O Brasil No Caminho Da Fome – Nota do MPA

Desde 2014 o país saiu do Mapa da Fome da ONU. Mas, candidatura de Jair Bolsonaro pode levar ao retrocesso na produção e distribuição de alimentos no Brasil.

No próximo domingo dia 28 de outubro mais de 147 milhões de brasileiros estão aptos a escolher o novo presidente do Brasil. Existem dois candidatos na disputa, com projetos bastantes antagônicos que prometem mudar o rumo do país. Dentre as inúmeras propostas, pouco se fala no processo de abastecimento de alimentos. Tema delicado, já que o Brasil passou recentemente por uma greve “geral dos Caminhoneiros” e uma grave crise de alimentos, tanto de valor como em escassez de produtos, durante os anos de 2008, reflexo de uma crise global.

Foto: Divulgação/Web

Raul Krauser – MPA. (Foto: Divulgação/Web)

Após enfrentar a crise mundial de 2008, o Brasil acenou como uma das principais economias mundiais, e isso levou o país a sair do Mapa da Fome. A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) divulga periodicamente, desde 1990, o Mapa da Fome no mundo, indicando em quais países há parte significativa da população ingerindo uma quantidade diária de calorias inferior ao recomendado. Essa conquista só foi possível, como aponta Raul Krauser do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) por meio de ações paliativas dos últimos governos, em especial durante gestão do ex-presidente Lula, “saímos do Mapa da Fome da ONU basicamente por medidas pontuais, como programa de distribuição de renda, programas de acesso a alimentos, incentivo de restaurantes populares, restaurantes universitários e alimentação escolar, foram processos pontuais que nos ajudaram a sair desse Mapa”, explica o técnico em agropecuária e economista.

Logo após, ocorreu o golpe parlamentar em 2016, e notamos a desestruturação e falta de incentivo para a agricultura familiar por meio da extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário assim que Temer assumiu, seguido do fim da Ouvidoria Agrária Nacional, vinculada ao Incra, e o desmonte de programas como: Territórios Rurais, Territórios da Cidadania, Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária, Programa Nacional de Reforma Agrária, Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, Programa Cisternas e Minha Casa Minha Vida Rural. Isso somado ao congelamento do Plano Safra da Agricultura Familiar que em 2017, foi anunciado pelo governo com um valor R$ 30 bilhões de crédito até 2020 (cerca de R$ 7,5 bilhões por ano). Ao analisar o Plano Safra do Agronegócio que foca nos médios e grandes produtores, notamos que foram liberados R$ 190 bilhões no ano. Essas ações fizeram o Brasil engatar marcha ré, e flerta novamente com o Mapa da Fome.

O processo eleitoral irá decidir para além do nome do novo presidente, também quais rumos a produção agrícola seguirá. Os projetos apresentados pelos candidatos que disputam o segundo turno, estão em caminhos opostos, quando o tema é agricultura familiar e o apoio a redes e movimentos do campo.

Foto: divulgação/web

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Fernando Haddad (PT) durante campanha pelo país afirmou seu apoio a agricultura familiar e diz atender as demandas do setor. Durante o primeiro turno, em Goiânia, o candidato afirmou em comício “Temos aqui uma agricultura familiar que precisa ser fortalecida e o agronegócio, que precisa ser apoiado. Para nós, indistintamente – obviamente, olhando para a agricultura familiar em primeiro lugar –, nós vamos apoiar a geração de empregos. Temos alguma tarefas a cumprir: a primeira delas é melhorar a logística e o escoamento, estradas de rodagem e estradas de ferro, para que a produção possa escoar”, garantiu o petista. Além disso, prometeu garantir mais crédito para os pequenos da agricultura e apoio as redes e movimentos do campo e ativistas ambientais.

Jair Bolsonaro (PSL) ainda se recuperando do acidente ocorrido no primeiro turno, tem ficado em casa e utilizado a internet e redes sociais para informar e comentar suas propostas. Em sua página oficial de campanha consta um documento com a íntegra do plano de governo, dentre o total de 81 páginas, pouco menos de cinco páginas tocam nas questões de abastecimento alimentar ou questões ambientais. O que chama mais atenção, são as inúmeras manifestações do candidato, em especial durante vídeos gravados e postado em sua página oficial, no qual ele ameaça “botar um ponto final em todo o ativismo no Brasil”. No dia 09 de outubro, Bolsonaro deu entrevista à TV Bandeirantes e afirmou que “para acabar com a briga do Ministério do Meio Ambiente com a Agricultura, nós vamos fundir esses ministérios, no Ministério da Agricultura e Meio Ambiente. Não pode ter esse ativismo xiita ambiental no Brasil. Nós devemos botar um ponto final na indústria das demarcações de terras indígenas”. Deixando claro, sua intenção em nomear um ministro do setor produtivo (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA) que irá gerir a nova organização ministerial.

Bolsonaro ao lado do seu futuro ministro da agricultura, Luiz Nabhan, presidente da União Democrática Ruralista (UDR). Foto: divulgação/ web

Bolsonaro ao lado do seu futuro Ministro da Agricultura, Luiz Nabhan, presidente da União Democrática Ruralista (UDR).
Foto: divulgação/ web

Além disso, as propostas econômicas de Bolsonaro, ameaçam acentuar o processo de fome crônica e aguda vigente no país, é o que avalia Raul Krauser. Para ele o programa “ultraliberal de redução do estado do Bolsonaro, no qual ele afirmar reduzir orçamento para alimentação escolar, reduzir orçamento das universidades, dos hospitais, do bolsa família, reduzir o orçamento para aquisição e distribuição de cesta básica, irá gerar um conjunto de famílias que eram beneficiadas por esses programas, que vão retornar ao Mapa da Fome da ONU”Raul ainda aponta que é “trágico as propostas de Bolsonaro, pois ele só considera o mercado externo numa logica contraditória ao meio ambiente no qual existe a liberação de agrotóxico e legalização do desmatamento”, afirma o representante do MPA.

Raul Krauser ainda durante entrevista comentou que nas normativas da divisão internacional do trabalho, sempre coube ao Brasil ser um exportador de commodities agrícolas, alimentares ou não. Sua política econômica voltada para fora, tornando a economia dependente de valores de exportação e com abastecimento do mercado interno por meio da importação sempre foi um funil de pressão em cima do pequeno agricultor e dos consumidores.

