação da barragem. Oito pessoas foram presas, mas até agora nenhuma delas foi condenada.

Nesse 3 de março, dia que completa um ano da morte dessa grande companheira, o MST denuncia uma vez mais a violência e a impunidade contra as trabalhadoras e trabalhadores do campo, em especial contra as mulheres que ousam lutar contra a opressão capitalista.

Nos somamos à exigência da família Cáceres para que seja realizada uma investigação independente com o objetivo de esclarecer as circunstâncias e punir os responsáveis por esse crime. Também exigimos que o Estado hondurenho garanta a proteção aos familiares de Berta e aos seus companheiros de luta.

Reafirmamos nosso compromisso em honrar as mulheres e homens caídos na luta pela defesa da vida. E Berta Cáceres, sem dúvida, será para sempre uma referência da determinação necessária para seguir adiante nessa causa.

Seguiremos exigindo justiça! Basta de violência e impunidade!

 

Viva a Luta de Berta Cáceres.

Viva a Luta da COPINH e do povo hondurenho.

Viva a luta dos povos indígenas e dos camponeses da América Latina.

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Brasil: População terá 45% de aumentos nas contas de luz para pagar R$ 62 bilhões para empresários

O povo brasileiro não pode e não deve aceitar pagar a conta que já pagou!

O Governo Temer e ANEEL autorizaram novos aumentos nas contas de Luz. Se o aumento fosse aplicado todo de uma só vez, significaria 45% de aumento total nas contas de luz. 

O valor de R$ 62,2 bilhões (ano base 2017) será cobrado do bolso do povo brasileiro através das contas de energia elétrica nos próximos oito anos, com aumentos parcelados até 2024. Em 2017 será cobrado cerca de R$ 11 bilhões e significará um aumento médio de 7,17%.

Com o dinheiro total daria para construir cerca de 25.000 Km de Linhas de Transmissão (LT) totalmente novas, basta comparar com o recente leilão realizado em 17/07/2015) pela ANEEL de 2.550 Km de linhas para escoar a energia de Belo Monte ao centro do país, a um custo total de R$ 7 bilhões.

O bilionário valor será destinado para nove empresas de energia elétrica donas de LT. O dinheiro é referente a uma suposta indenização sobre 85.000 Km de linhas e que foi autorizado através de uma portaria (120/2016) assinada pelo então Ministro de Minas e Energia do PMBD, publicada no Diário Oficial da União, uma semana depois da histórica votação no Congresso Nacional do Impeachment da presidenta Dilma.  E recentemente, em 21 fevereiro de 2017, a Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) quantificou e autorizou que estes valores sejam aplicados em forma de aumentos futuros  para que sejam cobrados dos consumidores.

São linhas de transmissão que possuem mais de 30 anos de vida útil, investimentos que já haviam sido pagos mensalmente pelo povo brasileiro ao logo das últimas três décadas. Portanto, patrimônio já amortizado.

Na época da redução das tarifas (2012/2013) o governo já havia indenizado em R$ 13 bilhões, valor que as empresas haviam aceitado para renovar as concessões por mais 30 anos e também aceitaram reduzir os valores das tarifas cobradas referente a transmissão.

Porém, posteriormente as empresas recorreram para aumentar o valor das indenizações. E logo após a votação do Impeachment de Dilma pelo Congresso Nacional, iniciou-se o processo para recalcular os valores das indenizações e atualizá-los com juros e correções para repassar integralmente nas contas de luz da população.

Pelos cálculos da ANEEL, este novo valor de indenizações em 2013 girariam em torno de 35 bilhões de reais. O restante seria pagamento de encargos financeiros (juros) referentes à 2013, 2014, 2015 e 2016.   Nestes quatro anos, são embutidos taxas acumuladas de 81,60%, ou seja, juros e remunerações ao capital de 14,18% ao ano. Contabilizando juros sobre juros, algo como 20% ao ano.

Como verifica este é mais um golpe na classe trabalhadora brasileira, pois a decisão da ANEEL – referente às indenizações, como os juros e taxas – é prática que beneficiará a especulação financeira.