Para ele uma das principais crises alimentares que enfrentamos em 2008 foi reflexo da falta de enfrentamento na estruturas e oligarquias rurais. Nas palavras de Raul existe “uma grande área de camponeses em sub-produção ou sem produzir, pela falta de mercado interno, pela falta de escoamento da produção. O Brasil, quando passou por uma inflação dos alimentos nos mercados, esse aumento só ficou na banca do mercado, porque na roça esse alto valor não chegou. Isso deixando evidente que se não tiver uma política e ações para circulação de mercadoria interna, você não estimula a produção de alimentos saudáveis”. Para integrante do MPA qualquer política de estado que não considere fazer reformas estruturantes como a reforma agrária, um melhoramento na distribuição de alimentos e circulação da produção, sempre levará a uma crise alimentar.

Foto: Adilvane Spezia / MPA e Rede Soberania

Foto: Adilvane Spezia / MPA e Rede Soberania

Movimentos do Campo X Agronegócio

O candidato Jair Bolsonaro ao longo da sua campanha inúmeras vezes fez ameaças aos movimentos do campo, em discurso durante atividade em Vitória – ES no primeiro turno, ele afirmou “àqueles que me questionam se eu quero que mate esses vagabundos, quero, sim. A propriedade privada numa democracia é sagrada. Invadiu, pau nele”, afirmou Bolsonaro. Isso demonstrando que o candidato desconhece as ações desses movimentos e camponeses da agricultura familiar. Por exemplo, a COOPAT uma cooperativa na qual trabalha 400 famílias assentadas do Rio Grande do Sul formam atualmente a maior marca de arroz orgânico da América Latina: a Terra Livre. Arroz totalmente produzido em assentamentos de reforma agrária com técnicas agroecológicas.

Além disso, segundo dados do Censo Agrícola de 2006 a agricultura familiar foi responsável pela produção total de 87% da mandioca, 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz e 21% do trigo do Brasil. Na pecuária, é responsável por 60% da produção de leite, além de 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos do país. Esses índices demonstram que são ações dos camponeses, movimentos sociais e ativistas ambientais que levam comida todos os dias a mesa do trabalhador e ajudam a manter o país fora do Mapa da Fome da ONU.

Raul comenta que as ameaças de Bolsonaro aos movimentos do campo, são reflexos de uma política focada no agronegócio, e para ele isso é um risco, pois coloca o Brasil na total dependência de “uma agricultura baseada em milho, soja e trigo, que é a simplificação da dieta baseada em commodity. No qual a população se alimenta na base do biscoito, carne cheia de hormônios, isso aumenta o quadro da fome crônica, que é a fome que o organismo sente por falta de determinadas vitaminas e minerais que não estão disponíveis nesse tipo de alimentos”, ele ainda assegura que essa política defendida por Bolsonaro “vai expulsar os camponeses do campo, aumentando a concentração na cidade, irá reduzir o dinamismo do mercado interno, vai diminuir renda e emprego, excluindo grande parte da população do mercado interno. Com isso criando um círculo vicioso que gera mais pobreza no contexto do país como um todo. Por isso que falamos que o agronegócio gera pobreza”

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Venezuela: Congreso de Comunas: ¿cómo trascender del compromiso a los hechos? Comunicado de CRBZ

Acaba de concluir una primera fase del Congreso Nacional de Comunas. Según anunció el presidente Maduro, éste se desarrollará durante sesenta días más para construir y desarrollar las propuestas a un nivel más detallado. Luego de días de debate, se dio el encuentro de cierre con el Presidente de la República, en el cual el propio Nicolás Maduro asumió como aprobadas las propuestas presentadas por los y las comuneros(as). Esto, sin duda, es de suma importancia, sobre todo si consideramos la pérdida de centralidad que viene experimentando en el discurso oficial el tema comunal y de la profundización del poder popular. Que el presidente Maduro haya asumido públicamente estos compromisos, significa que el gobierno nacional en su conjunto y las alcaldías y gobernaciones deben alinearse en función de su cumplimiento. Así, retoma nuevamente importancia en el accionar de gobierno el tema comunal, en virtud del compromiso asumido por la primera autoridad del Estado venezolano, del gobierno y del Psuv.

Esto no es un asunto menor, puesto que la profundización de la construcción comunal es nada más y nada menos que el horizonte estratégico definido por el comandante Chávez para el modelo de democracia revolucionaria y de transformación de nuestra sociedad en su tránsito hacia el socialismo. Es en la comuna, en sus sistemas de agregación, en su potencialidad de productividad económica, en su capacidad para generar formas de administración y gestión de los servicios y de la satisfacción de las necesidades básicas, desde estructuras organizativas basadas en la participación y el protagonismo de la gente, donde se gesta la posibilidad de una sociedad en la cual la propia gente tome las riendas de su destino para que éste no sea conducido por élites económicas y políticas. De allí la importancia de que se haya realizado el congreso y de que los resultados, expresados en el compromiso del presidente Maduro, apunten en esa dirección.

Ahora bien, creemos a su vez que estos nuevos acuerdos deben implicar un necesario balance de compromisos similares asumidos anteriormente por el Ejecutivo Nacional. Por ejemplo, la agenda de trabajo con la cual se comprometió el presidente Maduro el 15 de agosto de 2015, en la cual comprometió, además, un número importante de autoridades del alto gobierno.

En ese cuerpo de acuerdos se planteó avanzar en materias como la policía comunal, los planes de defensa territorial, la incorporación de los planes de desarrollo comunal al sistema de planificación nacional, la creación de un sistema nacional de imprentas comunales, la creación de una red para la distribución y comercialización de la producción comunal y de una empresa grancomunal de producción y distribución, la creación de una superintendencia del sistema económico comunal, la construcción de un plan de trasferencia de competencias para la administración y gestión de servicios, un plan de transferencia de administración y gestión de areneras, granzoneras, caleras, entre otros, la determinación por parte de la banca de carteras de financiamiento a las comunas, el impulso del sistema agrícola comunal que implicaba, entre otras cosas, la creación de un plan agroindustrial para las comunas y un banco de semillas, la asignación de un código único de compra de suministros para las comunas y otras organizaciones socioproductivas para acceder de manera preferencial a agroinsumos, cemento, materiales de hierro y acero, así como a la producción de empresas públicas de alimentos.

Haciendo un balance al día de hoy, preciso es señalar que muy poco fue lo que se cumplió y mucho fue en lo que ni siquiera se avanzó. Allí se impuso la lógica de la burocracia, del desgaste, de la dilación, de los intereses políticos grupales, de las cuotas de poder regional y municipal, y también de la corrupción y las mafias. ¿Cómo hacer para que el resultado de este balance no se repita y podamos, realmente, avanzar en los objetivos planteados? ¿cómo retomar parte de esta agenda pendiente e incorporarla a la agenda actual?

Primero, creemos que además del desarrollo detallado de las propuestas, es necesario la definición de prioridades, la construcción de planes y cronogramas de ejecución, y las orientación de recursos específicamente dirigidos, así como la definición de responsables de tareas en los distintos niveles de gobierno y de las instancias organizadas de las comunas; estos planes y cronogramas deben ser revisados periódicamente y deben ser evaluadas las razones de posibles incumplimientos y retardos para determinar responsabilidades y tomar decisiones al respecto.

Segundo, es impresdindible que esto se haga de cara al país, de forma pública y transparente, sin opacidades de ningún tipo; para ello, debe aprovecharse la utilidad de la internet y de las tecnologías de la información y la comunicación.

Tercero, es clave que las comunas cuenten con instancias y canales en el gobierno para poder elevar la denuncias sobre trabas, dilaciones, desvíos de recursos en la medida en que esto ocurra: estos canales deben ser de efectividad inmediata.

Cuarto, debe haber espacio y vías para que los medios de comunicación públicos se conviertan en altavoces tanto para los pasos que se vayan dando en los procesos de cumplimiento de los acuerdos, como para las críticas, alertas, denuncias que haya que hacer.

Quinto, debe haber un peso determinante de los y las constituyentistas del Sector Comunas y Consejos Comunales electos por el pueblo comunero en elecciones libres y directas; el poder transferido por la base comunera a estos servidores públicos debe traducirse en una expresión contreta y debe ser reconocido en su justa magnitud por las instituciones del gobierno nacional, regional, municipal, así como por los demás órganos que conforman el Estado.

El pueblo comunero y quienes impulsamos y acompañamos la construcción comunal hemos demostrado ser uno de los acumulados de mayor trascendencia en todos estos años de revolución; es aquí donde se concentra la base popular más comprometida con las transformaciones profundas, esas que atañen a la profundización de la democracia, la defensa de la soberanía, el desarrollo productivo. Quienes formamos parte del sector comunero hemos demostrado, además, absoluta lealtad con la revolución, con el gobierno bolivariano y con el presidente Maduro. Aquí estamos, rodilla en tierra, firmes en la defensa del legado del comandante Chávez. Nuestra combatibidad y capacidad de lucha será puesta íntegramente en el esfuerzo de dar cumplimiento a estos nuevos acuerdos. La institucionalidad del gobierno bolivariano en todos sus niveles y la institucionalidad toda del Estado debe también dar un paso al frente y asumir la tarea. Está en juego el horizonte estratégico de la revolución.

 

Coordinación Nacional Corriente Revolucionaria Bolívar y Zamora

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Brasil: Ato Semiárido Pela Democracia Reafirma Necessidade De Eleger Governo Popular

Às margens do Rio São Francisco, mais de 200 caravanas dos estados do Semiárido brasileiro se reuniram na tarde deste sábado (20) em Petrolina (PE) e se deslocaram para Juazeiro (BA). A efervescência política nesse período de 2º turno de disputa eleitoral no país motivou a realização de um Ato Político e Cultural com o tema “Semiárido pela Democracia”.

Proposto por diversos Movimentos Populares de todo o Semiárido, o evento foi um momento místico, onde bandeiras, camisas, adesivos, poesias e músicas deram o tom do movimento que teve o objetivo de dizer ao Brasil e ao mundo que os povos do Semiárido defendem a garantia da liberdade, da cidadania e do conjunto de direitos assegurados pela Democracia brasileira.

Foto: ASA

Foto: ASA

“Nós estamos aqui hoje para dizer que somos um povo inteligente, que o Semiárido tem lutadores e lutadoras”, enfatizou Naidison Quintella, Coordenador nacional da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), ao animar a multidão para dar início à caminhada. “Nós queremos dizer ao Brasil que nós queremos um Brasil com terra para todo mundo, com água para todo mundo, com escolas (…). Não queremos e não vamos votar em quem defende a tortura, a violência”, externou Naidison.

O Ato demonstrou a força dos Movimentos Populares que ao longo da história do Brasil vem lutando pela garantia de direitos básicos como acesso à terra, água, moradia, alimentação, educação, comunicação, por exemplo. Além disso, foi reforçada também a luta contra o autoritarismo e posturas fascistas representadas pelo candidato a presidente da extrema direita, Jair Bolsonaro. “Um fascismo às vezes declarado, às vezes não, mas agora bem claro. E eu acho isso absurdo, parece que a história não nos ensinou nada, nem aqui nem na Itália”, alertou o italiano Nicola Andrian que sobre a Ponte Presidente Dutra cantou O Bella Ciao, considerada como canção da resistência italiana contra o fascismo.

Foto: ASA

Foto: ASA

A representante da Via Campesina, Rafaela Alves, chamou atenção para a diversidade do Brasil, onde jovens, mulheres, sem terra, LGBT, negros, indígenas, entre outras identidades constituem “o povo que constrói a riqueza desse país”. Rafaela foi uma dentre as/os demais militantes que se posicionaram contra o candidato Jair Bolsonaro, acusado de racista e homofóbico, e incentivador de outras formas de discriminação. “Como vamos construir um país sem essa diversidade ser respeitada?”, questionou a representante da Via Campesina. Rafaela ainda afirmou: “A gente não quer mais ver a fome, a miséria, a ditadura militar”.

Firme até o final do Ato, por volta das 20h, o agricultor José da Silva Campos, do interior de Uauá (BA), disse que foi importante participar do ato e votar para garantir “que o país mude com dignidade” , destacando que se Fernando Haddad não for eleito haverá muito “sofrimento pra toda população e nós não deseja isso nós deseja o que é bom”, opinou. Com a mesma preocupação, a psicóloga Maria José Aroucha, lembrou que os diversos segmentos no Brasil conquistaram direitos ao longo desses anos de Democracia, a exemplo dos trabalhadores/as, das mulheres, nordestinos/as, que “não tinham voz, que não tinham expressão (…) e hoje essas pessoas são vistas como gente. Então não podemos perder esse momento da Democracia”, defendeu.