Este quadro de especulação e constantes aumentos nas tarifas de energia elétrica são resultado e consequência do país ter adotado um modelo privado de energia, que transformou a energia em mercadoria, controlada por transnacionais e banqueiros que exploram e especulam cada vez mais para aumentar seus lucros, já extraordinários.

O povo brasileiro não pode e não deve aceitar pagar a conta que já pagou! É preciso mudar por completo o modelo elétrico de mercado para uma política energética nacional que garanta soberania, distribuição da riqueza e o controle popular. 

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República Dominicana: Homenaje de ANC ante el aniversario del asesinato de Berta Cáceres

“Berta vive “

Berta eres semilla que multiplica saberes

 Ejemplo hoy en las  luchas del continente

Y nuestras  mujeres,

 

Mujeres sigamos sus ejemplos unidas y combativas

Defendamos nuestros derechos no importa

Ofrendar la vida.

 

Vida significa el agua que Berta defendió

No importa el territorio sino su cosmovisión

 

Cosmovisión es un concepto que se asume con dignidad

No importa el territorio es VER la lucha por la igualdad

 

Igualdad  y equidad es lo que en Caribe defendemos

Con propuestas y acciones defendemos nuestros pueblos 

 

 

Pueblos del continente hoy decimos sin temor

 Berta Cáceres Vive con su historia de lucha

 Y contra la represión.

 

Ya con esta me despido sin antes convocar a todas las mujeres del mundo

 A que este 8 de  marzo nos tenemos que parar.

 

“Berta vive la lucha sigue”

“Cuando una mujer avanza, ningún hombre retrocede”

 

Elsa Sánchez –Yova Articulación Nacional Campesina CLOC/LVC –  Republica Dominicana

2 de marzo de 2017

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Colombia: Asesinan a RUTH ALICIA LOPEZ GUISAO, líder social del Congreso de los Pueblos y el Coordinador Nacional Agrario

Las organizaciones abajo firmantes denunciamos y rechazamos el asesinato de RUTH ALICIA LÓPEZ GUISAO, lideresa campesina y defensora de derechos humanos, integrante de la Asociación Agroecológica Interétnica e Intercultural ASOKINCHAS, organización miembro del Coordinador Nacional Agrario y de Congreso de los Pueblos.

Los hechos ocurrieron el día de hoy, 2 de marzo de 2017, en el barrio Olaya Herrara de Medellín cuando Alicia se encontraba visitando a integrantes de su familia que habitan en el sector. Según se ha conocido el hecho fue perpetrado por dos sujetos que dispararon en repetidas ocasiones contra la humanidad de la lideresa.

RUTH ALICIA era dinamizadora de un Proyecto de Cumbre Agraria para el fortalecimiento de soberanía alimentaria con doce comunidades indígenas y afrodescendientes de los municipios de Medio San Juan y Sipí en el departamento de Chocó. Dicho proyecto es financiado por el Ministerio de Agricultura.

RUTH ALICIA y su familia han sido reconocidos líderes comunitarios, sobrevivientes de la Unión Patriótica, que se han destacado por su espíritu de servicio social y solidario en los diferentes lugares donde se han visto obligado a habitar. Por tal razón en reiteradas ocasiones han sufrido amenazas, persecución y desplazamiento por parte de estructuras paramilitares, inicialmente fueron desplazados de la región de Urabá, por lo que llegaron a la Comuna Trece de Medellín, concretamente al barrio Olaya Herrera (lugar donde hoy fue asesinada) donde la familia lideró proyectos comunitarios de salud y educación hasta el año 2002, cuando fueron nuevamente amenazados y desplazados en desarrollo de la Operación Orión, actualmente, Alicia vivía en el departamento de Chocó donde realizaba el trabajo comunitario ya señalado.

Su asesinato en el Barrio Olaya Herrera, de donde había sido desplazado con su familia es una muestra de que las organizaciones que hoy operan en la ciudad de Medellín son los mismos paramilitares que asesinaban en años pasados, es una muestra de que esta estructura persiste en la ciudad y no son simple delincuencia común o bandas criminales como las señala la institucionalidad del Estado.