Foto: ASA

Foto: ASA

Ao final do Ato Político e Cultural, o representante da ASA, Alexandre Pires, leu uma Carta do candidato Fernando Haddad enviada em resposta a um Documento enviado pela Articulação, no qual defende a Convivência com o Semiárido. Dentre os compromissos firmados pelo presidenciável com o conjunto de instituições que compõem a ASA, um deles foi a ampliação do Programa Um Milhão de Cisternas.

Em todo o Brasil, milhares de pessoas também foram às ruas para defender a candidatura de Fernando Haddad e Manuela D’Ávila, considerando, sobretudo, a possibilidade de eleger um governo que aceite ser questionado em outros atos como esses, ao invés de eleger um governo que pode dar origem a uma nova ditadura no país.

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EEUU: Construyendo la soberanía alimentaria en el contexto de la crisis del capitalismo

La IV Asamblea Nacional de la Alianza por la Soberanía Alimentaria de los Estados Unidos (USFSA por sus siglas en inglés) se dió del 12 hasta al 15 de octubre de 2018 en la pequeña ciudad de Bellingham, estado de Washington.

La ATC fue invitada como parte de la delegación internacional que acompaña el proceso para dar aportes desde la perspectiva de la CLOC-Vía Campesina en América Latina.

Fausto Torrez, responsable de relaciones internacionales de la ATC y staff de la CLOC-VC Centroamérica en su intervencion durante la plenaria “Construyendo la Soberanía Alimentaria en el contexto de la crisis” Agradeció Saulo y a la Alianza por la invitación a compartir la experiencia.

Hizo un recorrido por Latinoamérica porque tiene un enlace con Norteamérica, sobre todo en lo que es la crisis del capitalismo y cómo impacta la soberanía alimentaria”. Enfatizó.

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A continuación parte de lo que dijo el Sr. Torrez:

Apartir de la segunda mitad del siglo veinte, se desplazó sobre el continente una ofensiva neoliberal en donde el capitalismo pasó hacer mucha devastación en el campo y en la ciudad. Este fenómeno llevó a cabo la creación y el fortalecimiento de la OMC y tratados de libre comercio. Es un momento histórico muy difícil que ha creado una crisis en la agricultura – el extractivismo, la geoingeniería, el acaparamiento de tierra, la represión, la criminalización de movimientos sociales. La madre tierra no puede soportar los conflictos del consumo y la explotación. Hay una etapa de descampenización. Los conflictos en el mundo por el avance del capitalismo han creado un avance grande de la migración, en este caso, migración causada por razones ambientales, que son desplazados de sus comunidades, que rompen con el orden estructural del país y además son mal vistos en los países de destino.
En la actualidad, hay un choque de dos modelos de producción: uno de los que impone el capitalismo que es el modelo de agroexportación o agronegocio, una agricultura convencional llena de químicos y tóxicos. El otro modelo es una agricultura campesina que requiere tierra, agua y territorio para promover la reforma agraria, que es la base fundamental para la soberanía alimentaria. Es la agricultura familiar campesina. Entonces en el campo nacional e internacional, esta crisis ha provocado mucha movilización social.

Estamos viviendo fenómenos muy difíciles. Nosotros en Nicaragua decimos que en América Latina, pasamos de la democracia a la barbarie.

Dos académicos norteamericanos estremecieron el mundo: Gene Sharp y William Lind. El primero, escribe toda una temática sobre los golpes blandos y segundo, todo un tema con respecto a la guerra de la cuarta generación. Esta teoría, sin embargo llevó a prácticas muy complejas: la revolución de colores en los antiguos países cercanos a la Unión Soviética, la Primavera Arabe en los países en el medio este, y los golpes suaves en Latinoamérica.

Tienen en la cárcel un líder obrero, Ignacio Lula da Silva, estremecen a Maduro en Venezuela, quitaron a Correa en Ecuador, bajaron a Cristina Kirchner en Argentina, y subió el fascismo en Macri y con Duque en Colombia. Posiblemente con Bolsonaro en Brasil.

Este conflicto de los golpes blandos y los golpes suaves inició en América Latina con Mel Zelaya en Honduras y Fernando Lugo en Paraguay. Y eran conflictos que iniciaron con temas de tierra. Y ahora recientemente en Nicaragua.
¿Porque decimos que son golpes suaves? Porque están creando fascismo en América Latina. Voy a poner un ejemplo muy rápido. La idea de Gene Sharp y William Lind, el segundo fue miembro del ejército de los Estados Unidos, fue cambiar el tanque de guerra por las redes sociales, con una sociedad que tiene poca formación política y ideológica. Terminan repitiendo lo que dicen las grandes cadenas internacionales. Un tema que no es nuevo. Ya en Alemania en el 1930, un Nazi dijo, “una mentira repetida mil veces se convierten en la verdad.” Todo esto lo ha creado el capitalismo salvaje.

Hace 115 años, un político Ruso llamado Lenin dijo, “que hacemos?” Y yo voy a sugerir desde la línea de la Vía Campesina, en América Latina y la CLOC, algunas ideas que podrían llevar, algunas soluciones, que ustedes y nosotros compartimos para promover la soberanía alimentaria.

Primero, hay que convertir la transición justa en una posibilidad.

Hay que romper con el patriarcado.

Nosotros creemos que se deben mejorar las condiciones de vida de la clase trabajadora.

Libertad sindical.

Derechos humanos, debemos luchar por los derechos de los pueblos originarios, que son la garantía estable de la madre naturaleza
Hay que luchar contra la misoginia, la xenofobia, y la represión.

Una de las tareas de LVC es promover la reforma agraria popular e integral. Garantizar la tierra, agua y territorio a quienes producen alimentos.

Por esta razón es fundamental, que teniendo tierra, podamos promover la soberanía alimentaria a través de la AE que se trata de recuperar las saberes ancestrales y promover la metodología campesino-a-campesino.

Al nivel de América Latina, nosotros tenemos 9 escuelas de agroecología o institutos de agroecología en Brasil, Paraguay, Colombia, Cuba, y Nicaragua. No formamos agrónomos. Formamos campesinos militantes que puedan enfriar el planeta y que no cumplan las tareas de Monsanto, Syngenta, Cargill y Bayer.