El crimen contra RUTH ALICIA, se suma al de otros líderes sociales y defensores de derechos humanos ocurridos en los últimos meses, como acaba de ser denunciado en el Informe de Somos Defensores. Ya son veinticinco líderes sociales asesinados en el país en lo que va corrido del año, solo en el departamento de Antioquia son seis casos más: José Yeimer Cartagena, Edelmiro Alzate, Porfirio Jaramillo, Alberto Suarez Osorio, Luz Herminia Olarte y Leónidas González.

Hoy a las 12 de medio día, una de las hermanas de RUHT ALICIA recibió una llamada de una habitante del barrio Olaya Herrera, le dice que la información que circula en el barrio es que están esperando a que las hermanas y la mamá aparezcan en el entierro para también atentar contra la vida de ellas, que lo mejor es que no se aparezcan en el barrio.

Hacemos un llamado a todas las autoridades competentes para que se definan mecanismos para la protección de la familia de RUTH ALICIA y cese la persecución contra ellos. Hacemos un llamado a la Unidad Nacional de Protección para que se concrete un plan de protección colectivo para la familia.

Reiteramos nuestra exigencia al Gobierno Nacional, la Fiscalía General de la Nación, la Unidad Nacional de Protección y demás organismos competentes, para que los hechos sean esclarecidos y se detenga la política de agresión contra los defensores y defensoras de derechos humanos y líderes sociales. Es urgente que se concreten acciones para juzgar y sancionara los responsables de los hechos y se proteja la vida de quienes luchan por la construcción de paz.

¡Que la paz no nos cuente la vida!

Nodo Antioquia Coordinación Colombia Europa Estados Unidos
Coordinadora Nacional Agrario
Asociación Agroecológica Interétnica e Intercultural ASOKINCHAS
Movimiento Nacional de Víctimas de Crímenes de Estado, Capítulo Antioquia
Congreso de los Pueblos
Proceso Social de Garantías
Corporación Jurídica Libertad
Asociación Campesina de Antioquia
Corporación de DDHH Gustavo Marulanda
Corporación Jurídica Libertad
Fundación Comité de Solidaridad con Presos Políticos
Corporación Comité de Derechos Humanos Jesús María Valle Jaramillo
Asociación de Víctimas Sobrevivientes del Nordeste Antioqueño
Colectivo de Estudios Sociales y Derechos Humanos ICARIA
Colectivo de Comunicaciones La Piedra en el Zapato
Corporación Volver
Colectivo de Estudio y Trabajo
Congreso de los Pueblos -Antioquia
Proceso Nacional Identidad Estudiantil -Medellín
Tejuntas -Antioquia
Confluencia de Mujeres para la Acción Pública Antioquia
Oficina Estudiantil Universidad Nacional -Sede Medellín
Colectivo de Educación Popular Paulo Freire
Corporación Social Nuevo Día
Pizarrón Rebelde
Colectivo La Barranca
Tejido Cultural Awasqa
Poder y Unidad Popular Antioquia
Colombia Informa
Red Asonada Libertaria
Proyecto Camilo Vive Medellín
Periferia Prensa Alternativa
Asociación de Pequeños Productores del Oriente Antioqueño

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Brasil:Em Jornada Nacional de Lutas, mulheres Sem Terra denunciam os desmandos do governo Temer

O tema deste ano é um grito de resistência frente ao pacote de medidas do governo de Michel Temer que prevê, dentre outras coisas, a reforma da Previdência Social

“Estamos Todas Despertas. Contra o Capital e o Agronegócio. Nenhum Direito a Menos!”. É com esse lema que as Sem Terra saem às ruas na próxima Jornada Nacional das Mulheres que acontece de 6 a 10 de março em todo o Brasil.

O tema deste ano é um grito de resistência frente ao pacote de medidas do governo de Michel Temer que prevê, dentre outras coisas, a reforma da Previdência Social.

Uma comissão especial da Câmara dos Deputados já começou a analisar a proposta de Reforma da Previdência que estabelece idade mínima para a aposentadoria. Deputados governistas ficaram com os dois principais cargos da comissão.