Lograr la soberanía alimentaria es el primer paso para la emancipación de la clase trabajadora. Y este primer paso nosotros lo tomamos en el sur y ustedes en el norte para transformar y hacer un mundo más justo.

El capitalismo en la actualidad no va a superar los problemas de hambre en el mundo. Va a crear más crisis.

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Entonces, nosotros podemos resolver esta crisis mediante la movilización social. En los Estados Unidos y América Latina, la lucha de clases es la misma. Tenemos que transformar la sociedad desde la base. No desde los gobiernos porque ellos responden a los intereses de las transnacionales.

Así que La Vía Campesina nos sentimos contentos porque ustedes y nosotros compartimos una misma idea. El internacionalismo no es un lobby – es la lucha social por cambiar este sistema. Por eso creemos que el mismo capitalismo crea sus propios enterradores. Estamos ganando más fuerza para poder crear una sociedad más justa y esto es el centro de la lucha de La Vía Campesina.

Pueden encontrar el vídeo de la intervención en la pagina de los Amigos de la ATC:

 

https://www.facebook.com/friendsatc/videos/342269589673212

Articulo tomado de:  Friends of the ATC, Nicaragua

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Brasil: Soberania Alimentar E O Que Está Em Jogo Nesta Corrida Presidencial

Na semana em que celebramos o Dia Mundial da Alimentação e da Soberania Alimentar, 16 de outubro, pouco temos a comemorar, hoje, uma em cada nove pessoas sofrem de fome crônica, ao mesmo tempo em que 1,9 bilhões de pessoas estão acima do peso no mundo, como informa a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no seu fôlder da campanha deste ano do Projeto #FomeZero. Segundo o relatório global da entidade publicado em 16 de setembro de 2014 em Roma, apontava o Brasil fora do Mapa da Fome, porém, dois anos após o golpe midiático e parlamentar – que tirou uma presidenta democraticamente eleita -, o país corre sérios riscos de voltar a esta triste e famigerada realidade. As Políticas Públicas adotadas pelo Governo de Michel Temer têm levado o país há um cenário de escassez alimentar e mais grave que isso, a beira da miséria as custas dos mais pobres.

Porém não é apenas a Soberania Alimentar ou a volta ao Mapa da Fome que está em jogo nesta corrida presidencial, diz respeito diretamente a vida da população brasileira. Aqui buscamos listas algumas da Políticas Públicas criadas pelos governos Lula e Dilma que transformaram profundamente a vidas das famílias camponesas e da agricultura familiar, políticas estás que tem sofrido fortes ataques no governo ilegítimo de Temer e que se, o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, for eleito, podem ser consideradas extintas já que em seu programa de governo ele não prioriza a Agricultura Familiar e Camponesa, e sim para o Agronegócio, representando pela Bancada Ruralista que já declarou apoio a sua candidatura.

Entre as Políticas Públicas que nesses últimos anos ajudaram o Brasil a construir um país mais justo, mais igualitário e que construíram para com a Soberania Alimentar do povo brasileiro estão:

O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) foi um dos principais programas de fortalecimento da Agricultura Familiar e Camponesa. “Em 2001 tínhamos um investimento de 2 bilhões de reais por ano do orçamento, e enceramos 2016, que foi o ano do golpe, com 30 bilhões de investimento por ano do orçamento do Pronaf para a Agricultura Familiar e Camponesa”, relata Charles Reginatto, da coordenação nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). O programa foi fundamental para nacionalizar essa política de investimento de custeio, sem contar que empodeirou as famílias, tirando muitas delas da linha da pobreza e deu condições para que cada uma pudesse produzir o seu próprio alimento, sem contar que o programa foi fundamental na diversificação da Agricultura Familiar e Camponesa e no aumento da renda das famílias, o que tirou, com certeza, muitos agricultores e agricultoras da pobreza extrema. Famílias que recebiam alimentos, passaram a produzir para o seu sustento e passaram a comercializar uma diversidade de produtos, afirma Reginatto.

Outro programa que foi fundamental, – e que compõe as lutas históricas do MPA -, é o Programa Minha Casa Minha Vida, e como parte dele o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), política está que tornou possível a construção de mais de 150 mil casas no campo. Como descreve Reginatto, “casas bonitas, casas que trouxeram dignidade as famílias e que nós chegamos no final de 2016, ano do golpe, com uma linha de investimento com para as famílias mais pobres com subsídios de mais de 30 mil reais, por beneficiário”. Com o governo Temer o Programa sofreu cortes drásticos, comprometendo sua viabilidade no campo.

Se formos mais criteriosos, percebemos que outra Política Pública que transformou o modo de vida no campo, foi o Programa Nacional de Eletrificação Rural Luz para Todos, conforme Reginatto, o programa “levou energias para mais de 8 milhões de famílias, muitas delas saíram da escuridão e seus filhos não precisam mais estudar segurando uma vela. Realidade esta que o Luz para Todos transformou, fazendo com que as famílias saíssem do século XIX para o século XX em poucos minutos”. Em 12 anos do Programa, completos em 2016, os investimentos somavam 22,7 bilhões de reais, 16,8 bilhões do governo federal e o restante aportado por governos estaduais e distribuidoras de energia.

Diretamente ligados a Produção de Alimentos Saudáveis e a Agricultura Familiar e Camponesa estão o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que são programas complementares. Destes programas conforme explica o dirigente do MPA:

– “Tinham um investimento de mais de 4 bilhões, chegando a quase 5 bilhões juntos, programas estes que ajudavam a fortalecer a cooperação, o cooperativismo, o associativismo, dinamizava a economia regional e local. Assim como, contribuiu para a criação de pequenos negócios, acabou com os atravessadores, ajudou na geração de emprego e renda. Tínhamos uma produção de alimentos orgânica e agroecológica, e, conseguíamos fazer chegar, por meio destes programas, alimentos saudáveis na merenda escolar, nos hospitais e creches”, completa ele.

Já o Programa Água para Todos transformou de forma histórica a vida da população do semiárido, associado ao Programa de Segurança Alimentar e Nutricional do Governo Federal era destinado a população em situação de extrema pobreza. “Com a construção de cisternas, com acesse a água para consumo e para a produção, o Programa Água para Todos, assim como os outros programas, tirou milhões de pessoas da extrema pobreza, sem contar aquelas que conseguiram ter acesso a água para produzir e consumir”, descreve Reginatto.