Em entrevista, Atiliana Brunetto, dirigente nacional do setor de gênero do MST, afirma que “a contrarreforma da Previdência desconstrói toda a luta travada no campo e prejudica em especial as mulheres, porque iguala a idade de aposentadoria” daquelas que têm dupla e muitas vezes tripla jornada de trabalho.

Confira na íntegra. 

De que maneira o pacote de medidas do Temer impacta a vida das mulheres, em especial a mulher do campo?

A contrarreforma da Previdência desconstrói toda a luta travada no campo e prejudica em especial as mulheres, porque quando iguala a idade de aposentadoria entre os sexos, desvaloriza o trabalho da mulher do campo e contribui para o aumento da desigualdade.

O Governo golpista vem, a partir da necessidade do grande capital, buscando formas de manter seus lucros. Historicamente, dentro desse contexto, são as mulheres as mais afetadas. A reforma da Previdência, a relativização do trabalho feminino, a precarização da educação e da saúde, além de ideias conservadores que tomam maior proporção a cada dia, contribuem para que a violência, o controle do corpo e o machismo ganhem cada vez mais espaço em nossa sociedade.

O que a burguesia quer é que sejamos “belas, recatadas e do lar”. Esses são títulos que nunca assumiremos. O lugar de cada uma de nós é e sempre foi nas trincheiras, lutando por uma vida melhor.  Além disso, outras ações como a Medida Provisória (MP 759/2016), que trata da regulamentação da questão fundiária urbana e rural, acaba com a perspectiva de luta pela democratização da terra, privatizando os assentamentos, tirando vários direitos e, consequentemente, criminalizando os movimentos e nossas lutas.

Qual o lema e objetivo da Jornada das mulheres este ano? 

As Mulheres Sem Terra, após debate sobre os desafios impostos para a classe trabalhadora, definiram que vão enfrentar o governo golpista de Michel Temer e seu pacote de medidas, que visa a retirada de direitos sociais e trabalhistas nas ruas. Diante disso, nosso lema será: “Estamos Todas Despertas. Contra o Capital e o Agronegócio. Nenhum Direito a Menos!”.

Qual expectativa do Movimento? Serão quantos atos e em quais estados?

A expectativa é que todas as mulheres Sem Terra ou não, tomem às ruas e digam: “Nenhum Direito a Menos” para o povo brasileiro, porque nossa luta é contra todas as formas de opressão: o racismo, a lgbtfobia.

As nossas atividades vão acontecer em todos os estados onde o MST está organizado. Cada região está construindo as ações da Jornada conforme suas especificidades. 

Além do MST, quais outros movimentos camponeses articulam, apoiam e vão participar das mobilizações?

O MST tem a convicção de que devemos buscar o máximo de articulação pela e com a classe trabalhadora. Assim, estamos construindo várias alianças a partir da realidade dos estados com organizações como a Frente Brasil Popular, Via Campesina, Movimentos de Mulheres, entre outros.

O importante aqui é ressaltar que estamos juntos de todos e todas que saem às ruas pela Reforma Agrária, contra a violência e a criminalização dos movimentos sociais.

Por que o recorte de gênero em relação a reforma da Previdência é tão importante?

Ao igualar o tempo de contribuição entre homens e mulheres, a proposta desconsidera a jornada de trabalho e as diferentes condições urbanas e rurais, dificultando significativamente o acesso aos direitos previdenciários. Um dos maiores problemas está na obrigatoriedade da contribuição individual.

No contexto das relações desiguais na família, quando a família tiver que optar por um membro para contribuir, dificilmente será a mulher. Outra alteração drástica será a desvinculação da aposentadoria do salário mínimo, que será 51% da média dos salários de contribuição, somados a 1% por ano de contribuição. Isto significa que, para se aposentar com um salário mínimo, um/a trabalhador/a rural necessitará ter contribuído por 49 anos e ter começado a contribuir aos 16 anos
de idade.

Lutamos por uma Previdência universal, solidária e pública, que contribua de forma justa com a distribuição de renda e a diminuição das desigualdades entre homens e mulheres, considerando nossas diferenças.

O que o governo Temer pode esperar das mulheres do MST?