Nesses dois anos do golpe o povo brasileiro teve uma perda, ou seria uma retirada, extraordinária dos direitos da Classe Trabalhadora e quando direcionamos nosso olhar especificamente para as políticas públicas destinadas para a Agricultura Familiar e Camponesa, nos damos conta que o golpe, nestes dois anos de governo Temer foram devastadores. Imagina o que significa o Bolsonaro presidente por quatro anos, ele vai acelerar a retirada de direitos em todas as áreas, no campo e na cidade.

O dirigente do MPA faz ainda um alerta, “mas uma das coisas mais preocupantes que vamos ter com a eleição de Bolsonaro é o fim da aposentadoria rural, com a Reforma da Previdências eles querem tirar o direito dos homens e das mulheres de se aposentar, as mulheres aos 55 anos e os homens aos 60 anos. Muitas pessoas não vão conseguir provar suas atividades rurais porque vão ter que fazer contribuições mensais e individuais, sem contar que querem aumentar a idade mínima para os 67 anos”.

Neste momento histórico, não há outro caminho para reestabelecer essas políticas públicas criadas ao longo dos 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores, para termos novas políticas públicas e melhorar as já existentes, é Haddad presidente, avalia Reginatto, “Nós não temos dúvidas neste momento da importância que é o Haddad se tornar presidente da República e em hipótese alguma podemos deixar que o Bolsonaro se torne presidente”, afirma ele.

É importante termos claro que, quando Bolsonaro trata de que devemos ter um Estado Mínimo, um Estado Menor, que temos que ter um Estado Eficiente, que é preciso cortar gastos, que o Estado Brasileiro deve ser administrado como as finanças das nossas famílias, está mensagem é para dizer o seguinte, os pobres não vão estar no orçamento federal, e de fato, os pobres não estão inclusos em seu Plano de Governo. “Então neste momento, para garantir a nossa Soberania Alimentar e Nacional é preciso nos organizar ir para rua e fazer muita campanha para que elejamos Haddad e Manuela presidente do Brasil para que a gente possa ter novamente um país mais feliz e que a esperança vença o ódio”, conclui Charles Reginatto, do MPA.

Se “As Nossas Ações São o Nosso Futuro”, como diz o lema central da Campanha deste ano da FAO, é preciso refletir sobre qual é o país que queremos, pois está não é só mais uma eleição, o que está em jogo é um governo democrático e popular x um governo neoliberal e fascista.

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Chile: Inicia la IV Escuela Continental de Mujeres del Campo CLOC-LVC

Orilla de Auquinco, octubre de 2018

La IV Escuela Continental de Mujeres del Campo de la CLOC-LVC tuvo inicio en el día 16 de octubre, en el marco de la celebración del día mundial de la Mujer Rural y del Día Mundial de la Soberanía Alimentaria de los pueblos y contra las trasnacionales, que es la lucha en defensa de nuestros territorios, nuestra alimentación, las vidas de nuestros pueblos y la defensa de nuestras semillas, que preservamos, multiplicamos y mantenemos nuestra gran biodiversidad de alimentos en el continente.

Hasta el 02 de noviembre, las protectoras de la tierra, la alimentación y de la vida, inspiradas en avanzar y tejer juntas salidas contra todas las violencias del capitalismo en cada territorio se fortalecerán en el proceso de formación política que se desarrolla en la Escuela Nacional de Agroecología “Sembradoras de Esperanzas” ubicado en la localidad de La orilla de Auquinco, Comuna de Chépica. Construyendo colectivamente las mujeres del campo de América Latina, con fuerza y sabiduría, caminos de esperanza hacia la emancipación de las mujeres y de los pueblos.

En esta oportunidad la organización anfitriona es la Asociación Nacional de Mujeres Rurales e Indígenas ANAMURI, junto a la CLOC – LVC Chile que con la mística de las luchas campesinas recibió a las 36 compañeras venidas de los siguientes países: Honduras, Guatemala, Nicaragua, El Salvador, Puerto Rico, Cuba, Panamá, Colombia, Venezuela, Ecuador, Perú, Bolivia, Paraguay, Argentina, Brasil y Chile. Expresando toda la diversidad de mujeres que formamos parte de las luchas de las mujeres del campo del continente.

La Escuela Continental de mujeres es un proceso que busca fortalecer la formación política ideológica con perspectiva feminista para las mujeres dirigentes, luchadoras de organizaciones campesinas, Indígenas, Negras y populares de las organizaciones miembros de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones Campo y La Vía Campesina.

La escuela que se realiza cada dos años, además de ser un espacio de encuentro, reflexión, intercambio de experiencias y formación política feminista para mujeres, busca avanzar y profundizar el debate en construcción del feminismo campesino y popular, fortaleciendo el proceso político – organizativo de la articulación de mujeres de la CLOC – LVC.

En concordancia a los objetivos de la escuela el programa de estudio aborda temáticas relacionadas a contextos de luchas comunes desde la identidad campesina, las semillas y la soberanía alimentaria; los efectos del capitalismo y el patriarcado en el campo; feminismos y diferentes corrientes teóricas; la teoría marxista y la lucha feminista, y el pensamiento de las luchadoras feministas y socialistas, entre otros.

Con Feminismo, habrá socialismo

¡Alimentamos a nuestros pueblos y construimos movimiento para cambiar el mundo!

Con Feminismo y Soberanía Alimentaria!

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Brasil: A Parte Podre Da Igreja Católica – Por Sérgio Görgen

O candidato fascista à Presidência da República, falando a um grupo de latifundiários que não querem a demarcação de áreas indígenas, ataca o Conselho Indigenista Missionário, CIMI, organização da Igreja Católica que atua junto aos povos indígenas em defesa de seus direitos.

Mas não se atém ao CIMI. No vídeo que chegou ao público brasileiro pelas redes sociais, o candidato da extrema direita vai mais longe: diz que a CNBB é a parte podre da Igreja Católica.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é um colegiado episcopal que representa o conjunto da Igreja do Brasil. É a cabeça de todo o corpo.

A Colegialidade sempre houve no cristianismo em sua tradição católica, desde o tempo dos primeiros apóstolos que se reuniram em Jerusalém depois da Ressurreição de Jesus e decidiam em conjunto como fazer para viver e anunciar o que aprenderam do Mestre.