“Estamos Todas Despertas”, esse é o nosso lema. Assim seguiremos contra todos os retrocessos, enquanto existirem ameaças aos nossos direitos e à soberania alimentar nacional.

Por Maura Silva 
Da Página do MST 

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Colombia: Se inauguró en Viotá el Instituto Agroecológico Latinoamericano María Cano

El Instituto Agroecológico Latinoamericano María Cano, en el que ya se encuentran matriculados 30 estudiantes de diversas regiones del país, fue inaugurado el martes 28 de febrero.

Ver video

El IALA María Cano se encuentra en la finca Raúl Valbuena, de propiedad de la Federación Nacional Sindical Unitaria Agropecuaria – Fensuagro-, ubicada en la vereda Brasil, del municipio de Viotá, Cundinamarca. Allí los jóvenes estudiantes aprovechan algunas de las hectáreas de la finca de Fensuagro, para con ello hacer realidad el objetivo de esa organización campesina de realizar la formación profesional de sus miembros, y así fortalecer la cultura y cosmovisión campesinas

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Paraguay: A un año de la siembra de Berta Cáceres: viva por su legado, su espíritu y su memoria

Berta Cáceres no murió. La tierra abrazó sus huesos para multiplicarla y nutrir la lucha por los bienes comunes que emprenden nuestros pueblos.

Desde la CLOC-Vía Campesina Paraguay nos sumamos a la indignación contra las instituciones del Estado hondureño que por acción u omisión legitiman los crímenes de la clase dominante poniendo al servicio de una minoría la biodiversidad para proyectos de explotación y muerte, en una permanente y sistemática violación a los derechos humanos y ambientales.

No dejaremos transcurrir la historia sin hacer justicia a Berta Cáceres, protectora del Pueblo Lenca. Exigimos una investigación imparcial que lleve a la verdad y dé con los responsables morales y materiales de ese atentado. En los últimos años, solo desde el golpe de Estado de 2009, se han acumulado al menos 120 dirigentas y dirigentes asesinados en Honduras.

Expresamos nuestra solidaridad al COPINH (Consejo Cívico de Organizaciones Populares e Indígenas), coordinadora de la que fue su máxima representante esta luchadora incansable que supo interpretar los clamores del río en su afán por defenderlo de las voraces corporaciones. Hoy, pese al terrorismo de Estado latente en Honduras, pese a la incidencia nefasta de las transnacionales en todos nuestros países, su lucha nos une en mística, coraje y resistencia.

Exhortamos a la solidaridad internacionalista como una herramienta de los pueblos para denunciar la persecución contra sus líderes y lideresas.

A poco de recordarse el día internacional de las mujeres trabajadoras, celebramos el ejemplo de esta compañera que no flaqueó ante los enemigos de la Madre Tierra, esos que creyeron que a balazos podrían silenciar su lucha, pero se equivocaron. Porque Berta Cáceres no murió: ¡se multiplicó!

¡Justicia para los defensores y defensoras de la Tierra asesinados por el capitalismo!

¡Basta de feminicidios políticos!

¡Berta Vive! La lucha sigue!

Asunción, 2 de marzo de 2017

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Venezuela: CRBZ – Con Berta la humanidad lucha por lo que falta

“Preservar la Madre Tierra”

Trascurre un año del asesinato de nuestra hermana Berta Cáceres, luchadora incansable por los derechos de los pueblos indígenas y de la madre naturaleza. Nosotras y nosotros, Corriente Revolucionaria Bolívar y Zamora, como organización miembro de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo-Vía Campesina, Movimientos Sociales hacia el Alba, y del Observatorio de Derechos Humanos de los Pueblos, nos solidarizamos con nuestros hermanos y hermanas del pueblo lenca y con el Consejo Cívico de Organizaciones Populares e Indígenas de Honduras (Copinh).

Berta Cáceres, custodia ancestral de los ríos, nos decía “despertemos, despertemos humanidad”. Nuestro deber es acudir a este llamado que Berta nos dejó. Hoy alzamos nuestras voces para pedir justicia para ella, decimos no más líderes y lideresas de movimientos sociales asesinados por las grandes corporaciones y los intereses capitalistas.

La impunidad de estos crímenes está hoy latente en el continente. En los últimos 2 años ha habido asesinatos, persecuciones y detenciones a líderes de movimientos sociales, como en el caso de Brasil a partir de la instalación del gobierno golpista de Michel Temer, y en Argentina, con el caso de la compañera Milagro Sala, detenida injustamente hace más de un año, y los reciente los atropellos a los movimientos campesinos y de mujeres por parte del gobierno neoliberal de Mauricio Macri.

Berta es un símbolo de resistencia en la lucha de los pueblos, la luz que encendió es nuestra guía para la defensa de los recursos naturales. A nuestras hermanas y hermanos del Copinh toda nuestra solidaridad ante el asedio de las grandes corporaciones que solo quieren destruir nuestra pacha mama.

Con Berta decimos ” no a la privatización de nuestros recursos naturales “.  Ella está en la custodia de los ríos junto al pueblo lenca. Su coraje y firmeza viven. Los que creemos en una humanidad más humana, sin distingo de raza, credo, sexo, posición política, debemos continuar la lucha en jornadas por pedir justicia, desplegarnos en todos los frentes. Sino el voraz capitalismo nos dejara sin hábitat.

#BertaVive
#CopinhSigue

Coordinación Nacional
Corriente Revolucionaria Bolívar y Zamora

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Entrevista a João Pedro Stedile – Esperamos que en los próximos años se genere un reascenso del movimiento de masas

El ciclo progresista en crisis, las tareas del movimiento popular, el ALBA y una caracterización de Francisco como un “Papa revolucionario”, son los temas que aborda el líder del Movimiento Sin Tierra (MST) de Brasil, la organización más grande del continente.

Por Pablo Solana y Gerardo Szalkowicz*. En esta entrevista, João Pedro Stedile analiza el complejo vínculo con los gobiernos progresistas y enumera los desafíos para esta etapa.

La relación de los movimientos populares con el Estado fue sometida a fuertes debates en las últimas décadas. ¿Qué balance arrojan los vínculos que se han dado con los gobiernos protagonistas de este “ciclo progresista”?

En cada país hay distintas circunstancias de correlación de fuerzas y subjetivas de las fuerzas populares, por lo que no me atrevo a hacer un balance general del continente. Nosotros procuramos, como MST, actuar siempre bajo el principio de autonomía, pero, lastimosamente, esa no fue la práctica de todos los movimientos.
Hemos vivido un período en el que las masas, satisfechas con algunas mejoras, no se propusieron movilizar, y entonces nos faltó la presión de masas. En el campo lo intentamos, con millares de familias que hicieron tomas de tierras, pero aun eso fue insuficiente para romper la alianza del gobierno con el agronegocio y acelerar la reforma agraria. También podemos hacer un balance crítico del hecho de que muchos dirigentes populares, ilusionados por el espacio institucional, se fueron de los movimientos y ocuparon espacios en el Parlamento y en el gobierno. Eso quitó experiencia acumulada a los movimientos, que no tenían cuadros suficientes para conducir la lucha de clases.

En esa relación gobierno-Estado-movimientos populares, el error principal fue de los movimientos. El Estado siguió siendo burgués, y los gobiernos atados en sus programas sociales y de redistribución de renta. Los movimientos populares debemos retomar nuestra autonomía, nuestra independencia de clase, entender que solo la lucha de masas altera la correlación de fuerzas en la sociedad y en la gestión del Estado, sea quien fuera que lo ocupe, y que solo la lucha eleva el nivel de consciencia de las masas. Al interior de los movimientos, debemos dedicarnos a la formación de cuadros y de militantes, que son la columna vertebral de cualquier proceso organizativo de la clase.

En este momento complejo de América Latina, ¿por dónde pasan las principales tareas de los movimientos?