Mas as formas modernas de Colegialidade, como as Conferências Episcopais nacionais ganharam força com o Concílio Vaticano II realizado entre 1962 a 1965.

Dom Helder Câmara ajudou a criar a CNBB e foi seu primeiro Secretário Geral.

Por sua Presidência passaram bispos de enorme envergadura, como Dom Aloísio Cardeal Lorscheider, Dom Ivo Lorscheiter, Dom Luciano Mendes de Almeida, já falecidos, além de Dom Jaime Chemello, hoje emérito da diocese de Pelotas.

Hoje é presidida pelo Cardeal de Brasília, Dom Sérgio Rocha, homem terno e sereno, homem de escuta e diálogo e de uma espiritualidade forte que transparece a todos que com ele se relacionam.

A CNBB é uma das instituições mais respeitadas pelo povo brasileiro, sempre ao longo da história recente do Brasil, com posições firmes e claras, mas equilibradas, coerentes e solidárias com o povo brasileiro. Não esqueçamos que o grande movimento para a superação da fome e da miséria, que resultou em ações de governo e de estado, nasceu numa Semana Social da CNBB, depois com desdobramentos intensos com Betinho e Dom Mauro Morelli.

O que fez o candidato ao chamar de “parte podre” a CNBB?

Desrespeitou e ofendeu a todos os católicos. Feriu a memória dos grandes que já partiram e presidiram a Conferência e que fizeram pela Nação muito mais que o deputado há trinta anos na Câmara. Ofendeu a honra de todos os ex-presidentes da entidade-cabeça da Igreja do Brasil. Mostrou falta de respeito com o Cardeal atual presidente.

Chamou a CNBB de “parte podre” porque se destaca defendendo os pobres e seus direitos.

Os ataques ao CIMI, à Pastoral da Terra, aos religiosos e religiosas que atuam junto ao povo pobre deste país em defesa de seus direitos, já vem de tempos. Somos vítimas de agressão, desprezo, perseguição e violência há décadas. Muitos testemunharam sua coerência com o Martírio, como Padre Josimo, Irmã Adelaide Molinari, Padre Exequiel Ramim, Padre Burniê, Irmã Doroty, Santo Dias da Silva, só para citar alguns.

O CIMI é o maior testemunho de uma pastoral de risco, evangelicamente solidária com os mais pobres entre os pobres, sinal real do Senhor Crucificado e Ressuscitado entre nós.

Temos casca grossa e sabemos que somos atacados e por que o somos, às vezes até por católicos, que pensam que religião é só rezar para aliviar a consciência sem se envolver com a dor dos pobres de hoje. Ou católicos ricos que usam da Igreja para defender seus interesses de classe e excluir dela os pobres, que então buscam Jesus em outras denominações.

Mas quando se faz um ataque deste quilate à Cabeça da Igreja, é sinal de que o conservadorismo violento deu um passo à frente. Quer intimidar toda a Igreja de Cristo no Brasil.

Lembro uma frase de Jesus: “ se fazem isto ao lenho verde, o que farão com o seco?”

O lenho seco somos nós das pastorais sociais, misturados com as dores, as alegrias e esperanças dos pobres, os preferidos de Jesus. Se for eleito – luto para que não seja – tristes dias espera o povo e nós com ele.

Responderemos com as atitudes de sempre. Perdoar, mesmo sabendo “que sabem o que fazem” e que interesses defendem. Jesus pediu até o perdão aos inimigos, reconhecendo que o Evangelho do Reino tem inimigos. O perdão cristão pessoal não significa ceder um milímetro na defesa dos pobres e dos perseguidos.

Por que isto, além de amor e paz como referenciais para a vida e a convivência, encontrarão em nós solidariedade com os pobres e destemor e firmeza em sua defesa, mesmo com as todas as implicações que daí virão. Não nos intimidarão, pois Jesus nos diz: “tenham coragem, eu venci o mundo”.

E dirijo humildemente minha prece ao Pai para que os atuais bispos do Brasil se inspirem no nosso único Mestre Comum, Jesus de Nazaré e na memória sempre viva de Hélder, Aloísio, Ivo, Luciano, e tantos outros, nestes tempos difíceis de nossa história nacional.

 

Por Frei Sérgio Antônio Görgen ofm | Frade Franciscano, Militante do MPA e autor do livro “Trincheiras da Resistência Camponesa”

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Haití: La gente se moviliza contra corrupción del gobierno y reivindica Petrocaribe

por CRBZ Venezuela

Fuertes movilizaciones están ocurriendo en Haití el día de hoy, de las cuales han circulado videos y fotografías en las redes sociales. Sin embargo, es poca la información precisa que circula sobre las causas de estas protestas y las demandas que plantea el pueblo haitiano. Así mismo, han proliferado versiones confusas dirigidas a enturbiar el escenario y perjudicar a Petrocaribe y a los procesos de integración de los pueblos, procurando tender un cerco informativo que invisibilice al pueblo haitiano y sus exigencias.
Prensa de la Corriente Revolucionaria Bolívar y Zamora conversó con Alcides García Carrazana, Coordinador del Frente de Comunicación de la Secretaría Operativa de Alba Movimientos, quien se encuentra en Puerto Príncipe y puede ofrecer una mirada cercana de los hechos.

¿Cuál es la razón de las movilizaciones que se han dado hoy en Haití?

Lo primero que hay que señalar es que no hay en las movilizaciones ningún aspecto crítico con respecto a Petrocaribe como programa y mucho menos contra el Gobierno Bolivariano de Venezuela y a lo que ambos significan. Todo lo contrario. Hay total claridad en los liderazgos del campo popular haitiano en cuanto al reconocimiento al programa solidario que es Petrocaribe y a la obra de Chávez al crearlo, y con respecto a todo lo que implican los fondos de Petrocaribe y su destino social desde los vínculos con los gobiernos.

El campo popular haitiano reivindica esto y lo reconoce. Por eso, en las movilizaciones hay dos líneas de contenido, por un lado, exigir al gobierno cuentas sobre los recursos recibidos desde Petrocaribe, y otra, reconocer y reivindicar Petrocaribe, y visibilizar incluso otros ejemplos en los que estos recursos han tenido una efectividad tangible, como es el caso de Nicaragua o Cuba, por ejemplo.