Tenemos muchos retos y desafíos. El más importante es que necesitamos hacer luchas de masas, contra las empresas transnacionales. Tenemos enemigos comunes de los movimientos populares en todo continente, relacionados con las semillas y los agrotóxicos (Monsanto, Bayer, Basf, ADM, etc.); tenemos enemigos comunes como las petroleras y mineras gringas y canadienses que nos explotan en el continente. Enemigos que vienen a explotar el agua potable. Enemigos que nos imponen gobiernos de mierda.
Y también tenemos el reto de impulsar más formas comunes comunicacionales, potenciar más el uso de radios, de TeleSUR, de periódicos y otras formas culturales de comunicación y formación. Tenemos el reto de tener, en cada país, nuestras escuelas de formación política para elevar el nivel ideológico de nuestra militancia.

¿Hay fuerza suficiente en el movimiento popular para alcanzar esos retos?

Esperamos que, en los próximos años, fruto de la crisis profunda del sistema capitalista, en términos económicos, políticos, y de la propia naturaleza del Estado burgués, se genere en nuestro continente un proceso de reascenso del movimiento de masas. Y con él, surgirán nuevas formas de lucha, nuevos liderazgos, nuevos gobiernos, y una nueva etapa histórica para el pueblo latinoamericano. Estoy muy optimista y confiado porque, más allá de nuestras debilidades, de la correlación de fuerzas adversa, tenemos un sistema económico moribundo, que es cierto no se va morir por sí solo, pero que ya no representa esperanza o posibilidad de progreso social como fue en el siglo pasado.

El papa Francisco se abrió al diálogo con los movimientos populares de América Latina y del mundo. Usted lo calificó como un “Papa revolucionario”…

El papa Francisco es un personaje revolucionario, por la postura revolucionaria que viene tomando a partir de los cambios que propone en la Iglesia Católica y su relación con la sociedad en general.

Desde que asumió, buscó a los movimientos populares, a partir de su confianza y vivencia con movimientos populares argentinos.

Montamos entonces encuentros anuales de movimientos populares de todo el mundo con él. Siempre nos afirmó que quería hablar con los trabajadores, los que estaban organizados para hacer cambios en sus vidas, sin esquemas burocráticos, sin esas personas a quienes les gusta siempre hacer viajes internacionales. No quería movimientos de carácter pastoral, no impuso ningún condicionante de religión, fe, etnia, opción sexual… y así se conformó un espacio con participación básicamente de movimientos que actúan en el mundo del trabajo, de la lucha por la vivienda y en el campo.

Esos espacios son muy, muy importantes porque, además de la práctica de diálogo -nunca había ocurrido que un Papa convocara a dirigentes de movimientos populares de todos continentes, ¡y eso también es una señal revolucionaria!-, son espacios de reflexión sobre los dilemas de la humanidad, en los marcos de una grave crisis capitalista, política, ética y ambiental.

¿Qué es lo que dialogan con él, en concreto?

En el último encuentro en Roma, en noviembre pasado, los temas principales fueron el tema del Estado burgués y de la democracia representativa, que está fallida; y por otro lado el tema de los refugiados. Estábamos más de 200 dirigentes de los cinco continentes. Invitamos a pensadores para debatir los temas, allí estuvieron [el expresidente uruguayo José] Mujica, Vandana Shiva, entre otros.

Consolidamos diversas propuestas y visiones. Vimos cómo el Estado burgués no funciona; la democracia burguesa, representativa, oriunda de la Revolución Francesa, se acabó. Debemos pensar nuevas formas de ejercicio de la democracia participativa, popular, en que el pueblo organizado pueda ejercer su poder político y hacer que el Estado funcione a su favor, no en su contra, como sucede ahora.

En su locución final, el Papa nos sorprendió a todos y todas cuando expresó conceptos radicales; dijo que los verdaderos terroristas en estos tiempos modernos son los Estados, porque ellos promueven la venta de armas, promueven la discordia entre los pueblos, en disputa de los bienes de la naturaleza y de los mercados. También hizo duras críticas a la posición de los gobiernos europeos, que gastan billones de euros para salvar bancos pero se esconden con centavos para socorrer a los millones de refugiados que llegan a Europa, expulsados por las armas que los ellos mismos venden en África y Oriente Medio.

¿Cree que Francisco puede ocupar el lugar que dejó vacante Hugo Chávez para los pueblos de Nuestra América, ser un líder ético y político para quienes impulsan las luchas anticapitalistas en el mundo?

No se debe comparar a Francisco con Chávez, Fidel, Maduro o Lula; él actúa en un espacio distinto, es un líder religioso. Pero es revolucionario, porque desde un espacio religioso, eclesial, asumió radicalmente la causa del pueblo. Así que, en la correlación de fuerzas internacional, él es nuestro aliado, y nos va ayudar a concientizar a la gente, sobre quiénes son los culpables por la desgracia de la humanidad, que son las empresas transnacionales, el capital financiero y sus gobiernos.

Usted siempre ha tenido un rol protagónico en la Articulación Continental ALBA Movimientos. ¿Desde cuándo existe ese espacio y cuáles son las fortalezas de los movimientos populares hoy en la región?

En Latinoamérica hemos construido en los últimos años una unidad muy importante entre todos los movimientos populares (en el sentido genérico, que agrupa múltiples formas de organizarse). Esa unidad la construimos en la lucha concreta, continental, desde los tiempos del neoliberalismo. Enfrentamos al neoliberalismo y a las ceremonias colonialistas de los 500 años. Nos organizamos contra el ALCA [Acuerdo de Libre Comercio para las Américas, impulsado por EEUU], y lo vencimos. Luego, en muchos países hubo luchas masivas contra las privatizaciones del agua, contra las bases militares, etc.

A partir del gobierno de Hugo Chávez establecimos con él un dialogo sobre cómo ir concretando y organizando esa articulación. Al principio pensábamos que podría ser junto con los gobiernos progresistas, en el marco del ALBA [Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América]. Pero luego, de común acuerdo, mantuvimos la autonomía de los movimientos y nos conformamos como una articulación independiente.

Articulamos a movimientos populares desde Canadá hasta la Patagonia. Somos más de mil movimientos populares en el continente. Ya realizamos dos asambleas continentales, una en Brasil y otra reciente, en diciembre de 2016, en Bogotá, donde se consolidó una visión política común, una plataforma de luchas comunes, y diversas iniciativas colectivas continentales en términos de comunicación, de formación de cuadros, con diversos esfuerzos de construir escuelas nacionales que a la vez cumplen programas hacia otros países.

Tenemos articulación de los movimientos con TeleSUR y la Radio del Sur; tenemos brigadas internacionalistas comunes que actúan en Centroamérica, Venezuela, Haití; tenemos la voluntad política de impulsar los programas de alfabetización de adultos con el método cubano Yo sí puedo… En fin, estamos avanzando.

– – –
*Entrevista realizada conjuntamente para Lanzas y Letras y Marcha (Argentina)

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Colombia: Comunicado CNA ante el Aniversario del asesinato de Berta Cáceres

Hace un año, balas asesinas, disparadas por sicarios contratados por enemigos de las defensoras y defensores de los derechos de los desprotegidos, de los derechos de la madre tierra, por la defensa de nuestros ríos, nuestra vida y nuestra dignidad; asesinaron cobardemente a la Compañera Berta Cáceres líder del COPINH Honduras, como también atentaron contra la vida del compañero de México Gustavo Castro.

Un año después, no hay Justicia, no hay solución a las exigencias del pueblo hondureño, se intensifica la persecución, el saqueo y la aplicación de un modelo de muerte y destrucción de los movimientos sociales en Honduras, como también de los pueblos Indígenas, Garífunas y campesinos.

Hoy, un año después la lucha continúa, la resistencia se fortalece y la dignidad de los pueblos se pelea.

Un año después continuamos exigiendo Justicia para Berta, Justicia para Gustavo, Justicia para los hermanos de Honduras.

Un año después de la Siembra de Berta estamos que seguros que la sangre de ella se fortalece y corre viva en cada rio, en cata torrente sanguíneo de los que amamos la vida y rechazamos el modelo de muerte.

Un año después manifestamos nuestro compromiso en la lucha por la verdad, la justicia, la reparación y no repetición, en la lucha del pueblo hondureño, en la lucha de las compañeras y compañeros del COPINH. 

¡BERTA VIVE, VIVE, VIVE!
¡COPINH SIGUE, SIGUE. SIGUE!

Coordinador Nacional Agrario de Colombia CNA
Marzo 2 de 2017

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