¿Cuál es entonces la demanda concreta de la gente en Haití?

Lo que está denunciando el pueblo haitiano, las organizaciones campesinas, urbanas, juveniles, sindicatos y demás es, precisamente, que los últimos tres gobiernos han desfalcado el dinero proveniente de Petrocaribe, y han desvirtuado la esencia solidaria de ese proyecto. Políticos corruptos se han apropiado de ese dinero y lo han invertido en una serie de obras más beneficiosas para las élites y el capital que para el pueblo. Y de esto hay muchísimos ejemplos: contratos de proyectos que se firmaron, se pagaron y no se hicieron, pequeñas obras que se hicieron y han sido sobrefacturadas. Por eso la gente dice “¿Dónde está el dinero de Petrocaribe?” Se está exigiendo al gobierno haitiano que dé al pueblo esos recursos. Están demandando al gobierno haitiano que deje de robarse el dinero de Petrocaribe para que sea destinado realmente al pueblo.

Más allá de las protestas, ¿de ese desfalco qué se sabe en concreto? ¿Se ha avanzado en esa lucha?

En este sentido hay una investigación que, de hecho, es pública, que se ha hecho en dos fases. Una primera, que fue poco sustentada y fue rechazada por el parlamento, y hay una segunda fase que está mucho más documentada, contenida en un documento de unas seiscientas páginas, en la que se da cuenta profunda y objetivamente de dónde han estado estos desfalcos de los fondos de Petrocaribe.

Y reitero, esto no sólo implica a este gobierno, sino a los tres últimos gobiernos. Entonces, esa es una demanda concreta: que se haga justicia, que esa investigación que está ahora trancada en el parlamento salga a la luz. Hay fuentes que señalan que estarían siendo imputadas alrededor de doce personas vinculadas al gobierno, y hay ejemplos notorios como es el Hotel Marriot de Puerto Príncipe, en el que se demostró que buena parte del financiamiento para su construcción fue desviado de los fondos de Petrocaribe.

Y desde Alba Movimientos, ¿qué se estaría planteando?

Desde Alba Movimientos estamos exigiendo que se respete el derecho del pueblo haitiano a exigir que el gobierno devuelva esos fondos y a que se castigue a los políticos corruptos que han usurpado esos recursos y manchado la esencia hermosa y solidaria de un proyecto como Petrocaribe. La gente exige que sea reparado ese daño. Por eso se ha planteado la consigna “¿Dónde está la plata de Petrocaribe?” que la viene manejando el movimiento popular haitiano desde hace ya un año. La otra consigna es “Moise devuelve el dinero”. Es necesario que se sepa que ésta es la verdad de lo que moviliza hoy al pueblo de Haití. No hay un ápice de protesta en relación con Petrocaribe como tal.

Es necesario desmontar la matriz de opinión de la derecha según la cual las movilizaciones son espontáneas y no organizadas, manipuladas por sectores de la burguesía y de la derecha que pretenden derrocar el gobierno de Haití. Eso es falso.

No podemos permitir el bloqueo informativo que ocurrió cuando las movilizaciones de julio contra el aumento del combustible, que prácticamente pusieron a Haití al borde de una intervención militar. No podemos permitir que la protesta legítima del pueblo de Haití sea invisibilizada. Y por otro lado es necesario que un sector de la élite y el gobierno lo que pretende es sacar a Moise para quedarse con el gobierno. La gente lo que está planteando es la creación de una conferencia nacional de las distintas fuerzas políticas para replantearse un proyecto popular para ir a la toma del gobierno y trabajar por una verdadera reconstrucción del país.

Prensa Corriente Revolucionaria Bolívar y Zamora

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Comunicado de La Articulación de Mujeres de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo y la Vía Campesina en Nicaragua

La Articulación de Mujeres de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo y la Vía Campesina en Nicaragua integrada por la Unión Nacional de Productores Asociados UNAPA, la Asociación Resistencia Nicaragüense Israel Galeano ARNIG, la Coordinadora Nacional de Oficiales en Retiro CNOR y la Asociación de Trabajadores del Campo ATC, en el marco del día mundial de la alimentación reafirmamos nuestras acciones de lucha para garantizar la Soberanía Alimentaria de nuestros pueblos.

Octubre es un mes con mucha relevancia para las familias del medio rural a nivel mundial, principalmente porque conmemoramos fechas que importante como el 12 de octubre proclamado a partir de la campaña de los quinientos años de lucha y resistencia indígena, negra y popular, como el día de la resistencia con lo que denunciamos el saqueo colonial a nuestro continente, así mismo reivindicamos el derecho de las mujeres campesinas a la tierra y a los recursos para la producción, retomando el quince de octubre como un día de lucha para las mujeres del campo y el dieciséis de octubre día mundial de la alimentación para posicionarnos frente a las transnacionales de la alimentación que buscan a toda costa eliminar la agricultura campesina.

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Nos pronunciamos a favor de que todas y todos encaminemos una lucha conjunta para salvar el planeta, puesto que la misma no es solamente responsabilidad de las campesinas y los campesinos que históricamente han trabajado en la pequeña producción para alimentar a la humanidad, desde la CLOC-Vía campesina sabemos que con menos del 25% de la tierra en el mundo producimos aproximadamente el 70% de la alimentación y por esto decimos que las campesinas y los campesinos enfriamos el planeta. Estamos a favor de las luchas compartidas para transformar la sociedad y construir un mundo mejor a través de la formación y la movilización tomando en cuenta las especificidades que como mujeres transitamos en un mundo desigual en relación a los hombres. Instamos a campesinas y campesinos a continuar la lucha frente al sistema capitalista e imperial que busca a través de las transnacionales erradicar la vida en el campo, fortaleciendo las labores en la vida cotidiana de manera equitativa entre hombres y mujeres.

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En Nicaragua las mujeres aportamos más del 40% a la PIB nacional y El 48% de las mujeres mayores de 15 años participamos en actividades económicas del país, revela el anuario estadístico de la Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL) de 2017 publicado la semana pasada. Por lo cual se hace necesario este aporte se pueda retribuir en acciones para fortalecer nuestro desarrollo.

Saludamos los programas sociales del Gobierno de Reconciliación y Unidad Nacional ya que los mismos han venido a contribuir en la integración de las actividades productivas en el medio rural.

Managua 16 de octubre 2018.

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